Associação Cultural de Fado
"O Patriarca do Fado"
Sexta-feira, 25 de Julho de 2008
FERNANDA BAPTISTA - DEIXOU-NOS
Informa-me Miguel Villa, que o corpo de Fernanda Baptista estará em camara ardente a partir do meio da tarde de hoje, na Basílica da Estrela, e que o funeral se realizará amanhã em hora a marcar para o Cemitério de Queluz.
Felizmente a APAF ao contrário do que muitos pensam ainda funciona, e não se esquece dos seus amigos, (*) permitindo assim que através deste meio mais pessoas possam tomar conhecimento de mais esta grande perda no meio artístico, e assim, homenagear esta grande mulher, recordando-a.
Também o meu amigo Miguel Villa me enviou uma mensagem às 02,11 horas.
Esperemos que a imprensa dê o devido destaque à efeméride.
(*) Fernanda Baptidta já tinha sido destinguida pela APAF. como sócia de mérito.
Descansa em Paz querida amiga
De: APAF [mailto:apaf@netcabo.pt]
Enviada: sexta-feira, 25 de Julho de 2008 1:36
Para: Undisclosed-Recipient:;
Assunto: Morreu a fadista FERNANDA BAPTISTA
Enviada: sexta-feira, 25 de Julho de 2008 1:36
Para: Undisclosed-Recipient:;
Assunto: Morreu a fadista FERNANDA BAPTISTA
A fadista Fernanda Baptista que protagonizou uma das mais longíquas e brilhantes carreiras do panorama artístico nacional, faleceu hoje, aos 89 anos, no Hospital de Cascais.
A cena artística está de luto.
FERNANDA BATISTA
Tem a profissão de modista, que abandona, para se dedicar ao Fado.
Estreou no Café Luso, pela mão de Filipe Pinto, no início dos anos quarenta, onde logo teve um êxitto assinalável.
A sua estreia profissional no Teatro de Revista, ocorreu em 1945, na sequência de um convite do maestro João Nobre para participar na revista "Banhos de Sol", substituindo Leónia Mendes. Foi apenas a primeira de mais de trinta revistas em que participou.
Um dos seus maiores sucessos foi em 1969 na revista “Ena Pá Já Fala” com o fado Saudades da Júlia Mendes.Teve no entanto outros grandes êxitos como o "O fado está-lhe nas veias", "Ai, ai, Lisboa", "Fado para esta noite", "Trapeiras de Lisboa", "Fui ao baile", "Fado das sombras", "Um fado para Stuart" e "Fado da carta", etc.
A sua gravação mais recente é de 1981, "Meus amigos, isto é fado", um êxito seu na revista "Dentadinhas na maçã" no Teatro Laura Alves, em Lisboa, em 1974.
Actuou também no Brasil, em Angola e na Argentina e, em 1968, viajou até aos Estados Unidos.
Ao longo de 56 anos de palcos, Fernanda Baptista participou em mais de 45 espectáculos de revista e opereta.
Recentemente integou o elenco, do musical de Filipe la Feria "A Canção de Lisboa".
Em 2003 o Presidente da República condecorou-a com a Ordem de Mérito.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
tags: fernanda baptista morreu
De Vieira COSTA a 25 de Julho de 2008 às 10:31
Fernanda Baptista estreou-se em 1942 na revista "Banhos de Sol".
"Segue o teu caminho", "Trapeiras de Lisboa", "Salada de alface" e "Pedrinha da rua" são alguns outros êxitos seus.
"Tudo o que a Fernanda lançava no teatro tornava-se um êxito", disse recentemente à agência Lusa a presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, Julieta Estrela de Castro.
Fernanda Baptista, em 54 anos de palcos, participou em mais de 45 espectáculos de revista e opereta.
"Fiz muita revista e opereta e tive longas temporadas no Brasil e Estados Unidos, para além ter actuado em várias casas de espectáculo europeias. Procurei sempre dignificar o nome de Portugal", afirmou recentemente.
O ex-Presidente da República Jorge Sampaio condecorou-a com a Ordem de Mérito que distingue actos ou serviços meritórios no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, ou que revelem desinteresse e abnegação em favor da colectividade.
A produtora discográfica Ema Pedrosa disse recentemente à Lusa que "se no tempo em que Fernanda Baptista gravou houvesse discos de ouro e platina, ela hoje tinha forradas várias paredes com eles, tal foram os seus sucessos".
(Fonte: Lusa)
A fadista que tinha prometido retirar-se definitivamente dos palcos há dois anos, foi hoje(25/07/2008) embora e já deixou SAUDADE...
Até sempre FERNANDA BAPTISTA.
"Segue o teu caminho", "Trapeiras de Lisboa", "Salada de alface" e "Pedrinha da rua" são alguns outros êxitos seus.
"Tudo o que a Fernanda lançava no teatro tornava-se um êxito", disse recentemente à agência Lusa a presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, Julieta Estrela de Castro.
Fernanda Baptista, em 54 anos de palcos, participou em mais de 45 espectáculos de revista e opereta.
"Fiz muita revista e opereta e tive longas temporadas no Brasil e Estados Unidos, para além ter actuado em várias casas de espectáculo europeias. Procurei sempre dignificar o nome de Portugal", afirmou recentemente.
O ex-Presidente da República Jorge Sampaio condecorou-a com a Ordem de Mérito que distingue actos ou serviços meritórios no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, ou que revelem desinteresse e abnegação em favor da colectividade.
A produtora discográfica Ema Pedrosa disse recentemente à Lusa que "se no tempo em que Fernanda Baptista gravou houvesse discos de ouro e platina, ela hoje tinha forradas várias paredes com eles, tal foram os seus sucessos".
(Fonte: Lusa)
A fadista que tinha prometido retirar-se definitivamente dos palcos há dois anos, foi hoje(25/07/2008) embora e já deixou SAUDADE...
Até sempre FERNANDA BAPTISTA.
De Adriana Leite a 26 de Julho de 2008 às 10:05
Um beijo grande, para a minha madrinha.
De LUIS FILIPE a 26 de Julho de 2008 às 12:38
Grande...mas das GRANDES Senhoras do Fado sem dúvida! Eu nunca vou esqueçer essa voz poderosa e força de mulher.Beijinho amigo Fernanda Batista.Obrigado plo que deste a todos os amantes do Fado e do Teatro.
Luis Mota Filipe
Luis Mota Filipe
De joana cruz a 26 de Julho de 2008 às 16:35
uma senhora maravilhosa em todos os aspectos....uma voz e uma presença fabulosa!Infelizmente,eu que nasci no meio do fado,venho a habituar-me a que a saudade pelos artistas em quem me referencio tome lugar....
um bem haja Fernandinha!
um bem haja Fernandinha!
De nuno monteiro a 28 de Julho de 2008 às 00:20
boa noite caro vitor,foi com tristeza minha de que vejo partir uma grande senhora,estive no velorio e no funural e chocou-me bastante de que nenhuma estacao de televisao estivesse presente porque esta SENHORA D.FERNANDA BATISTA merecia muito mais por parte destes senhores da comunicaçao social que fazem homenagens no dia da sua morte,que ganham audiencias a conta da d.fernanda e depois nem uma equipe de reportagem tem no funeral,tive o prazer de conviver muitos anos com ele na MARCHA DA MADRAGOA(1990-2000) onde me honro da madrinha que tive,desde ja quero dar uma palavra de apreco a toda a comissao da marcha da madragoa que neste momento perderam uma GRANDE madrinha,so me resta dizer UM MUITO OBRIGADO FERNANDA BATISTA
De moura a 14 de Outubro de 2008 às 17:08
Uma Senhora de Portugal!
Fernanda Batista, uma figura incontornável na música Portuguesa, dispos-se ainda com 80 e poucos anos a entrar no musical de Filipe La Féria a Canção de Lisboa. Tive a oportunidade de assistir ao vivo a este espectáculo e a entrada de Fernanda Batista em Palco, cambaleando ligeiamente, dirigindo-se à boca de cena e a cantar a plenos pulmões e de braços abertos "(...)enquanto os bairros cantarem, enquanto houver arrais Lisboa não morre mais!" foi para mim um momento extremamente marcante, senti um arrepio em todo o meu corpo, aquela figura ali presente á minha frente, com a sua energia, transbordava do palco, como se o Politiema não fosse suficiente grande para que tal voz nele coubesse.
Fernanda Batista, uma figura incontornável na música Portuguesa, dispos-se ainda com 80 e poucos anos a entrar no musical de Filipe La Féria a Canção de Lisboa. Tive a oportunidade de assistir ao vivo a este espectáculo e a entrada de Fernanda Batista em Palco, cambaleando ligeiamente, dirigindo-se à boca de cena e a cantar a plenos pulmões e de braços abertos "(...)enquanto os bairros cantarem, enquanto houver arrais Lisboa não morre mais!" foi para mim um momento extremamente marcante, senti um arrepio em todo o meu corpo, aquela figura ali presente á minha frente, com a sua energia, transbordava do palco, como se o Politiema não fosse suficiente grande para que tal voz nele coubesse.
