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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Domingo, 31 de Agosto de 2008

DEOLINDA MARIA

Fadista, actuou em várias casas de fado, era mãe do guitarrista José Manuel Neto.

Deolinda Maria faleceu há bem pouco tempo, como não tinha nenhum dado biográfico pois só a conheci superficialmente,  recordo que era uma pessoa muito simpática e que cantava muito bem. Tentei contactar com o filho, o que não consegui, como não nos conhecemos pessoalmente, fiz o pedido a algumas pessoas para me auxiliarem fornecendo-me mais pormenores sobre a sua figura, o que até hoje não consegui.

Mesmo assim quero aqui prestar-lhe  a minha sincera homenagem como fadista,  e como mãe de um grande músico do Fado.

 

 

 

 

 

 Deolinda Maria canta

Versos de Heloína Pina

Música de Alfredo Marceneiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma neta de Deolinda Maria,  de seu nome Ana Mafalda, que infelizmente não tem muitos dados sobre a avó, escreveu nos comentários, um texto que muito me enterneceu e que abaixo transcrevo,

 

                                "Silêncio meu amor não digas nada,
                                  Falar pra quê falar é tarde agora
                                  Não perturbes a calma conquistada
                                  á custa dessa dor sofrida outrora.
...
Falar pra quê falar se eu sou apenas
a sombra de uma alma torturada
é tarde não acordes minhas penas
silêncio meu amor não digas nada."

Este poema da minha avó nunca mais vai ser cantado como dantes...é a minha reza, o meu choro.

Já se passou algum tempo desde a partida da minha avó, a vida dá muitas voltas e nem sempre damos valor ao que temos no momento, só quando elas partem é que vimos o quanto nos fazem falta...

                                         "Ao chorar tua partida,
                                          cantei o nosso Fado.
                                         Disses-te Adeus á vida
                                         Com o teu xaile traçado"

Um xaile que me irá sempre acompanhar na memória, um xaile preto de dor e de lamento...um xaile que me passou fado...o seu grande amor ...cantar e cantar tão bem como cantava...."Gosto de ti porque gosto, a razão não sei dizer..." Gosto de ti do teu Fado...sempre gostei..e canto-te todos os dias todas as noites...."Madrugada a horas mortas, porque me deixas sozinha..." Partiste mas não me deixaste..deixaste o teu Fado...

                                  "Nesta vida desvairada 
                                  de tormento e ansiedade
                                   há sempre um pequeno nada
                                   que nos dá felicidade....

não lamentes tua sorte
por teres a vida perdida
porque a corrida pra morte
também faz parte da vida".

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Eu trago risos na boca
publicado por Vítor Marceneiro às 12:28
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7 comentários:
De katia sophia a 25 de Novembro de 2008 às 22:05
a fadista deolinda era tia da minha sogra, ou seja do meu marido primo do zé manel. 962992600
para mais informaçoes j0kat@hotmail.com ou katia_sophia@hotmail.com
Eu tambem sou "fadista" e tal como voce, gostaria de dizer que era sim uma grande Fadista!
De Petalas de seda a 28 de Novembro de 2008 às 18:19
Nos da Agencia Funerária Pétalas de Seda, prestamos nossa homenagem a grande artista Deolinda Maria, a qual prestamos nossos humildes serviços com grande orgulho, e profissionalismo . E Presenciamos uma linda despedida de familiares e amigos, que tocaram fados no fatídico dia. Além de lembrar vos que será celebrada uma missa de aniversário do 6º mês, de seu falecimento, na igreja da Charneca dia 30 de Novembro de 2008
Mais informações 219203043
De alexandra a 30 de Dezembro de 2008 às 23:15
amo-te mãe
De alexandra a 30 de Dezembro de 2008 às 23:31
Minha querida mãe.
Faz hoje 7 messes que partiste para o mundo do além.
o meu mundo ruiu quando partiste e tão grande dor ficou no meu peito.
Foste uma grande senhora , grande mulher, grande mãe e a minha melhor amiga.
"Sei que um dia vou partir e ati me reunir nesse mundo do além ,então chorarei á vontade morrendo em mim a saudade quando te puder outravez chamar Mãe"
Quero agradecer a todos os colegas e amigos que com ela partilharam os bons e os maus momentos e que de alguma forma estiveram sempre presentes e privaram da sua companhia.
muito obrigado pela homenagem , pelo carinho e por manterem ainda que assim a sua memória viva.
Amo-te MÃE.
Ès e serás sempre a pessoa que mais amei neste mundo.
Bem hajam.
De Vítor Marceneiro a 31 de Dezembro de 2008 às 12:05
Alexandra.
Ao fazer esta página relembrando sua mãe, fi-lo com o intuito de lembrar uma pessoa que cantava o fado e para mais era mãe e um grande guitarrista.
A mim não têm nada que agradecer, mas não acham, que era altura de entrarem em contacto comigo para que eu pudesse escrever mais dados sobre sua mãe ? Pelos vistos se não fosse esta minha iniciativa, não tinha onde expressar os seus sentimento.
A sua mãe merece que saibamos mais dela, onde nasceu?= como começou a cantar o Fado, etc.
Fica ao vosso critério.
Cumprimentos
Vítor Marceneiro
De Helena a 25 de Janeiro de 2009 às 10:56
Me fica uma grande triseza, saber que nao posso mais visitar você!
Guardarei você no meu coracao para a eternidade!
Helena
De Mafalda Taborda a 9 de Fevereiro de 2009 às 14:46
"Silêncio meu amor não digas nada,
Falar pra quê falar é tarde agora
Não perturbes a calma conquistada
á custa dessa dor sofrida outrora.
...
Falar pra quê falar se eu sou apenas
a sombra de uma alma torturada
é tarde não acordes minhas penas
silêncio meu amor não digas nada."

Este poema da minha avó nunca mais vai ser cantado como dantes...é a minha reza, o meu choro.

Já se passou algum tempo desde a partida da minha avó, a vida dá muitas voltas e nem sempre damos valor ao que temos no momento, só quando elas partem é que vimos o quanto nos fazem falta...

"Ao chorar tua partida,
cantei o nosso Fado.
Disses-te Adeus á vida
Com o teu xaile traçado"

Um xaile que me irá sempre acompanhar na memória, um xaile preto de dor e de lamento...um xaile que me passou fado...o seu grande amor ...cantar e cantar tão bem como cantava...."Gosto de ti porque gosto, a razão não sei dizer..." Gosto de ti do teu Fado...sempre gostei..e canto-te todos os dias todas as noites...."Madrugada a horas mortas, porque me deixas sozinha..." Partiste mas não me deixaste..deixaste o teu Fado...

"Nesta vida desvairada
de tormento e ansiedade
há sempre um pequeno nada
que nos dá felicidade....

não lamentes tua sorte
por teres a vida perdida
porque a corrida pra morte
também faz parte da vida".

Deolinda Maria....um nome que eu vou sempre tentar com que não se esquecam de mencionar no meio onde estou ...no meio onde ela cresceu ...o Fado, relembro todas as noites o seu nome ao cantar os seus fados.
Inclusivé divulguei alguns temas dela na RNA, uma das estações recentes e conhecidas a divulgar a nossa música portuguesa...
A minha avó cantou em várias casas de fado como o Café Luso onde actuou vários anos...todas as noites oiço falar dela, histórias da sua vida no Fado... estou a tentar reunir algumas informações sobre a minha avó dados mais concretos de forma a poder fazer uma biografia.

Este é o meu mail : mafalda_taborda@hotmail.com

No que eu poder ajudar e vice versa aqui deixo o meu contacto.

Amo-te avó....toda a tua famíia te ama e continuará a amar até nos encontrar-mos contigo...tal como tu escreveste...todos partimos - "Porque a corrida pra morte também faz parte da vida".

Até um dia avó...

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