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"O Patriarca do Fado"
Sábado, 31 de Março de 2012

Carlos Batista - Violista e Guirarrista



 

 

 

 

 

Carlos Batista Ávila, nasceu em Angra do Heroísmo em 24 de Junho de 1940.

Desde que nasceu, a música foi sua companheira, o pai tocava guitarra, rabeca e violino. O Carlos tinha um irmão mais velho que aprendia com o pai a tocar guitarra portuguesa, que era o instrumento que ele também queria aprender, mas o pai trocou-lhe as voltas e comprou-lhe uma viola e foi com este instrumento que ele se iniciou.

Com 13 anos, estreou-se a tocar em público ao ser convidado a acompanhar um artista muito conhecido na época, o cantor Guy Fernandes, foi num espectáculo gravado em directo para a Rádio Clube de Angra. Era na altura locutor o famoso João Ávila, que muito o enalteceu, o que contribuiu para que  passasse a ser muito solicitado para espectáculos.

Carlos Batista acaba os estudos aos 17 anos e alista-se como voluntário na FAP – Força Aérea Portuguesa. Enviado para o continente para a base da Ota, tira o curso de Técnico de Material Aéreo.

Logo decide que nunca virá a ser profissional da música, a FAP, para além da segurança e estabilidade de vida é também a sua vocação, mas  continua a  tocar e vai descobrindo novos estilos e ritmos, começa a tocar violão, em 1962,  é convidado a actuar com o Trio Odemira, esteve com estes cerca de um ano.  Entretanto, foi mobilizado para Moçambique,  e nesta comissão de serviço não deixou de actuar nas festas da rapaziada, em sessões de Fado,  haviam muitos a tocar  viola, então arranja uma guitarra e como já tinhas umas “luzes” do instrumento, por via do pai e do irmão, passa a ser o guitarrista presente.

Regressa à metrópole em 1964 e é colocado numa base na região do Porto.

Solicitou horários compatíveis e inscreve-se no conservatório onde tira o mestrado de guitarra clássica, foram seus professores  o argentino Óscar Flecha e suíço Olasso.

Pede para ser colocado na sua terra natal, em serviço na Base das Lajes.

Novamente com anuência do comando consegue conciliar os horários e concorre para professor de guitarra clássica no Conservatório de Angra do Heroísmo, onde se manteve de 1990 a 1999.

Gravou alguns discos e acompanhou muitos fadistas que vindos do continente. destacando, Toni de Matos, Cidália Moreira, e muitos outros, entre eles, eu próprio  tive a honra de ser acompanhado por ele na minha actuação, na Universidade dos Açores e no Clube de Sargentos da Base das Lajes.

Actualmente já  reformado é dos músicos mais solicitados para para actuar em espectáculos de Fado.

 Vítor Marceneiro

 

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Fado Património do Mundo
Viva Lisboa: Fadista agradecido
publicado por Vítor Marceneiro às 00:11
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Quinta-feira, 29 de Março de 2012

Fado Patrimônio Imaterial da Humanidade... continuidade na Ilha Terceira

HOJE DIA 30 PELAS 15:00 HORAS

IREI ESTAR PRESENTE, NA SEQUÊNCIA DO CONVITE QUE PORPOCIONOU A MINHA VINDA  A ANGRA DO HEROÍSMO, PARA FALAR DE FADO E DE ALFREDO MARCENEIRO.


ESCOLA SECUNDÀRIA JERÓNIMO EMILIANO DE ANDRADE

 

 

 SERÁ MODERADOR NESTE EVENTO O PROF. AMÉRICO ROQUE

 

 

  

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Viva Lisboa: Fados na Escola
música: Fado Património do Mundo
publicado por Vítor Marceneiro às 22:00
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Quarta-feira, 28 de Março de 2012

Fado Patrimônio Imaterial da Humanidade... continuidade na Ilha Terceira

Tal como informei, tive a subida honra,  de ter sido convidado pelo Magnífico  Pró-Reitor da Universidade dos Açores do

Campus da Ilha Terceira , Professor Doutor David João Horta Lopes,  para falar de Fado e da figura do meu avô Alfredo Marceneiro - O patriarca do Fado.

 

 

MISSÃO CUMPRIDA, E VALORIZADA, COM A PRESENÇA INESPERADA DO PRÓPRIO MAGNÍFICO REITOR DA UNIVERSIDADE DOS AÇORES, PROFESSOR DOUTOR JORGE DE MEDEIROS.

SINTO-ME ORGULHOSO POR TER SIDO APALUDIDO, ASSIM COMO OS RESTANTES INTERVENIENTES QUE ME ACOMPANHARAM.

FUI EFUSIVAMENTE ENALTECIDO, PELO MEU TRABALHO EM PROL DO FADO E DA FIGURA DE MEU AVÔ ALFREDO MARCENEIRO, TENDO-NOS SIDO SUGERIDO PROPOR A REPETIÇÃO DO EVENTO NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE DE PONTA DELGADA.

 


 

 

 

AUDITÓRIO DA UNIVERSIDADE

Dia 29 Março,  às 16:30 Horas

 

Fruto  do empenho e dedição que o responsável pela minha vinda a Angra do Heroísmo, o Professor Américo Roque, teremos possibilidades de fazer um pequeno apontamento de Fado, e.  assim estará presente o seguinte elenco:

 

 

Guitarra Portuguesa: Prof. Carlos Batista

Viola de acompanhamento: Liberal Lourenço

Cantará Fado clássico a Profª Célia Teixeira

Cantará Fado de Coimbra o Prof. Amárico Roque 

Eu para além de apresentar o "Diaporama Fado em Movimento" cantarei alguns Fado de 

meu avô.

 

 

O Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores está instalado provisoriamente no antigo Hospital Militar da Terra Chã, infra-estrutura localizada na freguesia da Terra Chã, arredores da cidade de Angra do Heroísmo. Encontra-se em construção o novo Campus, em S. Pedro, a cerca de 1 km do centro de Angra do Heroísmo. Este Campus universitário será constituído por um Edifício de Aulas (Complexo Pedagógico), por um Edifício de Apoio ao Aluno (Acção Social), pelo Edifício Interdepartamental, pelo complexo Desportivo, e pelo Edifício da Associação de Estudantes. Prevê-se, também, a construção de um edifício para a Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo. Os estudantes do Campus tem à sua disposição um conjunto serviços de apoio que vão desde a residência universitária (Flor de Angra) aos laboratórios didácticos e a uma cantina. No Campus funciona também a Associação dos Estudantes do Campus de Angra do Heroísmo (AECAH), que entre outras actividades organiza anualmente uma "Semana Académica", evento importante entre as festas da ilha Terceira. Para além de um campo experimental, dotado de estufas, sito nas instalações da Terra Chã, o Departamento de Ciências Agrárias dispõe de uma exploração experimental de bovinicultura - a Granja Universitária - sita na Achada, no interior da ilha, a cerca de 10 km da Terra Chã. No Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, para além das actividades de ensino, investigação (Centro de Investigação e Tecnologia Agrária dos Açores - CITAA e Centro de Biotecnologia dos Açores - CBA), desenvolvem-se muitas e variadas actividades extracurriculares, tais como palestras, conferências, desporto e outras actividades.

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música: Falar de Marceneiro
Viva Lisboa: Fados na Universidade
publicado por Vítor Marceneiro às 20:30
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Quinta-feira, 22 de Março de 2012

Fado Patrimônio Imaterial da Humanidade... continuidade na Ilha Terceira

Tive a honra de ser convidado para visitar a Ilha Terceira nos Açores, através da ESCOLA SECUNDÁRIA JERÓNIMO EMILIANO DE ANDRADE, por iniciativa do Coordenador do Departamento de EDUCAÇÃO ARTÍSTICA e TECNOLÓGICA, o Professor Américo Roque,  para participação num debate/conferência subordinado ao tema "Fado Património da Humanidade".

Cheguei hoje cerca das 14 horas, e fui informado, que  já há mais marcações   para mais intervenções, das quais  irei dando notícia neste blogue.

 

  

ESCOLA SECUNDÀRIA JERÓNIMO EMILIANO DE ANDRADE

 

Jerónimo Emiliano de Andrade (Angra, 30 de Setembro de 1789 — Angra do Heroísmo, 11 de Dezembro de 1847)

Foi um eclesiástico, professor e historiador açoriano e uma incontestável figura do seu tempo. Um dos mais ilustres homens nascidos na ilha Terceira. O padre Jerónimo Emiliano de Andrade exerceu o sacerdócio de forma ilustrada e virtuosa. Foi um liberal convicto. Prestou importantes serviços à pátria, à religião, à liberdade e à instrução popular. Nascendo no ano da revolução francesa, provavelmente terá desde pequeno vivido a sua influência pelo que mais tarde foi um baluarte da liberdade portuguesa, e um fervoroso apóstolo da ideia nova, o que lhe valeu o título de pregador dos constitucionais. Pelos seus ideais foi perseguido, tendo sido obrigado a partir para a ilha do Faial e desta para a ilha Graciosa. Só regressou definitivamente à ilha Terceira, quando foi estabelecido definitivamente o regime liberal, continuando então a exercer a sua missão de professor. Escreveu e publicou vários livros sobre diversas matérias para o ensino público ou privado. O padre Jerónimo Emiliano de Andrade foi Comissário dos Estudos em Angra do Heroísmo e Reitor do Liceu da mesma Cidade.

Edífico da Ecola

 

 

 

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publicado por Vítor Marceneiro às 16:00
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Terça-feira, 20 de Março de 2012

JAIME SANTOS - Guitarrista

 

 

 

Jaime Tiago dos Santos nasceu na freguesia de Santa Engrácia, de Lisboa, em 1-6-1909 e faleceu a 4 de Julho de 1982.

Os seus antepassados já tinham vocação musical, nomeadamente o avô materno, que tocava guitarra e cantava o fado.

Ainda muito miúdo com cinco ou seis anos de idade pegou numa velha guitarra, e começou a dedilhar espontaneamente as cordas do instrumento.

Começou com o ofício de aprendiz de marceneiro, mas a música estava-lhe na alma e aos 12 anos já tocava viola, bandolim e violino.

O instrumento que, porém, mais o entusiasmou inicialmente, foi a viola, à qual se dedicou no início da sua carreira de instrumentista em que acompanhou, entre outros, os guitarristas José Marques (Piscata­rete), Fernando de Freitas, Gonçalves Dias e Bento Camacho.

Nas horas vagas começou a aprender a tocar guitarra, começa-lhe a tomar o jeito, mas não larga a viola, consta que Georgino de Sousa, quem o incentivou a trocar a viola pela guitarra e integra-o no seu conjunto de guitarras e violas (1937 a 1938).

Passou depois a actuar com o violista Miguel Ramos no Café Luso da Avenida da Liberdade (1939/1940).

Foi contratado para o Retiro da Severa onde já actuava o Armandinho, logo tentaram criar uma rivalidade entre eles, chegando a ser anunciado nos jornais um despique entre eles. Mas Armandinho, (homem de espírito aberto) teria dito que finalmente depois de tantos anos aparecera, finalmente, um guitarrista à sua altura, e recusou o confronto atitude em que foi acompanhado por Jaime Santos.

Integrado em 1944 no Conjunto Português de Guitarras, de Martinho d'Assunção, de que também faziam parte, além deste, António Couto e Alberto Correia, Jaime Santos, mais tarde (1945) com os mesmos elementos formam o Conjunto Típico de Guitarras.

No período em que acompanhou Amália, que com algumas interrupções se prolongou até 1955, participou com ela em imensos espectáculos quer em Portugal quer no estrangeiro, designadamente em Espanha, França, Estados Unidos e México. Participou no filme “Fado/ História Duma Cantadeira” (1947) e ainda nas curtas-metragens de Augusto Fraga sobre temas de fados, filmadas no mesmo ano, em 1954 tem uma intervenção no filme “Les Amants du Tage” em que, com Santos Moreira, igualmente acompanhou Amália.

Com Alberto Ribeiro fez digressões pelos antigos terri­tórios portugueses da África e pela República da África do Sul,

Em 1960, com o violista Américo Silva, acompanhou à Holanda a artista Clara de Ovar, em 1961 foi actuar durante um ano em Paris, na casa típica desta artista, O Fado.

Autor das músicas de considerável número de fados (com letras de diferentes poetas), Jaime Santos compôs também variações, como A Minha Guitarra, Corrido Fidalgo, Corrido do Mestre Zé, Danças Portuguesas, De Nova Iorque a Lisboa, Fado das Berlengas, Festa na Aldeia, Marcha Fadista, Menor da Velha Guarda, Nostalgia, O Meu Sentir, Primavera em Flor, Quando o Meu Filho Nasceu, Rapsódia de Fados Antigos, Suite em Mi Maior, Tempos Antigos, Variações em Lá Menor, Variações em Mi Menor, Variações em Ré Maior, Variações em Si Menor, Variações Sobre o Fado Corrido, Variações Sobre o Fado Maggioli, Variações Sobre o Fado Mouraria, Variações Sobre o Fado Zé da Melena, etc.

Jaime Santos foi dos guitarristas que nos deixou um vasto espólio da sua arte, nas imensas gravações fonográficas que nos deixou.

Tive o prazer de cantar com ele no Luso nos anos setenta, onde fiquei a conhecer melhor e admirar este grande músico.

Como tive o prazer de ser convidado para escrever sobre o Fado nos anos 50 para a RTP - Programa Estramha Forma de Vida, época em que Jaime Santos foi grande figura. executante e criador de grandes Fados                                    

Jaime Santos deixa uma 2ª geração ao Fado, o seu filho Jaime Santos Júnior que toca viola de Fado, tal qual como o pai se iniciou, mas não parece até agora pensar em mudar de instrumento.

Jaime Santos, filho, é quanto a mim actualmente um dos grandes executantes e perfeccionistas da viola de Fado clássico.

 Jaime Santos 

Toca variações sobre o Fado Menano

 

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música: Fado Menano
Viva Lisboa: Quem sai aos seus...
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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Segunda-feira, 19 de Março de 2012

Dia do Pai

Estou a aqui para dar ao meu pai este disco de ouro que ele tanto quis. 

 

Obrigado.   Feliz dia do pai!

                                                         Do Filho

                                                      Alfredo Duarte

 

 

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publicado por Alfredo-Duarte às 12:00
editado por Vítor Marceneiro às 23:51
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publicado por Vítor Marceneiro às ( a hora)
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Viva Lisboa: Viva o Fado, Viva Lisboa
publicado por Vítor Marceneiro às 10:00
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Sábado, 17 de Março de 2012

ARMANDINHO - Armando Augusto Freire


ARMANDINHO “O MAGO DA GUITARRA PORTUGUESA”
De seu nome Armando Augusto Freire, nasceu em Lisboa a 11 de Outubro de 1891.
Desde miúdo esteve ligado à música seu pai tinha um bandolim em que tocava, aos oito anos de idade já tocava com a palheta melhor que o pai, mas a arte estava-lhe nas veias e aos 10 anos de idade arranja uma guitarra e nunca mais para de dedilhar, dedilhar até dominar o instrumento.
Aos 14 anos estreia-se no Teatro das Trinas.
Executante de eleição cedo se torna uma lenda viva marcando uma época única na história do Fado de Lisboa.
Armandinho tocava de ouvido, mas foi um compositor e improvisado que lhe permitia criar melodias que eram admiradas por quem com ele teve o prazer de privar, infelizmente por não haver a facilidade de gravar como hoje muito da sus obra se perdeu
Meu avô Alfredo Marceneiro nunca escondeu se não fosse o Armandinho a ter a genialidade de apanhar os seus estilos e as musicar, talvez hoje o espólio de Marceneiro em termos de música de Fado não existisse. Eram assim naquele tempo... honestos uns com os outros... sem atropelos... sem invejas, enfim outros tempos outras gentes.
Foi um dos membros fundadores, em 1927, da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, antecessora da S.P.A. - Armandinho responsabilizou-se pela recolha de inúmeras melodias da tradição fadista e pela creditação dos seus autores naquela sociedade, trabalho paciente que hoje nos permite conhecermos muitas das composições mais antigas do género, (hoje alguns entendidos já contestam)  e foi igualmente por sua iniciativa que muitos deles se inscreverem na SECTP, entre os quais o meu avô Alfredo Marceneiro.
Armandinho foi também empresário do Salão Artístico de Fados, inaugurado em 1930 no Parque Mayer, e gravou muitos discos dos de massa de 78 rpm, insuficientes, infelizmente, a qualidade, mesmo que digitalizada, não dá para que hoje o seu talento seja devidamente admirado.
A Câmara Municipal de Lisboa acabou de dar o seu  nome a uma rua da edilidade.
Deixou-se de ouvir o trinar da sua guitarra em 21 de Dezembro de 1946.

A guitarra — alma da raça
Amante do meu carinho,
Tem mais perfume e desgraça
Nas mãos do nosso Armandinho.
Benditos os dedos seus
Que arrancam assim gemidos
Tal como se a voz de Deus
Falasse aos nossos ouvidos
Versos de: Silva Tavares
Nota de apontamente do poeta  Rogério Martins Simôes
Armandinho. Sempre ouvi contar ao meu pai, José Augusto Simões, que meu avô António Antunes Simões, natural da Pampilhosa da Serra, exímio guitarrista que à data em que veio morar para Lisboa, 1897, no Pátio do Quintalinho, junto à Rua das Escolas Gerais, e o seu conterrâneo Bernardino Lameiras, terão ensinado o Armandinho a tocar guitarra. Meu avô falava muito do seu amigo Armandinho quando lá ia à terra e que tocava guitarra nas tavernas de Alfama junto às Escolas Gerais. Hoje, ao consultar um documento da autoria de António Adriano, encontrei algo que poderá ajudar a compreender melhor a mais que possível influência que o meu avô teve no Armandino. Vejamos o que encontrei: "Armando Augusto Freire nasceu em Lisboa a 11 de Outubro de 1891, no Pátio do Quintalinho, junto à Rua das Escolas Gerais. Aos oito anos já tocava o bandolim do pai, o qual trocou aos dez anos pela guitarra portuguesa, instrumento que melhor lhe permitia exprimir o seu sentimento" Coincidência foi do meu avô, guitarrista, e trabalhador na descarga do carvão ter ido morar para o mesmo local Pátio do Quintalinho. Ou seja quando meu avô foi para ali morar quando o Armandinho tinha 6 anos de idade e 4 anos depois já o Armandinho tocava guitarra.
Um abraço
Rogério Martins Simões
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publicado por Vítor Marceneiro às 05:12
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ARMANDINHO - Armando Augusto Freire


ARMANDINHO “O MAGO DA GUITARRA PORTUGUESA”
De seu nome Armando Augusto Freire, nasceu em Lisboa a 11 de Outubro de 1891.
Desde miúdo esteve ligado à música seu pai tinha um bandolim em que tocava, aos oito anos de idade já tocava com a palheta melhor que o pai, mas a arte estava-lhe nas veias e aos 10 anos de idade arranja uma guitarra e nunca mais para de dedilhar, dedilhar até dominar o instrumento.
Aos 14 anos estreia-se no Teatro das Trinas.
Executante de eleição cedo se torna uma lenda viva marcando uma época única na história do Fado de Lisboa.
Armandinho tocava de ouvido, mas foi um compositor e improvisado que lhe permitia criar melodias que eram admiradas por quem com ele teve o prazer de privar, infelizmente por não haver a facilidade de gravar como hoje muito da sus obra se perdeu
Meu avô Alfredo Marceneiro nunca escondeu se não fosse o Armandinho a ter a genialidade de apanhar os seus estilos e as musicar, talvez hoje o espólio de Marceneiro em termos de música de Fado não existisse. Eram assim naquele tempo... honestos uns com os outros... sem atropelos... sem invejas, enfim outros tempos outras gentes.
Foi um dos membros fundadores, em 1927, da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, antecessora da S.P.A. - Armandinho responsabilizou-se pela recolha de inúmeras melodias da tradição fadista e pela creditação dos seus autores naquela sociedade, trabalho paciente que hoje nos permite conhecermos muitas das composições mais antigas do género, (hoje alguns entendidos já contestam)  e foi igualmente por sua iniciativa que muitos deles se inscreverem na SECTP, entre os quais o meu avô Alfredo Marceneiro.
Armandinho foi também empresário do Salão Artístico de Fados, inaugurado em 1930 no Parque Mayer, e gravou muitos discos dos de massa de 78 rpm, insuficientes, infelizmente, a qualidade, mesmo que digitalizada, não dá para que hoje o seu talento seja devidamente admirado.
A Câmara Municipal de Lisboa acabou de dar o seu  nome a uma rua da edilidade.
Deixou-se de ouvir o trinar da sua guitarra em 21 de Dezembro de 1946.

A guitarra — alma da raça
Amante do meu carinho,
Tem mais perfume e desgraça
Nas mãos do nosso Armandinho.
Benditos os dedos seus
Que arrancam assim gemidos
Tal como se a voz de Deus
Falasse aos nossos ouvidos
Versos de: Silva Tavares
Nota de apontamente do poeta  Rogério Martins Simôes
Armandinho. Sempre ouvi contar ao meu pai, José Augusto Simões, que meu avô António Antunes Simões, natural da Pampilhosa da Serra, exímio guitarrista que à data em que veio morar para Lisboa, 1897, no Pátio do Quintalinho, junto à Rua das Escolas Gerais, e o seu conterrâneo Bernardino Lameiras, terão ensinado o Armandinho a tocar guitarra. Meu avô falava muito do seu amigo Armandinho quando lá ia à terra e que tocava guitarra nas tavernas de Alfama junto às Escolas Gerais. Hoje, ao consultar um documento da autoria de António Adriano, encontrei algo que poderá ajudar a compreender melhor a mais que possível influência que o meu avô teve no Armandino. Vejamos o que encontrei: "Armando Augusto Freire nasceu em Lisboa a 11 de Outubro de 1891, no Pátio do Quintalinho, junto à Rua das Escolas Gerais. Aos oito anos já tocava o bandolim do pai, o qual trocou aos dez anos pela guitarra portuguesa, instrumento que melhor lhe permitia exprimir o seu sentimento" Coincidência foi do meu avô, guitarrista, e trabalhador na descarga do carvão ter ido morar para o mesmo local Pátio do Quintalinho. Ou seja quando meu avô foi para ali morar quando o Armandinho tinha 6 anos de idade e 4 anos depois já o Armandinho tocava guitarra.
Um abraço
Rogério Martins Simões
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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 05:12
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Sábado, 10 de Março de 2012

AQUILINO RIBEIRO- 10º Cidadão a ser trasladado para o Panteão Nacional.

Aquilino Ribeiro morre no dia 27 de Maio de 1963, que era também o ano em que se comemorava o cinquentenário da sua vida, de escritor e homem público. Nessa mesma hora a Censura comunicava aos jornais não ser mais permitido falar das homenagens que lhe estavam a ser prestadas.
Alguém inquiriu António de Oliveira Salazar, sobre a figura de Aquilino Ribeiro, a que este respondeu:
— É um inimigo do Regime. Dir-lhe-á mal de mim; mas não importa: é um grande escritor.
 
AQUILINO RIBEIRO (1885-1963)
É considerado por alguns como um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX., mantendo uma qualidade literária na maioria dos seus textos, publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica.

Aquilino Gomes Ribeiro nasce em 1885 no Carregal, concelho de Sernancelhe.

 Entre 1895 e 1904, faz os seus estudos, chegando por desejo da mãe a frequentar um Seminário em Beja, mas abandona os estudos pois não se sente vocacionado para o sacerdócio. Regressa a Soutosa, mas o gosto pela escrita é latente e sente que tem que buscar novos horizontes, partindo para Lisboa, corria o ano de 1906.

Adere ao movimento republicano e passa a colaborar no jornal republicano “A Vanguarda”.

Em 1907, é o ano em se inicia a sua obra, em parceria com José Ferreira da Silva escrevendo “A Filha do Jardineiro”. Trata-se de uma obra de ficção, mas de propaganda republicana e de crítica às figuras do regime. Neste mesmo ano adere à maçonaria entrando para a Loja Montanha do Grande Oriente Lusitano, a convite de Luz de Almeida, tendo sido passado pouco tempo  preso como anarquista,  na sequência de uma explosão no seu quarto,  na qual morre um carbonário.

Em Janeiro do ano seguinte, evade-se da prisão e passa à clandestinidade, mantendo os contactos com os regicidas, refugiando-se numa casa pertencente  a Meira e Sousa, na Rua Nova do Almada, em frente ao Tribunal da Boa Hora.

Em 1910  está em França a estudar na Faculdade de Letras da Sorbonne. Em Paris conhece Grete Tiedemann, por quem se apaixona.

Reside alguns meses na Alemanha, e em 1913 casa com Grete Tiedemann e regressa novamente a Paris. E é neste ano que publica o livro de contos “Jardim das Tormentas”.

Em 1914, nasce o seu primeiro  filho, Aníbal Aquilino Fritz,  regressando a Portugal, sem ter terminado a licenciatura,  conseguindo em Lisboa, colocação como professor no Liceu Camões, onde se manterá durante três anos.

Em 1918, Aquilino publica o romance “A Via Sinuosa”.

A convite de Raul Proença em 1919, entra para a Biblioteca Nacional de Portugal, e passa a conviver com o chamado “grupo da Biblioteca” onde pontificam Jaime Cortesão e Raul Proença. É ainda em 1919 que publica “Terras do Demo”.

É na Biblioteca Nacional que Aquilino Ribeiro é procurado por pessoas das suas relações para lhe mostrarem uma Acta do Regicídio.

Faz parte da direcção da revista Seara Nova, revista de cariz cultural, sendo um veículo de debate político.

Em 1922, publica O Malhadinhas integrado no livro Estrada de Santiago.

Andam Faunos pelos Bosques é publicado em 1926.

Entra na revolta de 7 de Fevereiro de 1927, em Lisboa, cujo desfecho o leva exilar-se em Paris. Entretanto morre sua mulher e  ainda nesse ano regressa a Portugal, clandestinamente.

Logo em 1928, entra na revolta de Pinhel, e é encarcerado no presídio de Fontelo (Viseu), conseguindo novamente evadir-se, e mais uma vez volta a Paris.

Em 1929 ainda em Paris, casa-se com  Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado. Entretanto em Lisboa é julgado à revelia em Tribunal Militar, e condenado.

Em 1930, nasce o seu segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado, e publica O Homem que Matou o Diabo.

Em 1931 , vai viver para a Galiza, mas logo no ano seguinte volta a Portugal clandestinamente e fixa residência na Cruz Quebrada. Edita A Batalha Sem Fim. Neste mesmo ano (1932) é-lhe atribuído o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa, pelo seu livro As Três Mulheres de Sansão.

Em 1933 edita Maria Benigna.

A Academia das Ciências de Lisboa, em 1935 elege-o sócio correspondente.

Em 1936 edita Aventura Maravilhosa, e no ano seguinte S. Bonaboião, Anacoreta e Mártir. Em 1939 é a vez de editar o livro Mónica, em 1941, O Servo de Deus e a Casa Roubada., em 1943, Volfrâmio, em 1945 Lápides Partidas, em 1946 Aldeia, Terra, Gente e Bichos, em 1947, Caminhos Errados, e O Arcanjo Negro, em 1948, Cinco Réis de Gente, e em 1951 Geografia Sentimental.

1952 - Faz uma viagem ao Brasil onde é homenageado por escritores e artistas, na Academia Brasileira de Letras.

1956 - É fundador e presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.

1957 - Publica A Casa Grande de Romarigães.

1958 - Publica Quando os Lobos Uivam. É nomeado sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa. É militante activo na candidatura de Humberto Delgado à Presidência da República.

Em 1959, é publicado O Romance da Raposa,  e em 1960 é proposto para o Prémio Nobel da Literatura por Francisco Vieira de Almeida, proposta subscrita por José Cardoso Pires, David Mourão-Ferreira, Urbano Tavares Rodrigues, José Gomes Ferreira, Maria Judite de Carvalho, Mário Soares, Vitorino Nemésio, Abel Manta, Alves Redol, Luísa Dacosta, e Vergílio Ferreira, entre muitos outros. Segundo alguns círculos monárquicos, Sofia Mello Breyner, cuja família possuiria documentação sobre o regicídio, teria dito que não foi considerado elegível porque «a sociedade não dá prémios Nobel a assassinos». (esta afirmação carece de confirmação por fonte fidedigna)

Em 1962, nasce-lhe a primeira neta, Mariana, a quem dedica O Livro da Marianinha.

Em 1963 é homenageado em várias cidades do país por ocasião dos cinquenta anos de vida literária, e publica A Casa do Escorpião.

Por ironia do destino morre no dia 27 de Maio deste mesmo ano em que se comemorava o seu Cinquentenário de Escritor e Figura Pública.

1972 - É publicado o livro de memórias “Um Escritor Confessa-se”, em que José Gomes Ferreira no prefácio escreve, Aquilino sabe mentir a verdade.

2007 - A Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional. A transladação será levada a efeito dia 19 de Setembro de 2007.

 Fonte: Várias na Net sendo a metodologia de intercalar as "fontes" de acordo com meu critério.

 
Eis um excerto de uma obra sua que muito tem a ver com Lisboa.
«(…) Eu via com os olhos não pasmados, que nunca soube o que era pasmo, mas abertos à compreensão, as grandes e amarelas tartarugas dos carros eléctricos vir rolando dos lados do Terreiro do Paço, tilintantes e pletóricas de gente. Logo após vinha o carro do Chora, com o automedonte de longos bigodes retorcidos a reger de chicote vivaz o tiro de três machos pimpões, o condutor de boné de pala, e atropeladamente naquela arca de Noé de peixeiras, vendedeiras de hortaliça e de coelhos mansos, operários com suas ferramentas, em suma, segundo o termo das Ordenações Manuelinas, os misquinhos de uma capital. (…) Todavia não pressenti o sumptuoso, nem o deliquescente de uma urbe meridional, de que os poetas e romancistas faziam cavalo de batalha nas suas especulações cantarizadas. Antes havia nela, nos habitantes, no céu, nas coisas, uma sobriedade afável que era grata de sentir. E por isto tudo, por essa desilusão literária, e porque representava para mim um degrau montante na escala dos conhecimentos, fiquei a adorar Lisboa desde esse dia.»
In: Aquilino Ribeiro, Um Escritor Confessa-se, cap. II, págs. 51-52, ed. Livraria Bertrand, Lisboa, 1972.  
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publicado por Vítor Marceneiro às 18:00
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Sexta-feira, 9 de Março de 2012

ALDINA DUARTE

 Aldina Duarte canta com letra de sua autoria
 "Lirio Quebrado" na música: do Fado Bailado de Alfredo Marceneiro
Video-Clip postado no Youtube por Casa do Fado

 

 

AS MULHERES AO ESPELHO DE ALDINA DUARTE

Um dia, o sol e um cortejo de estrelas dispuseram sobre o seu corpo duas asas brancas. - Asas, perguntou Aldina? - Sim, asas, para que do teu voo nasçam os acordes de um disco. 0 !eu primeiro de muitos, que se chamará "APENAS 0 AMOR". Cumprida a bela viagem inaugural, Aldina nunca mais deixou de voar, cada vez mais o seu jeito, sem resistir sequer a partilhar publicomente algumas reticências. Como se pode ler, logo a abrir, nos pontinhos do texto do seu segundo disco "CRUA". Caminhando o seu caminho, atenta ao ar do tempo e do lugar que habita, gulosa deles, foi apalpando as estrias da memória de si, com desassombro, mesmo (ou sobretudo) quando mais faziam doer. Aprendeu a olhar de frente as feridas e as cicatrizes, sorrindo-lhes para melhor as sarar. Primeiro encontro com o espelho? A voz, o sua voz, embalava-lhe os gestos e os passos, guiando-os. E... há sempre a terra, o rio, os astros no céu. 0 mar. Há sempre os amigos, que lhe adoçam o hora das horas que vive. Há sempre o família, essa sua gruta de todas as consolações. Hà sempre Maria de Lurdes, a mâe, a grande árvore fundadora. A árvore de inspiração para a vida. E há sempre o fado, o que atravessou os tempos, e os cantou, contando-os. Aldina começou o tratá-lo por tu: Timidamente, a principio. Mais afoita, com o rolar dos anos. Assim lhe exigiram umas senhoras do fado, dos maiores, suas fadas-madrinhas - Beatriz da Conceição e Maria da Fé, para cá das nuvens; Lucilia do Carmo e Herminia Silva, para lá desses flocos do céu. Foram elos que até ao fado a levaram e, em a levando, lhe deram nobre benção. Chegou então a hora de Aldina se contar mulher, mulheres. Terá sido a imagem no espelho o exigi-lo, a ela que nunca nele se viu desacompanhada? Ou foi Aldina quem quis contar as mulheres que nessa imagem, a seu lado, reconhecia? Segredou-lhe o espelho o titulo do terceiro disco? Assim - Deverá chamar-se "MULHEHES AO ESPELHO" e haverá nele a voz de uma segunda mulher, de uma grande poeta nossa. Calar-se-âo a guitarra, a viola e a tua voz, para que seja o poema "MÃE", de Maria do Rosário Pedreira, a selar, com a gravidade sublime da poesia, este novo disco de ti, minha queridafadista de corpo inteiro!

Maria João Seixas

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Viva Lisboa:
música: Lírio Quebrado
publicado por Vítor Marceneiro às 22:00
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Quinta-feira, 8 de Março de 2012

FADO PATRIMONIO IMATERIAL DA HUMANIDADE - Contributos de continuidade

 Dia 9 de Março de 2012 pelas 21 horas estarei em Vale de Cambra para falar sobre Fado e sobre Alfredo Marceneiro

Como poderão verificar no cartaz haverá mais intervenientes e canta-se Fado

 

Vale de Cambra é uma cidade portuguesa situada no Distrito de Aveiro. Pertence à Grande Área Metropolitana do Porto, situada na região Norte e sub-região de Entre Douro e Vouga, com 3 912 habitantes. É sede de um município com 146,21 km² de área e 22 864 habitantes (2011),[1] subdividido em 9 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Arouca, a leste por São Pedro do Sul, a sueste por Oliveira de Frades, a sul por Sever do Vouga e a oeste por Oliveira de Azeméis.

 

 

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publicado por Vítor Marceneiro às 20:44
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Quarta-feira, 7 de Março de 2012

MULHER - DIA INTERNACIONAL DA MULHER

A MINHA HOMENAGEM a TODAS AS MULHERES DO MUNDO, QUE AINDA HOJE SOFREM A INTOLERÂNCIA E A ESCRAVATURA

O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher começou  a ser comemorado no início do século XX, até a década de 1920.

Na antiga União Soviética, durante o estalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária.

Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na actualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um carácter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de Março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.

Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em Dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adoptado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.Não se pode ignorar também, o papel da mulher no dia do trabalhador, que se comemora no 1º Maio.

 

 

A mulher é acima de tudo a mãe dos nossos filhos, 

 

 

De Eugénio de Andrade o poema "MÃE", dito e executado num Video-Clipe do meu amigo Luís Gaspar 

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Viva Lisboa: Ser mulher... com M
publicado por Vítor Marceneiro às 23:56
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