SAÚDO OS POVOS DE TODO O MUNDO
SAÚDO OS NOSSOS COMPATRIOTAS QUE FORA FORÇADOS A EMIGRAR
PAZ NA TERRA AO HOMENS DE BOA VONTADE
Luísa Basto nasceu em 1947 na aldeia de Vale de Vargo, perto de Serpa.
Em Fevereiro de 1974 está em Paris para ficar mas regressa a Portugal no dia 3 de Maio após a Revolução dos Cravos.
No dia 23 de Dezembro faria 89 anos, o meu saudoso pai ALFREDO DUARTE JÚNIOR, em sua memória volto a apresentar este video-clip, em que ambos cantamos ao desafio o dueto "A Lucinda Camareira" com letra de Henrique Rego e música de meu avô "Fado Bailarico" (este Fado também esteve em tribunal nos anos sessenta, pois havia um um individuo que se intitulava autor do mesmo, perdeu acção e a razão, mas outros mais virão).
Pai não fazes parte dos paineis das vaidades nem das palestras dos doutorados, mas pertençes a uma geração que ficará na história do Fado da qual fazes parte integrante, e como tal nunca serás esquecido....
Dueto " A Lucinda Camareira"
(Pai e Filho)
Alfredo Duarte Jr. & Vítor Duarte
Recebi do meu amigo Francisco Pintéus (*), esta missiva sobre meu pai, que publico com muito gosto, e deveras agradecido.
Tenho de Alfredo Duarte Júnior uma memória afectiva muito forte e que me acompanha desde a juventude.
Cedo comecei a ouvi-lo e a gostar do seu estilo: aquele marialvismo da época, mas também a ternura/paixão com que cantava a mulher.
Só mais tarde lhe compreendi a luta contra o sectarismo e a incompreensão.
Lembro-me com saudade da primeira vez que estive pessoalmente com ele: cidade da Beira (Moçambique), ano de 1973/74, eu na guerra colonial e ele cantava na Ronda do Fado (Moulin Rouge). Entrei e perguntei-lhe: "o Cadaval não lhe diz nada?", ao que ele, unindo-me num forte abraço respondeu: "É a nossa terra!"
Faria hoje anos. Mas a memória não se apaga: ele é a prova provada que o FADO, sendo só um, pode ser muitos: depende da forma de o sentir e cantar.
Filho do “Monstro” Alfredo Marceneiro, sempre o honrou e compartilhou o amor ao Fado, herança que este lhe deixou.
Alfredo Duarte Júnior cantou-O como ninguém, e sentia-o como poucos.
Um abraço do
Francisco Pinteus
(*) Francisco Pinteus, é um investigador de Fado, fã de Alfredo Marceneiro, e garnde amigo da família, é natural da terra de origens de Marceneiro, o Cadaval, e é o grande impulsionador da "ASSOCIAÇÂO ALFREDO MARCENEIRO", da qual é neste momento o Presidente da Assembleia Gera.
El Rei D. Dinis, foi um dos mais marcantes vultos do Portugal medieval. Protector da agricultura, mandou plantar o pinhal de Leiria e povoou o litoral. Criou a Universidade e abriu horizontes culturais à Nação. O rei “Trovador”, famoso pelas suas românticas cantigas de amigo, foi uma espécie de inventor da elegância. Destacou-se a escrever e tornou o português na língua oficial do País. Rei poeta, cortejou as artes.
Foi casado com Isabel de Aração, que veio a ser canonizada como, Rainha Santa Isabel.
Acontece pela época natalícia, que muita gente incoscientes, e outros conciscientes, que abatem o primeiro pinheiro pequeno que lhes agrada para montarem a sua árvore de natal, e quantas vezes para vender, é um crime contra a natureza.
Há nesta época árvores suficientes para servir esta tradição, mas é feita por técnicos ou agricultores entendidos no repovoamenteo da mata. Resumindo, passados uns anos após o semear do pinhal, seja ele programado ou por via natural, há que fazer um desbaste de forma a que a árvore que vai ficar, tenha um espaço à sua volta que lhe permita desenvolver-se de forma mais rápida e com qualidade.
Nunca é demais lembrar, temos os flagelos dos incêndios no verão, e nesta época o flagelo do abate indiscrimado do pinheiro.
A Árvore de Natal é um pinheiro ou abeto, enfeitado e iluminado, especialmente nas casas particulares, na noite de Natal.
A tradição da Árvore de Natal tem raízes muito mais longínquas do que o próprio Natal.
Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de Natal. Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casa no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.
Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.
Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.
Árvore de Natal como hoje a conhecemos
A primeira referência a uma “Árvore de Natal” surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central, há notícias de árvores de Natal na Lituânia em 1510.
Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que após um passeio, pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de Natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento do Menino Jesus.
O costume começou a enraizar-se. Na Alemanha, as famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência). Isto permitiu que surgisse uma indústria de decorações de Natal, em que a Turíngia se especializou.
No início do século XVII, a Grã-Bretanha começou a importar da Alemanha a tradição da Árvore de Natal pelas mãos dos monarcas de Hannover. Contudo a tradição só se consolidou nas Ilhas Britânicas após a publicação pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal no castelo de Windsor, no Natal de 1846.
Esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA aquando da guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães. A tradição não se consolidou uniformemente dada a divergência de povos e culturas. Contudo, em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de Natal e a tradição mantém-se desde 1923.
Árvore de Natal em Portugal
Como o uso da árvore de Natal tem origem pagã, este predomina nos países nórdicos e no mundo anglo-saxónico. Nos países católicos, como Portugal, a tradição da árvore de Natal foi surgindo pouco a pouco ao lado dos já tradicionais presépios.
Contudo, em Portugal, a aceitação da Árvore de Natal é recente quando comparada com os restantes países. Assim, entre nós, o presépio foi durante muito tempo a única decoração de Natal.
Até aos anos 50, a Árvore de Natal era até algo mal visto nas cidades e nos campos era pura e simplesmente ignorada. Contudo, hoje em dia, a Árvore de Natal já faz parte da tradição natalícia portuguesa e já todos se renderam aos Pinheirinhos de Natal!
Não sei por onde vou,
José Régio - "Cantico Negro" - HD from Luis Gaspar on Vimeo.
CÂNTICO NEGRO
Autor: José Régio
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
Vítor Duarte Marceneiro
Canta: Bairros de Lisboa
Letra de Carlos Conde
Música: Fado Pajem de Alfredo Marceneiro
Desde há muitos, muitos anos os fadistas faziam palestras, tendo por motivo de inspiração, a nossa querida Lisboa,
Eram homens de carácter, com um só desejo, amar Lisboa, sem problemas de competitividade entre si, era como se todos fossem um só... Lisboa uma só...com os seus amantes unidos num só objectivo...amá-la e adulá-la escrevendo sobre ela.
Cada vez se recolhe mais provas, que Lisboa é bem a cidade mais cantada do mundo, já está para breve o que eu e muitos dos amantes de Lisboa, do Fado e da poesia em geral, ansiamos, colocar Lisboa no Guiness Book de Records.
3ª foto - lado esquerdo Miradouro Senhora do Monte
4ª foto - lado direito Alto de Santa Catarina
5ª foto - lado esquerdo Miradouro de Santa Luzia
6ª foto - lado direito Sé de Lisboa
7ª foto - lado esquerdo Menino ao colo
8ª foto - lado direito Lisboa vista do Castelo
9ª foto - lado direito Miradouro da Graça
10ª foto - lado direito Castelo de S. Jorge (vistas de parte da cidade)
11ª foto - lado direito o Castelo de S. Jorge
12ª foto - lado esquerdo Elevador de Santa Justa
13ª foto - lado direito Terreiro do Paço
Arminda Ribeiro da Silva, nasceu em Mondim de Basto, na freguesia de Campanhó, distrito de Vila Real a 26 de Fevereiro de 1949.
Com 10 anos de idade vem com os pais viver para Lisboa, na zona da Amadora.
Desde muito jovem que cantava, incentivada por seu pai que tocava concertina e que a acompanhava.
Corria o ano de 1967 e já com18 anos começa a cantar em festas canções, mas nesse mesmo ano é convidada para interpretar o tema da Marcha de Benfica arrematando o 1º lugar de interpretação.
Trabalhava num Estúdio Fotográfico e cantava como amadora.
Em 1978 foi com uns amigos ao Bairro Alto, estiveram no então “Mil e Um” do Manuel Saloio, cantou a pedido, agradou de tal forma, que logo foi contratada. Começa assim a carreira profissional de fadista e cançonetista, adoptando o nome artístico de Linda Mónica
Grava o seu primeiro disco para a Discossete, e para outras editoras.
Cantou na Rádio e na Televisão passou por várias casas de fado, Forcado, Transmontano, realçando-se o Solar da Hermínia onde esteve mais tempo, fazendo questão de realçar que ali conheceu e conviveu com Alfredo Marceneiro.
Fez várias digressões no estrangeiro, Itália, França, Espanha, mas em Londres acabou por ficar lá contratada durante 3 anos.
Há pouco tempo editou um CD só de canções.
Tem um filho que também é fadista e toca viola de acompanhamento, chama-se Miguel Pedro, aos 8 anos concorreu à Grande Noite de Fado e fica em primeiro lugar nos infantis, repete a proeza dez anos mais tarde, com sénior.
Tem Gravações a solo e tem um dueto com a mãe que gravaram em 1995 “Dois corações num só amor”
Com Alfredo Marceneiro