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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Terça-feira, 24 de Novembro de 2015

JOSÉ FREIRE - RADIALISTA E FADISTA

 

O fadista José Freire, faleceu no dia 25 de Fevereiro de 2011, por coincidêncai no dia em que se comemorava os 120 anos do nascimento oficial de meu avô, Alfredo Marceneiro.

Conhecia o Zé desde os nossos 20 anos, pois éramos da mesma idade, estivemos em muitas “fadistices”, era para além de um bom fadista, um bom comunicador e tinha um sentido de humor que nos deliciava.

A última vez que estivemos juntos, foi no Barreiro numa festa de homenagem à Hermínia Silva, em que combinámos que nos iríamos encontrar para ele “desfolhar o seu álbum de saudades” para eu inserir neste blogue, infelizmente não se concretizou.

O Zé, começou a cantar no meio dos anos sessenta, e o primeiro contacto que tive com ele foi quando trabalhava  na “Casa Valentim de Carvalho” ao Chiado.

No inicio dos anos setenta,  começa a fazer rádio, tendo passado pelo Rádio Graça, Rádio Clube Português , etc.

Gravou vários cd´s, e foi criador de alguns Fados muito apreciados não só pelos temas, como pela sua forma característica de os cantar. O mais “badalado” foi decerto o Fado das Isca,  mas gravou muitos outros temas, eu pessoalmente gostava imenso do o ouvir no tema “Saudades do Futuro”.

Fez programas para a RTP,   nos últimos anos organizou vários espectáculos de Fado  na zona do Ribatejo, muitos deles de solidariedade e beneficência, o que lhe mereceu a justa homenagem do Concelho de Alcochete, que o agraciou com a medalha de ouro da autarquia.~ 

Até um dia Zé… acredito que partiste para “um além” e que te irás juntar aos grandes fadistas que também já lá estão… lá nos encontraremos um dia…. Até lá.

 

Vítor Marceneiro ( 28 de Fev.º 2011)

 José Freire canta: Vou Enfeitar a Saudade

 

 

 

Recordo aqui também este lindo Fado que ele cantou, como ninguém.

 

SAUDADES DO FUTURO

 

Repertório de: José Freire

Letra de: José Correia Tavares

Música de: Amadeu Ramin

 

                                   Daqui desta Lisboa que é tão minha

                                   Como de ti que a amas como eu

                                   Mando-te um beijo naquela andorinha

                                   Que em Março me entregou um beijo teu

 

                                   Aqui neste jardim à tua espera

                                   Como se não tivesses embarcado

                                   Digo ao Outono que ainda é Primavera

                                   E encho de buganvílias este fado

 

                                   Num tempo que de amor é tão vazio

                                   Há coisas que não sei mas adivinho

                                   Um rio ali à beira de outro rio

                                   Só um depois da curva do caminho

 

                                   Tenho tantas saudades do futuro

                                   De um tempo que contigo hei-de viver

                                   Não há mar não há fronteira não há muro

                                   Que possam meu amor o amor deter

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: José Freire canta: Vou Enfeitar a Saudade
Viva Lisboa: Grande Fadista
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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