DESEJO A TODOS UM FELIZ FINAL DE 2008 E UM SALTO CERTEIRO E FELIZ PARA 2010
Palavras para quê, perante este excepcional cartoon do meu amigo, Desenhador e Realizador de Filmes de Animação, Mário Jorge Neves.
Agradeço ao meu amigo o grande fotógrafo Octávio Diaz-Berrio, que em boa hora se lembrou de mo enviar .
http://www.opticalprint.com (Mário Jorge)
http://diazberrio.home.sapo.pt (Octávio Diaz-Berrio)
Há um mais de um ano, mais própriamenmte no dia 29 de Novembro de 2007, eu pulicava que este blog tinha atingido :
+ de 100.000
Hoje dia 26 de Dezembro de 2008 precisamente a esta hora atingimos:
267.100
Não desisto, e hei-de ganhar, aliás Lisboa e o Fado hão-de ganhar....
E tal como eu dizia há um ano, repito.
Deu muito trabalho, mas que não me arrependo, foi feito com muito amor.
Aprendi muito sobre Fado, e
aprendi mais sobre o ser humano,
aprendi a conhecer melhor a inveja.
aprendi a ver quem é o amigo,
aprendi a ver como se comportam os incompetentes
e finalmente
aprendi como se movem os interesses dos lobbies e a força que têm,
mas também descobri que "só eu é que sonho" em colocar "Lisboa no Guiness " como a Cidade mais cantada do mundo!
aprendi que estava enganado por acreditar que era "O Sonho que Comanda a Vida", não, não é
actualmente quem comanda a vida "é quem tem protagonismo" e se por alguma razão ameaçar-mos esses estatutos, somos arrasados e ignorados.
Em 267.100 visitantes, com mais de Quinhentas páginas editadas, tive meia dúzia de comentários, mas da comunidade fadista nenhum comentário, nem sequer daqueles, que, ainda vivos, e que deles falei, e que por tal razão passaram a estar nos "motores de busca" e passaram a ser referenciados, é claro que não têm nada a agradecer-me, mas que é estranho é!
Mas como o Fado é muito mais do que isto, vou continuar para alegria de alguns, e decerto para "dor de c.." de outros
A todos os que visitaram o blog, aos que comentaram, aos que colaboraram, e principalmente nos momentos de angústia aqueles que contribuíram para que eu não tenha desistido, ao amigo, Fernando Batista, ao Nuno Lopes, ao Armindo Rosa, ao Acácio Monteiro, e outros.
Se este resultado algum valor tem, quero repartir também com a minha família, em especial os meus filhotes Alfredo e Beatriz, a quem tenho retirado muitas horas de convivio.
A TODOS O MEU MUITO OBRIGADO
Este Blog do qual sou responsável atingiu hoje mais de 267.100 visitantes.
Nota: Como me dizia há tempos uma funcionária do Sapo, é uma gota de água no oceano, acredito que sim, mas é uma gota de que muito me orgulho.
Poema do grande poeta Fernando Pinto Ribeiro
sobre o Natal
Á JANELA DO NATAL
O milagre e uma estrela
Sobre a árvore da vida
Faz cintilar a janela
Da família reunida
Do coração á lareira
De saudades ateada
Que bem sabe, soa e cheira
A ceia da Consoada!
O meu olhar à janela
Dos olhos dessa criança
Vê raiar de dentro dela
Toda uma auréola de esperança
O campanário da igreja
Marca o canto matinal
Do galo que além festeja
A meia-noite e o Natal…
E o frio branca moldura
Da pintura em aguarela
Cristaliza a iluminura
De presépios à janela
Fernando Maurício, fadista de raça, estilista, sempre respeitou a autoria dos Fados que cantou, foram muitos Fados, de muitos autores.
Cantou com um estilo muito próprio, que criou escola, dando ao tema e á música o seu estilo, nunca enjeitou os seus autores, muita gente ainda hoje pensa que o tema Igreja de Santo Estêvão, é de sua autoria, mas na realidade é de Gabriel de Oliveira e Joaquim Campos na música do Fado Vitória, e Fernando Maurício, sempre o afirmou, respeitava os autores, como aliás o fez quando gravou o tema "Bater do Coração", com letra de Moita Girão e música de Alfredo Marceneiro, o Fado Versículo.
Também o Grande fadista Julio Vieitas, cantou entre vários do seu repertório, um Fado com o título "Um Artista", embora sendo também um estilista não enjeitou autoria de Alfredo Marceneiro nesta gravação, chama-lhe aliás, arranjos no menor de Alfredo Marceneiro Fado Versículo.
Esta foto é deveras histórica, pois foi tirada no Faia em 1953, altura em que Linhares Barbosa escreve para o repertório de Berta Cardoso o "Fado Fracasso," uma letra em versículo. Berta que parcece estar a ouvir atentamente Linhares Barbosa assim como Marceneiro, lendo o poema, que Berta vai óbviamente cantar na música do Fado Menor, com complemento de Versículo de Alfredo Marceneiro.
BERTA CARDOSO
canta FRACASSO
Letra de Linhares Barbosa
Música de Alfredo Marceneiro
Aliás esta parceria de poeta e compositor, já vinha dos anos 30 com o grande êxito que foi o Fado Pierrot (Letra) que levou Marceneiro a fazer a música a que deu o título de Fado Versículo, desde então para cá muitos poemas tem sido cantado com esta música, por muitos e conceituados interpretes.
Mais um exemplo também com poema de Linhares Barbosa, para o saudoso Manuel de Almeida (que também foi autor e compositor).
MANUEL DE ALMEIDA
canta SE O MUNDO DÁ TANTA VOLTA
Letra de Linhares Barbosa
Música de Alfredo Marceneiro
Helder Moutinho canta: QUE FADO É ESTE QUE TRAGO
Letra: Helder Moutinho
Música: Yami
Guitarra portuguesa: Ricardo Parreira
Viola de Fado: Marco Oliveira
Baixo acústico: Yami
Acordeão: Pedro Santos
Percussões: Quiné
Dono de uma voz cristalina, interroga-nos sobre o próprio fado. E fá-lo com pertinência. Misterioso na fronteira do misticismo, aborda temas clássicos como a saudade e a melancolia (e não, não são a mesma coisa) de uma forma suficientemente autónoma para evitar quaisquer comparações com os «manos» Camané e Pedro Moutinho.
Tal como o primeiro, ousa musicar David Mourão-Ferreira mas apenas por uma questão de sensibilidade. A pose de conquistador assenta-lhe à pele. É fado, sim, mas com uma abordagem muito própria, por vezes quase em registo crooner. E como soaria Sinatra se fosse português?
No campeonato muito competitivo do fado, «Que Fado É Este que Trago?» pode vir a passar a leste de grande parte das atenções mas ficará inscrito entre os melhores discos de fado das últimas temporadas. Tal como já tinha acontecido com o anterior «Luz de Lisboa».
Hélder Moutinho
«Que Fado É Este que Trago?»
HM/Farol
Gostaria de poder aqui colocar uma foto desta grande figura de Portugal, e de Lisboa, que tanto amou.
Gostaria ainda de saber mais da sua obra, mas há descendentes que o poderão fazer, netos e bisnetos, com quem tive dois contactos, mas não obtive resposta, devem ter pensado que eu não estava à altura ......., talvez tenham razão, mas se não deixam fazer... façam, este grande lisboeta é de todos nós.
O que abaixo transcrevo foi retirado da Infopédia.
Ao procurar mais pormenores na internet acabei por entrar num site, (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=494837) que pede detalhes, fotos etc., mas para nos dar o que já tem, é preciso pagar pagar € 30 por ano, o nome do cartão até é pomposo, "General Plus". Ora aí está!... Vou pensar nesta fórmula....
Jornalista e escritor português, Norberto Moreira de Araújo nasceu a 21 de Março de 1889, em Lisboa. Cedo mostrou apetência para as Letras. Em 1904, entrou como aprendiz na Imprensa Nacional, frequentando, posteriormente, o Curso Superior de Letras e, em 1916, veio a ingressar na redacção de O Mundo , mudando-se, passado um ano, para o jornal A Manhã , de que chegou a ser co-proprietário.
A sua intensa actividade jornalística levou-o a ser jornalista do Diário de Notícias , do Século da Noite e do Diário de Lisboa em que se manteve até morrer, a 25 de Novembro de 1952, como redactor principal. Aqui, através de um estilo de escrita incisivo e vibrátil, iniciou toda uma etapa de renovação nos processos jornalísticos. A sua grande originalidade reside na facilidade com que disserta sobre qualquer matéria. Não tem um estilo invariável, um estilo diferente para cada assunto. Ficou célebre a sua rubrica no Diário de Lisboa , "Páginas de Quinta-feira", onde deambulava pelas mais diversas áreas - quer fossem sínteses de arte, política, casos de rua, comédia burguesa, cultura, etc.
Versátil e laborioso, Norberto de Araújo fez reportagens de notável projecção como, por exemplo, duas viagens presidenciais, uma com António José de Almeida ao Brasil, e a outra com o general Carmona a Espanha. Em 1925, ano de ouro da comemoração de Santa Teresinha, desloca-se a Roma. Assiste ao julgamento do Angola e Metrópole - o caso Alves dos Reis, à visita da rainha D. Amélia ao Panteão de S. Vicente e mais tarde, iniciou uma série documental, intitulada "Como se trabalha em Lisboa?".
A par da actividade como jornalista, Norberto de Araújo manteve, intermitentemente, a sua actividade literária - 31 volumes publicados - que se repartiram pelos mais diversos campos, desde os livros puramente técnicos sobre artes gráficas, tal como Da Iluminura à Tricomia publicado em 1915, até ao teatro e à poesia. Foram levadas à cena as suas obras teatrais Dentro do Castigo (1924), em que o pendor melodramático com certa ousadia é atenuado por um discreto intimismo, e Duas Mulheres (1928) - peça representada nos 50 anos de teatro de Adelina Abranches. Na poesia, escreve odes românticas que comoviam principalmente as senhoras e que passaram à literatura com o nome de Miniaturas (1920) e Vinha Vindimada (1924).
A par da relevante carreira jornalística e da ampla obra literária, Norberto de Sousa é conhecido hoje especialmente como um olisipógrafo erudito, tendo-lhe concedido o munícipio de Lisboa a medalha de ouro da cidade. Autor do Inventário de Lisboa , 1944/1955 (concluído por D. Pires de Lima), das "Legendas de Lisboa" e das "Peregrinações de Lisboa", esta obra é a mais compulsada. É de assinalar o extenso e profundo conhecimento que Norberto de Sousa tinha das fontes e dos estudos esclarecedores do passado de Lisboa, que o dá ensejo a descrições extensas das ruas, palácios e monumentos, templos, instituições e dos mais diversos episódios da vida citadina lisboeta.
Norberto Moreira de Araújo morreu a 25 de Novembro de 1952, em Lisboa.
Estas são algumas das letras que consegui arranjar da autoria de Norberto de Araújo, e segue-se um video em que meu avô lê o que Norberto de Araújo escreveu dobre ele.
GRANDE MARCHA 1935 (Lá vai Lisboa) |
Norberto de Araújo |
Bailarico de Benfica 1940 |
Norberto de Araújo |
GRANDE MARCHA 1940 (Olha O Mangerico) |
Norberto de Araújo |
Marcha do Centenário 1947 |
Norberto de Araújo |
GRANDE MARCHA 1950 (Noite se Stº António) |
Norberto de Araújo |
GRANDE MARCHA 1952 (Alcachofra Brava) |
Norberto de Araújo |
Alcachofra Brava 1952 |
Norberto de Araújo |
Marcha de S. Vicente 1955 |
Norberto de Araújo |
Cidade Maravilhosa 1955 |
Norberto de Araújo |
Noite de Santo António |
Norberto de Araújo |
Palavras de Norberto de Araújo, definem Alfredo Marceneito
Manuel António de Moraes, nasceu em Torres Vedras a 9 de Janeiro de 1947.
Advogado de profissão, desde muito jovem ligado às artes e ao desporto.
È um fervoroso adepto da “Tauromaquia” e do Fado.
Publicou muitos livros sobre diversos assuntos, mas quero aqui realçar o livro que publicou em 2003 com o título
“Fado e Tauromaquia”
.
Sei que tem mais projectos sobre Fado, mas para já, concluiu, mais um livro com o título “Fadário”, que inclui um CD, com Fados de várias fadistas.
Este livro é editado pela Ocarina, e será apresentado ao público no Museu do Fado hoje dia 2 de Dezembro pelas 19 horas.
Nota: Meu Caro amigo António Manuel de Moraes, depois de teres tido a gentileza de me convidares pessoalmente para a apresentação do teu livro, para o qual também recebi convite do Museu do Fado. Acontece porém que no dia 29 de Novembro estive presente na Grande Noite de Fado, em Braga, numa homenagem à nossa saudosa Hermínia Silva, cujo convite da organização era irrecusável, uma vez que me privilegiaram para receber o testemunho dessa homenagem, por ter sido o seu biógrafo, ao mesmo tempo que me nomearam para presidente do júri, o que muito me enterneceu.
Simultaneamente, fui também convidado para estar presente no dia um de Dezembro em Chaves, para fazer uma palestra sobre o meu avô. Viajo hoje para Lisboa ,não sei a que horas, mas prometo que vou tentar chegar a tempo de te abraçar e dar os parabéns pessoalmente, se Deus quiser.
Até lá.
Vítor Duarte Marceneiro