Clique aqui para se inscrever na
Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Quarta-feira, 9 de Outubro de 2019

Artur Ribeiro Poeta

ARTUR RIBEIRO

Artur Ribeiro, Max e Alfredo Marceneiro

Artur Ribeiro nasceu no Porto em 1923, mas cedo vem para Lisboa e aqui fica radicado, sendo para mim o poeta que fez um dos poemas mais lindos sobre Lisboa, Lisboa , A Grande Marcha de Lisboa 1965 – Só Lisboa, Lisboa à meia-noite, Cachopa do Minho, A Rosinha dos Limões, A Fonte das Sete Bicas, Sete Saias, Nem às Paredes Confesso, Pauliteiros do Douro, Eu nasci Amanhã, O Meu Coração Parou, Adeus Mouraria, Lisboa à meia-noite, Fiz Leilão de Mim, Anda o fado Noutras Bocas, è Urgente que Venhas, Vielas de Alfama, etc. A sua parceria com Fernando Farinha e mais tarde com Max teve o condão de nos deliciar, e foi raro o artista que não tenha cantado  Fados da sua autoria.

Connheci o Artur Ribeiro,  convivi com ele desde muito jovem, meu pai e meu avô eram seus grandes amigos, era uma pessoa bastante afável e uma clarividência intelectual notável, aprendi muita coisa em escutá-lo, ficou-me a honra de ter gravado um poema seu que escreveu de propósito para mim,  a que deu o título “Ser Mais Um Entre Tantos” ao receber o poema logo me apercebi que tinha a ver comigo,  constatei que aquele grande Senhor durante aqueles anos em  que falava com este rapazinho de então, me levava a sério, e já homem escreve-me num Fado tudo aquilo que sentia por mim e pela minha maneira de ser.

Artur Ribeiro deixou de escrever poemas para nós em 1988.

O meu projecto “Lisboa A Cidade mais cantada do mundo” tem como poema eleito,  a Canção de Lisboa de sua autoria.

Fiz a apresentação de projecto à CML e espero vir a ter colaboração de toda a comunidade fadista para que seja feita a devida homenagem a este grande poeta que tanto amou Lisboa, para que lhe seja atribuída a titulo póstumo a Medalha da Cidade e uma rua da edilidade. (Sonhos...!?)

 

 Anda o Fado Noutras Bocas

 
Letra: Artur Ribeiro
 
Andei p'la Mouraria
Nas tascas do antigamente
Mas o fado estava ausente
Mudou de lá quem diria
E corri Lisboa inteira
Até encontrar o fado
Porém achei-o mudado
Cantado doutra maneira
 
Estribilho
 
Chorai fadistas chorai
Como dizia a cantiga
E se uma guitarra amiga
Trinar em tom magoado
Cantai fadistas cantai
Com vossas gargantas roucas
Que anda o fado noutras bocas
Que não são bocas p'ró fado
 
Agora de madrugada
Eu oiço por todo o lado
Noutras bocas outro fado
Que do fado não tem nada
E choro então o passado
Dos fadistas que morreram
Ouvindo alguns que nasceram
P'ra tudo menos p'ró fado
 

 

Beatriz da Conceição canta Canção de Lisboa de Artur Ribeiro

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Canção de Lisboa
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito
Quinta-feira, 6 de Agosto de 2015

Canção de Lisboa de Artur Ribeiro Cantado por Beatriz da Conceição

 

 

  LISBOA

 

Letra de: Artur Ribeiro

Música de Ferrer Trindade

 

Vejo do cais

Mil janelas

Da minha velha Lisboa

Vejo Alfama das vielas

O Castelo, a Madragoa

E os meus olhos rasos de água

Deixam por toda a cidade

A minha prece de mágoa

Nesta canção de saudade

 

                                             Estribilho

 

                                         Quando eu partir

                                         Reza por mim Lisboa

                                         Que eu vou sentir Lisboa

                                         Penas sem fim Lisboa

                                         Saudade atroz

                                         Que o coração magoa

                                         E a minha voz entoa

                                         Feita canção Lisboa

 

E se ao voltar

Me vires chorar, perdoa

Que eu abra a porta à tristeza

Para depois rir à toa

Tenho a certeza

Que ao ver as ruas

Tal qual hoje as vejo

Nesse teu ar de rainha do Tejo

Hei-de beijar-te Lisboa

 

                                     Hei-de beijar com ternura

                                     As tuas sete colinas

                                     E vou andar à procura

                                     De mim p’las esquinas

                                     E tu Lisboa

                                     Hás-de vir aqui ao cais

                                     Como agora

                                     P’ra eu te dizer a rir

                                     O que hoje minha alma chora

 

Beatriz da Conceição  canta:

Canção de Lisboa 

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito
Domingo, 14 de Abril de 2013

José Nunes homenageia Artur Ribeiro e LISBOA

Ficha Técnica:

Imagem , montagem e sonorização: Vítor Duarte Marceneiro

Execução musical por: José Nunes

Temas: Lisboa -música de Raúl Ferrão para o poema de Artur Ribeiro

             Rosinha dos Limões -  Música de Artur Ribeiro

             Lisboa não sejas Francesa - Raúl Ferrão

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Temas de Artur Ribeiro
Viva Lisboa: Variações
publicado por Vítor Marceneiro às 10:22
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 30 de Outubro de 2009

Canção de Lisboa de Artur Ribeiro, Cantado por Misia

 

 

  LISBOA

 

Letra de: Artur Ribeiro

Música de Ferrer Trindade

 

Vejo do cais

Mil janelas

Da minha velha Lisboa

Vejo Alfama das vielas

O Castelo, a Madragoa

E os meus olhos rasos de água

Deixam por toda a cidade

A minha prece de mágoa

Nesta canção de saudade

 

                                             Estribilho

 

                                         Quando eu partir

                                         Reza por mim Lisboa

                                         Que eu vou sentir Lisboa

                                         Penas sem fim Lisboa

                                         Saudade atroz

                                         Que o coração magoa

                                         E a minha voz entoa

                                         Feita canção Lisboa

 

E se ao voltar

Me vires chorar, perdoa

Que eu abra a porta à tristeza

Para depois rir à toa

Tenho a certeza

Que ao ver as ruas

Tal qual hoje as vejo

Nesse teu ar de rainha do Tejo

Hei-de beijar-te Lisboa

 

                                     Hei-de beijar com ternura

                                     As tuas sete colinas

                                     E vou andar à procura

                                     De mim p’las esquinas

                                     E tu Lisboa

                                     Hás-de vir aqui ao cais

                                     Como agora

                                     P’ra eu te dizer a rir

                                     O que hoje minha alma chora

 

Misia canta:

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa: Lisboa dos amores, do coração.
música: Lisboa de Artur Ribeiro
publicado por Vítor Marceneiro às 18:35
link do post | comentar | favorito
Sábado, 1 de Novembro de 2008

MERCADO DA RIBEIRA

Lisboa foi desde sempre uma cidade de mercadores.
Pelas ruas vendia-se um pouco de tudo. Com os cestos às costas ou a mercadoria no chão o mais pequeno espaço servia para o negócio. Com os descobrimentos este pendor mercantilista acentuou-se.
As naus traziam para o porto de Lisboa todo o tipo de produtos provenientes dos mais exóticos e longínquos recantos, assim no séc. XVI começou a haver a preocupação de arrumar a cidade e colocar os mercadores em locais específicos.
Foi então que surgiu o Mercado da Ribeira Velha. Ficava situado na zona do actual Campo das Cebolas, vendiam-se principalmente bens de primeira necessidade como hortaliças, peixe e fruta.
Em 1766, passados onze anos depois do terramoto que martirizou a cidade de Lisboa, o mercado foi transferido para ocidente do Terreiro do Paço (o local onde se encontra actualmente). Uma transferência inserida no plano de expansão da cidade traçado pelo Marquês de Pombal.
Começou a funcionar em 1771 e foi chamado de Mercado da Ribeira Nova, não era um mercado como hoje os concebemos,  era composto por 132 telheiros e cabanas com 256 bancas de venda, passava de um aglomerado minimamente organizado de comerciantes onde se continuava a vender de tudo.
Foi só no séc. XIX, mais concretamente em 1882 que abriram as portas do refeito Mercado da Ribeira Nova. O nome manteve-se mas desapareceram os telheiros e as cabanas. No mesmo espaço nasceu um edifício com uma estrutura em ferro que albergava no interior todas as bancas. A grande novidade era a existência de um corredor central onde o vendedores dispunham de água em abundância, o que permitia expor e conservar as mercadorias com cuidados de higiene inexistentes até então, sendo o projecto da autoria do engenheiro Ressano Garcia e foi aprovado em sessão camarária em 17 de Junho de 1876.
Passado onze anos da inauguração um gigantesco incêndio destruiu quase por completo o já por duas vezes inaugurado Mercado da Ribeira Nova. A  nova reconstrução demorou quase 30 anos, de 1902 a 1930, ano em que aparece então a cúpula que (ainda hoje existe). Uma cúpula que suscitou a curiosidade dos Lisboetas, pouco habituados a um mercado a funcionar num edifício deste género. O espanto foi tal que passaram a chamar-lhe a "Mesquita do nabo".
Foi então em 1930 e desta vez definitivamente que o Mercado da Ribeira ganhou a configuração preservada até hoje. A ele ficará para sempre ligado o nome de Frederico Ressano Garcia, com 27 anos o jovem engenheiro venceu um concurso para entrar nos quadros da Câmara Municipal de Lisboa, Dos quatro concorrentes para as duas vagas abertas, Ressano Garcia conseguiu o primeiro lugar e assume o cargo de engenheiro do Município  no ano de 1874.
O novo edifício já era muito mais que quatro paredes e oito portões para albergar vendedores. Os cuidados estéticos estiveram presentes no projecto, como é bem visível nos painéis de azulejos que ornamentam o átrio da entrada principal e o primeiro piso. No segundo andar começa a área restrita do mercado, é através de uma escada de pedra em caracol, que se chega á sala redonda com o piso em madeira e decorada com riquíssimos frescos assinados por Gabriel Constanti e datados de 1930.
O segundo andar serve como espécie de convite para se subir mais uns lances de escada, desta vez em ferro, que dão acesso ao local onde está religiosamente guardada uma das mais emblemáticas peças do edifício, o relógio da torre.
Fabricado em França na empresa "Horloges Bodet" era considerado um relógio revolucionário para a época. Mas a importância do relógio não impediu que a máquina estivesse parada quase 20 anos. Só em 1998 a Câmara Municipal de  Lisboa decidiu contratar um dos mais prestigiados relojoeiros portugueses,  António Franco para inspeccionar o relógio da torre. Em menos de um ano o sistema mecânico foi totalmente restaurado e o mostrador teve de ser feito de novo.

Um mostrador que guarda a assinatura do homem que permitiu que os cacilheiros voltassem a guiar-se pelo relógio da Torre do Mercado "FRANCO-LISBOA".
Outra escada em caracol conduz ao ponto mais alto do mercado. O piso onde está instalado o sino que dá as badaladas às horas e meias horas. Daqui pode observar-se toda a imponência do Tejo e ver atracar os cacilheiros que os ponteiros do relógio voltaram a guiar.
Mais tarde falarei do célebre “cacau da ribeira” onde ao raiar do dia começava a azáfama dos vendedores, e o inicio dos “moinantes” irem para casa.
Que saudades.

Amália Rodrigues

canta Namorico da Rita

de Artur Ribeiro e António Mestre

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Namorico da Rita
publicado por Vítor Marceneiro às 22:35
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito
Clique na Foto para ver o meu perfil!

arquivos

Março 2024

Agosto 2021

Maio 2021

Fevereiro 2021

Maio 2020

Março 2020

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Novembro 2018

Outubro 2018

Agosto 2018

Dezembro 2017

Outubro 2017

Agosto 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Aguarelas gentilmente cedidas por MESTRE REAL BORDALO. Proibida a sua reprodução.

tags

10 anos de saudade

2008

50 anos de televisão

a severa

ada de castro

adega machado

adelina ramos

alberto ribeiro

alcindo de carvalho

alcino frazão

aldina duarte

alfredo correeiro

alfredo duarte jr

alfredo duarte jr.

alfredo duarte júnior

alfredo marcemeiro

alfredo marceneiro

alice maria

amália

amália no luso

amália rodrigues

américo pereira

amigos

ana rosmaninho

angra do heroísmo

anita guerreiro

antónio dos santos

antónio melo correia

antónio parreira

argentina santos

armanda ferreira

armandinho

armando boaventura

armando machado

arménio de melo - guitarrista

artur ribeiro

beatriz costa

beatriz da conceição

berta cardoso

carlos conde

carlos escobar

carlos zel

dia da mãe

dia do trabalhador

euclides cavaco

fadista

fadista bailarino

fado

fado bailado

fados da minha vida

fados de lisboa

feira da ladra

fernando farinha

fernando maurício

fernando pinto ribeiro

florência

gabino ferreira

guitarra portuguesa

guitarrista

helena sarmento

hermínia silva

herminia silva

joão braga

josé afonso

júlia florista

linhares barbosa

lisboa

lisboa no guiness

lucília do carmo

magusto

manuel fernandes

marchas populares

maria da fé

maria josé praça

maria teresa de noronha

max

mercado da ribeira

miguel ramos

noites de s. bento

oficios de rua

óleos real bordalo

paquito

patriarca do fado

poeta e escritor

porta de s. vicente ou da mouraria

pregões de lisboa

raul nery

real bordalo

santo antónio de lisboa

santos populares

são martinho

teresa silva carvalho

tereza tarouca

tristão da silva

vasco rafael

vítor duarte marceneiro

vitor duarte marceneiro

vítor marceneiro

vitor marceneiro

zeca afonso

todas as tags