NO DIA 25 DE FEVEREIRO DE 1891, FOI REGISTADO NA FREGUESIA DE SANTA ISABEL, O CIDADÃO ALFREDO RODRIGO DUARTE, A QUEM FOI DADO O NOME ARTÍSTICO DE
ALFREDO MARCENEIRO
ALFREDO MARCENEIRO FOI O MAIOR ÍCONE DO FADO, FOI O MAIOR ESTILISTA DE TODOS OS TEMPOS, E É HOJE SEM MARGEM DE DÚVIDAS, CONSIDERADO O MAIOR CRIADOR DAS MÚSICAS DOS FADOS CLÁSSICOS EXISTENTES.
Fado Bailado conhecido também como Estranha Forma de Vida Fado Cravo conhecido também como Fado Viela Fado Maria Marques ou Vestido Azul Fado Versículo Pierrot conhecido também como Fado Menor em Versículo, ou somente Fado Versículo
Fado Aida
Fado Alexandrino Eu lembro-me de ti
Fado Alexandrino Bebado Pintor
Fado Olhos Fatais
Fado Bailarico
Fado Balada
Fado Cabaré
Fado Cuf
Fado Larangeira
Fado Louco
Fado Marcha do Marceneiro
Fado Mocita dos Caracóis
Fado Odéon
Fado Pagem
INSIGNE MARCENEIRO
O Alfredo Marceneiro
Ocupa lugar cimeiro
Na história do nosso fado
Seu notável contributo
Honra e dá estatuto
Ao património legado !...
Nobre fadista e autor
Compôs com todo o rigor
Fado... Que lhe ia na alma
De Lisboa insigne filho
Deu à noite vida e brilho
Com sua voz rouca e calma.
Despertava as madrugadas
Dessas noites bem passadas
Num estilo por si criado
Qual peculiar boné
Um cigarro e cachené
Davam carisma ao seu fado.
Jamais será cotejado
Este gigante do fado
Que dele fez culto ledo
P’la sua garbosidade
Lembraremos com saudade
Para sempre o “Ti Alfredo”!...
Euclides Cavaco
Créditos: Imagens gentilmente cedidas por José Pedrosa e autorizadas para este blog, com música de Alfredo Marceneiro, interpretada por Ran Kyao
VILA NOVA DE GAIA
Vila Nova de Gaia remonta provavelmente a um castro celta. Quando integrada no Império Romano, tomou o nome Cale (ou Gale, uma vez que no Latim Clássico não há uma distinção clara entre as letras e o som "g" e "c"). Este nome é, com grande probabilidade de origem Céltica, um desenvolvimento de "Gall-", com a qual os Celtas se referiam a eles próprios (outros exemplos podem ser encontrados em "Galicia", "Gaul", "Galway"). O próprio rio Douro (Durus em latim), é igualmente celta, construído a partir do Celta "dwr", que significa água. Durante os tempos romanos, a grande maioria da população viveria na margem sul do Douro, situando-se a norte uma pequena comunidade em torno do porto de águas fundas, no local onde se situa agora a zona ribeirinha do Porto. O nome da cidade do Porto, posteriormente, "Portus Cale", significaria o Porto ("portus" em latim) da cidade de Gaia. Com o desenvolvimento como centro de trocas comerciais, a margem norte acabou por também crescer em importância, tendo-se aí estabelecido o clero e burgueses.
Com as invasões mouras do século VII D.C., a fronteira "de facto" entre o estado árabe e cristão acabou por se estabelecer por um longo período de tempo no rio Douro, por volta do ano 1000. Com os constantes ataques e contra-ataques, a cidade de Cale, ou Gaia, perdeu a sua população, que se refugiou na margem norte do Rio Douro. Uma das lendas mais associadas a Gaia refere-se ao confronto entre o rei cristão D. Ramiro, e o rei mouro Albazoer, despoletado por pretensões amorosas. Após a conquista e pacificação dos territórios a sul do Douro, por volta de 1035, com o êxodo e expulsão das populações Muçulmanas, deixando terras férteis abandonadas, os colonos estabeleceram-se novamente em Gaia, em troca por melhores contratos feudais, com os novos senhores das terras conquistadas. Esta nova população refundou a antiga cidade de Cale com o nome Vila Nova de Gaia em torno do castelo e ruínas da velha "Gaia".
O nome das duas cidades de Porto e Gaia era frequentemente referida em documentos contemporâneos como "villa de Portucale", e o condado do Reino de Leão em torno da cidade denominado Portucalense. Este condado esteve na origem do posterior reino de Portugal.Após a fundação de Portugal, as duas cidades que deram origem a Vila Nova de Gaia mantiveram-se autónomas. Gaia recebeu carta de foral do rei D. Afonso III em 1255 seguindo-se Vila Nova em 1288 por decreto de D. Dinis.
Em 1383, no entanto, ambas foram integradas no julgado do Porto, perdendo a sua autonomia. Reconhecida sobretudo pela pujança agrícola, teve um papel fundamental no desenvolvimento comercial do Vinho do Porto. Aqui se fixaram a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, e os armazéns das diversas companhias exportadoras.
No século XIX, esteve no centro de batalhas significativas em grandes conflitos armados. Tanto na Guerra Peninsular como nas Guerras Liberais, o Rio Douro marcou a fronteira entre os campos beligerantes, sendo palco de batalhas significativas. Data deste segundo conflito o desenvolvimento e reputação de uma das imagens de marca da cidade, a fortificação da Serra do Pilar, durante o Cerco do Porto.
No final das guerras liberais, Gaia e Vila Nova foram finalmente agraciadas com autonomia política, e ao fundirem-se nasceu o actual concelho de Vila Nova de Gaia, em 20 de Junho de 1834.
A história da cidade confunde-se com a história das suas pontes. A Ponte Pênsil, concluída em 1843 for a primeira ligação permanente. Em 1877 inaugurou-se a primeira travessia ferroviária para a margem norte com a Ponte D. Maria Pia. Seguiu-se a construção da Ponte D. Luís I, terminada em 1886. Passaram 77 anos conturbados até que em
As freguesias de Vila Nova de Gaia:
Arcozelo , Avintes, Canelas ,Canidelo , Crestuma, Grijó, Gulpilhares, Lever, Madalena Nova, Mafamude, Olival, Oliveira do Douro, (*)Pedroso, Perosinho, Sandim, Santa Marinha, São Félix da Marinha, São Pedro da Afurada, Seixezelo, Sermonde, Serzedo, Valadares, Vilar de Andorinho, Vilar do Paraíso
In: Wikipédia
A Freguesia de Pedroso
O nome de Pedroso tem origem no Castro do Monte Murado (Castro Petrosos), que data do ano 7 d.C. O Mosteiro de Pedroso, principal monumento da terra, foi doado por D. Gondezinho e, de acordo com Frei Luís de S. Tomás, fundado no ano de 867 e acolheu no seu seio, Frei Pedro Julião, que foi seu abade comandatário, que mais tarde foi nomeado Papa João XXI. Aqui se feriu a batalha de Pedroso, em 1071, entre o rei Garcia da Galiza e o conde de Portucale Nuno Mendes, donde resultou a vitória do primeiro e a morte do último, ditando a incorporação política do condado no reino da Galiza. O lugar recebeu foral de D. Afonso Henriques, em carta datada de 3 de Agosto de 1128. Em 30 de Junho de 1989, parte da freguesia de Pedroso foi elevada à categoria de vila, respeitando a vila dos Carvalhos, cujo principal centro está inserido no território da freguesia de Pedroso.
(*) Destaco esta freguesia, porque está ligada a algo, e/ou alguém, que me tocou fundo, mas obviamente todas as bonitas freguesias desta nossa linda cidade, têm história e tradição, que poderão consultar em vários sítios na Net , e em destaque, em Wikipédia.
Para uma freguesa de Pedroso, freguesia de
Vila Nova de Gaia
In: CD: Rodrigo - Marés de Saudade- www.rodrigo-fado.com
Como é possivel que o Maestro Pedro Osório, Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, tome esta posição, quando a própria SPA, me informa que está a ser elaborado o processo, e que irá para os serviços jurídicos!
Transcrevo os "mails" enviados
-----Mensagem original-----
De: Vitor Duarte Marceneiro [mailto:marceneiro@sapo.pt]
Enviada: quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008 22:34
Para: grandes.direitos@spautores.pt
Assunto: Fado Versículo de Alfredo Marceneieo
Caros amigos
Após a minha exposição pelo telefone e envio de "mails", sobre a usurpação dos direitos de uma música de meu avô.Fui informado via telefone que o processo estava em formação, para seguir para os serviços os juridicos. Tive hoje a supresa de ver numa peça de reportagem do 1º Jornal na Sic, em que sou entrevistado, que foi também entrevistado o Exmº Senhor Presidente da SPA, Maestro Pedro Osório, em que dà já uma opinião/decisão nessa qualidade! (ver video no meu blog).
Nenhum dos herdeiros teve qualquer resposta á nossa justa reenvidicação.
Agradeço esclarecimento sobre este assunto, com a maior brevidade possivel.
Atentamente
Vítor Manuel de Azevedo Duarte
Herdeiro de Alfredo Marceneiro
Um poema de: Aníbal Nazaré e Nelson de Barros:
Fado triste,
Fado negro das vielas,
Onde a noite quando passa
Leva mais tempo a passar.
Ouve-se a voz,
Voz inspirada de uma raça
Que Mundo em fora
Nos levou pelo azul do mar.
Se o fado se canta e chora
Também se pode falar.
Mãos doloridas
Na guitarra
Que desgarra
Dor bizarra.
Mãos insofridas,
Mãos plangentes,
Mãos frementes,
Impacientes.
Mãos carinhosas,
De desejo,
Sequiosas como um beijo.
Mãos de pecado,
Mãos de fado
A guitarra a afagar
Como a um corpo de mulher
Pró despir e pró beijar.
Mas um dia, Santo Deus, ele não veio;
Ela espera olhando a Lua.
Meu Deus, que sofrer aquele!
O luar bate nas casas,
O luar bate na rua,
Mas não marca,
Mas não marca a sombra dele.
Procura-o como doida...
E, ao voltar de uma esquina,
Viu ele acompanhado,
Com outra ao lado,
De braço dado,
Gingão, feliz, rufião,
Um ar fadista e bizarro,
Um cravo atrás da orelha
E preso à boca vermelha
O que resta dum cigarro.
Lume e cinza na viela
Ela vê; que homem aquele!
O lume no peito dela,
A cinza no olhar dele.
E então...
O ciúme chegou,
Como lume queimou
O seu peito a sangrar. Foi
Como vento que veio
Labareda a atear,
O amor a aumentar.
Foi
A visão infernal,
A imagem do mal
Que no bairro surgiu.
Foi
Um amor que jurou,
Que jurou e mentiu.
Corre em vertigem, num grito,
Direita ao maldito
Que a há-de perder;
Puxa a navalha:
"Canalha,
Não há quem te valha,
Tu tens de morrer!"
Há alarido na viela!
Que mulher aquela,
Que paixão a sua!
E cai um corpo, sangrando,
Nas pedras da rua.
Mãos carinhosas,
Generosas,
Que não conhecem rancor;
Mãos que o fado
Compreendem,
E entendem
Sua dor.
Mãos que não mentem
Quando sentem
Outras mãos
Prà acarinhar;
Mãos que brigam,
Que castigam...
Mas que sabem perdoar!
E pouco a pouco
O amor regressou
Como lume queimou
Essa vida infeliz.
Foi um amor que voltou
E a desgraça tocou
Para ser mais feliz.
Foi uma luz renascida,
Um sonho, uma vida
De novo a surgir.
Foi um amor que voltou,
Que voltou a sorrir!
Há gargalhadas no ar
E o Sol a vibrar
Tem gritos de cor.
Há alegria na viela
E em cada janela
Renasce uma flor!
Veio o perdão, e depois,
Felizes os dois
Lá vão lado a lado...
E digam lá
Se pode ou não
Falar-se o Fado!