Clique aqui para se inscrever na
Associação Cultural de Fado
"O Patriarca do Fado"
Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2007
Mensagens recebidas via e-mail fora de Portugal..........715
Mensagens recidas via e-mail nacionais.........................263
Visitas por Mês
|
|
|
|
|
|
Mês
|
Quantidade
|
Percentagem
|
1
|
222
|
4,93
|
2
|
4284
|
95,07
|
Total
|
4506
|
|
Pageviews por Mês
|
|
|
|
|
|
Mês
|
Quantidade
|
Percentagem
|
|
Janeiro
|
447
|
4,4
|
|
Fevereiro
|
9711
|
95,6
|
|
Total:
|
10158
|
|
|
Segunda-feira, 26 de Fevereiro de 2007
Álbum de Alfredo Marceneiro revela tema inédito
Lisboa, 10 Fev (Lusa) - O álbum "Marceneiro... é só fado" de Alfredo Marceneiro, a editar na próxima semana pela Ovação, além de trazer a lume um inédito seu, apresenta o fadista em discurso directo.
Vítor Duarte, produtor executivo do álbum, explicou à agência Lusa que resgatou este inédito de "um convívio fadista realizado por volta de 1965, em Lisboa".Outra originalidade desta edição é que, antes de interpretar cada fado, Marceneiro fala de si e da sua forma de cantar.O musicólogo Rui Vieira Nery, em declarações à Lusa afirmou que "ouvir tão só e apenas Marceneiro constitui uma lição para todos: ouvintes, tocadores, compositores e intérpretes".No CD, em discurso directo, Alfredo Marceneiro explica "a importância de saber dividir uma oração" ou a atenção que dava às sílabas e a preocupação de as "pronunciar bem" ou como um pregão originava uma melodia fadista.Relativamente a este projecto, Rui Vieira Nery afirmou à Lusa que "Marceneiro nunca quis dar lições de fado, quando explicava era num determinado contexto e ambiente, deste modo as frases gravadas surgem descontextualizadas".As gravações agora reunidas num CD datam de 1972, segundo Vítor Duarte, e foram feitas para a etiqueta Estúdio, cujo espólio foi adquirido pela Ovação.Segundo informação do produtor executivo, em nove dos dez fados registados Alfredo Marceneiro é acompanhado à guitarra portuguesa por António Chaínho e à viola por José Maria Nóbrega.Relativamente ao tema inédito, segundo a mesma fonte, "não há registos dos acompanhadores mas é de tal forma importante este fado na carreira de Marceneiro e na história fadista que era indispensável trazê-lo à luz do dia no tempo actual".Dos dez fados registados neste álbum, sete melodias são de autoria de Alfredo Marceneiro.Excepções são "Sonho dourado", letra de Fernando Teles cantada no tradicional "fado Mouraria", "Moinho desmantelado" de Henrique Rêgo, cantado na música do "fado corrido" e "Quadras soltas" também de Rêgo com música própria de Francisco Viana (Vianinha).O álbum "Marceneiro é só fado" integra entre outros, "Rainha Santa", "Sinas", "Cabaré" ou "Remorso", todos de autoria de Henrique Rêgo, e dois outros de autoria de Fernando Teles, "Sonho dourado" e "O pagem".Alfredo Marceneiro, uma das figuras referenciais do fado, faleceu em Lisboa, cidade onde nasceu, a 26 de Junho de 1982.
NL. (*)
Lusa/Fim
(*) NL são as iniciais do nome do jornalista da Agência Lusa, NUNO LOPES, que é dos jornalistas que quanto a mim mais tem noticiado sobre assuntos de Fado.
No ano passado fez parte do "Júri dos Prémios Fundação Amália", tem levado a cabo várias palestras e debates sobre o Fado e as gentes do Fado, como aqui neste blog já várias vezes foi referenciado.
Somos amigos e colegas de Direcção da APAF, mas creiam que a sua imparcialidade não é por esse facto alterada
Domingo, 25 de Fevereiro de 2007
Vou relembar aqui outras Jornadas que para o caso de não terem assistido ou nem sequer terem ouvido falar, fica documentado.
Estas Jornadas forma levadas a efeito pela “APAF” coordenadas pelo Jornalista Nuno Lopes, os quais decidiram dar-me a honra de me incluir entre estas ilustres figuras, de reputada categoria pessoal e profissional.
Nesta altura, embora eu fosse sócio fundador da APAF, encontrava-me auto-supenso, que em nada influenciou pela negativa o convite, eu tinha acabado de editar um modesto trabalho, a biografia de Hermínia Silva, talvez por esse facto fui convidado.
Estas Jornadas além do vasto público presente foram transmitidas pela RDP- Antena 1, e foram do agrado geral e muito elogiadas.
Há no entanto um pormenor que decerto me desculparão a imodéstia ao relatá-lo;
A entrevista transmitida “Histórias para a História do Fado” - Vítor Duarte Marceneiro/Nuno Lopes, após a sua emissão, teve na RDP pedidos de repetição porque ouve pessoas que não conseguiram apanhar a emissão do principio e que como tinham achado muito interessante ficaram decepcionados de não conseguirem ouvir tudo, assim a RDP repete na 5ª Feira seguinte o programa. Receberam novamente pedidos de repetição e demonstrações de agrado que a Direcção de Programas da RDP decidiu repetir em mais duas semanas.
"TRÊS GERAÇÕES"
Reperório de Alfredo Duarte Júnior
Letra de: João Alberto
Música de Alfredo Marceneiro
Três vidas, três gerações
Que enternecem corações
Fazem lembrar o passado
Primeiro, segundo e terceiro
A família Marceneiro
Toda ela canta o fado
Com fim nobre e altruísta
Esta geração fadista
Usa o lenço por brasão
Seja virtude ou defeito
Uso o lenço por respeito
Desta nossa geração
Eu sou povo, vida e fado
E o fado tenho cantado
Num estilo muito meu
Marceneiro é a expressão
Duma longa geração
Que para o fado nasceu
Obrigado Amigo José Francisco Estevam, por este poema que muito me tocou, hoje que era data do seu aniversário, tenho muito gosto em publicá-lo.
Alfredo Marceneiro
Letra de: José Francisco Henrique Estevam
Foi na nossa Lisboa antiga
Aonde o fado é cantiga
Havia um fadista verdadeiro
Adorava ouvi-lo cantar
Os poemas eram de pasmar
O tio Alfredo Marceneiro
II
Era um delírio ouvi-lo cantar
Até ouvi-lo falar
Era um homem adorado
Até pelo fadista mais novo
Ele era um homem do povo
Ele cantava e adorava o fado
III
Eu vi na televisão
Escutei com muita atenção
O seu neto falar dele com tanto amor
Fiquei muito comovido
Porque afinal faz sentido
Era um fadista com valor
IV
Quando eu ouço um neto elogiar um avô
O meu sentido mudou
Porque eu não tive esse prazer
De não conhecer meus avós
Tenho um desgosto atroz
Que me faz comover
Domingo, 11 de Fevereiro de 2007
A RAZÃO DUMA PAIXÃO
Só de há alguns anos para cá me apercebi que o Fado é um estado de alma, é paixão. Desde muito novo que o adoro e cultivo, mas à medida que vou amadurecendo, dou por mim a venerá‑lo cada vez mais. Lembro coisas do «fado» e de Fado, que durante muito tempo parecia que nada me diziam, estavam adormecidas, mas que agora me vêm à memória, em catapulta desenfreada, e penso... tanto tempo que eu perdi.
Reuni em livro, a que dei o título de Recordar Hermínia Silva, tudo o que sobre ela consegui recolher, com o intuito de fazer história sobre essa mulher, que era povo, foi amada e ovacionada, mas manteve‑se sempre simples e despretensiosa. Era dotada de um dom especial, que só muito poucos têm, de cantar e representar muito bem, era um representar que não se estuda no «Conservatório», com a sua voz bem castiça dava um cunho muito pessoal às suas interpretações que deliciavam a quem a escutava, quer no fado tradicional, quer no fado revisteiro, mas na revista para além de cantar interpretou figuras e «meteu buchas» que fizeram o delírio de milhares de espectadores.
Obrigado Hermínia Silva por tudo que deu ao Fado, ao Teatro de Revista, ao Povo Português.
In: Recordar Herminia Silva de Vítor Duarte Marceneiro - 2003
Livro biográfico "Recordar Hermínia Silva"
Edição de Autor Vítor Duarte Marceneiro
Formato 16 X 21 com 232 páginas , custo: € 15 inclui portes
Pedidos a: fado.em.movimento@sapo.pt
Herminia Silva desde a sua estreia em 1932, participou em 13 operetas, 37 revistas, 2 peças declamadas e ainda em 5 filme e vários programas de televisão.
Painel de azulejo da Tendinha
Criação de Hermínia Silva em 1934 na Revista o Zé dos Pacatos no Teatro Apolo
VELHA TENDINHA
Letra: José Galhardo
Música: Raul Ferrão
Junto ao Arco do Bandeira
Há uma loja, a Tendinha
De aspecto rasca e banal
Na história da bebedeira
Aquela casa velhinha
É um padrão imortal.
Refrão
Velha taberna
Nesta Lisboa moderna
É a tasca humilde e eterna
Que mantém a tradição
Velha Tendinha
És o templo da ginjinha
Dos dois brancos de gimbrinha
Da boémia e do pifão
Noutros tempos os artistas
Vinham já grossos das hortas
Pró seu balcão caturrar
E os fidalgos e os fadistas
Iam p´rá ´li horas mortas
Ouvir o fado e cantar
Quarta-feira, 7 de Fevereiro de 2007
A poetisa Maria De Lourdes de Carvalho, acedeu com todo o entusiasmo a este projecto, e teve a atenção de me ofertar o seu livro de poemas , que para além de três poemas que versam Lisboa e que já a seguir publico, tem outros fados que eu ainda não conhecia, mas com aquela pinga de sangue que me corre nas veias com alguns «glóbulos fadistas» só senti,
.... todo ele é fado....
Parabéns, fico à espera do próximo.
CAPA CONTRACAPA
A autora escreve na contacapa, mesmo por baixo da sua foto este "grito"
Ser poeta
É quase ser Pecado
Ser poeta
É ter no peito uma estrada
onde caminha a humanidade.
É desejar tudo, tendo o nada.
É assim como correr estando parado
Ser poeta
É andar de lado em lado
sem ir a lado nenhum!
ANINHAS DA MADRAGOA
Letra de Maria de Lourdes de Carvalho
Música de: António Chaínho
Passa sorrindo brejeira
Com ar de quem conquista
Amores à sua maneira
E não há quem lhe resista
Correndo de rua em rua
Conhece bem esta Lisboa
Ninguém lhe chama sua
Aninhas da Madragoa
Há fadistas com desejos
P'ra quem ela é toda fado
Atiram-lhe rosas e beijos
Sonham viver a seu lado
Aninhas da Madragoa
Sonho que ninguém agarra
Coisa linda, coisa boa
Esperança que se desgarra
CORRI LISBOA INTEIRINHA
Letra de: Maria de Lourdes de Carvalho
Música: Fado Tradicional
Corri Lisboa inteirinha
Andei à tua procura
Mas não te vi, vê lá bem
O estado desta loucura
Pensei até que sorrias
Em cada estrela cadente
Agora sei qu´existias
Na minha ânsia somente
Vi teus olhos na calçada
Na água como a brilhar
Ajoelhei-me na esperança
Dum beijo te poder dar
Corri ruas sem destino
Andei de lado p'ra lado
Quando por fim te encontrei
Foi na rima do meu fado
EU SOU FILHA DE LISBOA
Criação de Ada de Castro
Letra de: Maria de Lourdes Carvalho
Música de: Max
Tive por berço o Castelo,
Que é belo
Meu padrinho foi S. Jorge,
Com fé
Tenho a honra por brasão
No nome que alguém me deu
É o fado meu condão
Que a glória conheceu
Eu sou filha de Lisboa
Eu sou filha de Lisboa
E Lisboa ali nasceu
Vivo mais quando é de noite
Embalada p'lo luar
Que o Tejo torna de prata
Sinto mais nas madrugadas
Onde a voz do fado põe
A minha alma enamorada
Pelos Bairros correm sonhos
Vivo eu a mocidade
Poetas cantando vidas
Fadistas cantam saudades
Segunda-feira, 5 de Fevereiro de 2007
Real Bordalo - Nome completo: Artur Real Chaves Bordalo da Silva. Nasceu em Lisboa em 1925. Cedo mostrou vocação para o desenho e para a pintura mas, obrigado a interromper o curso que lhe daria acesso à Academia de Belas Artes, exerceu diversas profissões e, admitido aos 16 anos de idade na Fábrica da Cerâmica Constância Faiança Bastitini, como pintor, teve aqui oportunidade de contactar com João Rosa Rodrigues e Francisco Branco, dois excelentes artistas, não só como ceramistas, mas também, como pintores de óleo e aguarela.
Mais tarde trabalhou com Leitão de Barros na modalidade de cenografia, na Tobis e na Lisboa Filme para diversos filmes Portugueses. Desenhador técnico, retocado r de rotogravura e desenhador maquetista no Diário de Notícias, profissões que também exerceu. Mais tarde trabalhou com Leitão de Barros na modalidade de cenografia, na Tobis e na Lisboa Filme para diversos filmes Portugueses. Desenhador técnico, retocado r de rotogravura e desenhador maquetista no Diário de Notícias, profissões que também exerceu.
Destes contactos resultou um maior interesse pelas artes plásticas e em consequência das tentativas que levou a efeito, inscreveu-se como sócio da Sociedade Nacional de Belas Artes, onde frequentou as aulas nocturnas de desenho, tendo como mestre, Álvaro Duarte de Almeida, no pastel o mestre Domingos Rebelo e em aguarela os mestres Alberto de Sousa e Alfredo Morais.
Tendo concorrido com trabalhos seus, não só nos Salões Anuais de Outono e Primavera daquela Sociedade, onde passou a sócio efectivo, por lhe ter sido atribuída uma 3.a medalha em aguarela, mas também em outros Salões noutros locais. O êxito obtido, de que são testemunhos os prémios concedidos (diversas medalhas e menções honrosas e alguns prémios de mérito) levou-o a dedicar-se inteiramente a esta actividade artística. Surgiu então a oportunidade de realizar a sua primeira exposição individual dos seus trabalhos a aguarela e pastel, no Casino da Figueira da Foz (Salão Nobre) em 1952, à qual se seguiu outra em 1953, na Sociedade de Belas Artes. Incentivado tanto pelo público como pela crítica, o êxito assim alcançado justificou a sua integração no Grupo Português de Aguarelistas e mais tarde no Grupo dos Artistas Portugueses, permitiu-lhe assim continuar a realizar exposições em diversas cidades do País, concorrendo sempre aos diversos Salões Nacionais - Imagem da Flor, Câmara Municipal de Lisboa, Salão de Artes do Casino do
Estoril, entre outros. No estrangeiro Salões Internacionais de Madrid, Sevilha, Lugano, Paris, Estocolmo, Rio de Janeiro e Nápoles.
Afastado das Artes Plásticas de 1959 a 1973, voltou a partir desse ano a expor com regularidade os seus trabalhos, com assinalado êxito.