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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Sábado, 23 de Março de 2013

António Chainho

 

 

António Chainho, nasceu em S. Francisco da Serra – Santiago do Cacém – Alentejo em 1938.

Muito cedo começou a tocar guitarra com o pai, que lhe deu algumas lições, mas é essencialmente um auto-didacta, aprendendo com os instrumentistas que ouvia na rádio.

Vem para Lisboa cumprir o serviço militar, é mobilizado para Moçambique, regressa fixa-se em Lisboa, começando a conviver com as gentes do Fado, e assim se inicia a acompanhar alguns fadistas. Tem a sua estreia profissional em 1960 numa colectividade lisboeta, começando então a ganhar a vida como guitarrista.

Esteve contratado no Restaurante Folclore em que era acompanhado pelo o violista José Maria Nóbrega, parelha que posteriormente se manteve durante vários anos como músicos privativos de Carlos do Carmo.

Ao longo da sua carreira, para além de Carlos do Carmo acompanhou nomes grandes do Fado, Alfredo Marceneiro, Lucília do Carmo, Hermínia Silva. Manuel de Almeida, etc.

Em 1983, participou na gravação do célebre álbum de Rão Kyao Fado Bailado.

Embora admita que gosta mais de acompanhar do que de tocar como solista, devem-se-lhe alguns registos em discos em que procura levar o fado a outros horizontes: A Guitarra e Outras Mulheres, onde contou com a participação de vozes não ligadas ao fado como Teresa Salgueiro (dos Madredeus), Filipa Pais, Marta Dias ou Elba Ramalho, e Lisboa-Rio, com a presença de Ney Matogrosso, Paulinho Moska ou Virgínia Rodrigues.

No meu primeiro EP a solo, e no EP com meu avô em dueto, fomos acompanhados por António Chainho e José Maria Nóbrega em 1973.

Em 8 de Março de 2010, lançou o 6º Album intitulado "Lis Goa", no disco participa,  a fadista Isabel Noronha, que acompanha Chainho há alguns anos.

   Video-Clip postado por PressCoast

António Chainho toca Lis Goa

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa:
música: Lis Goa
publicado por Vítor Marceneiro às 14:28
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Terça-feira, 19 de Março de 2013

Alfredo Duarte Júnior - Meu Saudoso Pai

QUE SAUDADES.... ALFREDO DUARTE JÚNIOR, meu saudoso pai.

 

Ainda na memória dos verdadeiros amantes do fado, o «castiço» Alfredo Duarte Júnior sempre fez por honrar o nome de seu pai, o inesquecível Marceneiro, verdadeira legenda de oiro do Fado Tradicional. Se a história do Fado tem vindo a ser escrita, através dos tempos pelos seus mais expressivos intérpretes, é inegável que a carreira de Alfredo Duarte Júnior merece vir a ocupar Interessante e importante capítulo.
 

ALFREDO DUARTE JÚNIOR- Filho de Alfredo Marceneiro, nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel, a 23 de Dezembro de 1924.

Começou a cantar muito jovem nas verbenas, só se profissionalizou em 1950.

Foi apelidado de "Fadista Gingão" porque começou a dar às suas interpretações uma coreografia , inédita no Fado, o que lhe valeu muitas críticas, mas ainda hoje há muitos que o imitam, quer no gingar, quer usando o lenço, ou boné.

Foi rei da rádio nos anos sessenta, cantou na RTP, e nas rádios. Esteve nos Estados Unidos, Inglaterra, gravou mais de uma dezena de discos.

Por fim chamaram-lhe o "Fadista Bailarino" uns gostavam, outros não, mas marcou um estilo muito seu, e tem por mérito próprio um lugar na História do Fado.

A 6 de Junho de 1999 faleceu em Lisboa, na Rua do Cura no bairro da Madragoa, os seus restos mortais estão no talhão dos artistas no cemitério dos Prazeres.

© Vítor Duarte Marceneiro

 Alfredo Duarte Júnior

Canta: Três Gerações de Fado


 

 

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música: Três Vidas, Três Gerações
Viva Lisboa: Honrado nas minhas origens
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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Segunda-feira, 11 de Março de 2013

SIMONE DE OLIVEIRA - Mais de Cinquenta anos de carreira

 

 Começou a cantar ainda frequentava a escola secundária.

Entra para o centro de Preparação da Rádio que tinha como objectivo lançar vozes através da antiga Emissora Nacional.

Iniciou as suas apresentações públicas em 1958, no I Festival da Canção Portuguesa, concurso que venceu nos dois anos seguintes;
1959 - Sai o seu primeiro disco com temas como "Sempre Que Lisboa Canta".
1962 - Estreia no teatro, como atracção do Teatro de Revista;
1964 - Recebe o Prémio de Imprensa para melhor cançonetista;
1965 - Vence o Festival RTP da Canção com o tema "Sol de Inverno", e é eleita Rainha da Rádio;
1969 - Vence o Festival RTP da Canção com "Desfolhada Portuguesa" cuja letra, da autoria de  Ary dos Santos.
1977- Participa no espectáculo do Jubileu de Isabel II de Inglaterra
1979 - Ganha o 1.º Prémio de interpretação no Festival da Nova Canção de Lisboa.
1980 - Representa Portugal no Festival da OTI, em Buenos Aires;
1981 - Participa, como actriz, na adaptação teatral de “A Tragédia da Rua das Flores” de Eça de Queirós.
Actua também na série "Gente Fina É Outra Coisa" da RTP .
1983 - Celebra as bodas de prata da sua carreira com o programa televisivo "Meu Nome é Simone";
1984 - Decide cantar Fado com o disco "Simone, Mulher, Guitarra" .
Continua a desenvolver a sua carreira artística na televisão e no teatro, apresentando programas televisivos e participando como actriz e cantora em diversas produções.
Participa em diversos filmes de longa-metragem, séries televisivas e telenovelas;
Foi distinguida, ao longo da sua longa carreira, com diversos prémios.
Foi condecorada com a Grande Ordem do Infante;
A Câmara Municipal de Lisboa concede-lhe a Medalha de Mérito Municipal, no seu Grau Ouro.
Continua a ser solicitada quer na TV, quer nas telenovelas.
Simone é bem uma mulher de "GARRA" portuguesa de "gema".
 

Video Publicado por: Vituga


Esta Lisboa que eu amo

 Repertório de Simone de Oliveira

 

Letra de: Fernando Carvalho

Música Aníbal Nazaré

 

Nesta Lisboa que eu amo

Sinto o mar em cada esquina

Esta Lisboa tem ondas

Num andar de uma varina

Cidade tão antiga

Cidade amiga

Modesta e bela

Varia como as marés

E tem o Tejo a seus pés

A chorar de amor por ela

 

Nesta Lisboa que eu amo

Sinto o mar em cada esquina

Esta Lisboa tem ondas

Do andar de uma varina

Cidade tão antiga

Cidade amiga

Mpdesta e bela

Varia como as marés

E tem o Tejo a seus pés

A chorar de amor por ela

 

Cidade de mil cantigas

Nasce a canção como uma flor

Na boca das raparigas

Andam cantigas de amor

 

 

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música: Esta Lisboa que eu amo
Viva Lisboa: Grande Simone
publicado por Vítor Marceneiro às 14:00
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Quinta-feira, 7 de Março de 2013

Julieta Reis - 50 Anos de Carreira no Fado

 

 

 

A fadista Julieta Reis afirmou à Lusa que o álbum "Memórias...", que será editado na próxima semana, é uma "mostra" da sua carreira de mais de 50 anos, reunindo êxitos como "Um dia pagarei" ou "Não, não voltes".

"O álbum é uma mostra da minha carreira, maioritariamente com criações minhas, mas também com alguns temas que os produtores [discográficos] me pediram para gravar. O CD inclui fados tradicionais e outros com música própria, e também algumas marchas, pois fado e marchas sempre conviveram", disse a fadista à Lusa.

"Memórias..." totaliza 20 fados e marchas, entre as quais, "Festejando o S. João", "Lisboa cheia de luz" ou "Vai-se a noite num ai".

Os temas fadistas percorrem diferentes fases da carreira, havendo alguns - criações suas - claramente referenciados ao período pós-25 de Abril de 1974, como "A gleba era mais que prometida", de autoria de Armando Santos, "Marcha do povo" e "Portugal nova nação", gravados com o conjunto de guitarras de António Chaínho.

Ao lado de criações da fadista, como "Não são asas meus braços", "Não, não voltarei" ou "Já te conheço", há também os "temas a pedido dos produtores", como "Lisboa à noite", uma criação de Milú, no teatro de revista, ou "Anda o fado noutras bocas", de Artur Ribeiro.

Além de intérprete, Artur Ribeiro, com quem a fadista trabalhou, foi também "um autor maior", disse Julieta Reis, que afirmou ter "orgulho em ter criado alguns temas seus", como "Um dia pagarei".

Julieta Reis, 77 anos, aprendeu solfejo, ballet e a tocar acordeão, tendo começado a cantar no Conjunto Manuel Simões, constituído apenas por acordeonistas, como Guiomar Simões. Esteve neste grupo durante dois anos, até ao dia em que visitou a casa de fados Café Luso, em Lisboa, com o fadista Joaquim Silveirinha. Convidada a cantar, optou definitivamente pelo fado.

"Tinha os meus 20 anos, mas, como se diz, vim para o fado e fiquei", contou Julieta Reis, salientando em seguida que, todavia, a sua carteira profissional é de 1955.

Julieta Reis referiu-se ao Luso como "uma escola", onde se aprendia "com os mais velhos, pois o fado é uma tradição que passa de geração para geração. Hoje, já não sinto isso em muitos que começam agora e com pouca disponibilidade para ouvir".

Referindo-se ao panorama fadista atual disse que "há muita falta de profissionalismo", advertindo, porém, que não se pode "meter tudo no mesmo saco": "Há muito boas vozes e presenças, mas há muitos que não me dizem nada, não nos transmitem nada, e o fado é transmitir um sentimento, contar uma história".

""s vezes sinto saudades, cantei em muito lado, fui ao estrangeiro e tive a sorte de muitos poetas me terem oferecido letras para as cantar pela primeira vez, para serem criações minhas, e sinto orgulho", disse.

A fadista citou poetas, músicos, acompanhadores, entre os quais Carlos Conde de quem canta, neste CD, "Eu sei que vais partir", em quem reconhecia "uma capacidade extraordinária de descrição, de falar da Lisboa do passado".

Outros nomes citados são os de Silva Nunes, de quem resgata, neste CD, "Quero" e "Esta marcha do povo", e Abílio Duarte, com "Venham comigo", "Tenho uma tipoia à espera" e "Portugal nova nação".

Julieta Reis atuou nas antigas colónias portuguesas, em França, nos Estados Unidos, em Holanda e na Grã-Bretanha, onde esteve uma longa temporada, numa casa de fados.

Em Portugal, integrou o elenco de diversas casas, algumas já desaparecidas, como o restaurante típico Candeia, no Porto, ou em Lisboa, o Lar Português, Solar da Márcia Condessa, Viela, A Cesária, Solar da Madragoa, Solar da Hermínia, além de outras, em plena atividade, como A Severa, Adega Machado, Forcado, Timpanas ou Fado Maior.

In: Diário de Notícias-Arte 

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