Sónia Isabel Santos Mota e Albergaria, nasceu em Vila-Franca no dia 21 de Junho de 1980, tendo adoptado o nome atístico de Dâna Albergaria, pertence à nova geração do Fado. Compositora e poetisa, ama as tradições.
Nascida no meio da cultura popular, herda do seu avô, Sebastião Mateus Arenque poeta popular, escritor e mentor da cultura tradicional na região do Ribatejo, mais precisamente em Azambuja, um gosto nato pelas tradições e cultura Portuguesa, e através dos seus pais nasceu embalada pelo fado. Mas foi apenas aos 21 anos em 2001 que, ao participar no Festival da Canção e obtendo o 3º lugar, que se entregou à música.
Lança o seu primeiro trabalho a solo em 2003 com o título “Cantar Português”, onde opta por uma fusão de música tradicional portuguesa, fado e electrónica. Foi editado no Japão, Países de Leste e Norte da Europa, e em colectarias juntamente com nomes como Deep Forest, Enigma e Air.
Aos 27 anos, Dâna decide gravar um álbum dedicado inteiramente ao Fado, nascendo assim ”Sei Finalmente”, que mostra a expressão de uma fadista em ascensão que pela voz vai colorindo poemas monocromáticos. O Fado nasce de um encontro entre a emoção e a razão, ou seja, a vida, esse mistério que acontece sem se ver apenas ouvindo e sentindo.
O seu terceiro trabalho a solo acontece em 2009 e reflecte um caminho percorrido, e é por entre muitos palcos e públicos percorridos, que finalmente se reencontra como artista e, acima de tudo, como fadista. “Fado que te amo” conta com fados tradicionais entre os quais, o fado alexandrino, o fado das horas, o fado menor, o fado cravo, entre outros e onde Dâna nos presenteia poemas da sua autoria e de Vasco Lima. É um álbum que nos mostra alma de uma fadista a nu, onde o fado se apresenta desprotegido, chorado, enjeitado, castiço e boémio.
Nota: Biografia fornecida pela própria
Conheci a Dâna no Museu do Fado quando da sua apresentação do último CD, é uma jovem muito simpática e despretensiosa, ofereci-me para lhe fazer uma página neste blogue, o que aceitou (o que tem sido raro nos novos valores emergentes) e aqui estou com muito gosto apresentá-la.
Dâna canta: Maldição
Letra de: David Mourão Ferreira
Música: Fado Cravo de Alfredo Marceneiro
Eis um texto e um poema de Dâna Albergaria:
Ao ver o Rio Tejo:
Meus pensamentos são inundados de Histórias passadas, de sonhos vividos, alguns esquecidos e outros por viver. A imensidão do Tejo envolve meus pensamentos num turbilhão de saudades que devagar vão sendo varridas pelo vento que passa soprando baixinho ao meu ouvido. Devagar, a minha
Meus pensamentos flutuam sem destino ou direcção, são apanhados por sons de saudade, por sons de verdade. Ao longe,
Vou desvendando mistérios que através dos tempos vão sendo esquecidos. Vou cantando aos sete mares e aos sete cantos do Mundo esta minha
Ao ver o Rio Tejo ... meus pensamentos são inundados por este sonho que é
Dâna
28 Julho 2008
ENCONTRO
Sinto o cheiro a saudade
Ou será de solidão
Fiquei esquecida,
Nesta
Caminhando sinto frio,
Enche meu olhar de devaneios,
Faz meu coração chorar.
Nesta
Onde um dia me deixas-te
Hei-de encontrar-me, um dia
Entre rua e ruelas,
Minha alma se preenche.
Tudo tem algo para contar,
Muros cheios de lamento.
Sinto cheiro a saudade,
Não és mais de solidão.
Encontrei meu coração.
Nesta
Vítor Duarte Marceneiro canta o Fado Balada, letra de Silva Tavares, música de Alfredo Marceneiro, com imagens de jmpedrosa.
Este tema foi gravado em 1972 para a Etiqueta Estúdio, guitarra portuguesa António Chaínho, viola de acompanhamento José Maria Nobrega.
" FADO DA BALADA"
Letra de: Silva Tavares
Música: Fado Balada de Alfredo Marceneiro
Conta uma linda balada
Que um rei, dum reino sem par
Vendo morta a sua amada
Quis o seu seio moldar
E por molde, modelada
Depois de gasto um tesouro
Nasceu a graça encantada
Duma taça toda d`ouro
E quando por ela bebia
Morto por se embriagar
Saudoso, triste sorria
Com vontade de chorar
Certa noite imaculada
À luz do luar divino
Deixou a corte pasmada
E fez-se ao mar sem destino
No mar ansiando a graça
De com morta se juntar
Bebeu veneno p´la taça
Atirou a taça ao mar
Ao seu seio não há nada
Que se possa igualar
Nem a taça da balada
Que jaz no fundo do mar
RAÍZES DE MARCENEIRO NA AMADORA...
Integrado nas Festas da comemoração do 30º aniversário da elevação da Amadora a cidade, tive a honra de ser convidado a actuar no Auditório Recreios da Amadora.
O espectáculo cuja produção é da responsabilidade da "Espanta Espíritos", efectuou-se no DIA 26 DE SETEMBRO 2009
MARCENEIRO VISITA MARCENEIRO
O espectáculo inclui a apresentação de um diaporama evocativo da vida e obra de Alfredo Marceneiro, da autoria de seu neto Vítor Duarte.
Na sequência do diaporama, vão actuando cantando Fados, o próprio Vítor Duarte e seus convidados, Nani Nadais, Vanessa Costa e Adelaide Maria.
O acompanhamento está a cargo dos prestigiosos tocadores, Luís Ribeiro na Guitarra Portuguesa e de Jaime Martins na Viola de acompanhamento.
Recreios da Amadora
Fados da minha vida:
Há precisamente 18 anos, estava-se em 1991, e comemorava-se o "Centenário do Nascimento se Alfredo Marceneiro" a Cidade da Amadora associou-se ás homenagens e foi marcado um espectáculo no palco do Jardim Central, com inicio às 21,3O, aconteceu que cerca das 21,00 desencadeou-se uma chuvada forte com granizo, que esteve para se cancelar o espectáculo, mas acabou por se efectuar meia hora mais tarde no auditório do edifício da Câmara Municipal, nesse espectáculo actuei eu e o meu saudoso pai, Alfredo Duarte Júnior, que teve um enorme êxito.
Nesse ano houve um concurso de montras entre os comerciantes da Amadora, a Casa das Malhas, do meu amigo Machado, fez uma montra alusiva a Alfredo Marceneiro, que por votação unânime do júri, ganhou o 1º lugar da Classificação
Montra Casa das Malhas - Amadora 1991
O Fado Cravo, cuja música foi composta por Alfredo Marceneiro para um poema de Fernando Teles com o mesmo título, que infelizmente não possuo gravação pelo próprio, embora o cantasse bastante nos retiros e espectáculos, mas com maior assiduidade nas festas dos Santos Populares.
Trata-se de um Fado para versos em sextilhas. Mais tarde o Dr. Guilherme Pereira da Rosa escreve o poema "A Viela", para o repertório de Marceneiro, e este em boa hora decide cantá-lo e gravá-lo nesta música, e assim a mesma passa também a ser conhecida também pelo Fado da Viela.
Esta música é considerada por muitos musicólogos a maior obra musical de Alfredo Marceneiro.
Há pouco tempo recuperei com a ajuda do meu amigo Fernando Batista do Porto, um EP que eu gravei em 1973. para os Discos Estúdio este e outos temas, mas neste caso decedi gravar com a música da Marcha de Alfredo de Marceneiro, neste disco sou acompanhado na guitarra portuguesa por António Chaínho e na Viola José Maria Nóbrega
Vítor Duarte Marceneiro
Canta: Fado Cravo
Letra de Fernando Teles
Música de Alfredo Marceneiro
" FADO CRAVO"
Foi em noite de luar
Na noite de São João
Que eu te vi, óh! minha amada
No baile foste meu par
E dei-te o meu coração
Foste minha namorada
Andámos na roda os dois
E saltamos á fogueira
Meu peito era uma brasa
Findou o baile e depois
Foste minha companheira
Levei-te p´ra minha casa
Nessa madrugada santa
Por meu mal me deste um cravo
No lado esquerdo o guardei
Minha paixão era tanta
Fui do teu capricho escravo
Eterno amor te jurei
Foram dias decorrendo
Semanas, um ano feito
De amor eu tinha a fragrância
Mas o cravo murchecendo
Revelava que o teu peito
Não tinha a mesma constância
Numa noite, ao conhecer
Mentira no teu amor
De raiva desfiz o cravo
Não mais quis por ti sofrer
Deitei fora a murcha flor
Deixei de ser teu escravo
Palestras, espectáculos e uma exposição evocam Amália Rodrigues a partir de Outubro no Teatro S. Luiz, em Lisboa, numa iniciativa conjunta com os museus Berardo e do Fado, quando se completam dez anos sobre a morte da grande fadista.
Considerada uma das melhores vozes do mundo, Amália é um dos ícones da cultura portuguesa e por ocasião dos dez anos da sua morte multiplicam-se as iniciativas. Além destas a Fonoteca e também os Amigos do Fado, entre outras entidades, prevêm realizar eventos, para além do lançamento de discos remasterizados de que a CNM já deu um excelente exemplo.
Nota: Será aqueles Senhores na "Nata" da sociedade francesa e os da Unesco, da que estiveram no WorkShop em Paris, com o C.C., nunca ouviram falar de Amália?
Este disco foi um êxito em todo o mundo e em especial em França, pois como se sabe Amália, ela sim, gravou um disco ao vivo no Olympia, estando lá contratada como cabeça de cartaz.
Excelente Amália. Em boa hora a CNM editou em CD o primeiro álbum de Amália Rodrigues nos Estados Unidos, em 1954, em que a grande intérprete canta um fado, três canções e quatro temas em flamenco. Desta escolha faz parte um "Fado da Saudade" (imagine-se!), mas este com música de Frederico de Freitas e letra de José Galhardo.
(*)A uma distância de 50 anos (pelo menos) do polémico "Fado da Saudade" que trouxe um Goya de Madrid.
(*) O Sublinhado é meu... sabem porquê.
No dia 21 de Agosto recebi um mail de &KTAL, com um artigo da HARDMUSICA sobre uma entrevista dada por Carlos do Carmo:
De: &KTAL [mailto:0161867102@netcabo.pt]
Enviada: sexta-feira, 21 de Agosto de 2009 3:32
Para: Undisclosed-Recipient:;
Assunto: CARLOS DO CARMO: "Tudo o que seja tirar a poeira e os preconceitos, só me pode encher de alegria"
«Em Janeiro fui a Paris de propósito para um "workshop" onde estava a nata da sociedade francesa e estavam também os principais directores da UNESCO. Fiz uma espécie de conferência cantada falando e cantando e as pessoas terminaram encantadas e despertas para a situação e dizendo-me, "mandem-nos com urgência isso. Muito interessante, que canção tão interessante". Portanto agora vamos entrar na pior fase disto, que é a burocracia, com o Ministério da Cultura e com o dos Negócios Estrangeiros, à portuguesa. Vamos ver se haverá da parte dos ministérios bom senso de não empatar as coisas. Para não ficarem nas gavetas, de não se arrastar indefinidamente, porque a UNESCO está apenas à espera.»
Leia a entrevista em www.hardmusica.pt
Qualquer pessoa pode tirar as ilações que muito bem quiser, mas há factos nesta notícia, que são de comentar:
- Isto passou-se em Janeiro, pelo que parece que era muito importante, mas só agora é noticiado!
- Houve há pouco tempo um espectáculo/promoção no Museu do Fado em que o “Fado na Unesco” foi o assunto nuclear. Consta que no final o Presidente da C.M.L., Dr. António Costa informou que tinha falado com o nosso Embaixador na UNESCO, Dr. Maria Carrilho, e este ao tomar conhecimento do assunto?!, (não sabia?), informou que tinha muito gosto em entregar o projecto assim que o mesmo fosse entregue.
(Então não teria de ser os Embaixadores Carlos do Carmo e Mariza, não há direito depois de tanto empenho), digo isto porque, há uns tempos atrás soubemos pela comunicação social (alguma), que Carlos do Carmo afirmou: — Recebi um telefonema em que me cumprimentavam como Sr. Embaixador…… blá, blá, resumindo, alguém o tinha nomeado a ele e à Mariza Embaixadores para o Projecto do Fado a Património da Humanidade na UNESCO. !!!
- Agora canta para a "NATA" da sociedade francesa, que pelos vistos não o conhecia nem ao Fado?
- Qual será o conceito de NATA DA SOCIEDADE, para um homem que se intitula de esquerda!?
- Os Senhores da Unesco, idem, que segundo parece, nem têm pelouros específicos, vão todos ao mesmo!
Exclamam: Muito interessante, que canção tão interessante, mandem-nos com urgência isso.
Mas o mais interessante, é que já se vislumbra o que vai acontecer, como se pode verificar Carlos do Carmo, já começa a sacudir a água do capote….AGORA VAMOS ENTRAR NA PIOR FASE DISTO, QUE É A BUROCRACIA, COM O MINISTÉRIO da CULTURA E COM O DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS, À PORTUGUESA.
…. A UNESCO SÓ ESTÁ À ESPERA….
Agora fico á espera dos aficionados "do charmoso" que me vão rebater isto, força pois como sabem este blogue não tem censura (se não houver ofensas para ninguém), estamos a discutir ideias e aldrabices…. TIRAR POEIRA DOS OLHOS E ACABAR COM OS PRECONCEITOS, DESMASCARAR ESTA E OUTRAS ARTIMANHAS…. SÓ NOS PODE ENCHER DE ALEGRIA.
Recebi também do comentador Fernando Zeloso, (anti-poeira nos olhos, anti-preconceitos e grande admirador como eu de pastéis de NATA, estes sim muito nossos, e muito bons, acessíveis a todas as classe da sociedade (claro quem não pode comer uma dúzia, contenta-se com um) porque os tais senhores, que são os da tal NATA, nós já sabemos camarada... ELES COMEM TUDO.
RESPOSTA À HARDMUSICA SOBRE A ENTREVISTA A CARLOS DO CARMO!!!
"Tudo o que seja tirar a poeira e os preconceitos, só me pode encher de alegria"! (Carlos do Carmo)
Quando Carlos do Carmo fala de poeira, está a referir-se precisamente à poeira que ele anda há 50 anos a atirar para os olhos dos Fadistas e dos Portugueses em geral, sobretudo, quando (como "fadista" que se crê) "orgulhosamente só", cantou 8 canções no Festival de Canção de 1967 (porquê um "fadista"?). Não havia cançonetistas? Não foi para agradar a gregos e a troianos?
Com a vigarice do Prémio Goya, com esta Candidatura e com o filme "Fados-Saurganhada" e, quando disse à revista "Espiral do Tempo" que: "Amália era uma mulher triste que cantava um fado menor, um fado triste, enquanto eu e Mariza cantamos um fado corrido, um fado maior!"
Claro, que falar assim, invejosamente, para os Portugueses, da melhor cantora e fadista portuguesa de todos os tempos, que espalhou todo o tipo de fados, marchas de Lisboa, folclore italiano, flamenco, rancheras, havaneras e todo o folclore português pelo mundo inteiro, é mesmo de quem não tem poeira, mas sim, cimento armado no cérebro!
Os preconceitos no Fado e os complexos também são só dele; Senão vejamos: Ele até nem faz concertos, ele passeia a sua Fraka Sinatrisse em Recitais de Fado com sinfonieta, tudo pago com o dinheiro do Povo. E, os outros? Tudo para alimentar a loucura de ser eternamente um efeito secundário de Frank Sinatra! E foi, nesse sentido, que ele trouxe antipatrioticamente para o Fado, o contrabaixo (instrumento sem portugalidade, sem imagem, sem nacionalidade, sem capacidade e sem sonoridade fadista) tudo em deterimento da viola-baixo portuguesa, única no mundo e em extinção, graças aos seus complexos e preconceitos de Frako Sinatra.
Poeira na cabeça é o pretensiosismo de dizer ter cantado no Royal Albert Hall e na Alte Oper de Frankfurt, sem explicar aos seus "fãs" que nessa Casa de Espectáculos alemã, foi Amália Rodrigues que "abriu a porta" a ele e aos outros cantadores, cantores e guitarristas abaixo mencionados. O Sr. Carlos do Carmo devia explicar ainda que, na Alte Oper de Frankfurt existem 4 Salas que são alugadas em função da dimensão artística atribuída à arte que ali se pretende exibir, que vai desde o Circo até ao Bel Canto, passando pelo Fado. Essas Salas designam-se por Grosser Saal, Mozart Saal, Hindemitte Saal e Opernkeler. Para deixar aqui a verdadeira noção do que é cantar na Alte Oper de Frankfurt, aqui fica a lista cedida pelo empresário TFM-Teo Ferrer de Mesquita, de todos os artistas portugueses que até 1987 pisaram o palco da Alte Oper, sem nunca esse acontecimento ter sido divulgado aos portugueses, salvo o sinátrico "Recital" de Carlos do Carmo.
Para que fique bem claro, passo a indicar os nomes dos portugueses que actuaram nesse espaço:
António Chainho, Carlos do Carmo, Carlos Paredes, Carlos Salomé, Fausto, Fernando Alvim, Fernando Correia Martins, Francisco Fanhais, Grupo de Guitarras e Cantares de Coimbra (Alfredo Correia, António Brojo, António Portugal, Fernando Machado Soares, Luis Filipe e Luis Marinho) Janita, José Afonso, José Maria Nóbrega, José Mário Branco, Júlio Pereira, Luisa Amaro, Martinho d'Assunção, Paco Bandeira, Pedro Caldeira Cabral, Rodrigo, Sérgio Godinho, Teresa Silva Carvalho, Trovante (Artur Costa, Fernando Júdice, João Gil, José Martins, José Salgueiro, Luis Represas e Manuel Faria) e Vitorino!
Imaginem, até 2009, quantos mais lá passaram sem os portugueses saberem! Assim, conclui-se que nos Casinos do Estoril ou de Lisboa, a divulgação internacional dos artistas é muito superior à da Alte Oper de Frankfurt ou do Royal Albert Hall, onde nestes casos, só vão portugueses!
Os fadistas são cultos e inteligentes o suficiente para saberem que já desde há séculos, a música quando nasce é imediatamente Património da Humanidade! Portanto, o Fado já é há séculos esse Património, mesmo antes de ter "vindo do Brasil" e de ser estúpida e antipatrioticamente considerado uma "Canção de Lisboa", o que nos leva a crer que se o Fado só é Património de Lisboa e não Nacional, não será nunca Património da Humanidade!
É preciso ser-se estupidamente ignorante em FADO e julgar os outros ainda piores, para se ter a lata de ver em Carlos do Carmo, aos 70 anos, o "Anjo da Anunciação" que se desloca a Paris para anunciar aos franceses a chegada do Fado!!!
Faz-me lembrar os próprios francesas a anunciar anualmente a chegada do Beaujolais (vinho)! Os franceses já conhecem o Fado de cor e salteado porque lhes foi mostrado, cantado e explicado por AMÁLIA durante 50 anos! Por isso, ninguém disse ao "Embaixador da mentira" - muito interessante, que canção tão interessante"!
Será que a Hardmusica não sabe que já há 40 anos, um senhor do Mundo que dá pelo nome de Charles Aznavour, se dignou fazer um Fado para Nossa Senhora do Fado, com poema em francês, com o título "Aie Mourir pour toi"? Será que a Hardmusica não sabe que o mesmo C. Aznavour voltou a fazer o mesmo, recentemente, com Kátia Guerreiro, sem nunca, em 50 anos, se ter apercebido da existência de Carlos do Carmo ou da Semi-Lusa? Porque será? Que disparate é esse do "Centro Histórico de Guimarães estar sempre impecável, sempre limpo, sempre cuidado, sempre retocado, sempre, sempre, sempre!" (palavras de C. Carmo)
Será que a Candidatura do Fado é para a UNESCO obrigar o "Museu" - Barraca do Fado da Guitarra do Contrabaixo e da Sinfonieta - a estar sempre limpinho, retocado e conservado? Será que a UNESCO vai criar a ASAE do FADO por motivos de higiene no Museu da Juventude, nas Casas de Fado e nos Fadistas? É para isto que querem a Candidatura? Antes de publicar este tipo de entrevistas, desalmadamente anormais e mentirosas, a Hardmusica devia saber que para além das versões em francês de "Lisboa não sejas francesa", "Vou dar de beber à dor", "Coimbra", "Canção do Mar", etc., etc., cantadas por Ivette Giraud, Hellene Segara, Sara Brightman, etc., já em 1949, há portanto 60 anos, no dia 14 de Abril desse ano, no jornal francês "Les Nouvelles Litéraires" o grande jornalista da cultura universal Robert Kemp, referindo-se a AMÁLIA, dizia com o título "Découvert do Fado" o que passo a transcrever: "não compreendo nem uma das traiçoeiras palavras. Mas no belo rosto que a dor crispa e empalidece, a que um ímpeto de amor ou uma surpresa de prazer dão cor, vemos passar todos os estados da paixão. Os seus arrulhos de rola são confissões. Tem um fôlego inesgotável que aquece o fim das frases, num timbre gutural que professor algum cinzelou. Um timbre gutural, carnal, mais ligeiro do que o de Damia. O próprio timbre da língua portuguesa que rola em R os Ls e os Is das outras línguas românticas cujas asperezas são carícias."
Portanto, se não vivêssemos num País desgovernado por um bando de galinhas sem cabeça, o Sr. Carlos do Carmo, já há muito teria sido patriotica e culturalmente fuzilado!
Palavras da Salvação
A Bem da Nação Fadista
Fernando Zeloso
Plínio Sérgio da Silva Soares, nasceu no Barreiro a 4 de Maio de 1932 faleceu a 11 de Novembro de 2003.
Desde muito jovem se apaixonou pelo canto, com especial preferência pelo Fado de Coimbra.
Estreou-se como profissional, teve grande êxito pelo que foi convidado para actuar quer na rádio quer na televisão.
Embora com carteira profissional do Sindicato dos Artistas de variedades, Plínio Sérgio teve como ocupação principal a de publicitário, tendo passado por várias agências do ramo,
Foi casado e teve dois filhos, o Sérgio e a Sara.
Gravou vários discos e actuou em espectáculos de empresas.
Conhecemo-nos pessoalmente em 1970 nos preparativos para a abertura do Restaurante Típico Luso, onde eu acabei por ficar também contratado.
Fizemos ambos parte do Disco LP da Estúdio, de promoção ao “Luso”
Plínio Sérgio era uma homem muito bem formado quer pessoal, quer intelectual, era um sedutor com quem se fazia amizade com muita facilidade, tínhamos a particularidade de para além do nosso “hobbie” artístico sermos ambos profissionais de comunicação e publicidade.
Passado pouco tempo do nosso convívio que já era uma grande amizade de respeito mútuo muito forte, frequentava assiduamente a minha casa, passávamos as férias juntos com a minha família, etc.
Plínio Sérgio era na altura Director Geral da Cinegra – Produções Cinematográficas, E independentemente da nossa amizade, conhecedor das minhas capacidades, contrata-me para Director de Vendas do Magazine Cinematográfico VIP87 e simultaneamente do VIP RACING TEAM.
Mais tarde ele sai, e eu mantenho-me até a firma fechar após o 25 de Abril.
Acabámos por nos desencontrar, pois a azáfama profissional após a revolução era muito intensa.
Nunca mais soube nada dele, até que há umas semanas recebi um contacto que me entristeceu e ao mesmo me enterneceu:
Entristeceu porque era informado que o meu amigo já tinha falecido, estejas onde estiveres querido amigo tens um lugar no meu coração, até nos voltamos a encontrar, aqui te presto a minha homenagem.
Enterneceu, vejam porquê.
Boa noite...
Não sei se me encontro a dirigir à pessoa certa mas é o seguinte, o meu nome é Rafaela Soares e o meu sogro era Plínio Sérgio que cantava Fados de Coimbra e qual não e o mesmo espanto que ao ler o seu blogue me deparei com esta frase " Teve ainda uma curta experiência no Restaurante Típico Luso ao lado de Tristão da Silva, Augusta Ermida e Plínio Sérgio, e gravou com o avô e o pai para duas discográficas "
Infelizmente possuímos poucas recordações deste tempo e visto o aniversário do meu marido se estar a aproximar eu gostaria de o presentear com mais algumas recordações do seu pai. O que lhe venho pedir é que caso tenha algumas recordações, sejam fotografias ou discos de Plínio sérgio e desta época se poderia partilhar comigo.
Ficar-lhe-ia muito grata.
Aguarda a sua resposta, os melhores cumprimentos
Claro que anui com muito gosto, e logo com ajuda do meu amigo Fernando Batista, arranjámos o disco em massa e fizemos um CD, que ele receberá das mãos da mulher no dia 3 deste mês, data do seu aniversário.
Sr. Marceneiro
Mais uma vez quero lhe agradecer da forma mais sincera possível a sua amabilidade e a sua disponibilidade em me ajudar, pois sei que o meu marido vai ficar sem palavras quando vir o que preparámos para ele, pois ele demonstra uma admiração pelo pai tal como uma criança por um super herói e sei o quanto isto significa para ele.
Rafaela
Plínio Sérgio canta: Carta de Longe
Autores: António Menano e António de Sousa