QUE SAUDADES....
ALFREDO DUARTE JUNIOR
No dia 26 de Maio de 2009, forão transladados os seus restos mortais da campa no talhão dos artistas no Cemitério dos Prazeres, para um gavetão.
Faz dia 6 de Junho 10 anos que nos deixou,
Ainda na memória dos verdadeiros amantes do Fado, o «castiço - o fadista bailarino» Alfredo Duarte Junior, sempre fez por honrar o nome do seu pai, Alfredo Marceneiro. Já se tem feito história de alguns fadistas grandes intérpretes do Fado.
A carreira de Alfredo Duarte Junior, meu pai merece, e terá decerto, um interessante e importante capítulo para o recordar, na história do Fado.

De Pedro Pimenta a 14 de Fevereiro de 2007 às 00:48
Já agora proponho uma campanha para uma rua de Lisboa com o nome do "fadista bailrino". E viva a Dinastia Marceneiro!
De Almeida Coelho a 16 de Fevereiro de 2007 às 10:33
Dar nomes de fadistas ou outros cultores do fado, como músicos, poetas, etc, a ruas de Lisboa parece-me um acto de elementar reconhecimento público e justiça. Se a cidade acolhe na sua toponímia tantos outros nomes, será natural que homenageie desta forma aqueles que mais e melhor contribuiram para o reconhecimento da canção lisboeta: o fado, filho predilecto da cidade, sem dúvida. Se o fado nasceu em Lisboa só há que honrar aqueles que pelo fado se têm empenhado.
De Pedro Pimenta a 18 de Fevereiro de 2007 às 14:12
Permita que o cumprimente e considere lapidar este seu comentário sobre ruas de Lisboa com nomes ligados ao fado.
Muito obrigado pela sua sugestão.
Seria uma honra para mim como deve calcular - é o meu saudoso pai.
Vitor Duarte
De Pedro Penedo a 14 de Fevereiro de 2007 às 14:46
Se não me falha a memória vai fazer 8 anos que o nosso querido " Gingão" - Fadista Bailarino o Marceneiro Filho nos deixou
Penso que o Vítor por vezes dá sempre um grande destaque ao seu avô, esquecendo-se (penso eu) que o pai também foi um grande fadista, talvez o último fadista «castiço» dos últimos tempos.
De Julio Guedes a 14 de Fevereiro de 2007 às 22:38
O amigo Pedro Penedo tem toda a razão porque ainda não se prestou a homenagem mais do que merecida a este grande homem do fado, que criou um estilo próprio e unico até hoje
De Pedro Pimenta a 15 de Fevereiro de 2007 às 11:32
A APAF que realiza tantas homenagens podia lembra-se do "fadista bailarino" que terá usado cachené antes do pai, segundo julgo. O Vítor Duarte Marceneiro terá com certeza os meios e a capacidade para fazer uma homenagem ao Alfredo Duarte Jr. no Museu do Fado onde realizou as outras e a APAF organiza um jantar.
De APAF a 16 de Fevereiro de 2007 às 10:40
A APAF tem um plano de actividades e como associação sem fins lucrativos nem apoios alguns, em termos financeiros, procura gerir o melhor possível os seus recursos e mobilizar não só os seus sócios como o meio fadista. Temos evocado várias figuras do fado e Alfredo Duarte Jr. poderá ser uma delas no futuro! Num jantar-temático, num debate, numa apresentação ou em qualquer outro evento que entermos interessante e motivador. A APAF não tem por fim organizar jantares mas que estes sejam um ponto de encontro, de certa forma uma tertúlia. Foi num jantar temático que se iniciaram as comemorações dos 150 anos da Severa, e num jantar temático homenageámos José Viana (ainda entre nós) , António Mourão, Fernanda Baptista, Cidália Moreira e Anita Guerreiro, e muitas outras personalidades ou temas foram motivo para reunir amigos do Fado!
De Armindo Rosa a 14 de Fevereiro de 2007 às 23:39
Os meus parabéns ao meu amigo Vitó pelo seu blog, que além do objectivo de levar Lisboa para o Guiness, que eu penso que será alcançado, porque creio que Lisboa, seja mesmo a cidade mais cantada do Mundo, contribui também para que se fale de fado e dos fadistas. E finalmente o meu amigo Vitó falou no seu pai, depois de muitas vezes eu lhe ter lembrado, que o pai também é um nome grande do fado, muito discutido, é certo, pelo seu estilo, mas que teve a coragem de criar um maneira especial de cantar, como diz o poema do Carlos Conde. Parabéns Vitó.
De Amadeu Antunes a 17 de Fevereiro de 2007 às 11:48
Carlos Conde foi dos poetas que, em meu entender, mais cantou Lisboa - autêntico aguarelista como o Mestre Real Bordalo, mas em palavras - como contou histórias de Lisboa.
Concordo consigo, felizmente que deixou uma geração, e o seu bisneto Paulo Conde, editou um livro dobre a obra do bisavô que está muito bem elaborado a que deu o título:
"A Vida e Obra do Poeta Carlos Conde"
De Pedro Pimenta a 17 de Fevereiro de 2007 às 17:43
Ora "castiço" o que é isso do "fado castiço"? Há hoje quem o cante? "Castiço" é o fado da Tasca do Chico? Ou do Caldo Verde?
Meu Caro Pedro Pimenta
Para lhe explicar o que que significa "castiço", que é um termo "fadista" que vem de tempos idos, ainda nós não éramos vivos, teria eu que ter argumentos para por exemplo lhe explicar o que é a "alma", ora acontece que o "castiço" de que aqui falei é um sentir de alma que não toca a todos, é mais que evidente que o meu amigo nunca o entenderá, e sabe porquê? a culpa não é sua, é um estado de alma que só alguns sentem, e obviamente que a si não o atingiu.
Cumprimentos
De Pedro Pimenta a 18 de Fevereiro de 2007 às 14:11
Escreve "teria eu de ter argumentos" pois é esse o cerne da questão: não tem argumentos! Sendo utilizado como adjectivo, "castiço" tem de ser explicável! Até os estados de alma se entendem. Leia os poetas e perceberá! Mas quem hoje canta o castiço? O Vítor certamente e mais alguém? Que nomes há hoje? Que nomes correspondem a tal qualificativo? O António Rocha?
A etimologia talvez o ajude a perceber!
Meu Caro Pedro Pimenta.
Retiro que disse anteriormente, isto porque com esta sua resposta percebi a sua provocação (no bom sentido), pois a sua rersposta e pergunta não me deixa dúvidas que sabe e talvez sinta o que é ou não "castiço", portanto se me permite a minha provacação (no bom sentido) fez efeito.
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