Oh! Lisboa, minha querida Lisboa,
teres sido a minha cidade berço
foi uma ventura divina.
Cescer e viver em ti, foi uma benção.
Amar-te é um dever, é profissão de fé.
Cantar-te são declarações de amor.
Mas através de ti, receber poemas que são para ti,
incluindo afagos para mim.... é um honra, é um orgulho.
Amo-te Lisboa
Assina Vítor Duarte (Marceneiro)
NOSSA SENHORA DO FADO
Lisboa é terço rezado
Nos passos de cada passo
Madrigal,cantar,jardim
Lisboa é uma aguarela
Que desanda n'um bailado
Em olhos d'olhares sem fim
Nossa Senhora do Monte
Desce em veleiro da Graça
Sangra a colina a descer
E segue a seguir p'ró Tejo
P'ró meu terreiro sem paço
Dos meus passos a doer
Lisboa é fado de luz,
Nossa Senhora da Luz
Desata-me o corpo ao céu
Dá-me o farol do teu mar
E desagua o luar
No cantar do fado meu
Lisboa é luar ao vento,
Três almas de Marceneiro
Que a levam de braço dado
Ai, meu amor cantadeiro
Não te percas d'esse jeito,
Nossa Senhora do Fado!
Para o Vítor com um xi-coração.
m.josépraça.
TENS NO OLHAR SETE COLINAS
Tens n' olhar sete colinas
Tens cantigas e marés
Tens quadras de Santo António
Brumas de Fado a teus pés
És terra à beira do rio
És fado a rasgar o tempo
Tens nas mãos-das-tuas-mãos
Asas que voam no vento
És peregrino de Lisboa
Solidão de mar de nardos
Guardas terraços nos olhos
Rasgados em mil pedaços
Porque quem poisar em ti
Vai p'ró céu de sete céus,
Sete colinas de ti ... ...
Beijinhos de mim para ti.
Eu.