Quadro do Mestre Real Bordalo da Igreja de Nossa Senhora da Saúde
(1) Vista da Procissão da Senhora da Saúde em desfile na Rua da Madalena
(2) O andor com a imagem de Nossa Senhora da Saúde
HÁ FESTA NA MOURARIA
Canta Alfredo Marceneiro
Letra de António Amargo
Música de Alfredo Marceneiro
Imagem que representa o corpo de S. Vicente no barco, com os corvos a guardá-lo, conforme a lenda.
Os corvos fazem parte do logotipo da cidade de Lisboa
Egas Moniz Félix Trindade, nasceu no Barreiro, terra bem conhecida pelas suas lutas operárias, mas que também lá nasceram muitos artistas das variadas formas de arte.
Adoptou o nome artístico de Moniz Trindade, e foi um indiscutivelmente um grande cantor de Jazz, música e ligeira e Fado-canção, assim como, autor compositor.
Desde muito jovem que entra em grupos musicais, com jovens da sua geração de Setúbal e do Barreiro. Fundam a Banda Jazz “Os Penicheiros” na Colectividade Recreativa do Barreiro, onde se destaca para além de cantor, como tocador de viola e banjo
É convidado a integrar-se na Orquestra Royal, e nos anos seguintes actuando nos recintos nocturnos de Lisboa “as boites”, obtêm grande êxito, é muito solicitado pelos empresários pelo que decide profissionalizar-se.
Esteve como cantor principal no night-club Arcádia , durante largos meses.
Vem a conhecer o maestro Tavares Belo, fundador do prestigiado conjunto da época, o “Swing”, de quem se torna amigo, e este desafia-o para o seu conjunto “Swing” que na época estava a actuar no conceituado “Chave de Ouro”.
Os êxitos do Conjunto Swing, também lhe dão grande projecção, e é convidado a para o seu primeiro disco, em Espanha.
Concorre, e é contratado para o elenco Emissora Nacional, e é nesta situação de estabilidade profissional, que começa a cantar Fado-canção, que teve o agrado geral.
Cumpre vários contratos no estrangeiro, onde cimenta a sua popularidade , África, Brasil, na América Latina e também nos Estados Unidos.
Autor de um vasto reportório, tem a aptidão de cantar em várias línguas, o que também muito contribuiu para os êxitos internacionais
Nos anos sessenta foi eleito Rei da Rádio nas votações da revista “Plateia”.
Actuou várias vezes na Rádio Televisão Portuguesa.
Entre muitas das suas criações, ainda hoje são lembrados os temas, Mouraria e Alfama, O Chico de Alfama, Eh, Toiro!, Vizinha do Rés-do-Chão, Fadista Gingão, Pequena do Chafariz, O Chico de Alfama, etc.
Moniz Trindade
Canta Mouraria e Alfama
com versos de Luis Simão e música de sua autoria
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Grande apreciadora de Fado, cantou sempre como amadora, mas era bem "castiça".
Trabalhava na Central de Cervejas como secretária do Manuel Vinhas, graças à sua influência houve muitas iniciativas de Fado patrocinadas por esta companhia.
Frequentava as noites fadistas, sendo pessoa muito afável e de fino trato, o que lhe grangeou grande grupo de amigos e admiradores.
Começou a cantar na Taberna do Embuçado de João Ferreira Rosa. Lançou vários discos para a editora Alvorada.
"Cavalo Russo" de que foi a criadora, (de Paulo Vilar e Frederico Valério), assim como, "Os Teus Olhos" foram alguns dos seus maiores sucessos. Também gravou, o poema "Varandas" de David Mourão Ferreira.
O single "O Trote do Meu Cavalo", lançado em 1980, contou com a colaboração de José Cid e Maria Manuel Cid. A capa do disco é da autoria de Maluda.
José Cid grava, com Mercês da Cunha Rego, Florência e António M. da Silva, o "Fado Nossa Senhora de Nossa Senhora (Fado Cigano)".
A Movieplay lançou em 1998 a colecção "Fado do Fado" destinada a transpor para o cd muitos dos discos esquecidos. Um dos discos foi repartido por Teresa Siqueira e Mercês da Cunha Rego.
Mercês da Cunha Rego
Canta: Cavalo Ruço
Letra de Paulo Vidal
Música de Frederico Valério
Nasceu no Rio de Janeiro, a 7 de Abril de Abril, de 1956, filha da fadista Lina Lopes.
Desde muito pequena que acompanhou a mãe nas suas digressões por várias partes do mundo.
Vive na sua juventude em Angola - Luanda, Angola , em 1969 estreia-se como cantora na Discoteca Tamar.
Bonita e expedita e muito simpática logo dá nas vistas e é convidada por Carlos Quintas e António do Cabo para actuar no Teatro da Avenida, com a peça "Família até Certo Ponto" 1 .
Obteve grande êxito e assim começou a sua carreira no teatro de revista.
Conhece o Vasco Morgado Jr., na peça "Só as Borboletas São Livres" de quem tem um filho a quem deram o nome do pai e do avô.
Ainda em Angola participa em ‘O Processo de Jesus' e ‘Antígona', sendo sempre muito aplaudida e acarinhada pelo público.
Vem para Lisboa e estreia-se -se no Teatro Capitólio no dia 26 de Abril de 1974, com Laura Alves e Nicolau Breyner, na comédia "A menina Alice e o Inspector". Segue-se o teatro Maria Vitória, onde se estreia na sua primeira revista no dia 19 de Outubro de 1974.
Ainda em 1974 Vasco Morgado convida-a para integrar o elenco do musical ‘Godspell', no Villaret, onde ganha fama pela sua actuação.
Actuou numa dezenas de revistas, fez televisão, cantou, etc.
Vera Mónica é uma boa companheira pelo que é admirada não só pelo público como pelos colegas, é considerada por todos uma Actriz "Versátil"
Felizmente está de novo entre nós e a fazer o que mais gosta... FAZER TEATRO.
O Bailado das Folhas
Poema de Henrique Rego
Dito por Vítor Marceneiro
Música ao piano do Maestro Rui Serodio
" O BAILADO DAS FOLHAS "
Letra de: Henrique Rêgo
Foi numa pálida manhã de Outono
Soturna como a cela dum convento
Que num vetusto parque ao abandono
Dei largas ao meu louco pensamento
Cortava o espaço a lamina de frio
Que impunemente as nossas carnes corta
E o vento num constante desvario
Despia as árvores da folhagem morta
Folhas mirradas como pergaminhos
Soltas ao vento como os versos meus
Bailavam loucamente p´los caminhos
Como farrapos a dizer adeus
Das débeis folhas lamentei a sorte
Mas reflecti depois de estar sereno
Que bailar á mercê de quem é forte
É sempre a sina de quem é pequeno
Desde então, o meu pobre pensamento
Fugiu para não bailar ao abandono
Como a folhagem que bailava ao vento
Naquela pálida manhã de Outono
Natalino DuarteTeodósio, nasceu em Lisboa no Bairro de Campo d´Ourique, freguesia de Santa Isabel, no dia 11 de Fevereiro de 1935.
Começou desde muito jovem a cantar em festas nas colectividades.
Foi o grande vencedor do concurso "Primavera do Fado", em 1957, ano em que se estreou com profissional no Café Luso.
Actuou na Emissora Nacional e colaborou em três programas de televisão.
Actuou no estrangeiro, Canadá e Estados Unidos.
Natalino Duarte gravou cerca de 10 EP´s, tendo ao longo da sua carreira cerca de 20 Fados da sua criação.
Não foi um fadista que tenha passado por muitos recintos típicos,
se estreou como profissional, no Café Luso, actuou no "Pico do Areeiro", na "Parreirinha de Alfama" e mais tarde, quando o conheci, tinha sido contratado para o "Timpanas" ao lado de Maria Valejo e Filipe Duarte.
Nos anos setenta foi convidado para gerente artístico do "Páteo Alfacinha", onde teve mais visibilidade, pelas suas actuações que eram muitas vezes gravadas pela RTP, que ali frequentemente gravava programas de Fado.
Natalino Duarte manteve-se no "Páteo Alfacinha" até à sua reforma.
Entre os discos que gravou, houve dois EP´s, para a Rapsódia. um em dueto com Isabel de Oliveira, e outro a solo, com os temas: Morena Lá do Canto, Oiça Lá óh Senhor Vinho, Saudoso Fado e Não me quis, foi acompanhado pelas guitarras de Manuel Mendes e António Parreira, e com as violas de Raul Silva e Carlos Duarte.
Infelizmente já não está connosco.