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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2007

2008, continuação...

     CAROS AMIGOS, QUE O ANO BISSEXTO DE 2008

VOS TRAGA TUDO DE BOM,

TAL COMO DESEJO PARA MIM E PARA OS MEUS.

Em termos de Fado, desejo que as altas competências acabem por iniciar o processo da candidatura da nossa querida Lisboa ao Guiness Book of Records " como a cidade mais cantada do mundo, na recolha feita para a base de dados constam todas as formas de cantar/homenagear, Fados, Canções, Sonetos, Poemas e Prosas, mas tal como eu tinha previsto é o Fado quem mais escreve e canta sobre Lisboa.

Veremos se em 2009 já estaremos no Guiness .

 


 Ainda ao findar este ano, a minha sincera homenagem a todos o que amam o Fado, com duas vozes femininas , uma do Porto, outra de Lisboa, cada uma cantando à sua cidade.

 

 LISBOA JÁ É MULHER

Letra de: Gonçalo Lucena

Música de: Pedro Rodrigues

Canta : Ana Marina

                                                          

                          


 PORTO SENTIDO

Letra de: Carlos Tê

Música: de Rui Veloso

Canta: Sandra Cristina 

                                                           
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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Lisboa já é Mulher e Porto Sentido
Viva Lisboa: Encorajado para continuar
publicado por Vítor Marceneiro às 23:17
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Quarta-feira, 26 de Dezembro de 2007

ALFREDO MARCENEIRO - CANTA "O NATAL DO MOLEIRO"

 

Letra de : Henrique Rego

Música de Alfredo Marceneiro

 

                                                           

 

                                                   " O NATAL DO MOLEIRO "

 

Que noite de Natal, tristonha agreste

De neve amortalhava-se o caminho

E o vento sibilada do nordeste

Por entre as frinchas da porta do moinho

 

Sentado na velha mó, já carcomida

Onde incidia a luz d´uma candeia

O moleiro de barba encanecida

Com a mulher comia a parca ceia

 

Próximo do moinho, ouviu-se em breve

Uma voz e o moleiro abrindo a porta

Viu um velhinho todo envolto em neve

Vergado ao peso d´uma esperança morta

 

Entrai meu peregrino da desgraça

Disse o moleiro ao pálido ancião

Aqui não há dinheiro, existe a graça

De haver carinho, piedade e pão

 

Vinde comer agasalhar-se ao lume

Festejar o nascer do Deus Menino

Porque a vida somente se resume

Na escravidão imposta p´lo destino

 

Então o velhinho com uma voz sonora

Pronunciou levando as mãos ao peito

Abençoado seja a toda a hora

Este moinho que é por Deus eleito

 

 

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música: O Natal do Moleiro
Viva Lisboa: Que saudades
publicado por Vítor Marceneiro às 14:24
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Domingo, 23 de Dezembro de 2007

FESTAS FELIZES - Feliz Natal - Bom Ano Novo

Feliz Natal e um bom Ano Novo

 

São os votos sinceros deste vosso amigo

Vítor Duarte Marceneiro

Viva a Solidariedade

 

 

Que bela imagem de Solidariedade, os animais fazem-no por instinto, os homens muitas das vezes, não o fazem por ganância!

Este pequeno filme que é uma maravilha, foi-me enviado há uns meses por um amigo , e desde logo pensei que iria usá-lo, achei oportuno divulgá-lo agora, que estamos em  época natalícia, onde a solidariedade é mais falada, mas infelizmente logo esquecida. Natal devia ser todos os dias, e será sempre que um homem queira.

 

Com base neste pequeno filme e na mensagem que ele encerra, pedi a três poetas meus amigos que escrevessem algo para eu publicar conjuntamente com o mesmo, acederam ao meu pedido,  é pois com muita gratidão, que aqui transcrevo as  prosas que me enviaram.

Depenicar no Destino

por: Carlos Escobar

                   depenicar no destino
                   depenicar no que cai
                   às migalhas do vizinho
                   nem o peixinho lá vai
                   e... à falta de migalhas
                   há tanta gente que ao calhas
                   tem natal tão pobrezinho
                   que depenica migalhas
                   à espera de um bom patinho

 

DOM DE COMPARTILHAR

por: Euclides Cavaco

Qual imagem de candura

Nos inspira este patinho

Neste gesto de ternura

Transcendente de carinho.

Num afecto transparente

Tão  singelo  a  repartir

Mesmo aos de raça dif’rente

Sem nada em troca exigir.

 

Exemplo  de  magnitude

Que dum patinho apreendo

Um   desígnio de  virtude

Que os homens vão esquecendo.

Bem dentro de mim eu sinto

Quando o contemplo melhor

Que há para além do instinto

Cândida  prova  de  amor.

 

Que  bom  seria  afinal

Se ele pudesse inspirar

Os homens neste Natal

O dom de compartilhar .

Na mesma simplicidade

Com que este patinho o faz

Toda a nossa humanidade

Teria mais pão e paz !... 

 

 

ao pão da minha fome

por: Fernando Pinto Ribeiro

 

               rompendo a terra

               para a florir

               e repartir

               por toda a gente

   

               o pão

               é mão que encerra

               todo o porvir

               numa semente

 

               o pão é mão

               que dá o que recebe

               e Deus lhe deu

 

               fome que come

               quanto sofreu

               e pede à sede

               água do céu

 

 

A  primeira gravura "Olhando a árvore" é pintada com  a boca por Erich Krell.

A segunda gravura "Natal na Praça" é pintada com a boca  por R.Christensen

 

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Viva Lisboa: embuido nos festejos do Natal
publicado por Vítor Marceneiro às 21:18
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Sábado, 22 de Dezembro de 2007

LUISA MELO - Guitarrista

Luisa Melo, nossa compatriota está radicada há muito no Canadá, ama o Fado e a guitarra, é na  guitarra que vive o seu Fado.

Nasceu a 1 de Fevereiro  de 1955, em Vila do Porto na Ilha de Santa Maria, nos  Acores.

É casada  Dinis Semião de Melo, natural da  Ilha de S.Miguel  Acores, tem dois filhos nascidos no Canada, a  Sonya  e o Steve, que já lhe deu um neto.

Esteve em Lisboa de férias e ficámos amigos, e foi graças à sua inicioativa que fui convidado a ir ao Canadá cantar, fiquei hospedado na sua casa onde me senti da família.

Pedi ao  poeta e escritor Euclides Cavaco, para escrever sobre esta grande senhora e guitarrista, que ele há muito conhece, para aqui lhe prestar uma sincera homenagem.

 

 

 

PERFIL DE UMA GUITARRISTA

HISTÓRIA INVULGAR DE AMOR AO FADO E À GUITARRA

 

A guitarra portuguesa é sem dúvida um dos mais atraentes instrumentos musicais

que tem a virtude de ser a musa inspiradora de poetas e trovadores e muito peculiarmente dos talentosos intérpretes do nosso FADO, que dele fazem a Alma Portuguesa.

 

Inseparável companheira do FADO , tem sido dedilhada quase exclusivamente  por homens e, sem saber porque razão,  apenas muito raramente por senhoras.

 

É de facto esta singularidade que motivou este registo digno de destaque por nos apresentar a rara particularidade  de  uma  SENHORA GUITARRISTA, que para além do seu amor ao FADO e à guitarra ,

narra sobre essa sua paixão uma história que nos toca emocionalmente.

 

LUÍSA MELO, é o nome desta talentosa guitarrista , nascida em Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, Açores, que  ao expressar a sua afeição extremosa pelo FADO e pela guitarra portuguesa afirma ter nascido com o fado na alma cuja propensão herdara de seus pais.

 

Desde muito jovem que Luísa começou a ouvir o FADO através da rádio e desde tenra idade se sentiu atraída pela sua nostalgia criando com o FADO e com a guitarra uma verdadeira  afinidade que originou nela o ardente desejo de aprender a tocar guitarra. Todavia , as carências de recursos na sua terra natal não lhe permitiram lá consumar este seu sonho.

 

Em 1972  Luísa decide radicar-se no Canadá, trazendo na bagagem  a sua contínua paixão pelo FADO e pela guitarra que continuam inalteráveis almejando SEMPRE um dia  tornar-se guitarrista.

Já no Canadá , Luísa contactou então o guitarrista José Bairos, que lhe ensinou com muito carinho,  tudo o que sabia, abrindo assim as portas ao seu  tão  ambicionado desígnio.

Depois já com alguns conhecimentos de guitarra  tem a felicidade de encontrar na região de Toronto , o grande mestre e professor de guitarra António Amaro , que com a sua sapiência conseguiu dar asas ao  grande sonho

de Luísa, transformando-a na guitarrista que  hoje é.

 

Concluída a aprendizagem , Luísa inicia então a acompanhar noites de FADO como guitarrista  e a fazer actuações púbicas em clubes e associações , tendo alcançado rapidamente  a admiração do público em geral

e  por mérito próprio conquistado alguns prémios e menções honrosas que muito têm prestigiado a sua carreira , entre os quais  se destaca um prémio especial que lhe fora atribuído pela Fundação do saudoso mestre da guitarra portuguesa Mariano do Rego.

 

Luísa tinha assim consumado o seu grande sonho, mas  o destino reservou-lhe um FADO MAIS TRISTE,

que é talvez o ponto fulcral de toda a  sua biografia.

 

No auge deste seu grande júbilo, Luísa é dramaticamente surpreendida com o diagnóstico de um cancro.

Em face desta pavorosa notícia, a sua vida toma então um novo rumo.  Obviamente triste e desmoralizada chegou mesmo a pensar  que tinha chegado o fim .  Mas Luísa acreditava contudo que a fé pode fazer mover montanhas ,  tal como acontecera com  a concretização do  sonho de ser guitarrista.

 

Baseada nesta mesma filosofia, Luísa desafia a terrível doença sem NUNCA  desistir de poder curar-se , continuando abraçada à sua guitarra , dedilhando-a sempre como que um bálsamo,  com a convicção de que a sua fé e o amor à sua guitarra eram mais fortes do que a apavorante doença que a torturava.

 

Quase como que  miraculosamente, Luísa acabou mesmo por recuperar da aterrorizadora doença,

atribuindo esta consequência à fé que a sua amada e inseparável guitarra lhe inspirou, à qual quase

religiosamente presta culto por lhe ter devolvido a vida e a alegria de viver.  

Esta é pois a invulgar  biografia da guitarrista  Luísa Melo, cuja paixão pela guitarra e pelo FADO, 

motivaram nela a coragem que a levou à vitória. Luísa  expressa assim com ênfase o seu  sentimento:

Existem momentos na vida em que as palavras não revelam o que o coração triste sente e, neste momento o meu revela a alegria que me domina em poder continuar a tocar a minha guitarra. A fé NUNCA me abandonou.

Lutei e venci. Quando a morte chegar morro feliz porque realizei o meu sonho: O FADO A GUITARRA E EU.

Texto do Poeta e Escitor Euclides Cavaco

 

Luisa de Melo vai gravar brevemente, como ainda não tenho essa produção,  dedico-lhe uma música da autoria do meu avô.

Fado Pagem

Autor: Alfredo Marceneiro

Execução na guitarra por: Arménio de Melo

                                                            

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música: Fado Pagem de Alfredo Marceneiro
Viva Lisboa: Feliz ao apresentar esta amiga
publicado por Vítor Marceneiro às 08:00
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Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2007

POEMA de EUCLIDES CAVACO ao projecto LISBOA NO GUINESS

Recebi do meu querido amigo, poeta e escritor, que tanto tem feito pela divulgação do Fado, do nosso país e da nossa cultura, é com muito orgulho que apresento esta linda homenagem que ele faz ao meu projecto.

LISBOA NO GUINESS

Projecto de Vítor Marceneiro

celebração das 100.000 visitas

 

 

  Lisboa  no  Guiness ”

Adquiriu CEM MIL visitas

E todos os dias cresce

Sendo já das favoritas.

 

                                Só em apenas dez meses

                                Provou total aderência

                                Visitada cem mil vezes

                                Já é portal de Excelência.

 

Parabéns pelo projecto

Altruísta e pioneiro

Do nosso Vítor que é neto

Do Alfredo Marceneiro.

 

                                Que Lisboa no Guiness ”

                                Seja facto consumado

                                Por isso elogios merece...

                                Ao Vítor nosso obrigado !...

 

Euclides Cavaco

 

                             

 

Nota: O "facto consumado" ou seja fazer a candidatura ao Guiness ,  agora só depende dos responsáveis políticos , pois o meu trabalho está feito, para esse efeito, mas continuarei a escrever sobre Lisboa e sobre o Fado, "até que as mãos me doam".

Quando do arranque deste projecto, a noticia da Lusa deu a volta ao mundo, espero não virmos a ser ultrapassados, e outras cidades se candidatem aproveitando a ideia.

Já agora informo que Lisboa não tem nenhum registo no Guiness Book .

NO MOMENTO EM QUE PUBLICO ESTA PÁGINA, REGISTA-SE MAIS DE 110.000 VISITANTES

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Viva Lisboa: Orgulhoso de ser Alfacinha
publicado por Vítor Marceneiro às 12:36
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Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007

MANUEL SILVA CARDOSO, fadista e poeta

Manuel Silva Cardoso nasceu no Porto na freguesia de Miragaia em 1962

A paixão pelo o Fado vem-lhe desde muito jovem, seu pai tocava guitarra, começando assim a cantar fados sobre Lisboa e de Coimbra, mas já ia metendo versos seus nas músicas mais conhecidas.

Neste livro de poemas anseia acima de tudo “injectar sangue novo” no Fado, gostaria de  ouvir cantar também sobre o Minho e o Norte em geral, para que não seja só cantados Fados sobre Lisboa, esperando quem se disponha a cantá-los.

São poemas carregados “de histórias verídicas da vida do dia a dia,  quer do Porto quer de Braga”  dando-nos bem o retrato e a tradição das gentes de Portugal.

Sendo sua mãe bracarense, acabou por se radicar em Braga há cerca de 10 anos.

Continua a cantar  como amador, e os seus poemas já começaram a ser musicados.

É de realçar que a venda do livro reverte a favor de uma ajuda humanitária.

                                       

 

Quando da minha actuação na 7ª Grande Noite do Fado de Braga que homenageava meu avô Alfredo Marceneiro, Manuel Silva Cardoso, quis associar-se a essa homenagem, e compôs estes versos que aqui transcrevo, e que muito me sensibilizou.

"ALFREDO MARCENEIRO"

 

A minha voz já está trémula

Dizia ele cantando

E quando não mais podia

Então cantava chorando

 

                            O Alfredo sempre foi

                            Considerado entre os fadistas

                            Quando o Alfredo partiu

                            Partiram mais dois artistas

 

Alfredo tinha pró Fado

Muito talento e valor

Além de afamado fadista

Era escritor e compositor

 

                           Estas humildes palavras

                           São o sentimento do povo

                           Em memória do Alfredo

                           Ao Fado vamos dar sangue novo

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Viva Lisboa: Viva o Norte, Viva Braga
publicado por Vítor Marceneiro às 12:56
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Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007

EU AMO LISBOA

EU AMO LISBOA

 

 

 

Poema de: José Murta Loureço

Voz de: Luis Gaspar  

Sonorização:  (http://www.estudioraposa.com/)

Música de: Joaquim Campos (Rua do Silêncio)

Guitarrista: Raul Nery

Realização Vítor Duarte Marceneiro

EU AMO LISBOA

 

Eu amo Lisboa.

E eu quero escrever sobre Lisboa porque a amo.

Mas que Lisboa devo eu amar?

Sobre que Lisboa devo eu escrever

se há tanto em Lisboa

de que não gostar?

Eu gostaria de escrever sobre as caravelas

os monumentos, os barcos a dormir no cais

as colchas em festa nas janelas

as aldrabas nos velhos portais.

Eu gostaria de escrever sobre a Lisboa que fica

no coração do marinheiro a embarcar

sobre os telhados da velha Bica

dizendo adeus à outra margem

e aos barcos a largar.

Eu gostaria de escrever sobre a Lisboa das vielas

sobre o cheiro a cravo e a manjerico no ar

sobre o cheiro das sardinhas nas ruelas

e na noite o meu povo a cantar.

Eu gostaria de escrever sobre os jardins floridos

sobre os velhos repousando nos seus bancos

sobre o verde da relva dos seus parques esquecidos

e de vistosas flores por todos os cantos.

Eu gostaria de escrever sobre a Lisboa antiga

sobre os azulejos e as fachadas coloridas.

Eu gostaria de escrever sobre as suas cores vivas

e eternizá-los na letra de uma cantiga.

 

                           Mas sou forçado a escrever sobre o sujo do rio

                           e sobre toda a imensa sujidade

                           aquela que existe

                           se vê e ninguém viu

                           ou se passa por ela

                           olhando de lado.

                           Mas eu amo Lisboa.

                           E por isso sobre ela escrevo.

                           Sobre o que tem de bom e o reverso.

                           E amo Lisboa mesmo assim

                           porque como filho lhe devo

                           o amor que o filho deve a sua Mãe.

 

 


Nota: Este lindo poema, foi retirado de um livro de poemas que me enviaram, fiz várias diligências para falar com o poeta, não o consegui, mas achei que publicar esta sua obra é uma singela homenagem. 

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Viva Lisboa: Amante de Lisboa
música: Rua do Silêncio
publicado por Vítor Marceneiro às 11:02
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Sexta-feira, 7 de Dezembro de 2007

ALFREDO CORREEIRO

ALFREDO DOS SANTOS  conhecido por (ALFREDO CORREEIRO).

Era natural de Lisboa, exerceu no Arsenal do Exército a profissão de correeiro, foi por tal facto  que lhe adveio a alcunha com que se tomou conhecido no meio do fado.

Com 16 anos de idade  já cantava  nos retiros (Ferro de Engomar, Pedralvas, Charquinho, José dos Pacatos, Montanha, Caliça, António da Rosa e Quebra Bilhas) e em cervejarias e cafés: Rosa Branca, Boémia, Estrela d'Alva, Jansen, Avenida Bar e Café dos Anjos. Exibiu-se também no Salão Artístico de Fados e em vários teatros: Apolo, Avenida, Coliseu dos Recreios, Coliseu da Rua da Palma, Eden- Teatro, Fantástico, Ginásio, Joaquim de Almeida, Maria Vitória, Politeama, Trindade, Variedades e Teatro da Rua dos Condes, mas Alfredo Correeiro  só se  profissionalizou em 1928.

Cantava, habitualmente, apenas acompanhado à viola, por Georgino de Sousa.

Era assíduo frequentador das esperas de touros em que o fado marcava presença obrigatória,  participou em festas nos salões dos condes de Sousa Rosa, de Burnay, de Fontalva, da Torre, da Anadia e do marquês de Castelo Melhor, bem como na casa do lavrador de Vila Franca de Xira, José Pereira Palha Blanco.

Elemento activo do Grupo dos Propagadores do Fado, são da sua autoria diversas composições, tais como o “Fado Três Tons”, “Fado Marcha Alfredo Correeiro” (gravado por Maria Alice) e “Marcha Boémia”, tendo obtido grande êxito na interpretação do fado Louca Paixão.

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publicado por Vítor Marceneiro às 19:47
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Terça-feira, 4 de Dezembro de 2007

A GENTE NÂO FAZ AMIGOS, RECONHECE-OS

Ainda em relação aos mais de  100.000, que rectificar o não ter por lapso mencionado o meu amigo Daniel Gouveia ( que não vê o blog porque não tem tempo) mas que está sempre à minha disposição para colaborar, como têm feito, pelo lapso peço desculpa, mas ele até sabe que não foi por falta de consideração.

 

Permitam-me ainda dar um destaque especial á mensagem que abaixo transcrevo, 5.000 visitatntes depois:

 

Caro Lisboa no Guiness,

negocioseriscos, deixou um comentário ao post
100.000 VISITANTES EM 10 MESES às 03:12, 2007-11-30.

Caso pretenda responder a este comentário, poderá fazê-lo, usando este
link.

Comentário:
É sempre agradável contemplar a árdua tarefa junto do seu criador, e se contribuímos com uma ínfima parte, mais nos satisfaz, pois é um pouco de nós a juntar ao todo do criativo. No universo, o projecto deverá ser a criação, a evolução com harmonia, mas às vezes com alterações violentas e caóticas, para o que tudo e todos contribuímos desde o mais ínfimo ao infinito sem nos preocupar o resultado final pois só o grande mestre sabe quando e como acaba. O penoso trabalho do Vítor Duarte está à vista e já foi observado por mais de cem mil, motivo de orgulho, como é óbvio, pois esse será o estímulo para que se complete até ao final. Na tragicomédia da vida de cada um de nós temos que a assumir a realização, a encenação, o ensaio, a actuação, a bilheteira, e na falta de espectadores, resta-nos a solidão de sermos o único a apreciar o resultado. Na realidade existem milhões de projectos no universo que contribuem para o todo, e que por uma questão de tempo e dimensão só são apreciados por uma minoria. Mas, a obra fica e isso é mais importante do que a mediocridade de nada fazer. Vítor, perdoa-me mas sinto um pouco de inveja neste teu trabalho, pois já tens cem mil em tão pouco tempo, e eu até à data de hoje, sinto-me espectador solitário de tudo o que fiz na vida. Só posso gritar ”BRAVO”, aplaudir de pé, e enviar-te aquele abraço.

 Acácio Monteiro

 

Meu caro amigo Acácio Monteiro,

Não posso deixar de ficar deveras sensibilizado com a tua mensagem, com os teus elogios, que sei são sinceros.

Conhecemo-nos há um par de anos, e devo-te dizer que estás a ser injusto contigo próprio, podes crer que todos os que contigo convivemos e trabalhámos, sempre te admirámos, és um profissional competente em tudo o que metes a fazer, aprendi muito contigo, quando  andámos nas andanças da fotografia, muito aprendi contigo, e acima de tudo nunca me afectou os elogios que te davam quando pegava nalgum trabalho que já tinha passado pela tua mão.

Estivemos meia-duzia de anos sem conviver e agora há cerca de um ano que nos voltámos a encontrar, quem nos visse diria que somos loucos... ou seja eu sou completamente doido, recomeçámos a nossa relação tal qual nos tivéssemos despedido na véspera, fenónemo que só acontece com quem é amigo ...digo AMIGO.

E continuo a fazer  tudo há pressa ( o que é contra os teus hábitos) só falo aos gritos, mas tu ris-te, e discutimos, discutimos, mas depois rimos e voltamos a fazer coisas que nos dão muito gozo, como deves ter reparado, já não passamos sem nos, cumprimentar-mos, discutir-mos todos os dias, e sobretudo rimos... o riso é um vírus que não tem vacina, e nós felizmente estamos infectados...

Houve momentos nestes anos de ausência que muitas vezes em ti pensei, e sempre estiveste naquela pasta do "cérebro/coração" que tem o título "AMIGOS DO PEITO"

Espero que durante muitos mais anos leves com o meu "dito mau feitio" que a ti em nada te afecta, porque sabes que é pura «extroversão».

 

 

AMIGOS

 

Se alguma coisa me consome e me entristece é que a roda furiosa da vida, não me permite ter sempre ao meu lado,

Morando comigo

Andando comigo

Falando comigo

Vivendo comigo

Todos os meus amigos

·        Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.

·        Tenho amigos que não percebem o amor que lhes devoto.

·        Tenho amigos que não imaginam a necessidade que tenho deles.

·        A alguns dos meus amigos não os procuro, basta-me saber que eles existem.

·        Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles... eles não iriam acreditar.

·        Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

·        Se um dos meus amigos morrer, eu ficarei torto para um lado.

·        Se todos os meus amigos morrerem, eu desabo!

·        Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.

Muitos dos meus amigos irão ler esta crónica e não sabem, não fazem ideia, que estão incluídos

...na sagrada relação de meus amigos.

 

A gente não faz amigos, reconhece-os.

 

 

 

PARTIR É MORRER UM POUCO

 Canta: Anónio dos Santos

 

 

 

 

 

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música: Partir é Morrer um Pouco
Viva Lisboa: Viva a Amizade
publicado por Vítor Marceneiro às 23:18
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Domingo, 2 de Dezembro de 2007

MARIA VALEJO

MARIA VALEJO
Maria Joana Rosado Valejo , nasceu no Alentejo em Reguengos de Monsaraz, vem para Lisboa aos 17 anos e entra Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional.

Chegou a cantar e dançar folclore no “ Restaurante Folclore” da Central de Cervejas, talvez influenciada por seu irmão o bailarino Mário Valejo , mas  não  continua por lá muito tempo, pois não era aquela a sua inclinação, prefere cantar Fado

Começa a cantar fado em restaurantes e colectividades, e é em Sesimbra no Restaurante Ribamar, do meu amigo Chagas, onde cantava às sextas-feiras, que a conheço, e passámos a ser amigos.

Foi por mim apresentada aos proprietários do Timpanas , que logo a contrataram, ao lado de Filipe Duarte e Natalino Duarte, e foi aqui que começou a sua carreira profissional com contrato fixo (1965) .

Tem uma voz muito bonita, é uma bonita rapariga, muito simpática, reunindo assim as condições para vir a ter êxito que teve.

Conhece Eduardo Damas e Manuel Paião,  que lhe compõem alguns dos seus maiores êxitos, como O Segredo que Eu Te Disse e Como Posso Ter Ciúmes.
Maria Valejo pisa os palcos da revista, a convite de José Miguel, e torna-se figura de cartaz no Parque Mayer, estreou-se na revista “Zona Azul, actuou ainda em revistas como “Roupa na Corda”, Vivóvelho 2” e “Com Paio e sem Laranjas”, uma revista itinerante ao lado de Joel Branco.
Vai ao Brasil  onde obtém enorme êxito, quer na televisão, quer em noites esgotadas em espectáculos no carioca “Lisboa à Noite”.

Entra em vários programas de televisão, sendo o último como convidada conjuntamente comigo por António Pinto Basto, para a «RTP Internacional» no programa "Fados de Portugal".

Foi proprietária do restaurante de típico “A Taverna de El-Rei”, que mais tarde abandona,  continuando a sua carreira a cantar quer em espectáculos, quer em Casas de Fado, penso que a última casa em que esteve a cantar contratada foi no Faia.

© Vítor Duarte Marceneiro

Maria Valejo canta
PEDAÇOS DE VIDA

 

 

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Viva Lisboa: Que Saudades Valejo
música: Pedaços de Vida
publicado por Vítor Marceneiro às 07:22
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