Clique aqui para se inscrever na
Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2011

ALFREDO MARCENEIRO - Patriarca do Fado

Alfredo Marceneiro na Fnac

 

Comemora-se este ano os 120 anos do nascimento de Alfredo Marceneiro - 1891 - 1982

 

Como já explicitei quer em livros quer nos blogues, Alfredo Rodrigo Duarte, vulgo Alfredo Marceneiro, na realidade nasceu em 1888, a 29 de Fevereiro, mas só foi registado em 1891, este facto deveu-se a dificuldades financeiras de seus pais ( facto muito comum na época), e quando tiveram a oportunidade de o  baptizar, corria o ano de 1891, como  não era um ano bissexto,  portanto não havia 29 dias, optaram pelo dia 25 de Fevereiro.

 

A Editora  Ovação e a FNAC, decidiram lancar um produto alusivo à efeméride, e convidaram-me a incluir no mesmo um pequeno livro sobre o meu avô, em conjunto com o  DVD - Alfredo Maceneiró - Três Gerações de Fado,  e o CD - Marceneiro...É só Fado.

 

Propus dar ao "produto" o título ALFREDO MARCENEIO "O Patriarca do Fado", o que foi aceite, achei que teria de explicar o porquê do epíteto no inicio do livro e que passo a trancrever:

  

ALFREDO MARCENEIRO

“PATRIARCA DO FADO”

  

 

 

Raro será o português que se não tenha interrogado acerca do fascínio que o Fado exerce sobre si. Verifica-se que o mesmo acontece com os muitos estrangeiros de diversas partes do mundo, com culturas, etnias e credos diferentes dos nossos, que ao assistirem a essa entrega sublime do cantador que nos transmite para além da sonoridade da voz, da expressão facial, do gesticular do corpo, uma melopeia acompanhada por uma parelha de músicos “guitarras e violas”, que nos provoca nostalgia, amor, ódio, ciúme, alegria, que provoca o ritmo acelerado do coração, enquanto na alma desabrocham sentimentos, que extravasam as barreiras linguísticas, e as almas irmanam-se.

O Fado está cheio de símbolos. Os símbolos são gerados pelo povo, sejam políticos ou militares, sejam sábios ou médicos, sejam músicos ou cantores. É o povo o grande juiz: eleva os ídolos quando lhe agradam, os venera quando tal merecem; Mas também é o mesmo povo que os ignora quando são falsos.

No universo da expressão musical, o Fado é um mundo dentro de outro mundo, é um universo de cantigas onde cabem, a dor, a saudade, o entusiasmo, a fé, a esperança... O Fado é uma “seita” com os seus ritos, os seus segredos…

Será talvez uma afirmação sacrílega esta de vos dar como título a este livro:

Alfredo Marceneiro – Patriarca do Fado.

Na “Catedral do Fado” há um sentir que nos leva muitas vezes à lágrima, tal qual “água benta”, como a que tocamos, na saudação de respeito, que nos motiva ao cruzar os umbrais de uma outra qualquer "Catedral"; também no Fado, há um ritual, um estado de alma... que veneramos e respeitamos.

Se alguém entendeu todo este ritual foi decerto Alfredo Duarte, o Marceneiro, por ofício.

Se os prosélitos do Fado entenderem perpetuar a sua bandeira - O Fado genuíno - , que seja relembrando a sua obra, a sua dádiva ao Fado.  Alfredo Marceneiro nunca seapelidou, nem deixou que o apelidassem, Rei do Fado, mas foi, sem sombra de dúvidas,  o seu mais louvado príncipe, tão igual ao Povo que com ele se confundiu amavelmente.

Alfredo tu foste/és o “ Patriarca do Fado

 

Amália com esta frase lapidar, demonstrou a sua veneração por ele:

Alfredo... tu és o Fado

  

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa: Orgulhoso
publicado por Vítor Marceneiro às 00:05
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2011

VIDEOS PUBLICADOS NESTE BLOGUE VIA YOUTUBE

ATENÇÃO

 

Há videos em algumas páginas deste blogue que ao "clicar para reproduzir" recebe a mensagem indicando que o vídeo foi retirado pelo utilizador.

Acontece que inexplicavelmente todos os meus vídeos que eu tinha no Youtube foram apagados!!!.

Não sei o que se passou, pois ultimamente também têem acontecido alguns problemas na minha página no Facebook.

Haja o que houver eu não desisto... não tenho a certeza do que aconteceu, mas se foi aquilo que eu desconfio, podem crer eu não desisto

Estou a tentar recuperar esta falha, mas parece que a solução será voltar a reenviá-los, o que levará alguns dias.

Deste facto apresento as minhas desculpas.

Vítor Marceneiro

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
tags:
publicado por Vítor Marceneiro às 17:08
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito
Sábado, 19 de Fevereiro de 2011

Marceneiro - Filhos de Peixe sabem nadar..

Geração de Marceneiro também canta Fado

 

  

Alfredo Duarte Júnior e seu filho Vítor Duarte cantam a dueto, A Lucinda Camareira

Este video foi retirado de uma entrevista  conduzida por Joaquim Letria ma RTP1, em 1991, ano em que se comemorou o centenário do nascimento de Alfredo Marceneiro. (Ano do seu registo, pois na realidade nasceu a 29 de Fevereiro de 1888)

 

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 06:37
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2011

Rogério Batalha da RCM - Entrevista Vítor Marceneiro

Convento de Mafra

  

FADISTA VITOR DUARTE MARCENEIRO NO «DISTO É QUE EU GOSTO»

 

Vítor Duarte Marceneiro, neto do popular fadista Alfredo Marceneiro, é o convidado da edição 1003, do programa «Disto é que eu Gosto», dia 19 de Fevereiro, às 9 Horas da manhã, este é programa realizado pelo distinto radialista  Rogério Batalha.

 

Ver mais em: http://distoequeeugosto.blogspot.com

 

Sobre Vítor Duarte

Aos Sábados, com apenas 10 anos, Vítor Marceneiro, já acompanhava o avô ou o pai, Alfredo Duarte Júnior, aos espaços fadistas em Alfama ou Bairro Alto. Só aos 20 anos, este filho do Bairro de Alcântara, cantou pela primeira vez em público.

Teve ainda uma curta experiência no Restaurante Típico Luso ao lado de Tristão da Silva, Augusta Ermida e Plínio Sérgio, tendo gravado, com o avô e o pai, para duas discográficas.

Em 1995 editou o seu primeiro livro «Marceneiro - Três Gerações de Fado». Foi produtor de várias gravações fonográficas quer do avô quer do pai. Realizou várias conferências sobre temas e figuras fadistas, com destaque para o seu avô, bem como Hermínia Silva, Berta Cardoso e Manuel de Almeida entre outros.

Actualmente está empenhado em colocar Lisboa no Guiness Book como « a cidade mais cantada no mundo».

Em 2008 foi galardoado pela Fundação Amália Rodrigues com o prémio ENSAIO/DIVULGAÇÃO.

A partir das 9 horas será divulgado o seu trabalho discográfico com o título genérico «GERAÇÃO MARCENEIRO -FADOS COM TRADIÇÃO» e, também, um «DUETO DOS MARCENEIROS AVÔ & NETO».

 

Quem quiser conversar com o neto de Alfredo Marceneiro poderá utilizar os telefones do estúdio da

Rádio do Concelho de Mafra – 105.6 FM e em  Emissão ONLINE

Telefones 261 817 205 e 261 817 206.

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 13:36
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011

MUSEU DO FADO - VIDEO APRENSENTAÇÂO DO DVD - MARCENEIRO

Vai fazer 4 anos foi apresentado no Museu do Fado, o DVD – Alfredo Marceneiro – Três Gerações de Fado.

Como estava na mesa, o meu filho filmou algumas partes da cerimónia, decidi na altura não o publicar, achei que poderia ser considerado pretensioso da minha parte.

Decidi montá-lo e apresentá-lo agora, porque na sequência da efeméride da comemoração dos 120º aniversário de meu avô, em que há uma edição a que dei o título de ALFREDO MARCENEIRO – O Patriarca do Fado.

O Museu do Fado ignora esta efeméride! Será que Alfredo Marceneiro não merecia um simples comunicado sobre o facto?

E os outros? Como a “memória é curta”….

 

O vídeo fala por si, acho que lhe poderia dar o título " Como se passa de BESTIAL a BESTA"

 

Pobres de espírito, a história nem que passe muitos anos, os julgará… ou não, porque quando perderem o apoio, passado meses já ninguém se lembra de vós,  porque as vossas acções, com a capa de defensores do Fado e das suas tradições é elitista, o povo simples e amante do Fado, os intervenientes do Fado, que não os do “Lobbie”, estão a “leste” das vossas acções, mas não sou eu só que o digo, ouvi há dias uma reportagem da Antena 1, que o demonstrou.

 

O Fado agora é só para intelectuais

 

  “Os símbolos são gerados pelo povo, sejam políticos ou militares, sejam sábios ou médicos, sejam músicos ou cantores. É o povo o grande juiz: eleva os ídolos quando lhe agradam, os venera quando tal merecem; Mas também é o mesmo povo que os ignora quando são falsos.”

 

 

Enviado em comentário a esta página por Paulo Conde, bisneto e biógrafo do grande poeta Carlos Conde, tomo a liberdade de o transcrever,  com o destaque que merece:

 

O FADO É DO POVO 

O fado é bem do povo - e muito seu

O povo é que é juiz e há-de julgar,

Quem pensa ter chegado ao apogeu

Sem nunca ser capaz de lá chegar!...

O fado não punia dessa gente

Que o critica de mais em vários lados,

 Nem pode consentir impunemente

Uma corja imbecil de mascarados!

O fado não precisa de elogios

Daqueles que não pretendem dar nas vistas,

Nem pode tolerar que haja vadios

Disfarçados com nome de fadistas...

O fado não precisa, que hora-a-hora,

O seu nome imortal ande na liça,

Nem pode ser a capa salvadora

Dalguns que devam contas à justiça!

No fado, felizmente, inda há fadistas,

Por isso tenho esp'rança, tenho fé,

Do público escolher os seus artistas

E o resto ser corrido a pontapé!...

 

Prosa de  Carlos Conde

Nota: Para falar acerca do meu avô, fui convidado para uma entrevista conduzida por Júlio Isidro para a RTP-Memória,  e para a Antena 1 e RDP- Internacional, com Edgar Canelas. 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa: O Fado é dp povo
publicado por Vítor Marceneiro às 15:00
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito
Sexta-feira, 4 de Fevereiro de 2011

ÁLVARO DA SILVEIRA - Construtor de Guitarras

Álvaro Marciano da Silveira (Álvaro Ilhéu), nasceu no Funchal em 1883.

Aprendeu no Funchal a arte de construtor de violinos com Augusto M. da Costa.

Vem para Lisboa e continua a construir violinos bem como alaúdes especialmente para Inglaterra, mas foi como guitarreiro que adquiriu fama de nomeada, guitarristas de mérito foram seus clientes, Armandinho, Salgado do Carmo, Júlio Silva, Jaime Santos e outros.

Jaime Santos afirmou: — Álvaro da Silveira é o construtor de guitarras que mais conhece da sua arte em Portugal, trata-se quanto a mim, do único que resta da «velha guarda», considero ainda que quase a fazer os noventa anos é o “Stradivarius” português

ENTREVISTA

Álvaro da Silveira: duas mãos que falam mais do que a boca, duas mãos expressivas que acariciam mansamente as cordas da guitarra. É de tarde e, lá fora, pelos, vidros da janela fechada, vejo que cai uma chuva miudinha, triste. Neste segundo andar de um beco desco­nhecido, porém, a tristeza não se estampou ainda nem nas coisas nem nas pessoas. Os olhos de Álvaro da Silveira, com oitenta e cinco anos a pesar-lhes em cima, são vivos como os de um jovem:

 

— Sinto-me completamente bem e é muito raro pôr os óculos. O mé­dico dá,..me, ainda, quinze a vinte anos de vida.

É bom ouvir falar assim uma pessoa, naquela idade em que o comum dos mortais já perdeu a es­perança. Mas Álvaro da Silveira trá-la consigo, aquece-se à sua chama, vive dela:

De Verão, levanto-me às cinco, seis horas da madrugada e pego imediatamente no trabalho, que dura todo o dia, porque nunca me falta. Agora, com o frio, só saio da cama lá para as oito.

Mas quem é Álvaro da Silveira? Nascido no Funchal há 85 anos, de­dica-se à actividade de construtor de guitarras e violas desde os onze anos. Foi ainda na sua terra natal que se iniciou na profissão, às ordens do mestre Augusto da Costa (que se especializara em Itália). Mas aos vinte e poucos já se

en­contrava em Lisboa: era encarre­gado de uma oficina na Rua da Boavista (a Casa Artur de Albu­querque, hoje designada Santos & Silva Vieira, Lda., onde, na altura, apenas se construíam instrumentos musicais).

É, hoje, um simpático ancião de cabelos brancos e convívio agradá­vel.

OFICINA PRÓPRIA E LOJA DE VENDAS

— Saí de lá por minha livre von­tade. Eu queria trabalhar, por mi­nha conta e consegui-o. Tive, de­pois, uma oficina e uma loja de ven­das no Bairro Alto, na Travessa dos Inglesinhos. Mas há quase treze

 

anos que estou nesta casa, onde, praticamente, nem tenho espaço para me virar. Vocé sabe: as ren­das caras, a vida difícil, a mulher doente.

Perguntamos-lhe se lembra de alguns nomes famosos para quem tenha trabalhado. Seus olhos adquirem um brilho invulgar, não isento de serenidade, e parecem perscru­tar o passado:

— Todos os grandes mestres es­panhóis de viola me deram a honra de ser meus clientes: Cano, que morreu há já cinquenta e oito anos e chegou a tocar para os reis D. Luís e D. Carlos; Rabel, que era um exce­lente professor; Sainz, etc. Dos guitarristas portugueses, recordo um em especial: Júlio Silva, que foi o maior de todos. Mas lembro também Carmo Dias, Salgado do Carmo, eu sei lá…

— As guitarras que constrói são de modelo vulgar ou têm alguma ca­racterística própria?

— O meu modelo é exclusivo, por­que ninguém ainda o conseguiu imi­tar. Tenho o meu segredo. Uma guitarra custa, hoje em dia, à volta de três contos. (A esposa, que assis­te à conversa, interrompe: «Eles bem desmancham os instrumentos que ele faz para descobrirem o se­gredo. Mas é impossível: foi ele próprio que fabricou as ferramen­tas com que os constrói»).

Álvaro da Silveira olha a rua lá fora, onde passam os eléctricos e onde um sol, hesitante ainda, põe um brilho estranho nas coisas. Olha a rua como quem olha a vida, como quem surpreende (ou procura des­cobrir) o futuro. O futuro? Sim, o futuro, apesar das suas palavras re­passadas de uma serena angústia:

— Um dia destes, talvez, vou à procura do Asilo e dizem-me que não há vaga. E levei uma vida in­teira a trabalhar...

— E nas horas vagas o que faz?

— Nas horas vagas? Olhe, eu não tenho horas vagas. Só aos domin­gos, no Verão, é que dou uns passeios: Vou nas excursões por esse País fora, mas só um dia de cada vez. Os clientes não me deixam mais. Gosto do ar dos campos, de respirar de pulmões abertos. Só não conheço o Algarve e uma parte do Minho. Mas hei-de lá ir qualquer dia...

RECORDAÇÕES E OPINIÕES

— Em tempos dei lições de gui­tarra. Afino toda a espécie de ins­trumentos de corda, mas construi-los é a minha paixão. A indústria perdeu importância, nos últimos tempos. Não há quem trabalhe nisto, só curiosos. As canções tam­bém não ajudam — são muito más, em geral. Há ainda as guitarras eléctricas, que não produzem mú­sica, produzem ruído. Aqui há cin­quenta anos, as oficinas não, que­riam receber aprendizes; hoje é o que se vê: não há oficiais. Mas fa­zer um instrumento é fácil: qual­quer caixote, com um buraco e cor­das, pode tocar. O difícil é fazer bons instrumentos.

— Trabalha sozinho?

— Podia ter dois ou três homens por minha conta, porque o trabalho que há dava para lhes pagar. Mas não tenho espaço nem existe quem saiba trabalhar (e sobretudo quem queira aprender). Dos construtores do meu tempo apenas eu ainda vivo.

Vem a propósito falar do Fado. Saber de um homem com quase um século o que pensa do fado dos nos­sos dias:

— Não me servem os fados mo­dernos, que soo meias-canções. O fado castiço, o velho Fado, são pou­cos os intérpretes que ainda o cul­tivam: a grande Hermínia, Maria Teresa de Noronha...

— E Amália?

— Gosto também, mas Amália, além do Fado, canta outras coisas que nada têm a ver com o Fado!

A chuva recomeçou lá fora. Ál­varo da Silveira está emocionado (os olhos líquidos, pois então...), e o repórter despede-se. Não sem, antes, fazer uma promessa:

— Daqui a quinze anos cá estarei, quando o senhor fizer os cem, para o entrevistar outra vez.

 

In: Revista TV – 1968

Fotos de: Coelho da Silva

Texto de: Torquato da Luz

 

Etiqueta que Álvaro da Silveira colocava

nos instrumentos musicais que constuia

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 19:50
link do post | comentar | favorito
Clique na Foto para ver o meu perfil!

Contador

arquivos

Abril 2024

Março 2024

Agosto 2021

Maio 2021

Fevereiro 2021

Maio 2020

Março 2020

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Novembro 2018

Outubro 2018

Agosto 2018

Dezembro 2017

Outubro 2017

Agosto 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Aguarelas gentilmente cedidas por MESTRE REAL BORDALO. Proibida a sua reprodução.

tags

10 anos de saudade

2008

50 anos de televisão

a severa

ada de castro

adega machado

adelina ramos

alberto ribeiro

alcindo de carvalho

alcino frazão

aldina duarte

alfredo correeiro

alfredo duarte jr

alfredo duarte jr.

alfredo duarte júnior

alfredo marcemeiro

alfredo marceneiro

alice maria

amália

amália no luso

amália rodrigues

américo pereira

amigos

ana rosmaninho

angra do heroísmo

anita guerreiro

antónio dos santos

antónio melo correia

antónio parreira

argentina santos

armanda ferreira

armandinho

armando boaventura

armando machado

arménio de melo - guitarrista

artur ribeiro

beatriz costa

beatriz da conceição

berta cardoso

carlos conde

carlos escobar

carlos zel

dia da mãe

dia do trabalhador

euclides cavaco

fadista

fadista bailarino

fado

fado bailado

fados da minha vida

fados de lisboa

feira da ladra

fernando farinha

fernando maurício

fernando pinto ribeiro

florência

gabino ferreira

guitarra portuguesa

guitarrista

helena sarmento

hermínia silva

herminia silva

joão braga

josé afonso

júlia florista

linhares barbosa

lisboa

lisboa no guiness

lucília do carmo

magusto

manuel fernandes

marchas populares

maria da fé

maria josé praça

maria teresa de noronha

max

mercado da ribeira

miguel ramos

noites de s. bento

oficios de rua

óleos real bordalo

paquito

patriarca do fado

poeta e escritor

porta de s. vicente ou da mouraria

pregões de lisboa

raul nery

real bordalo

santo antónio de lisboa

santos populares

são martinho

teresa silva carvalho

tereza tarouca

tristão da silva

vasco rafael

vítor duarte marceneiro

vitor duarte marceneiro

vítor marceneiro

vitor marceneiro

zeca afonso

todas as tags