É tal a confusão que reina na maior parte dos orgãos de comunicação social, que apesar de já estar provado, que, só por desconhecimento absoluto da Academia das Ciências Cinematográficas Espanhola, em matéria de fado, é que foi atribuido o Goya ao tema Fado da Saudade, que a imprensa, ao contrário do que era habitual, há uns anos atrás, continua a publicitar um "feito", que constitui uma “burla”, com a agravante, de ouvirem apenas uma das partes envolvidas no diferendo (
E a confusão é tal, que esta noticia da revista "TV 7 Dias", atribui-me a autoria dos clássicos gravados por
Trata-se de uma "gralha", da revista, bem o sei, mas evidencia que o meu nome é conhecido, razão porque referem VITOR MARCENEIRO como autor, o que me leva a pensar que não desconhecem o diferendo existente entre Vitor Marceneiro,
Mas, como "fraudes", e atitudes menos honestas, não são por mim praticadas, porque continuo a seguir o ditado popular de "o seu a seu dono", venho corrigir a noticia da revista, afirmando que o autor dos clássicos cantados por
NÂO ESTRANHA A COMUNICAÇÃO SOCIAL, QUE O AUTOR DO POEMA, ESSE SIM INÉDITO, E QUE FOI, AFINAL, QUEM NA REALIDADE RECEBEU
É de lamentar, que a imprensa não se esforce por repor a verdade, investigando, pesquisando e ouvindo todas as partes interessadas.
QUE É FEITO, AFINAL, DAQUELA CLASSE DE JORNALISTAS, QUE TANTO SOFREU COM A CENSURA ?
Notícia ublicada na na "Revista 7 Dias" da Semana de 12 a 18 de Março de 2008, página 112
No dia em que o Maestro faz estas declarações, tinha eu na véspera apresentado o assunto aos serviços competentes das SPA.
-----Mensagem original-----
De: Vítor Duarte Marceneiro [mailto:marceneiro@sapo.pt]
Enviada: quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008 22:34
Para: grandes.direitos@spautores.pt
Assunto: Fado Versículo de Alfredo Marceneiro
Caros amigos
Após a minha exposição pelo telefone e envio de mails, sobre a usurpação dos direitos de uma música de meu avô, vim a ser informado via telefone que o processo estava em formação, para seguir para os serviços os jurídicos, tive hoje a surpresa de ver numa peça de reportagem do 1º Jornal da Sic, em que
sou entrevistado, ser também entrevistado o Exmº Senhor Presidente da SPA, Maestro
Nenhum dos herdeiros teve qualquer resposta á nossa justa reivindicação.
Agradeço esclarecimento sobre este assunto, com a maior brevidade possível.
Atentamente
Vítor Manuel de Azevedo Duarte
Herdeiro de Alfredo Marceneiro
-----Mensagem original-----
De: Grandes Direitos [mailto:grandes.direitos@spautores.pt]
Enviada: quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008 11:36
Para: marceneiro@sapo.pt
Assunto: Fado Versículo de Alfredo Marceneiro
Importância: Alta
Exmº.Sr.Vitor Marceneiro,
Cumpre-nos informar que toda a documentação respeitante ao assunto, se encontra nos nossos Serviços Jurídicos.
Sempre ao dispor, apresentamos os nossos cumprimentos.
Sónia Godinho
Como é notório o Maestro
Com esta tomada de posição coma as declarações da Academia Espanhola, verifica-se que há mais responsáveis, e que se trata de uma grande tramóia.
Que credibilidade merece a resposta que me foi dada como decisão final:
De:
Enviada: terça-feira, 4 de Março de 2008 18:12
Para:
Assunto: RE: VERSÍCULO (Filme Fado)
Ex.mo Senhor
No seguimento da exposição por V. Ex.a apresentada na Sociedade Portuguesa de Autores, relativamente ao assunto referido em epígrafe, informamos que, em face dos elementos de que dispõe, entende a Administração da SPA que o "Fado da Saudade" tem letra de Fernando Pinto do Amaral e a música é tradicional.
Com os melhores cumprimentos,
Serviços Jurídicos
RESPONDI DA SEGUINTE FORMA, E QUE ATÉ AO MOMENTO NÃO TIVE QUALQUER RESPOSTA.
De:
Enviada: quinta-feira, 6 de Março de 2008 9:28
Para: '
Assunto:
Exmo Sr. Dr.
Serviços Jurídicos da SPA
Acuso a recepção do seu e-mail de 4 do corrente, que agradeço, e ao qual passo a responder.
Se bem interpreto o seu e-mail, a decisão da Administração da SPA, foi tomada unicamente, face aos elementos que enviei.
Deste modo, solicito a V.Exa, se digne informar-me, se, não será legitimo que a SPA, como entidade coordenadora e "vigilante" dos direitos de autor, pudesse juntar aos elementos que enviei, outros elementos de que disponha, para melhor apreciação, e consequente decisão do assunto. Isto, porque, pelo e-mail de V.Exa, sou levado a pensar, que a decisão foi tomada unicamente, tendo por base os elementos que enviei, que eu julguei fossem suficientes para uma decisão justa, sem recusar, no entanto, que a SPA, na sua função de defesa e garante dos autores, pudesse recorrer aos seus arquivos, encontrando elementos, que, aliados aos que enviei, pudessem contribuir para uma decisão justa e equilibrada, que não considero, a que me foi comunicada.
V.Exa, compreenderá, que não quero acreditar que a decisão da SPA, me pudesse ser favorável, e, que não o tenha sido, por se basear apenas nos elementos que enviei, podendo até a SPA pensar que a razão me assiste, mas que me não pode ser atribuída, porque os dados que enviei não terão sido, os necessários. Mas, a SPA, não terá a obrigação de aprofundar a questão, recorrendo a arquivos, registos, gravações etc, se considerar que os elementos enviados, não são suficientes, mas que aliados aos que a SPA possui, poderão levar a uma decisão mais justa ? Não será este procedimento, uma obrigação da SPA ? Será que a SPA decide apenas baseada em factos, que, embora podendo ser justos, considera escassos, e não "acrescenta" nada mais, mesmo que conheça elementos que possam ser importantes para a tomada da decisão ? Penso que não esteja retratada no seu e-mail, a grande importância que a SPA desempenha, na defesa dos direitos dos autores, afinal, a principal razão da sua existência.
Terá merecido este caso, a minúcia que exigia e exige, considerando que pelo e-mail de V. Exa, a SPA entende que a musica é a do fado tradicional, pelo que está a confirmar que não se trata nem de musica original, nem feita propositadamente para o filme Fados, pelo que a atribuição do Goya não terá sido tão transparente, como se exigiria ? E se aqui terá havido procedimentos pouco correctos e pouco honestos, porque não desconfiar dos principais suspeitos, e investigar com isenção e com o maior rigor, os aspectos que eu reclamo ? É que, há já o antecedente, de terem levado a Academia Espanhola a atribuir um prémio, que há luz dos regulamentos não poderia ter sido atribuído..... razão que poderá dar origem a desconfianças....
A terminar, permita-me, que lhe recorde, que na entrevista que mantivemos, V. Exª., me referiu, que nestes casos, tratando-se de dois administrados, a SPA tentaria reunir as duas partes, numa tentativa de conciliação, o que até hoje se não verificou.
Na expectativa das notícias de V.Exa, apresento os meus melhores cumprimentos.
Vítor Marceneiro
AINDA PRÉMIO GOYA
Recordo-me, de ter visto publicado num blogue, um texto do Sr.
Conheço mal o Sr.
O que eu lamento, e me leva a pensar que o Sr.Daniel não é a pessoa tão "equilibrada," que me dizem ser, é o facto de um senhor que se refere aos "pacóvios" afirmar depois numa palestra, que o Sr. Zelozo , e o blogue Viela do Fado, aplicam termos menos correctos e até insultuosos, quando se referem à polémica do Fado da Saudade. Sobre o Sr. Zelozo , não me pronuncio, como é evidente, embora esteja de acordo com quase todos os seus argumentos, mas, sobre este blogue, creio que o Sr. Daniel está a ser injusto, uma vez que não me parece, que tenhamos publicado textos com termos insultuosos, embora, me pareça, que, para avaliar a posição do interprete na polémica do Fado Saudade, haja necessidade de ser menos simpático, privilegiando a verdade, tão evidentes são as razões de quem protesta, que inclusivamente levaram o Sr.
A verdade, é sempre dura, e poucas vezes é simpática, porque me parece que um pormenor está mais que esclarecido, que é o facto da musica não ser original e não ter sido feita portanto, exclusivamente para o filme. Resta esclarecer o outro pormenor que se relaciona com os direitos de autor, sobre o qual não me pronuncio, por falta de conhecimentos técnicos adequados, embora lamentando que pessoas conhecedoras e com responsabilidades, não o façam.
Julgo saber, que a exposição do Sr. Daniel na SPA, se limitou a exprimir a sua opinião pessoal, sem direito a debate, e, sem que se registasse a presença na sala, de pessoas, sobretudo, músicos de fado, ou com fortes ligações ao fado, que pudessem contradizer os argumentos apresentados pelo Sr.
Fico por aqui, agradecendo ao Sr. Daniel, que julgue este blogue, com a mesma consideração e respeito, com que este blogue o julga a ele, aproveitando para lhe lembrar, que não estou receptivo a receber lições de ética, de quem quer que seja, não abdicando de emitir a minha opinião, que quero que seja imparcial, sem cair no ridículo de querer agradar a gregos e troianos.
Saudações fadistas
Zé da Viela
Ainda bem que a Maria da Fonte, coitadinha, reconhece que o termo "corja" veio da Malásia, onde os Portugueses chegaram em 500 e que para lá chegar tiveram de fazer algo. Os fadistas não sabem nem querem saber do algo que fizeram os Portugueses para chegar à Malásia; basta-lhes a vergonha de saber o que fizeram quando lá chegaram!!!
Todos os fadistas sabem que quando alguém se aventura num mar que desconhece totalmente (que é o caso dos pseudo-congressistas no Mar do Fado) para invadir a terra alheia, sem respeito pelas suas gentes, pelas suas raízes, costumes e tradições e leva como objectivo único, roubar, saquear e matar em nome de Cristo (Fado) do rei e de Portugal, estamos a falar, como diz e bem o Sr. Bosco, de uma corja de desprezíveis. Mas, sabe Mariazinha? Aos fadistas, basta-lhes ter lido ou ler a História de Portugal de Oliveira Martins e assim, todos sabemos ou ficamos a saber o que fizeram os Portugueses depois de chegarem à Malásia! Fizeram exactamente aquilo que os "Congressistas" querem fazer ao Fado, depois de lá chegarem, se nós, os "malaios do fado" os deixarmos desembarcar!
Sabe, D. Maria? A maioria dos portugueses quando são astrólogos, musicológos, tarólogos ou antropólogos, advinhólogos, carroceirólogos e outros passarólogos psicólogos, porque ouviram falar de flamencólogos, na sua infelicidade de não perceber porque é que são o que são, sabendo que não sabem sequer de que olho Camões era cego ou se era cego, têm agora a pretensão de serem cientificamente fadistólogos, esquecendo-se que sabem menos de fado do que de Camões. A sua astrologia, a sua musicologia, a sua tarologia, a sua antropologia, a sua advinhologia, a sua carroceirologia, a sua passarologia, a sua psicologia, a sua filosofia, nunca foram capazes de saber quando, como e porquê, nasceu e morreu Camões; não sabendo, sequer, o nome da mãe e do pai do poeta, como podem atrever-se a falar de Fado e ainda por cima, cientificamente?
Sabe, D. Maria? (não sei se é a Maria II, se a I.... Ah... é a da Fonte!) ainda hoje, essa gente, que me parece demasiado inteligente para falar de Fado e muito estúpida para falar de outra coisa qualquer, se não fossem os brasileiros, saberia quem é ou quem foi Fernando Pessoa.
Assim, estamos a falar de uma população que, para desgraça de Portugal e dos portugueses, se encontra sempre nos lugares-chave da governação ou colada, de algum modo, a quem lá está. Por isso, vegetam com a mania da grandeza arreigada no sangue, de tal maneira que ainda hoje lhe empesta o cérebro, a ponto de exactamente de como os que foram para a Malásia, em vez de terem feito por acção pessoal ou congressista a cristianização e civilização, a nível nacional, e depois partir para o estrangeiro para saciar a sua miséria na conquista de outros mundos, não senhor.... por falta de formação moral e de outras de toda a espécie, por soberba, por ambição desmedida, partiram à procura de riqueza, de protagonismo, de heroicidade falsa, de um lugar no Panteão Nacional, mesmo que para isso, tivessem de saquear, mutilar, violar, matar, incendiar, etc.
É isto, repito, que os "congressistas", convencidos que o doutoramento lhes dá licitude para tal, e esta, deixa de lhes provocar escrúpulos de consciência, culturais ou outros, na sua cegueira partem para um Congresso Internacional de Fado, sem ver que nunca fizeram um Congresso Nacional de Fado!
Os fadistas sabem que estrangeiros, no Fado, não são forçosamente indivíduos de outra nacionalidade, mas sim, pessoas que o exploram em proveito próprio, a troco de vergonhas internacionais, como a Goyabada ou o andar a dizer ao Mundo, sobre um rufar de um tambor, cantando uma música brasileira que aquilo é o Fado na sua verdadeira origem!
Tudo isto é feito pelos "embaixadores do Fado" para a UNESCO que são os "embaixadores" do Sr. Santana Lopes, que os fadistas, o Fado e a UNESCO já abominam. Senão, vejamos:
- Como pode integrar um Congresso ou outro Movimento qualquer sobre Fado, um indivíduo que por trafulhice de sua autoria, diz ao povo português que recebeu um prémio Goya, quando ele e nós sabemos que é mentira?
- Como pode ser ouvido a cantar ou a falar de Fado, o mesmo indivíduo que por trafulhice de sua autoria, diz ao povo português que cantou duas noites no Olympia de Paris, quando ele e nós sabemos que é mentira?
- Como pode este fadistófobo ser autorizado a entrar numa Casa de Fados e a falar disso, se a sua única obra fadista, foi mutilar, adulterar e desfigurar o Fado misturando-o com rap, com rock, com flamenco, etc.?
- Como pode este indivíduo falar de honestidade, se para além do já citado, teve um guitarrista que entrou no seu "Faia" a ganhar 200 escudos, por noite, e saiu de lá seis meses depois, a ganhar 100?
- Quanto ao "livreiro"
- O Sr. Mário Pacheco, teve a lata de dizer há tempos, num jornal (que não dá direito à resposta) que foi o último guitarrista de Amália! Todos os guitarristas, de todas as áreas, sobretudo os que foram da Amália, sabem que isto é mentira! Esse senhor, simplesmente, nunca foi guitarrista de Nossa Senhora do Fado, quanto mais o último!!!
Com esta gente e gente que se alia a esta gente, que crédito merecerá esse "Congresso"? Portanto, Sra. D. Maria I ou II ou da Fonte, devo dizer-lhe que há um ditado que diz: tão ladrão é o que assalta, como o que fica à porta! Assim, tanto o Sr. Bosco como eu e toda a gente, sabemos que "os bois devem ser chamados pelos seus nomes". Há no lote das pessoas mencionadas para o "Congresso", algumas de quem ninguém duvida da sua actividade fadista em prol do fado. Mas, se derem a estas, a liberdade de elaborar uma lista secreta com os nomes de quem deverá estar nesse "Congresso", posso garantir, que nem o Sr. Pais de Brito, nem Maria do Rosário Pestana, nem Rui Vieira Nery, nem Salwa Castelo Branco, nem Vasco Graça Moura, nem a Sra. Pereira, nem Ian Biddle, nem Kim Holton, nem Maria José Artiaga, nem Maria do Rosário Pedreira, nem Nuno Júdice, nem Fernando Pinto do Amaral, seriam mencionados. Tudo isto, porque ao Fado, não fazem falta nenhuma "Salazarinhos de esquerda" que se permitem através da Mariazinha da Fonte Seca, ameaçar "democraticamente" o Sr. Bosco, dizendo-lhe: "Cuide-se"!!!
Todos os fadistas que se prezam, têm obrigação patriótica de denunciar todas as escroquisses que são feitas ou que estão para se fazer ao Fado! A esta expressão da alma portuguesa que não é mais do que um canto lusitano, simples, urbano e rústico, não fazem falta intelectuais, nem sabichões de espécie nenhuma; ao Fado, só fazem falta os fadistas que o respeitam e fazem respeitar os seus antecedentes insubstituíveis e tradicionais e os saberes ancestrais que têm vindo a ser passados de geração
Por tudo isto, vir para o Fado com a Universidade, o "Congresso" e a intelectualidade pretensiosa e fútil é tão estúpido, quanto frequentar um curso de ginástica aplicada para jogar à sueca!
Se julgam que sabem alguma coisa, façam prova de sabedoria no Mundo da Ciência, no Mundo do Saber e deixem o Fado e os fadistas em Paz!
Palavras da Salvação!
A Bem da Nação Fadista!
O fado é tema de um congresso internacional que se realizará de
Organizado pelas universidades Católica e Nova de Lisboa, bem como pelo Museu do Fado, o congresso será divido por painéis respeitantes a diferentes temáticas estando previstas quatro: "Processos históricos e práticas contemporâneas"; "Perfis artísticos, universos, artefactos e repertório"; "Discursos e processos de mediatização"; "Prática perfomativa".
Cada tema será apresentado e seguido de debate, procurando “promover uma visão crítica e transversal dos trabalhos apresentados”. A abertura do congresso caberá ao antropólogo Joaquim Pais de Brito, que foi o responsável pela exposição "Fado, vozes e sombras" apresentada no âmbito da Lisboa'94 capital Europeia da Cultura.
Além do director do Museu nacional de Etnologia estão previstas as participações de Maria Rosário Pestana, Rui Vieira Nery, Salwa Castelo-Branco, Vasco Graça Moura, Sara Pereira, Ian Biddle, Kim Holton, Maria José Artiaga, entre outros especialistas.
Além dos painéis, realizam-se três mesas redondas, uma delas, coordenada por Salwa Castelo-Branco subordinada ao tema "casas de fado", sendo participantes os fadistas Maria da Fé e
A terceira mesa, coordenada pelo escritor Vasco Graça Moura, intitula-se "letras de fados" e conta com as participações dos poetas Maria do Rosário Pedreira, Aldina Duarte que também canta, Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral, cujo "Fado da Saudade" ganhou o Prémio Goya, e José Luís Gordo, distinguido em 2005 com o Prémio Amália.
Segundo a mesma fonte, "os resultados do congresso serão editados em livro". A comissão científica do congresso é constituída pelos catedráticos Salwa Castelo-Branco, Roberto Carneiro, Artur Teodoro de Matos e Rui Vieira Nery. O congresso terá lugar no Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, na Universidade Nova e no Museu do Fado que deverá reabrir nesta ocasião com um novo percurso expositivo.
Recordamos alguns dos grandes vultos do Fado já desaparecidos , mas sempre na nossa memória. Decerto alguns não são mencionados, por tal facto as nossas desculpas, pois era praticamente impossível mencioná-los a todos.
Este modesto trabalho é um tributo a todos os amantes do Fado.
Agradeço ao grande poeta Euclides Cavaco, por se disponibilizar para esta iniciativa.
Paz e harmonia aos homens de todos as raças e credos.
ALFREDO MARCENEIRO
Fado Cabaré
Fado Versículo
"CABARÉ"
Letra de: Henrique Rêgo
Música: Fado Versículo de Alfredo Marceneiro
Foi num cabaré de feira, ruidoso
Que uma vez ouvi cantar, comovido
Uma canção de rameira, sem ter gozo
Que depois me fez chorar, bem sentido
Era a canção da alegria, couplé novo
Mas a pobre que a cantava, eu bem a vi
Naquela noite sorria, para o povo
E ao mesmo tempo chorava, para si
É que a linda cantadeira, tão formosa
Mais linda do que ninguém, certamente
Sentia a dor traiçoeira, rancorosa
A magoar-lhe o peito de mãe, cruelmente
Tinha um filhinho doente, quase á morte
E a pobre ganhava a vida, só de fel
Cantando a rir tristemente, por má sorte
Uma canção de perdida, bem cruel
Música do Fado Cravo de Alfredo Marceneiro
Interpretada ao piano pelo Maestro Rui Serodio
BEM HAJAM, MULHERES DE TODO O MUNDO
E QUE TODOS OS DIAS SEJAM NOSSOS
NO AMOR E NA HARMONIA
Ser mulher
É ser esposa e companheira
Amante terna e fagueira
Que o amor sabe entender
Ser mulher
É ser mãe e conselheira
Dedicada de alma inteira
A que devota o seu ser.
Ser mulher
É ser do lar timoneira
Na doença a enfermeira
É dar mais que receber
Ser mulher
É ser fonte d’existência
Que cala a voz da ciência
A força de ser mulher...
Ser mulher não é somente
A figura e a fulgência
É muito mais transcendente
Do que essa mera aparência.
Ser mulher é ter coragem
De pôr fim à injustiça
Dessa humilhante imagem
Que outrora a fez submissa.
Ser mulher é dizer não
Ao abuso e violência
À vil discriminação
E à austera prepotência.
Ser mulher é procurar
O direito à igualdade
E sem tabus comungar
Tudo com justa equidade
Ser mulher é esse alguém
Avó, neta, irmã ou filha
Devotada esposa e mãe
Que o seu amor compartilha.
Ser mulher é sim lutar
Para ser compreendida
E sem medo conquistar
Os seus direitos na vida !...
Poema de : Euclides Cavaco
vadoaracaju.wordpress.com
Este Video Clip, tem como música de fundo o "Fado Bailado", (registado na SPA) da autoria (ainda...) do meu avô, Alfredo Marceneiro, sendo também este fado conhecido pelo povo, com o título de "Estranha Forma de Vida", criação e versos de Amália Rodrigues, porque esta os cantou nesta música. (*)
(*) Ouve mais alguém que os cantou e gravou , mas fez umas alterações nos versos, «foi só uma frase», mas foi sem autorização da autora!!!. Mas esse mesmo alguém, fez o mesmo com os versos do "Fado Bairro Alto", criação de Nuno de Aguiar, mas neste até alterou «mais que uma palavra», quem seria?
Mas a procissão ainda vai no adro... há-de aparecer mais atropelos.
Tudo isto existe... Tudo isto é triste...