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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Domingo, 30 de Março de 2008

FADO VERSÍCULO e a Comunicação Social

É tal a confusão que reina na maior parte dos orgãos de comunicação social, que apesar de já estar provado, que, só por desconhecimento absoluto da Academia das Ciências Cinematográficas Espanhola, em matéria de fado, é que foi atribuido o Goya ao tema Fado da Saudade, que a imprensa, ao contrário do que era habitual, há uns anos atrás, continua a publicitar um "feito", que constitui uma “burla”, com a agravante, de ouvirem apenas uma das partes envolvidas no diferendo (Carlos do Carmo), esquecendo a outra parte que se diz lesada, que sou eu, (Vítor Marceneiro) e todos os restantes herdeiros de Alfredo Marceneiro.

E a confusão é tal, que esta noticia da revista "TV 7 Dias", atribui-me a autoria dos clássicos gravados por Carlos do Carmo, no seu album "À NOITE", quando o verdadeiro autor é ALFREDO MARCENEIRO, e não VITOR MARCENEIRO.

 

Trata-se de uma "gralha", da revista, bem o sei, mas evidencia que o meu nome é conhecido, razão porque referem VITOR MARCENEIRO como autor, o que me leva a pensar que não desconhecem o diferendo existente entre Vitor Marceneiro,  Carlos do Carmo e Sociedade Portuguesa de Autores,  embora, nunca tenham tido a curiosidade de ouvirem a minha opinião sobre o assunto.

Mas, como "fraudes", e atitudes menos honestas, não são por mim praticadas, porque continuo a seguir o ditado popular de "o seu a seu dono", venho corrigir a noticia da revista, afirmando que o autor dos clássicos cantados por Carlos do Carmo no seu novo album, é ALFREDO MARCENEIRO,  QUE É O MESMO AUTOR DA MUSICA DO FADO SAUDADE. SÓ QUE, QUEM DIZ TER RECEBIDO O PRÉMIO GOYA, COM UMA MUSICA QUE NÃO É DELE, FOI CARLOS DO CARMO....

NÂO ESTRANHA A COMUNICAÇÃO SOCIAL, QUE O AUTOR DO POEMA, ESSE SIM INÉDITO, E QUE FOI, AFINAL, QUEM NA REALIDADE RECEBEU EM MÃO O PRÉMIO GOYA, NUNCA SEJA REFERIDO, FALADO  E ENTREVISTADO?

É de lamentar, que a imprensa não se esforce por repor a verdade, investigando, pesquisando e ouvindo todas as partes interessadas. 

QUE É FEITO, AFINAL, DAQUELA CLASSE DE JORNALISTAS, QUE TANTO SOFREU COM A CENSURA ?

 

 

Notícia ublicada na  na "Revista 7 Dias" da Semana de 12 a 18 de Março de 2008, página 112

 

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publicado por Vítor Marceneiro às 18:38
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Sexta-feira, 28 de Março de 2008

FADO VERSÍCULO - de Alfredo Marceneiro- para o Maestro Pedro Osório

 

 No dia em que o Maestro faz estas declarações, tinha eu na véspera apresentado o assunto aos serviços competentes das SPA.

 -----Mensagem original-----

De: Vítor Duarte Marceneiro [mailto:marceneiro@sapo.pt]

Enviada: quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008 22:34

Para: grandes.direitos@spautores.pt

Assunto: Fado Versículo de Alfredo Marceneiro

 

Caros amigos

Após a minha exposição pelo telefone e envio de mails, sobre a usurpação dos direitos de uma música de meu avô, vim a ser informado via telefone que o processo estava em formação, para seguir para os serviços os jurídicos, tive hoje a surpresa de ver numa peça de reportagem do 1º Jornal da Sic, em que

sou entrevistado, ser também entrevistado o Exmº Senhor Presidente da SPA, Maestro Pedro Osório,  em que dá uma opinião/decisão nessa qualidade! (ver vídeo no meu blog).

Nenhum dos herdeiros teve qualquer resposta á nossa justa reivindicação.

Agradeço esclarecimento sobre este assunto, com a maior brevidade possível.

Atentamente

Vítor Manuel de Azevedo Duarte

Herdeiro de Alfredo Marceneiro

 

RESPOSTA 

-----Mensagem original-----
De: Grandes Direitos [mailto:grandes.direitos@spautores.pt]
Enviada: quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008 11:36
Para: marceneiro@sapo.pt
Assunto: Fado Versículo de Alfredo Marceneiro
Importância: Alta

 

 

Exmº.Sr.Vitor Marceneiro,

 

Cumpre-nos informar que toda a documentação respeitante ao assunto, se encontra nos nossos Serviços Jurídicos.

Sempre ao dispor, apresentamos os nossos cumprimentos.

 

Sónia Godinho

 

Como é notório o Maestro Pedro Osório, não sabia do que se estava a passar,  e sendo um membro da direcção da SPA,  logo toma uma posição pública, com ar de veredicto final,  ora eu até estava convencido que seria um engano de Carlos do Carmo, e a quem pedia responsabilidades era ao produtor, mas o Maestro Pedro Osório como é óbvio já sabia que não.

Com esta tomada de posição coma as declarações da Academia Espanhola, verifica-se que há mais responsáveis, e que se trata de uma grande tramóia.

Que credibilidade merece a resposta que me foi dada como decisão final:

 

De: carlos madureira [mailto:carlos.madureira@spautores.pt]
Enviada: terça-feira, 4 de Março de 2008 18:12
Para: Vítor Duarte Marceneiro
Assunto: RE: VERSÍCULO (Filme Fado)

 

Ex.mo Senhor

Vítor Duarte Marceneiro 

No seguimento da exposição por V. Ex.a apresentada na Sociedade Portuguesa de Autores, relativamente ao assunto referido em epígrafe, informamos que, em face dos elementos de que dispõe, entende a Administração da SPA que o "Fado da Saudade" tem letra de Fernando Pinto do Amaral e a música é tradicional.

Com os melhores cumprimentos,

Carlos Madureira

Serviços Jurídicos

 

RESPONDI DA SEGUINTE FORMA,  E  QUE ATÉ AO MOMENTO NÃO TIVE QUALQUER RESPOSTA.

De: Vítor Duarte Marceneiro [mailto:marceneiro@sapo.pt]
Enviada: quinta-feira, 6 de Março de 2008 9:28
Para: 'carlos.madureira@spautores.pt'
Assunto:

 

Exmo Sr. Dr. Carlos Madureira

 Serviços Jurídicos da SPA

Acuso a recepção do seu e-mail de 4 do corrente, que agradeço, e ao qual passo a responder.

Se bem interpreto o seu e-mail, a decisão da Administração da SPA, foi tomada unicamente, face aos elementos que enviei. 

Deste modo, solicito a V.Exa, se digne informar-me, se, não será legitimo que a SPA, como entidade coordenadora e "vigilante" dos direitos de autor, pudesse juntar aos elementos que enviei, outros elementos de que disponha, para melhor apreciação, e consequente decisão do assunto.  Isto, porque, pelo e-mail de V.Exa, sou levado a pensar, que a decisão foi tomada unicamente, tendo por base os elementos que enviei, que eu julguei fossem suficientes para uma decisão justa, sem recusar, no entanto,  que a SPA, na sua função de defesa e garante dos autores, pudesse recorrer aos seus arquivos, encontrando elementos, que, aliados aos que enviei, pudessem contribuir para uma decisão justa e equilibrada, que não considero, a que me foi comunicada.

V.Exa, compreenderá, que não quero acreditar que a decisão da SPA, me pudesse ser favorável, e, que não o tenha sido, por se basear apenas nos elementos que enviei, podendo até a SPA pensar que a razão me assiste, mas que me não pode ser atribuída, porque os dados que enviei não terão sido, os necessários.  Mas, a SPA, não terá a obrigação de aprofundar a questão, recorrendo a arquivos, registos, gravações etc, se considerar que os elementos enviados, não são suficientes, mas que aliados aos que  a SPA possui, poderão levar a uma decisão mais justa ? Não será este procedimento, uma obrigação da SPA ?  Será que a SPA decide apenas baseada em factos, que, embora podendo ser justos, considera escassos, e não "acrescenta" nada mais, mesmo que conheça elementos que possam ser importantes para a tomada da decisão ?  Penso que não esteja retratada no seu e-mail, a grande importância que a SPA desempenha, na defesa dos direitos dos autores, afinal, a principal razão da sua existência.

Terá merecido este caso, a minúcia que exigia e exige, considerando que pelo e-mail de V. Exa, a SPA entende que a musica é a do fado tradicional, pelo que está a confirmar que não se trata nem de musica original, nem feita propositadamente para o filme Fados, pelo que a atribuição do Goya não terá sido tão transparente, como se exigiria ?  E se aqui terá havido procedimentos pouco correctos e pouco honestos, porque não desconfiar dos principais suspeitos, e investigar com isenção e com o maior rigor, os aspectos que eu reclamo ? É que, há já o antecedente,  de terem  levado a Academia Espanhola a atribuir um prémio, que há luz dos regulamentos não poderia ter sido atribuído..... razão que poderá dar origem a desconfianças....

A terminar, permita-me, que lhe recorde, que na entrevista que mantivemos, V. Exª., me referiu, que nestes casos, tratando-se de dois administrados, a SPA tentaria reunir as duas partes, numa tentativa de conciliação, o que até hoje se não verificou.

Na expectativa das notícias de V.Exa, apresento os meus melhores cumprimentos.

Vítor Marceneiro

 

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música: Fado Versículo de Alfredo Marceneiro
publicado por Vítor Marceneiro às 01:07
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Quinta-feira, 27 de Março de 2008

AINDA PRÉMIO GOYA

AINDA PRÉMIO GOYA

Recordo-me, de ter visto publicado num blogue, um texto do Sr. Daniel Gouveia, em que apelidava os espanhóis de "pacóvios", e em que se congratulava com o facto do prémio ter vindo para Portugal, mesmo que tivesse sido mal atribuído , por não respeitar o artigo 13º do regulamento da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Espanha, o que não me pareceu muito correcto, porque à partida o prémio só teria sido atribuído , porque os espanhóis eram "pacóvios," porque se não fossem, teriam que saber que a musica do fado menor, não é original, pelo que receber prémios de "pacóvios" não me parece que tenha grande dignidade.

Conheço mal o Sr. Daniel Gouveia, mas conheço algumas pessoas, que o conhecem bem, e, a fazer fé, no que me dizem, estranho que o Sr. Daniel com a lisura que apregoa, tenha  "alcunhado" uma Instituição tão credível , como se julga ser a Academia, de "pacovice".

O que eu lamento, e me leva a pensar que o Sr.Daniel não é a pessoa tão "equilibrada," que me dizem ser, é o facto de um senhor que  se refere aos "pacóvios" afirmar depois numa palestra, que o Sr. Zelozo , e o blogue Viela do Fado, aplicam termos menos correctos e até insultuosos, quando se referem à polémica do Fado da Saudade.  Sobre o Sr. Zelozo , não me pronuncio, como é evidente, embora esteja de acordo com quase todos os seus argumentos, mas, sobre este blogue, creio que o Sr. Daniel está a ser injusto, uma vez que não me parece, que tenhamos publicado textos   com termos insultuosos, embora, me pareça, que, para avaliar a posição do interprete na polémica do Fado Saudade, haja necessidade de ser menos simpático, privilegiando a verdade,  tão evidentes são as razões de quem protesta, que inclusivamente levaram o Sr. Daniel Gouveia a afirmar que se trata do fado menor, e que portanto a atribuição do prémio é da  conta deles, pelo que, não se pronunciaria sobre o assunto...   Para bom entendedor.... 

A verdade, é sempre dura, e poucas vezes é simpática, porque me parece que um pormenor está mais que esclarecido, que é o facto da musica não ser original e não ter sido feita portanto, exclusivamente para o filme. Resta esclarecer o outro pormenor que se relaciona com os direitos de autor, sobre o qual não me pronuncio, por falta de conhecimentos técnicos adequados, embora lamentando que pessoas conhecedoras e com responsabilidades, não o façam.

Julgo saber, que a exposição do Sr. Daniel na SPA, se limitou a exprimir a sua opinião pessoal, sem direito a debate, e, sem que se registasse a presença na sala, de pessoas, sobretudo, músicos de fado, ou com fortes ligações ao fado, que pudessem contradizer os argumentos apresentados pelo Sr. Daniel Gouveia, pelo que as afirmações do Sr. Daniel, valem o que valem...como se costuma dizer.

Fico por aqui, agradecendo ao Sr. Daniel, que julgue este blogue, com a mesma consideração e respeito, com que este blogue o julga a ele, aproveitando para lhe lembrar, que não estou receptivo a receber lições de ética, de quem quer que seja, não abdicando de emitir a minha opinião, que quero que seja imparcial, sem cair no ridículo de querer  agradar a gregos e troianos.

Saudações fadistas

Zé da Viela

in: http://vieladofado.blogs.sapo.pt/

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publicado por Vítor Marceneiro às 00:48
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Terça-feira, 25 de Março de 2008

Congresso INTERNACIONAL do Fado

Ainda bem que a Maria da Fonte, coitadinha, reconhece que o termo "corja" veio da Malásia, onde os Portugueses chegaram em 500 e que para lá chegar tiveram de fazer algo. Os fadistas não sabem nem querem saber do algo que fizeram os Portugueses para chegar à Malásia; basta-lhes a vergonha de saber o que fizeram quando lá chegaram!!!

Todos os fadistas sabem que quando alguém se aventura num mar que desconhece totalmente (que é o caso dos pseudo-congressistas no Mar do Fado) para invadir a terra alheia, sem respeito pelas suas gentes, pelas suas raízes, costumes e tradições e leva como objectivo único, roubar, saquear e matar em nome de Cristo (Fado) do rei e de Portugal, estamos a falar, como diz e bem o Sr. Bosco, de uma corja de desprezíveis. Mas, sabe Mariazinha? Aos fadistas, basta-lhes ter lido ou ler a História de Portugal de Oliveira Martins e assim, todos sabemos ou ficamos a saber o que fizeram os Portugueses depois de chegarem à Malásia! Fizeram exactamente aquilo que os "Congressistas" querem fazer ao Fado, depois de lá chegarem, se nós, os "malaios do fado" os deixarmos desembarcar!

Sabe, D. Maria? A maioria dos portugueses quando são astrólogos, musicológos, tarólogos ou antropólogos, advinhólogos, carroceirólogos e outros passarólogos psicólogos, porque ouviram falar de flamencólogos, na sua infelicidade de não perceber porque é que são o que são, sabendo que não sabem sequer de que olho Camões era cego ou se era cego, têm agora a pretensão de serem cientificamente fadistólogos, esquecendo-se que sabem menos de fado do que de Camões. A sua astrologia, a sua musicologia, a sua tarologia, a sua antropologia, a sua advinhologia, a sua carroceirologia, a sua passarologia, a sua psicologia, a sua filosofia, nunca foram capazes de saber quando, como e porquê, nasceu e morreu Camões; não sabendo, sequer, o nome da mãe e do pai do poeta, como podem atrever-se a falar de Fado e ainda por cima, cientificamente?

Sabe, D. Maria? (não sei se é a Maria II, se a I.... Ah... é a da Fonte!) ainda hoje, essa gente, que me parece demasiado inteligente para falar de Fado e muito estúpida para falar de outra coisa qualquer, se não fossem os brasileiros, saberia quem é ou quem foi Fernando Pessoa.

Assim, estamos a falar de uma população que, para desgraça de Portugal e dos portugueses, se encontra sempre nos lugares-chave da governação ou colada, de algum modo, a quem lá está. Por isso, vegetam com a mania da grandeza arreigada no sangue, de tal maneira que ainda hoje lhe empesta o cérebro, a ponto de exactamente de como os que foram para a Malásia, em vez de terem feito por acção pessoal ou congressista a cristianização e civilização, a nível nacional, e depois partir para o estrangeiro para saciar a sua miséria na conquista de outros mundos, não senhor.... por falta de formação moral e de outras de toda a espécie, por soberba, por ambição desmedida, partiram à procura de riqueza, de protagonismo, de heroicidade falsa, de um lugar no Panteão Nacional, mesmo que para isso, tivessem de saquear, mutilar, violar, matar, incendiar, etc.

É isto, repito, que os "congressistas", convencidos que o doutoramento lhes dá licitude para tal, e esta, deixa de lhes provocar escrúpulos de consciência, culturais ou outros, na sua cegueira partem para um Congresso Internacional de Fado, sem ver que nunca fizeram um Congresso Nacional de Fado!

Os fadistas sabem que estrangeiros, no Fado, não são forçosamente indivíduos de outra nacionalidade, mas sim, pessoas que o exploram em proveito próprio, a troco de vergonhas internacionais, como a Goyabada ou o andar a dizer ao Mundo, sobre um rufar de um tambor, cantando uma música brasileira que aquilo é o Fado na sua verdadeira origem!

Tudo isto é feito pelos "embaixadores do Fado" para a UNESCO que são os "embaixadores" do Sr. Santana Lopes, que os fadistas, o Fado e a UNESCO já abominam. Senão, vejamos:

-         Como pode integrar um Congresso ou outro Movimento qualquer sobre Fado, um indivíduo que por trafulhice de sua autoria, diz ao povo português que recebeu um prémio Goya, quando ele e nós sabemos que é mentira?

-         Como pode ser ouvido a cantar ou a falar de Fado, o mesmo indivíduo que por trafulhice de sua autoria, diz ao povo português que cantou duas noites no Olympia de Paris, quando ele e nós sabemos que é mentira?

-         Como pode este fadistófobo ser autorizado a entrar numa Casa de Fados e a falar disso, se a sua única obra fadista, foi mutilar, adulterar e desfigurar o Fado misturando-o com rap, com rock, com flamenco, etc.?

-         Como pode este indivíduo falar de honestidade, se para além do já citado, teve um guitarrista que entrou no seu "Faia" a ganhar 200 escudos, por noite, e saiu de lá seis meses depois, a ganhar 100?

-         Quanto ao "livreiro" Daniel Gouveia, esteve disponível no site "Lisboa no Guiness", um texto desse senhor, onde ele manifesta toda a sua felicidade demente, por Carlos do Carmo ter enganado os espanhóis com a Goyabada, insultando "nuestros hermanos" de pacóvios, declarando ainda que: "torce o nariz aos prémios dados aos fadistas, no estrangeiro, por não reconhecer aos estrangeiros competência para tal" ... E agora, alinha com esses "estrangeiros incompetentes" num "Congresso" sobre Fado?

-         O Sr. Mário Pacheco, teve a lata de dizer há tempos, num jornal (que não dá direito à resposta) que foi o último guitarrista de Amália! Todos os guitarristas, de todas as áreas, sobretudo os que foram da Amália, sabem que isto é mentira! Esse senhor, simplesmente, nunca foi guitarrista de Nossa Senhora do Fado, quanto mais o último!!!

 

Com esta gente e gente que se alia a esta gente, que crédito merecerá esse "Congresso"? Portanto, Sra. D. Maria I ou II ou da Fonte, devo dizer-lhe que há um ditado que diz: tão ladrão é o que assalta, como o que fica à porta! Assim, tanto o Sr. Bosco como eu e toda a gente, sabemos que "os bois devem ser chamados pelos seus nomes". Há no lote das pessoas mencionadas para o "Congresso", algumas de quem ninguém duvida da sua actividade fadista em prol do fado. Mas, se derem a estas, a liberdade de elaborar uma lista secreta com os nomes de quem deverá estar nesse "Congresso", posso garantir, que nem o Sr. Pais de Brito, nem Maria do Rosário Pestana, nem Rui Vieira Nery, nem Salwa Castelo Branco, nem Vasco Graça Moura, nem a Sra. Pereira, nem Ian Biddle, nem Kim Holton, nem Maria José Artiaga, nem Maria do Rosário Pedreira, nem Nuno Júdice, nem Fernando Pinto do Amaral, seriam mencionados. Tudo isto, porque ao Fado, não fazem falta nenhuma "Salazarinhos de esquerda" que se permitem através da Mariazinha da Fonte Seca, ameaçar "democraticamente" o Sr. Bosco, dizendo-lhe: "Cuide-se"!!!

Todos os fadistas que se prezam, têm obrigação patriótica de denunciar todas as escroquisses que são feitas ou que estão para se fazer ao Fado! A esta expressão da alma portuguesa que não é mais do que um canto lusitano, simples, urbano e rústico, não fazem falta intelectuais, nem sabichões de espécie nenhuma; ao Fado, só fazem falta os fadistas que o respeitam e fazem respeitar os seus antecedentes insubstituíveis e tradicionais e os saberes ancestrais que têm vindo a ser passados de geração em geração. Como antiveneno contra esta gente que surgiu agora, em nome da modernidade e da podridão intelectual, para se apropriar daquilo que toda a vida espezinhou e que é do Povo, usando como trunfo os "académicos" e os grandes rótulos, como por exemplo, Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, que é a mesma coisa que Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Espanha fabricantes de Goyabada, o grande poeta popular português Carlos Conde, deixou-nos (para além da sua incomparável e eterna obra) para combater esta fanfarronice a seguinte verdade: O Fado não deve rigorosamente nada a ninguém. Todos os fadistas, sem excepção, devem ao Fado aquilo que são! Mais do que isso... aquilo que julgam que são!

Por tudo isto, vir para o Fado com a Universidade, o "Congresso" e a intelectualidade pretensiosa e fútil é tão estúpido, quanto frequentar um curso de ginástica aplicada para jogar à sueca!

Se julgam que sabem alguma coisa, façam prova de sabedoria no Mundo da Ciência, no Mundo do Saber e deixem o Fado e os fadistas em Paz!

Palavras da Salvação!

A Bem da Nação Fadista!

 

Fernando Zeloso

CONGRESSO INTERNACIONAL DE FADO 

A COMPOSIÇÃO DOS CONGRESSISTAS E METODOLOGIA  

O fado é tema de um congresso internacional que se realizará de 18 a 21 de Junho, em Lisboa, reunindo especialistas e pessoas do meio fadista, disse hoje à Lusa fonte da organização. Segundo a mesma fonte, o congresso "procurará cruzar perspectivas académicas com o saber de compositores, intérpretes, poetas e outros agentes envolvidos na criação e divulgação daquele género musical".
Organizado pelas universidades Católica e Nova de Lisboa, bem como pelo Museu do Fado, o congresso será divido por painéis respeitantes a diferentes temáticas estando previstas quatro: "Processos históricos e práticas contemporâneas"; "Perfis artísticos, universos, artefactos e repertório"; "Discursos e processos de mediatização"; "Prática perfomativa".

Cada tema será apresentado e seguido de debate, procurando “promover uma visão crítica e transversal dos trabalhos apresentados”. A abertura do congresso caberá ao antropólogo Joaquim Pais de Brito, que foi o responsável pela exposição "Fado, vozes e sombras" apresentada no âmbito da Lisboa'94 capital Europeia da Cultura.
Além do director do Museu nacional de Etnologia estão previstas as participações de Maria Rosário Pestana, Rui Vieira Nery, Salwa Castelo-Branco, Vasco Graça Moura, Sara Pereira, Ian Biddle, Kim Holton, Maria José Artiaga, entre outros especialistas.
Além dos painéis, realizam-se três mesas redondas, uma delas, coordenada por Salwa Castelo-Branco subordinada ao tema "casas de fado", sendo participantes os fadistas Maria da Fé e Carlos do Carmo e o guitarrista e compositor Mário Pacheco. Outra mesa, intitulada "estilar e dividir: práticas performativas" é coordenada por Rui Vieira Nery, estando prevista a participação dos fadistas Julieta Estrela e António Rocha, o estudioso José Manuel Osório e do editor livreiro e poeta Daniel Gouveia
A terceira mesa, coordenada pelo escritor Vasco Graça Moura, intitula-se "letras de fados" e conta com as participações dos poetas Maria do Rosário Pedreira, Aldina Duarte que também canta, Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral, cujo "Fado da Saudade" ganhou o Prémio Goya, e José Luís Gordo, distinguido em 2005 com o Prémio Amália.
Segundo a mesma fonte, "os resultados do congresso serão editados em livro". A comissão científica do congresso é constituída pelos catedráticos Salwa Castelo-Branco, Roberto Carneiro, Artur Teodoro de Matos e Rui Vieira Nery. O congresso terá lugar no Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, na Universidade Nova e no Museu do Fado que deverá reabrir nesta ocasião com um novo percurso expositivo.

 

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publicado por Vítor Marceneiro às 22:22
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Domingo, 23 de Março de 2008

RECORDAR GRANDES VULTOS DO FADO

Recordamos alguns dos grandes vultos do Fado já desaparecidos , mas sempre na nossa memória. Decerto alguns não são mencionados, por tal facto  as nossas desculpas, pois era praticamente impossível mencioná-los a todos.

Este modesto trabalho é um tributo a todos os amantes do Fado.

Agradeço ao grande poeta Euclides Cavaco, por se disponibilizar para esta iniciativa.

 

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música: Trinuna dos Fadistas - de Euclides Cavaco
publicado por Vítor Marceneiro às 21:36
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Sábado, 22 de Março de 2008

FELIZ PÁSCOA - RECORDAR GRANDES VULTOS DO FADO

Feliz Páscoa

O SOL NA MINHA MÃO
de Euclides Cavaco

                                         Se a água é o símbolo da vida
                                         É graças ao poder do Astro Rei
                                         Que a Terra aos humanos dá guarida
                                         E excede muito além tudo o que sei...

Será que seja o Sol fonte Divina
A revelar de Deus a Majestade?
Inspirando aos seres humanos a doutrina
De nascer p´ra todos em igualdade!

                                        Deus à Terra o Sol da vida quis dar
                                        P’ra todo o ser igual sem distinção
                                        Sem direito de alguém jamais roubar...

Mas no mundo há do Sol muito ladrão.
Eu quero com todos compartilhar
Lustre o Sol que pousou na minha mão
!
 

 Paz e harmonia aos homens de todos as raças e credos.

Sem ódios, sem espinhos...

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música: Poema declamado por Euclides Cavaco "Tribuna dos Fadistas"
publicado por Vítor Marceneiro às 16:22
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Segunda-feira, 10 de Março de 2008

FADO CABARÉ - Fado Versículo

 

ALFREDO MARCENEIRO

 

Fado Cabaré

Fado Versículo

                                                              

"CABARÉ"

 

Letra de: Henrique Rêgo

Música: Fado Versículo de Alfredo Marceneiro

 

Foi num cabaré de feira, ruidoso

Que uma vez ouvi cantar, comovido

Uma canção de rameira, sem ter gozo

Que depois me fez chorar,  bem sentido

 

                                 Era a canção da alegria, couplé novo

                                 Mas a pobre que a cantava, eu bem a vi

                                 Naquela noite sorria, para o povo

                                 E ao mesmo tempo chorava, para si

 

É que a linda cantadeira, tão formosa

Mais linda do que ninguém, certamente

Sentia a dor traiçoeira, rancorosa

A magoar-lhe o peito de mãe, cruelmente

 

                                Tinha um filhinho doente, quase á morte

                                 E a pobre ganhava a vida, só de fel

                                 Cantando a rir tristemente, por má sorte

                                 Uma canção de perdida, bem cruel

 

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música: Fado Cabaré
publicado por Vítor Marceneiro às 23:17
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Sábado, 8 de Março de 2008

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

                      Música do Fado Cravo de Alfredo Marceneiro

Interpretada ao piano pelo Maestro Rui Serodio

  

 

                    BEM HAJAM, MULHERES DE TODO O MUNDO 

                              E QUE TODOS OS DIAS SEJAM NOSSOS

                                         NO AMOR E NA HARMONIA  

            

                         SER  MULHER

Ser mulher

É ser esposa e companheira

Amante terna  e fagueira

Que o amor sabe entender 

Ser mulher

É ser mãe e conselheira

Dedicada  de alma inteira   

A que devota o seu ser.

Ser mulher

É ser do lar timoneira

Na doença a enfermeira

É dar mais que receber

Ser mulher

É ser fonte d’existência

Que cala a voz da ciência

A  força de ser mulher...

 

                             Ser mulher não é somente

                             A figura e a fulgência

                             É muito mais transcendente

                             Do que essa mera aparência.

 

                             Ser mulher é ter coragem

                              De pôr fim à injustiça

                              Dessa  humilhante imagem

                              Que outrora a fez submissa.

 

Ser mulher é dizer não

Ao abuso e violência

À vil  discriminação

E à austera prepotência.

 

Ser mulher é procurar

O direito à igualdade

E sem tabus comungar

Tudo com justa equidade

 

                             Ser mulher é esse alguém

                             Avó, neta, irmã ou filha

                             Devotada esposa e mãe

                             Que o seu amor compartilha.

 

                             Ser mulher é sim lutar

                             Para ser compreendida

                             E sem medo conquistar

                             Os seus direitos na vida !...

 

Poema de : Euclides Cavaco

 

 

Foto publicada na net por: vadoaracaju.wordpress.com

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Música do Fado Cravo de Alfredo Marceneiro
publicado por Vítor Marceneiro às 00:49
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Sábado, 1 de Março de 2008

TUDO É FADO... TUDO É VIDA

Este Video Clip, tem como música de fundo  o "Fado Bailado", (registado na SPA)  da autoria (ainda...) do meu avô,   Alfredo  Marceneiro, sendo também este fado conhecido pelo povo, com o  título de  "Estranha Forma de Vida",  criação e versos de  Amália Rodrigues, porque esta  os cantou nesta música. (*)

(*) Ouve mais alguém que os cantou e gravou , mas  fez umas alterações nos versos, «foi só uma frase», mas foi sem autorização da autora!!!. Mas esse mesmo alguém,  fez o mesmo com os versos do "Fado Bairro Alto",  criação de Nuno de Aguiar, mas  neste até alterou «mais que  uma palavra», quem seria?

Mas a procissão ainda vai no adro... há-de aparecer mais atropelos.

 

Tudo isto existe... Tudo isto é triste...

 

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música: Fado Bailado de Alfredo Marceneiro
publicado por Vítor Marceneiro às 17:57
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