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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Sexta-feira, 2 de Maio de 2008

FADO VERSÍCULO - comentário de Zé da Viela

PRÉMIO GOYA - PONTO FINAL

A atribuição deste prémio, deu origem a grande polémica, que levou a que muito se tivesse escrito sobre o assunto, assim como, que tivesse originado grandes "discussões", nos meandros do Fado. E, agora pergunta-se : valeu a pena ?  Claro que valeu, porque ficámos a conhecer pormenores que nos eram desconhecidos, e ficámos a conhecer também, o comportamento de pessoas, de quem esperávamos mais dignidade.

Mas, é evidente, que também serviu para nos confirmar, a nossa maneira de actuar, tipicamente portuguesa, ( não somos perfeitos...), em que, por norma, os principais envolvidos, (quase sempre, pessoas notáveis e grande gabarito...), não dão a "cara", não se "retratam" e não se justificam, aproveitando-se da nossa habitual "cultura", que os leva a pensar, que, quem contesta, reclama e procura a verdade, um dia vai cansar-se, e deixa de falar no assunto... e é precisamente isso que me parece estar a acontecer.

Mas, infelizmente, esta   "táctica" não é privilégio do Fado, porque ela aplica-se a quase todos os quadrantes da nossa sociedade, onde, por exemplo, até há pouco tempo se verificaram, no sector financeiro , "habilidades", que quase destruíam " o maior banco privado português, sem que até hoje se tenham encontrado os culpados, que, quem sabe, continuam à "solta" abrigados em indemnizações milionárias, e, em reformas bem confortáveis. E, reparem, que cada vez se fala menos no assunto. A resposta é sempre a de que as averiguações continuam, mas nunca têm fim...porque nunca se sabe o resultado , e, deste modo, a culpa morre sempre solteira....  Por razões, algo semelhantes, no País do Goya , um grande banqueiro, como Mário Conde, teve a prisão como destino.

Mas, vamos ao Fado que é o nosso principal objectivo, lamentando, uma vez mais, que os principais intervenientes do Goya , como realizador, produtor, conselheiros musicais e interprete, nunca tivessem aparecido a esclarecer a opinião pública. E. se não o fizeram, já não o fazem !

Mas muito lamentável ainda, foi o silêncio das autoridades que presidem aos pelouros da cultura, que, também não quiseram "pegar" no assunto.  Todos eles conhecem bem os portugueses... e sabem que somos um povo de brandos costumes...

Deste modo, e pelo andar da "carruagem", é quase certo, que, a mal afamada "novela" do Goya , acabará com a oferta da "estatueta", a uma "Instituição de Caridade", ao Museu do Fado, ou à Sociedade Portuguesa de Autores, e, mais uma vez, como é nosso apanágio, não haverá culpados...

Resta saber, quem fará a oferta. Será o poeta que foi o único ganhador, ou será que a oferta será feita por quem nada ganhou ?  Aguardemos....

É tão bom, estar sentado, no conforto da cadeira da verdade !

Zé da viela

http://vieladofado.blogs.sapo.pt

Meu Caro Amigo

Como sempre o seu texto é excepcional.

Concordo com tudo o que escreveu, excepto que o assunto esteja esquecido, está a seguir os tramites legais necessários.

Embora continuem alguns cretinos a dizer " que por causa de uns direitos de autor estamos a fazer com que um prémio dado a um português seja contestado", como vê o aldrabão ainda é defendido...

Mas tem razão, pois o CC vai deixar os outros pendurados e tentar sair pela porta grande.

Além dos herdeiros de Alfredo Marceneiro, também o erário público iria ser prejudicado para além do milhão de euros com que já participou. Por sugestão dos advogados, ainda não posso dizer tudo, mas está para breve, assim como sei que outra entidade, que não quer que se publicite o seu caso, (usurpação também de direitos autorais) já está em movimento o pcocesso judicial, mas também aqui CC, vai dizer que não tem nada com isso.

Portanto a procissão ainda nem chegou sequer ao adro.

Mas o CC está cada vez a ser mais topado, e esta história é objecto de gozo em todos os ambientes de Fado, (estilo: quando alguém pede aos tocadores uma música de Marceneiro, quasde sempre anúncia; com música de Alfredo Marceneiro... suponho, ou então até ver...

Quanto ao poeta nem quero falar... o tal que na realidade fez um poema original.Mas sabiam que o nome do referido poema não podia ser registado? Porque já existe um poema hávários anos com o mesmo título - Fado da Saudade - ou seja o facto já estava consumado e nem a SPA tinha sido avisada, depois acabou por fazer mais um geito!

Mas vem aí mais...

Um abraço

Vítor Marceneiro

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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