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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Segunda-feira, 15 de Agosto de 2011

FONTES ROCHA - Guitarrista - Deixou-nos

Mais uma grande homem do Fado que nos deixa, à sua família em geral e em especial ao seu neto Ricardo Rocha, o meu abraço de sentidos pêsames.

JOSÉ FONTES ROCHA, nasceu no Porto (Ramalde) em 1926.

Nasceu numa família de gente ligada à música, o seu avô paterno foi regente de uma banda popular,   e com ele aprendeu música e a tocar violino, mas o pai, que tocava guitarra, foi quem mais o influenciou,  a tocar o instrumento que veio a ser a sua grande vocação.

Aprendeu o ofício de electricista.

Aos  20 anos começou a tocar como amador entre amigos e em festas particulares e, dez anos depois, veio  para Lisboa, começou por adoptar o estilo de José Nunes, que acabou por  marcar profundamente a sua própria interpretação.

Na capital actuou durante algum tempo no restaurante típico Patrício, da Calçada de Carriche, e quando este encerrou, em 1956, foi trabalhar na sua profissão de elec­tricista para os CTT.

Actuou no Pampilho, na Calçada de Carriche (ex-Nova Sintra).

 Abandona definitivamente a profissão  de electricista e dedic­a-se em exclusivo à guitarra.

Foi contratado para a Adega Mesquita, donde transitou para a Taverna do Embuçado e depois para o Senhor Vinho, onde actuou vários anos.

Fez parte do conjunto de guitarras de Raul Nery (então também integrado por Júlio Gomes e Joel Pina), com o qual se deslocou ao estrangeiro para acompanhar Maria Teresa de Noronha em vários espectáculos; e com Amália Rodrigues, que acompanhou durante doze anos, tendo exibido-se em diversos países.

De todos os espectáculos em que parti­cipou, realça-se no  Olympia de Paris em 1968, destinado aos emigrantes portugueses com o viola Castro Mota ainda no conjunto de guitarras de Raul Nery.

Outro espectáculo memo­rável em que Fontes Rocha participou, com Pedro Leal à viola, foi nas Halles, também em Paris, cuja exibição, se saldou em mais um sucesso, em particular para Amália Rodrigues. Também no Lincoln Center de Nova Iorque, na temporada de 1969-1970, fazendo parte do mesmo conjunto de guitarras, teve ocasião de actuar com a Orquestra de André Kostelanetz e de contribuir para o êxito de Amália, que na interpretação da Casa Portu­guesa, baptizada pelos americanos de Kiss Song, obteve um dos seus maiores sucessos.

Além dos discos gravados com o conjunto de guitarras de Raul Nery, Fontes Rocha gravou mais três discos com guitarradas, e noutros acompanhou Amália e Natália Correia, esta na declamação de poesias. É também autor das músicas de vários fados, tais como Quentes e Boas (com letra de José Luís Gordo), Fado Isabel (Corrido cantado com diversas letras), Anda o Sol na Minha Rua (letra de David Mourão-Ferreira), Lavava no Rio Lavava e Trago o Fado nos Sentidos (ambos com letras de Amália).

 

 

Vítor Marceneiro, canta o Fado " O LOUCO"

Letra de:  Henrique Rego

Música: Fado Menor-Versículo Alfredo Marceneiro

Acompanhado por dois grandes músicos já ausentes:

Guitarra Portuguesa: Fontes Rocha

Viola Fado: Manuel Martins

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: O Louco - Vítor Marceneiro
Viva Lisboa: Grande músico e compositor
publicado por Vítor Marceneiro às 21:00
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5 comentários:
De joana cruz a 16 de Agosto de 2011 às 12:31
Não posso deixar de pensar na minha infãncia sem que o Fontes faça parte dela! Tive o enorme privilégio de cantar, falar com ele, mas principalmente ouvir as suas histórias e sentir o seu carinho pela sua guitarra portuguesa! Deixa-nos um neto maravilhoso como musico e ser humano a quem deixo um beijinho cheio de ternura e admiração ... hoje sinto-me triste....de facto o fado perdeu um dos seus mais emblemáticos guitarristas e fadistas pois o Fontes era fadista no coração! Descanse em paz meu querido! Até sempre
De emprego lisboa a 20 de Agosto de 2011 às 20:27
é de facto uma enorme perda para o fado!!!
De emprego lisboa a 20 de Agosto de 2011 às 20:25
é uma perda par a cultura portuguesa sobretudo para o fado!!!!
De Orpheu Gaspar Puglia a 7 de Janeiro de 2012 às 06:40
Conheci alfredo Marceneiro. Várias vezes viajamos juntos de metro em direção ao Estoril onde eu atuava com meu conjunto Orpheu´s no Casino. Era de um humor fantastico além de grande fadista e compositor. Seu filho era meu vizinho na Rua Triangulo Vermelho onde eu morava no numero 6 segundo esquerdo. Muita saudaade
De Orpheu Gaspar Puglia a 7 de Janeiro de 2012 às 06:43
Conheci Alfredo Marceneiro. Várias vezes viajamos juntos de metro em direção ao Estoril onde eu atuava com meu conjunto Orpheu´s no Casino. Era de um humor fantastico além de grande fadista e compositor. Seu filho era meu vizinho na Rua Triangulo Vermelho onde eu morava no numero 6 segundo esquerdo. Muita saudaade

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