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Associação Cultural de Fado
"O Patriarca do Fado"
Quinta-feira, 29 de Março de 2007

Canta :
Fernando Farinha
Alfredo, quando tu cantas
Cantas com tanta saudade
Que eu sinto que tu encantas
Toda a minha mocidade
Responde: Alfredo Marceneiro
A minha pobre garganta
Já não tem a voz de outrora
Mas quando canta, ainda canta
Ao pé das vozes de agora
Segunda-feira, 26 de Março de 2007
Localização nos Continentes e País que visitaram o blog

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Dados entre 23 de Fevereiro e 26 de Março de 2007
Mensagens recebida via e-mail fora de Portugal.......123
Menadagens recebidas via e-mail em Portugal...........72
Comentários no Blog ....................................................57
Domingo, 25 de Março de 2007
Beatriz Costa

Lá Vai Lisboa
Criação de Beatriz Costa em 1935
Letra de Norberto de Araújo
Música: Raul Ferrão
Vai de coração ao alto,
Nasce a lua,
E a marcha segue contente.
As pedrinhas de basalto
Cá da rua
Nem sentem passar a gente.
Nos bairros desta cidade
Encantada,
Tudo serve de alegria.
E faz-se alegre a saudade
No toque da alvorada,
No toque de Avé-Maria.
Lá vai Lisboa
Com a saia cor do mar,
E cada bairro é um noivo
Que com ela vai casar!
Ai! vai Lisboa
Com seu arquinho e balão,
Com. cantiguinhas na boca
E amores no coração.
Quarta-feira, 21 de Março de 2007

http :/ pwp.netcabo.pt apaf
apaf @netcabo.pt
Jantar – Tertúlia - dia 25 de Março 2007- a APAF Relembra o poeta Artur Ribeiro
A Direcção da A.P.A.F ., convidou a sua associada Regina Aguilar Gonçalves que irá defender uma tese de mestrado na Universidade Nova de Lisboa, sobre o poeta Artur Ribeiro, a participar no jantar, elucidando os presentes sobre as suas investigações, e que poderá ser consultado mais pormenorizado no blog: http :/ arturribeiro.blogspot.com /
Por já não se de especial relevância o destaque dado a este assunto até à data do evento, retiro a notícia inicial referente ao jantar e passo a transcrever nos comentários a noticia da Lusa, o meu mail à investigadora e a sua resposta, que foram trocados logo após a notícia da Lusa, não o fiz antes da palestra pois não queria de forma alguma opinar fosse o que fosse publicamente sem estar mais documentado, mas o meu mail punha algumas questões que acho pertinentes, o mail de resposta da investigadora deixo a análise ao critério de quem o ler e analisar.
Não pude estar presente no jantar da APAF , portanto não poderei pronunciar-me sobre o debate.
Ver comentários
JOSÉ NUNES
José Nunes Alves da Costa (José Nunes) nasceu no Porto na freguesia de Paranhos em 28 de Dezembro de 1916.
Ainda a viver no Porto com cerca de 5 anos aprende a dedilhar o Fado Menor numa guitarra que pertencia a um sapateiro seu vizinho.
Com oito anos de idade vem para Lisboa estudar, tirando o Curso de Electrotecnia, que acaba tinha cerca de 16 anos.
Começa a frequentar uma taberna à Rua dos Cavaleiros, que tinha à disposição de quem soubesse tocar uma guitarra e uma viola, à tarde o local era frequentado por gente do Fado onde os seus dotes a ninguém passou despercebido.
Ainda como amador mas já não sendo um principiante José Nunes exibe-se no Café Ginásio, no Café Luso (Avenida da Liberdade), e ainda em tertúlias fadistas.
É em 1936 com vinte anos de idade que se estreia como profissional no Café Mondego (mais tarde Retiro dos Marialvas), acompanhado por um dos mais conceituados tocadores de viola de Fado da época, Alfredo Mendes.
Em 1945 com a reabertura do Solar da Alegria, sob a direcção artística de Júlio Proença, é contratado, ali levam a efeito as noites de “Fado Antigo” era nessa altura cabeça de cartaz Fernanda Peres “ a voz nostálgica do Fado”, José Nunes à frente de um conjunto de guitarras e violas dos quais fazem parte Casimiro Ramos, Alfredo Mendes e Pais da Silva, onde cada vez ganha mais admiradores, há quem o compare ao Grande Armandinho .
Mais tarde actua no Café Luso ( Travessa da Queimada), onde se mantém sete anos, rescinde o contrato porque decide tirar partido do seu curso e talvez uma maior estabilidade profissional, e ingressa na Companhias Reunidas de Gás e Electricidade, onde chega a exercer o cargo de Chefe Ajunto da rede geral de gás, conseguindo no entanto conciliar esta actividade com a de músico.
Tocou em directo como era costume na época em várias rádios, mas foi na Emissora Nacional que mantém às sextas-feiras durante cerca de trinta anos um programa que foi decerto inspiração para muitos futuros guitarristas.
Em 1956 é o primeiro guitarrista a actuar na Radiotelevisão.
José Nunes tocou praticamente para todos os fadistas e gravou com muitos deles, permitam-me que realce, eu próprio tive a honra de gravar um EP para a Valentim de Carvalho, e um dos temas desse disco era precisamente o poema que Artur Ribeiro fez para mim, e uma pessoa que tal como se diz do meu avô tinha (um certo mau feitio), só me posso recordar que foi de uma simpatia e de uma colaboração, aliadas a alguns conselhos que nunca poderei esquecer.
Foi guitarrista de Amália em Portugal e no Estrangeiro, mas acaba por dar lugar a outro, pois tem a fobia de andar de avião.
È autor de vários fados e variações, saiu à cerca de dois anos um "cd - O Melhor de José Nunes" com as suas variações que é uma tal virtuosidade, ouvi-lo causa arrepios de prazer fadista.
A sua guitarra cala-se em 23 de Janeiro de 1979, no seu cortejo fúnebre a grande maioria dos músicos e gente do Fado, prestam-lhe a sua sentida homenagem.
Segunda-feira, 19 de Março de 2007
ARMANDINHO “O MAGO DA GUITARRA PORTUGUESA”
De seu nome Armando Augusto Freire, nasceu em Lisboa a 11 de Outubro de 1891.
Desde miúdo esteve ligado à música seu pai tinha um bandolim em que tocava, aos oito anos de idade já tocava com a palheta melhor que o pai, mas a arte estava-lhe nas veias e aos 10 anos de idade arranja uma guitarra e nunca mais para de dedilhar, dedilhar até dominar o instrumento.
Aos 14 anos estreia-se no Teatro das Trinas.
Executante de eleição cedo se torna uma lenda viva marcando uma época única na história do Fado de Lisboa.
Armandinho tocava de ouvido, mas foi um compositor e improvisado que lhe permitia criar melodias que eram admiradas por quem com ele teve o prazer de privar, infelizmente por não haver a facilidade de gravar como hoje muito da sus obra se perdeu
Meu avô Alfredo Marceneiro nunca escondeu se não fosse o Armandinho a ter a genialidade de apanhar os seus estilos e as musicar, talvez hoje o espólio de Marceneiro em termos de música de Fado não existisse. Eram assim naquele tempo... honestos uns com os outros... sem atropelos... sem invejas, enfim outros tempos outras gentes.
A Câmara Municipal de Lisboa acabou de dar o seu nome a uma rua da edilidade.
Deixou-se de ouvir o trinar da sua guitarra em 21 de Dezembro de 1946.
A guitarra — alma da raça
Amante do meu carinho,
Tem mais perfume e desgraça
Nas mãos do nosso Armandinho.
Benditos os dedos seus
Que arrancam assim gemidos
Tal como se a voz de Deus
Falasse aos nossos ouvidos
Versos de: Silva Tavares