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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Sexta-feira, 24 de Agosto de 2007

HELENA TAVARES

 

Maria Helena Tavares de Oliveira Rodrigues Coelho, (1932-1980) ,  nasceu  na freguesia dos Olivais em  Lisboa.

Estreou-se no Clube Oriental de Lisboa, na revista “É Regar e Pôr ao Luar”, e logo não passa despercebida ao empresário Vasco Morgado que a contrata para o Teatro Avenida, para a revista “Ó Rosa Arredonda a Saia”.

Em 1959 começa a gravar os seus primeiros discos de Fado.

Mas é na revista que conhecerá os seus maiores êxitos, como A Rua dos Meus Ciúmes, na revista “A Vida é Bela” estreada em 1960.

Teve ainda êxitos como, Eu Cheguei muito depois, Dizer Adeus, etc.

Foi casada com o actor e empresário Carlos Coelho de quem teve dois filhos.

Há um acontecimento que ficou lendário na história do Teatro de Revista, Helena Tavares está grávida,  estava em  cena no palco do Teatro Variedades, na revista, “Elas São o Espectáculo”, quando subitamente lhe “rebentaram as águas”, para nascer a sua terceira filha, a actriz Helena Coelho.

Foi  madrinha da marcha de Marvila, e em  1966 ganham o primeiro prémio.

Mas não é só no teatro de revista que se exprimiu a vocação de Helena Tavares, também nas “boites”, e casas de fado teve uma notável popularidade, tendo actuado no Luso, Faia, Adega Machado, etc.

Na  televisão, actuou em programas como,  Melodias de Sempre e Quando Portugal Canta. Participou, igualmente, em diversas tournées pelo estrangeiro.

O filho João Coelho, foi actor de revista e actualmente é “Ponto” no Teatro Nacional

 

 

Carolina Tavares, filha do seu primeiro casamento, segue as pisadas da mãe, cantando Fado, mas só aos 27 anos se decide por uma carreira artística, baseada essencialmente no repertório de sua mãe.

Embora em Portugal tivesse actuado em quase todos os casinos nacionais, foi essencialmenteem deslocações ao estrangeiro que mais se evidenciou.

Actuou na Televisão e gravou alguns discos.

Quem conhece e já ouviu Carolina Tavares decerto concorda que mais uma vez se confirma que "filho de peixe sabe nadar".

 

 

 

 

 

 

 

A RUA DOS MEUS CIÚMES

I

 

Na rua dos meus ciúmes

Onde eu morei e tu moras

Vi-te passar fora de horas

Com a tua nova paixão

De mim não esperes queixumes

Quer seja desta ou daquela

Pois sinto até pena dela

E até lhe dou meu perdão

Na rua dos meus ciúmes

Deixei o meu coração.

 

                                                           II

 

                                                           Inda que me custe a vida

                                                           Pensarei com ar sereno

                                                           Que esse teu ombro moreno

                                                           Beijos de amor vão queimar

                                                           Saudades são fé perdida

                                                           São folhas mortas ao vento

                                                           Que eu piso sem um lamento

                                                           Na tua rua ao passar

                                                           Inda que me custe a vida

                                                           Não hás-de ver-me chorar.

 

 

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 16:01
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2 comentários:
De M. Luísa Castanheira a 25 de Agosto de 2007 às 21:58
Tão pouco recordada esta magnífica voz. Apesar deste ser o seu fado mais conhecido Maria Helena Tavares tinha um sobre Lisboa, "Lisboa acordou", eu ouvia-o muitas vezes na Voz de Lisboa. A locutora Arlete Pereira dizia que a Helena era o amis bonito rosto da revista à portuguesa e era verdade!
De óscar a 2 de Novembro de 2017 às 18:47
Bom post, mas faltou referência à carreira musical da filha Helena que fez parte das saudosas Doce

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