Ilídia Dias Ribas, embora gerada em Lisboa onde seus pais habitam, estes que são algarvios fazem questão que a sus filha venha a nascer no Algarve mais propriamente em Faro.
Após a instrução primária entra para o Conservatório Nacional para o curso de piano.
Aos 17 anos, pela mão do Maestro Nóbrega e Sousa, que a apoia na preparação para se apresentar ao júri da Emissora Nacional, ficando classificada logo à primeira audição.
Faz a sua primeira actuação na rádio actuando ao lado de Luís Piçarra e Margarida Amaral no programa “Ouvindo as Estrelas”, sendo considerada por muitos admiradores como a revelação desse ano.
Entretanto casa, e decide abandonar por uns tempos a vida artística (cerca de 3 anos).
Mas o “bichinho” das palmas chamava por ela e regressa, sem que tenha perdido a popularidade que já tinha alcançado.
Actua no Luxemburgo, França, Espanha, Holanda, Bélgica, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, numa digressão que durou 10 meses.
Faz uma digressão de 4 meses em Israel, onde obtém um assinalável êxito.
Por proposta sua ao Ministério do Ultramar, é incumbida de organizar uma digressão com outros artistas a Angola e Moçambique que durou cerca de 4 meses.
Faz digressões aos Açores e à Madeira.
Tem actuações na América Latina e nos Estados Unidos.
Algumas das suas criações foram, Amor e Chá Chá, Ao Longe da Vida Ri, Nasci para cantar, Bambino, Lisboa é minha e Tua, Isto é Lisboa, Não Quero, Portuguesinha, Quem és Tu, Poema do Fim, Dame Felecidad, etc.
Foto com o marido
Luís N´Gambi
a actuarem em Angola
Letra de: E. Damas
Música: M. Paião
Há um sol a brilhar
No céu azul
uma voz a cantar
Que se fez ouvir
De norte a sul
Há pregões para o ar
Há luz e cor
Uma voz a cantar
Assim como o par
palavras d'amor
Um manjerico ao luar
Isto é Lisboa
O tejo a murmurar
Isto é Lisboa
Um fado a soluçar
Isto é Lisboa
Uma rua estreitinha
Uma casa velhinha
Isto é Lisboa
Lisboa é assim
Uma canção
Que para mim e para ti
É toda a mor e emoção
Lisboa nasceu
Juntinho ao mar
Foi gaiata cresceu
E não mais quis
Deixar de o olhar
Escadinhas de S.Tomé
Foto de Pedro Soares "in 28 Crónicas de um percurso"
LISBOA ÉS LINDA MESMO ASSIM
Poema de Ayres Plácido
Lisboa é uma cidade que abraça,
sem reparar na cor ou na raça.
Hoje Lisboa já não é mais aquela menina,
Mas ainda cheira bem;
E à noite canta-se o fado e a saudade traz rosas na mão
Para oferecer a quem no peito tem coração.
Lisboa estás a ficar encarquilhada…
Se ninguém te acode qualquer dia,
Cais no chão triste amargurada
De mão estendida a pedir alegria.
És linda Lisboa, mesmo assim!
Com os teus prédios já velhotes,
Ainda és um maravilhoso jardim
Cheia de encanto e belos dotes.
Senhora do Monte, lentes d`ouro,
Prós meus olhos pela primeira vez,
Que aprazível, sublime miradouro.
Lisboa, hoje o teu cabelo louro,
Cheio de magnetismo e altivez,
Foi para o meu olhar um tesouro.