Recebi esta mensagem, que me enterneceu, e me fez ver quanto esteb trabalho é importante para alguns.
Com uma ida ainda ao Museu do Fado e Biblioteca Nacional, consegui algumas fotos e dados sobre este grande músico, que tive o prazer de conhecer pessoalmente.
-----Mensagem original-----
De: Virgínia gomes
Enviada: quarta-feira, 23 de Janeiro de 2008 13:10
Para: fado.em.movimento@sapo.pt
Assunto: Conhece o viola Júlio Gomes?
Importância: Alta
Caro Vítor Marceneiro,
Em primeiro lugar os meus parabéns pelo seu site. Deve ter lido isto um milhão de vezes mas o que e um facto e que depois de muitos anos a tentar no "Trilho das Memórias " encontrar imagens do meu tio avo Júlio Gomes que era um viola de vários fadistas afamados, vejo na sua pesquisa uma possibilidade de ajuda nesta tarefa.
Vivo desde há cinco anos em Londres e actualmente dividida entre UK e Franca. Tenho procurado na net e youtube sem sucesso. Cresci a ver o meu tio na Tv a acompanhar vários fadistas, sei que acompanhou mesmo Amália Rodrigues nos seus primórdios, creio que no Luso. Apesar de não ser uma expert em assuntos de fado sinto por esta expressão musical tudo o que um português normal deveria sentir...admiração e nesta coisa de genes toda a minha família e musical e tenho um filho que curiosamente depois de passar pelo violino e piano escolheu agora como instrumento preferencial a guitarra. Mais uma razão para que lhe mostre aquilo que o tio-bisavô deu ao fado.
Será que me pode ajudar?
Atentamente
Virgínia Gomes
Dulce Pontes, nasceu no Montijo.
Estudou no Conservatório de Lisboa, onde aprendeu piano, e dança contemporânea.
Em 1988, inicia a sua actividade profissional na Comédia Musical "Enfim sós" prosseguindo com "Quem tramou o Comendador", no Teatro Maria Matos, como actriz, cantora e bailarina. Em 1990 é convidada a integrar o espectáculo "Licença para jogar" no Casino Estoril.
Torna-se popular junto do público português através do programa de televisão "Regresso ao passado" de Julio Isidro.
Em 1991 vence o Festival RTP da Canção representando Portugal no Festival Eurovisão da Canção, onde cantou "Lusitana Paixão", alcançando o oitavo lugar entre 22 países participantes, uma das melhores prestações de Portugal no Eurofestival.
Em 1992 gravou o seu primeiro álbum, chamado “Lusitana”, principalmente com música pop.
Em 1993, sai o seu segundo disco, chamado “Lágrimas”, em que Dulce aborda o fado duma forma que não convence os puristas, misturando fado tradicional com ritmos e instrumentos modernos, procurando criar novas formas de expressão musical. A sua interpretação do clássico "Povo Que Lavas No Rio" , é um exemplo desse “desvio”. Mas o álbum “Lágrimas” tinha também faixas de fados clássicos, gravados ao vivo e em estúdio, em que ela tenta manter o rigor do Fado clássico, com os temas "Lágrima" e "Estranha Forma de Vida", levando a que alguns entendidos na matéria (os tais que vão a congressos!) afirmassem, que estava encontrada a sucessora e herdeira de Amália Rodrigues. ( Amália ainda era viva, e pelo que julgo saber franziu o sobrolho!)
Para muitos admiradores o maior êxito do “Lágrimas” foi "A Canção do mar", que, no Brasil, foi usado como tema de abertura de uma adaptação em telenovela do romance “As Pupilas do Senhor Reitor”. Tornou-se um dos maiores êxitos da canção portuguesa de sempre (aliás as vendas do CD falam por si), sendo actualmente uma das canções portuguesas mais conhecidas, além fronteiras. "A Canção do Mar" interpretada pela Dulce faz também parte da banda sonora do filme americano "As Duas Faces de um Crime" no qual Richard Gere contracena com Edward Norton.
Em 1995 Dulce lançou o álbum “Brisa do Coração”, gravado ao vivo durante um concerto que teve lugar no Porto a 6 de Maio de 1995. O disco seguinte, “Caminhos”, lançado em 1996, continha temas clássicos como "Fado Português", "Gaivota" e "Mãe Preta", e também, outras composições originais.
Este disco consolidou a sua posição no mundo da música, confirmando-se que a sua via artística não estaria no Fado.
Em 1999 sai o CD “O Primeiro Canto”. Neste disco Dulce confirma que está seriamente interessada em ser uma artista da "Word Music". Em “O Primeiro Canto” introduz elementos do jazz, opta pela sonoridade acústica, dá nova vida a antigas tradições musicais da Península Ibérica, pois para além de cantar em português, canta também em galego e mirandês, e redescobre melodias e instrumentos há muito esquecidos.
Em 2003, foi lançado o “Focus”, que é fruto da colaboração da Dulce com o Maestro Ennio Morricone, onde cantou alguns dos clássicos do compositor, compostas especialmente para a sua voz. Com este trabalho foi alcançado o objectivo de consagrar uma grande voz. Gravado em Itália e destinado tanto ao público português como internacional, o “Focus” contém temas cantados em português, inglês, espanhol e italiano.
O CD “O Coração Tem Três Portas” editado em 2006, foi produzido na íntegra por Dulce, é composto por 2 CD e um DVD. 145minutos de música que Dulce considera ser o âmago da música Portuguesa: O Fado, o Folclore/Música Popular Portuguesa e a Música de inspiração medieval Galaico-Portuguesa versus Fado de Coimbra. Totalmente acústico, foi gravado ao vivo por 5 Continentes, na Igreja de Santa Maria em Óbidos e no Convento de Cristo em Tomar, em Istambul e o making of das gravações efectuadas nos monumentos.
Dulce Pontes em parceria com José Carreras, protagonizou a abertura oficial da eleição das Novas 7 Maravilhas do Mundo com o tema "One World" (Todos somos um) de sua autoria, para a maior emissão televisiva da história.
Nasceu em Lousado, Vila Nova de Famalicão, a 9 de Dezembro de 1946. Aos 17 anos a sua sensibilidade musical de cariz popular leva-o a formar um conjunto típico com o seu nome. É assim que pela 1ª vez se apresenta em espectáculos e nas Rádios Nacionais. Desde muito cedo que começou a escrever no papel o que a sua imaginação lhe ditava Cumpre o serviço militar em Moçambique, onde fica a viver cimentando uma carreira artística que lhe valeu ser nomeado em 1972 “Rei do Fado em Moçambique”, e grava o seu primeiro disco. Na sua estadia em Moçambique, convive com muitos artistas locais e com aqueles que por lá vão fazendo tourneés. È companheiro assíduo de Alfredo Duarte Jr, que também se radicou em Moçambique, entre 1972 e 1974, Em 1975 regressa a Portugal, onde passa a trabalhar em diversos recintos com Fado, mas é em 1982 que se fixa no Restaurante Típico Sr. Vinho, de, Maria da Fé e José Luis Gordo onde se mantém até 2008. Gravou nos anos oitenta cerca de 8 discos, destacando-se um tema que obteve grande êxito, "Até o Rei ia ao Fado", com letra de Tó Moliças e música de sua autoria. Também grava os CD's "Fado", "O nosso amor está por um triz", "Desejos" e "Este meu fado". Paralelamente, exibe-se também com guitarrista, fazendo inúmeras gravações com outros artistas. Fez várias viagens pelo mundo fora, Brasil , "Canecão", Rio de Janeiro , "Palace", S. Paulo ; "Gallary", S. Paulo, Macau , "Centro Cultural de Macau", Holanda , "Teatroz", Twente Schouwbourg, Canadá , Toronto, Espanha, Bélgica, França., entre, partcipando em vários programas de televisão. Em 1998 actuou no Palco Nº1 da "Expo 98" durante uma semana. Em 1999 volta em tourneé a Macau durante um mês. Canta em Bruxelas (Bélgica) a convite da câmara de Comércio Luso-Belga. Participa em duas noites de Fado no Teatro Mailon em Strasbourg (França). Carlos Macedo para além de intérprete, autor, músico e compositor, também é construtor de guitarras. Conheço Carlos Macedo desde praticamente a sua vinda de Moçambique, é um homem de uma extrema lisura, por quem nutro grande admiração.
Vítor Marceneiro
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda, e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai, pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença. Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Bibliografia
Danças De Portugal
Jardins Suspensos (1937)
Segredo (1939)
A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941)
Pecado (1943)
Príncipe Perfeito (1944)
Bodas Vermelhas (1947)
Miserere (1948)
Os Amigos Infelizes (1952)
Grande. Grande Era A Cidade (1955)
Poemas Escolhidos (1957)
Ecce Homo (1974)
Poesias Escolhidas (1987)
E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (Selec. de Poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena)
Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (selec. e pref. de Vasco da Graça Moura)
Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de Janeiro de 1871 - 1 de Junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa, 6 de Novembro de 1887 - 25 de Junho de 1935), e teve dois filhos: Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de Fevereiro de 1934), que faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita, 30 de Julho de 1936), já falecido, que foi casado a 6 de Setembro de 1969 com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de Janeiro de 1944), neta paterna da 12.ª Condessa de Tarouca, de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3 de Novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de Janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de Julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
in: Wikipédia
É um dos poetas que contribuiu para o repertório de Amália Rodrigues ligado à poesia erudita, nomeadamente com duas criações famosas, Povo que Lavas no Rio (com música do Fado Vitória de Joaquim Campos) e o Rapaz da Camisola Verde (com música de D. Hermano da Câmara)
Música: Joaquim Campos
Povo que lavas no rio,
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida não.
Fui ter à mesa redonda,
Beber em malga que esconda
O beijo de mão em mão;
Era o vinho que me deste
Água pura, fruto agreste,
Mas a tua vida não.
Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama,
Tive a mesma condição;
Povo, povo, eu te pertenço,
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida não.
(*) Caricatura de Rui Pimentel
(Não conheço o caricaturista, e não conhecia a caricatura, mas tomo a liberdade de a expor, homenageando o seu trabalho)
Nota se o autor assim o exigir a mesma será retirada.
Fadista há já cerca de 45 anos, começou como amador nas noites fadistas de Estoril e Cascais, vem a tornar-se profissional obtendo grande aceitação, quer pelo seu brio profissional quer pela sua simpatia pessoal.
Tem vários trabalhos discográficos, mas é curioso que o seu maior êxito não é num fado clássico, mas sim com uma canção popular “Coentros e Rabanetes”
Percorre as comunidades dos emigrantes portugueses no Mundo onde obtém assinalável êxito.
Em Birre explorou durante vários anos o “Restaurante com Fados – Forte D. Rodrigo, aquele que deve ter sido o último reduto fadista de Cascais
Apraz-me realçar, que para além do aspecto artístico é um bom amigo, um bom conversador com quem se gosta de conviver
Rodrigo canta É tão bom ser pequenino
Poema de João Linhares Barbosa
Música: Fados Corrido
Há 60 anos estava eu em vésperas ir para a escola, as aulas começavam nessa época a 7 de Outubro, nesse ano 1952, como dia 7 foi a um Domingo, as aulas começaram no dia 8.
A escola que fui frequentar foram as Oficinas de S. José, dos Padres Salesianos, situada nos Prazeres, no bairro de Campo d´Ourique, escola que ainda hoje existe.
Recordo o livro, o caderno de duas linhas, um lápis, uma borracha de apagar, uma ardósia, uma pena para poder escrever na ardósia, uma caixa de lata pequena, com um pedaço de pano molhado, que servia para limpar a ardósia, e a mala que a tia Aida me deu, uma cesta de verga para levar o almoço, 2 carcaças com ovo mexido e uma laranja, preparado pela avó Judite.
Estava entusiasmado, porque também era o dia que eu iria estrear umas calças compridas, um "pull-over" grená sem mangas, que me deu a avó Maria, e mais que tudo as botas de cano alto (á cow-boy) que o meu pai me comprou na feira da ladra, (ver relato em: http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/281578.html) recordo também que nessa altura ainda usava um fumo preto no braço direito, por luto de minha mãe.
Fotos de recordação: Em cima eu com 7 anos, em baixo a foto do livro da 1ª classe e a foto da minha primeira comunhão junto á estátua de S. Domingos Sávio no dia 31 de Janeiro de 1953, no Colégio dos Salesianos.
Curiosidades: Ao escrever este texto e relembrar todas estas passagens da vida, nomeadamente o material do trabalho escolar de então, não posso deixar de expor aqui o que tive de adquirir este anos para a Beatriz frequentar o 4ª ano e o Alfredo o 7º:
O Fio da História 7.º ano
O Fio da História 7º Ano - Caderno de Actividades
O Fio da História 7º Ano - CD
À Descoberta da Terra 7.º Ano
À Descoberta da Terra 7º Ano - Ciências Naturais
Caderno de .Actividades
À Descoberta da Terra 7º Ano - Ciências Naturais - CD
Novo FQ 7º Ano
Novo FQ 7º Ano - Caderno de Actividades
Novo FQ 7º Ano - CD
Sem Fronteiras 7
Sem Fronteiras 7º Ano - Geografia ( Temas 1 e 2)-
Caderno de .Actividades
Move On - Inglês 7º Ano
Pasta Mágica - Língua Portuguesa - 4.º Ano
Livro de Fichas - Pasta Mágica - Língua Portuguesa 4 - 4.º Ano
Pasta Mágica - Estudo do Meio 4 - 4.º Ano
Desafios 4 - Matemática
Desafios 4º Ano - Matemática - Caderno de Actividades
Desafios 4º ano - Matemática - Material Interactivo Multimédia
e-Manual do Aluno - Diálogos - Língua Portuguesa - 7.º Ano
Caderno de Actividades - Diálogos - Língua Portuguesa - 7.º Ano
Diálogos - Língua Portuguesa - 7.º Ano
Livros destinados a:
Alfredo Francisco de Azevedo Duarte
Beatriz Francisco de Azevedo Duarte
TOTAL: € 233
PARA O PRÓXIMO ANO HÁ MAIS !!!!! porque estes vão ficar obsoletos, inclusive, se de dos meninos não passar de ano (chumbar) o que é uma ideia remota!!! sabem por quê?... Sabem, sabem. os mesmos livros não vão servir, , terão de ser novos!! E Porquê? , pergunto eu, e tento perceber.
Porque somos o País mais evoluídos do mundo, e todos os anos repomos todas as novas descobertas sobre, a nossa historia, sobre a história universal, a matemática, a física, etc.. Ah! esquecia-me do PORTUGUÊS, também já mudou, cada vez me sinto mais analfabeto... até já ouvi dizer que a Lei de Ohm, está errada, o principio de Lavoisier... é tanga... a lei da gravidade.... etc, etc,
E digam lá se isto não é um Fado...