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Associação Cultural de Fado
"O Patriarca do Fado"
Domingo, 31 de Janeiro de 2010
LISBOA
Digo:
"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do meu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
De Pedro Penedo a 22 de Fevereiro de 2007 às 23:38
Amigo Vítor .
Confesso que cheguei a pensar que o meu amigo pudesse ser demasiado "sectário" nesta pesquisa, mas agora vejo que estou completamente enganado, para além do Fado que venera demonstra bem que é um um homem de horizontes largos, e se no caso de Lisboa mantém esta imparcialidade, dando a conhecer outras manifestações para além do Fado, poderá estar a dar uma lição a algumas elites intelectuais que acham que as gentes do Fado são ignorantes.
Espero ansioso pelas continuas surpresas que nos vai dando neste seu trabalho .
Um Abraço
Pedro Penedo
Obrigado pela sua partilha, sempre que queira comentar ou publicar algo faça favor. Saudações culturais. Vítor Marceneiro
Obrigada e igualmente!
Também terei todo o gosto de o receber no Numa de Letra e se quiser deixar comentários, ainda melhor!
Um abraço,
Numa de Letra
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