Nasceu na pacata aldeia de Marrazes, distrito de Leiria a 26 de Dezembro de 1956.
Desde muito miúdo que se lembra de ouvir ao colo da mãe e da avó, o Programa de Rádio da Emissora Nacional - Serão Para Trabalhadores, e destes serões ficou-lhe o gosto pelo Fado.
Ao 10 anos de idade por motivos da vida profissional do pai, vieram morar para o Distrito de Lisboa, primeiramente para Alverca e mais tarde em Sacavém.
É com o pai que era um poeta popular, que sente a motivação de começar a rimar versos em quadras, aliado ao gosto pela leitura, também motivado pelo pai, que para a época detinha uma notável biblioteca pessoal muito diversificada, com obras de Guerra Junqueiro,, Lopes Vieira, Camões Florbela Espanca, entre outros, mas gaba-se, de ter lido toda a obra de Bocage, que o deliciou.
Aos 15 anos escreve um soneto dedicado ao Rei D. Dinis, para apresentar nos jogos florais organizados pela Junta de Freguesia de Sacavém, em conjunto com as colectividades da zona, foi elogiado , o que lhe deu ânimo para continuar a escrever.
Joaquim Nogueira Marques, recorda que a primeira vez que ouviu cantar Fado ao vivo, foi no mítico retiro “A Toca do Patrício”, onde começa a descobrir as também músicas populares, o Menor, o Corrido e o Mouraria, seguindo-se as composições dos estilistas, Joaquim Campos, Armandinho, mas desde logo ficou fan das músicas de Marceneiro, em que destaca o Fado Cravo, começa a ter a noção da narração, da métrica, do ritmo e do estilo que cada fadista imprime ao cantar Fado.
Licenciou-se em Filosofia, por gosto e vocação, o que o leva a afirmar que, muitos dos seus traços adquiridos de personalidade, daí advêm, e que a Filosofia lhe ensinou: Análise, distância da realidade, procura de objectividade. Exerce a profissão de professor de Filosofia.
Com pouco mais de 20, escreve os seus primeiros poemas para Fado, para o fadista Luís Rocha.
Editou 2 obras de poesia na Colibri:
“Como o Voo da Garça” em 2002 e “Do Nosso Amor” em 2006.
Em 2011 é com dois temas que escreve para a Fadista Margarida Soeiro para um Cd que a fadista grava na altura, que vê pela primeira vez o seu trabalho editado, a que se seguiram muito mais poemas que a fadista tem cantado.
Começa a cimentar mais os seu conhecimento do “Mundo do Fado” ao conviver com muitos mais fadistas, muitos deles, hoje seus amigos pessoais que também vão cantando os seu poemas, a Maria do Ceo, Maria Emília Sobral, Vítor Duarte Marceneiro, Margarida Arcanjo, Luís Rocha, Carmen Santos, Francisco Rei, Ana Sofia e Gustavo.
Desde o ano de 2012, por solicitação de diversa Escolas e Autarquias, que vem realizando palestras sobre o Fado, que intitulou de “Oficina de História e Poesia de Fado”.
Em 2016 estreou-se no musical “ A Chinela da Severa” em que foi o autor do guião.
Ainda em 2016, decide editar um Cd com 14 poemas de sua autoria, com o título genérico:
PALAVRAS QUE CANTO EU
Deram o seu contributo cantando, os fadistas
Ana Sofia, Carmen Santos, Francisco Rei, Gustavo, Luís Rocha, Margarida Arcanjo, Margarida Soeiro, Maria do Ceo, Maria Emília Sobral, Vítor Duarte Marceneiro, acompanhados na Guitarra Portuguesa por Luís Petisca
Sobre este Cd, esclarece que é um trabalho que tem uma razão de vida, uma intenção estética e artística que quis publicar, como um legado, um testemunho, é este o Fado de que gosta, e quer preservar, o Fado que tem um registo clássico ao nível instrumental, da composição e das vozes.
Nota:
Joaquim Nogueira Marques faz o favor de ser meu amigo que eu retribuo com muita amizade e consideração. Tenho vários poemas de sua autoria que me dedicou, um deles que cantei no CD "Palavras QUE Canto EU", assim como poemas homenageando meu avô, destaco este, que aqui publico " Uma goiva, um trinado"
Vítor Duarte Marceneiro
Uma goiva, um trinado
Na madeira , fica breve o afago
da minha arte antiga que aprendi
Da alma vem-me o canto que eu trago
pela graça de Deus com que nasci.
No meu cantar ora rouco ora macio
há Saudade , há Amor , Lisboa e Fado
entalhe que um bairro faz no rio
com a goiva defino um trinado
Minha voz com a noite sai ao mundo
minha voz da madrugada é vizinha
a plaina dá-lhe o veio, dá-lhe o fundo
melodia em volteio de andorinha
O choro da guitarra anda disperso
dorido desenhando um coração
Há verniz no brilho de um verso
há palavras que são escritas a formão
Quem meu nome chama e me conhece
é gente amiga, é povo, somos nós:
- Marceneiro ! Um nome que floresce
a que respondem minhas mãos e minha voz
Joaquim Nogueira Marques
Fui à Feira da Ladra com o meu pai...
Tinha eu uns seis anos de idade, quando num Sábado o meu pai Alfredo Duarte Jr., me foi buscar a casa dos meus avós para me levar a conhecer a Feira da Ladra. Nessa época meu pai já tinha abraçado a profissão de "Artista de Variedades – Fadista", mas estava no início, o que ainda não lhe dava estabilidade económica. Com o falecimento precoce de minha mãe, passei a viver com os meus avós, na Rua da Páscoa, a Santa Isabel – Campo de Ourique.
Fomos a pé até ao Largo do Rato, descemos a Rua de S. Bento e, quando íamos a meio da Av.ª D. Carlos I, comecei a chorar porque me doíam muito os pés; tinha calçado nessa altura umas botas de carneira com sola de pneu, boas para jogar à bola, mas para caminhadas pareciam ser feitas de chumbo. Meu pai ficou um pouco arreliado, pois estava a fazer planos para irmos até ao Campo de Santa Clara a pé, e logo me disse:
– Lá vamos ter que gastar catorze tostões em dois bilhetes de eléctrico para a Graça.
Carro Eléctrico aberto anos 50
Chegámos a Santos e apanhámos o eléctrico, tal como o da foto acima (eléctrico aberto). Lembro-me que enjoei um pouco, pois o meu pai disse-me:
– Eh pá, estás amarelo, não vomites no carro – e passou-me para o topo do banco, onde era totalmente aberto, agarrando-me o braço com força para eu não cair.
Lá chegámos e entrámos para o recinto, pelo lado da Rua da Voz do Operário.
Foto do ambiente da Feira da Ladra, anos 50
Aquilo era um mundo fantástico para mim (tantas coisa giras); algumas eu nem sabia para que serviam, mas meu pai era frequentador e já ia com a ideia fixa do que queria comprar: uma grafonola! Fomos ao poiso do homem que ele sabia ter uma para vender, embora avariada. Na semana anterior já tinha tentado negociar um bom preço, mas não conseguiu. Com a minha presença (talvez para puxar ao sentimento) e batendo no argumento de que a corda estava partida e talvez nunca fosse possível reparar, lá a comprámos por 20$00, incluindo uma caixa de agulhas e um disco de massa da "Voz do Dono" com dois temas de Maria Alice (que mais tarde veio a ser mulher de Valentim de Carvalho).
Tentámos, nos vários comerciantes, arranjar um disco do meu avô para lhe fazer a surpresa, mas em vão; os discos de "Marceneiro" ainda eram preciosidades, raras de mais para aparecerem por ali.
Com o meu pai a transportar a grafonola, que depois de fechada parecia uma mala e tinha uma pega, começámos a descer em direcção à Av.ª 24 de Julho, para nos irmos embora. Ao passarmos junto ao gradeamento que dá para o Hospital da Marinha, havia um homem a vender calçado usado, mas com bom aspecto e muito bem engraxado. Os meus olhos fixaram logo uma botas de cano alto (à cow-boy). Pedi ao meu pai para ir ver se eram da minha medida, calcei-as e recordo que estavam um pouco compridas. Mas o homem disse logo que era a minha medida e que tinham solas novas, estavam muito baratas, só 15$00. Ó paizinho, compre, para eu levar para a escola (eu entrava em Outubro desse ano de 1952 para a 1ª Classe, nas Oficinas de S. José, aos Prazeres).
– São caras e o pai só tem... – e levou a mão ao bolso, mostrando 8$60.
O homem, com a sua lábia de vendedor, disse-lhe:
– Estas botas, por 15$00, são um pechincha... Mas como o miúdo está aí tão triste, dê cá isso e leve lá as botas.
Mesmo antes que meu pai dissesse algo, embrulhou-as em papel de jornal, atou-as com uma guita, à volta. Eu agarrei-as logo, pois o meu pai, carregado com a grafonola, ainda podia dizer que não, o que não aconteceu. Lá deu o dinheiro ao homem e – meu Deus, como hoje recordo (sem pieguices ,mas com uma lágrima no olho) – que alegria!
Começámos a descer para a 24 de Julho, quando o meu pai se volta para mim e a rir diz:
– O menino Vitó levou a sua avante, mas esqueceu-se de uma coisa: o pai não tem mais dinheiro e agora temos que ir para casa a pé; e olha que não te posso ajudar porque a grafonola ainda é pesada.
– Ó paizinho, não há problema; eu aguento.
– Sempre quero ver isso – retorquiu ele.
Chegámos ao Cais do Sodré e eu derreado, já não conseguia dar mais um passo. Meu pai, a quem também já doía o braço de carregar a grafonola, poisou-a no chão, junto a uma parede, sentou-me em cima dela, disse-me que não saísse dali porque ia ao bar da gare dos comboios, ver se estava lá alguém conhecido.
Fiquei ali e, passados uns minutos, o meu pai aparece com uma sandes de torresmos e um pirolito. Fiquei deliciado, porque já havia um bom bocado que tinha fome e sede, mas não tinha dito nada para não complicar ainda mais a situação. Então, ele disse-me:
– Bem, espero que tenhas aprendido a lição; mas como o pai ainda descobriu aqui no fundo do bolso uns trocos, que deram para as sandes e ainda nos sobrou 2$00, assim podemos ir de eléctrico até ao Rato.
Calculem o alívio e alegria quando ouvi esta novidade, e lá fomos os dois a rir às gargalhadas para a paragem do eléctrico.
Foi um dia em cheio (que saudades, pai)...
Mal chegámos a casa, o meu avô começou logo meter-se com o meu pai, em ar de troça:
– Uma grafonola... e avariada!
– Deixe estar, que eu e o Vitó arranjamos isto – dizia o meu pai.
Claro que eu não percebia nada daquelas coisas, mas recordo ter ficado todo orgulhoso com o comentário. No futuro viria a ter esse jeito para as máquinas e ferramentas, mas meu pai era um grande “engenhocas”, lá em casa arranjava tudo.
Limpámos muito bem a caixa, que estava um pouco mal tratada, e meu pai desmontou o engenho de corda. Lembro-me que era parecido com a corda dos relógios de sala e – vejam a nossa sorte – a corda não estava partida, tinha-se solto o engate da ponta, que prendia ao sistema de fixação do enrolamento. O meu pai todo contente só dizia:
– Eu sabia, eu sabia!
Após a montagem, com a família toda à volta do engenho posto em cima da mesa de jantar, o meu pai dá à corda, destrava a pequena alavanca e o prato começa a rodar. Foi uma proeza saudada com grande algazarra e alegria. Logo o meu avô deu o dito por não dito:
– Já podemos tentar arranjar uns discos meus.
Entretanto, meu pai monta uma agulha, dá à corda (avisa-nos que não se deve rodar até prender, pois pode partir a corda ou voltar a soltar-se o engate) e põe o disco da Maria Alice. Foi, decerto, o primeiro disco que ouvi na minha vida, de tal forma que ainda hoje me lembro do fado na totalidade:
Acredita meu amor
Quando te vou visitar
Às grades dessa prisão
Sufocada pela dor
De te ver assim penar
Estala meu coração
Por mim mataste um rival
És agora condenado
Ao degredo por castigo
Mas juro por amor fatal
Não vai meu corpo a teu lado
Mas vai minha alma contigo
Depois, tomámos o gosto à grafonola e o primeiro disco do meu avô que arranjámos foi da “ODEON”, com os temas, "Amor de Mãe" e "Os Olhos". Como sabem, as grafonolas não tinham uma velocidade constante, e então o meu avô, quando se ouvia, exclamava:
– Então não é que até parece que tenho voz de mulher!!
Disco de Grafonola 78 r.p.m
Mas voltemos às botas. Conforme tinha sido combinado, eram para estrear no primeiro dia de aulas, e assim foi, penso que a 6 ou 7 de Outubro. Nesse dia chovia torrencialmente, as botas vinham mesmo a calhar.
Ao fim do dia cheguei a casa desolado e com os pés todos molhados, pois as solas estavam todas desfeitas: eram de cartão colado sobre a sola inicial já gasta, muito bem pintadas, com anilina preta e graxa, o que lhes dava aquele aspecto consistente e novo! Fartei-me de chorar com o desgosto, mas mais tarde até rimos, porque nos lembrámos de como fora o negócio e, afinal, os enganados fomos nós. Pediu-se orçamento ao sapateiro, mas a minha avó disse logo que não se podia agora estar com aquela despesa, as solas e a mão-de-obra custavam quase 30$00 (o meu avô, naquela altura, ganhava 50$00 por noite e o meu pai, quando arranjava para cantar, não ganhava mais do que 20$00 a 25$00 por noite).
Ora, a solução acabou por ser uma alegria e um orgulho para todos nós, isto porque o meu bisavô (pai do meu avô Alfredo) era sapateiro e o meu avô, nos intervalos da escola, até o pai morrer, foi aprendendo o oficio e dando uma ajuda no trabalho. Como o meu avô era habilidoso, desembaraçava-se bem; comprou num armazém, em S. Paulo, um bocado de sola que lhe custou 6$00 ou 8$00 e, como tinha as ferramentas da arte de sapateiro que tinham sido do pai – as formas, sovelas etc. – foi ele próprio que me colocou as solas nas botas, botas que usei enquanto me serviram. Creio que ainda acabaram por levar umas solas de borracha.
Desculpem estes desabafos/recordações dos meus Fados!
Vítor Duarte Marceneiro
Capa do EP - Discos Estúdio
Alfredo Marceneiro & Vítor Duarte
Cantam Duetos: Lucinda Camareira e O Camponês e o Pescador
Em 1972 já depois de ter gravado a solo e em dueto para a etiqueta Estúdio – Emílio Mateus, sou convidado para gravar um EP para a etiqueta Parlophone- Valentim de Carvalho, sendo-me dada a honra de ser acompanhado por José Nunes à guitarra, e Francisco Peres (Paquito) à viola.
Os temas foram escolhidos por mim, e é quando o saudoso Artur Ribeiro, me escreve um Fado original, como já tive oportunidade de aqui referir, “Mais Um Entre Tantos”, escolhi ainda, do repertório de meu avô, “Vestido Azul” poema de Henrique Rego, e também “Não Me Queres, Não Admira”, de Frederico de Brito, que lhe pedi directamente não só autorização, como os versos que eu não tinha, pois só conhecia o mote, que julgo já tinha sido cantado e talvez gravado por outro artista, o que na realidade desconheço, e finalmente “Sangue de Heróis” do meu saudoso Carlos Conde, que deu o título ao disco, e que escreveu o prefácio na contra-capa.
Texto da contra-capa:
Ao longo dos séculos, a terra portuguesa tem sido cenário de lutas intemeratas, de glórias, de amores e de mágoas.
Mas nas lutas. como nos amores, nas mágoas como nas glórias, souberam os portugueses cunhar um destino. E a sua maneira de ser e de viver fez uma Pátria, uma Raça, um Povo e, mais do que tudo isto: uma Alma.
E se a canção é, por vezes, a Pátria, ela está, também, em versos, nas vozes que os cantam, na intenção que os sugere, na saudade que corta todos os silêncios e chora todas as angústias.
O disco foi censurado, na face B, pelo então Director de Programas da Emissora Nacional.
Caro Vítor Duarte,
Em resposta ao seu pedido enviamos 4 imagens digitalizadas do EP Parlophone 8E 016-40236 [cota EN: A-382] — três das quais testemunham os procedimentos de censura por si mencionados.
Na imagem da contracapa é legível a seguinte inscrição: “Proibidas – Exmo. DSP – 12/12/72”. A sigla “DSP” correspondia, na Emissora Nacional a “Director dos Serviços de Programas”. Também o disco apresenta marcas feitas com lápis de cera amarelo com o objectivo de impedir a sua reprodução.
Cedemos estas imagens exclusivamente para a utilização declarada – utilização no blogue Lisboa no Guiness. A proveniência das imagens deve ser tornada explícita com a seguinte menção: “Rádio e Televisão de Portugal - Arquivo da Rádio”.
Ficamos ao seu inteiro dispor para qualquer esclarecimento adicional,
Com os melhores cumprimentos,
Eduardo Leite
Chefe de Departamento
Rádio e Televisão de Portugal
Arquivo da Rádio
Na face B, estão os temas, "Não me queres não admira" e Mais Um Entre Tantos
Vítor Duarte canta:
Não me queres, não admira
Letra de Frederico de Brito
Musica Fado Marcha de Alfredo Correeiro
Vítor Duarte canta:
Mais um Entre Tantos
Letra de Artur Ribeiro
Musica Fado Alexandrino Laranjeira de Alfredo Marceneiro
Mas a censura, não ficou por aqui, Armando Marques Ferreira, que na altura tinha um programa na Rádio Renascença, anulou uma entrevista, que tinha marcada comigo, dizendo-me, que após ouvir o disco, não dava cobertura a simpatizantes da guerra do ultramar, (!) .
O certo é que o disco nunca passou nas rádios.
A face "B" já se viu porquê. A face "A" por causa do tema "Sangue de Heróis", de Carlos Conde.
Houve também alguns amigos meus, que embora sabendo bem quais as minha convicções (e, em que águas eu navegava, desde os tempos de estudante) que me chamaram reaccionário, e mesmo explicando-lhes que o poema era do poeta talvez mais censurado de Fado, por ser anti-regime, o tema fala de patriotismo, que nos anos trinta, altura em que Hitler já estava no poder na Alemanha, e era do conhecimento geral, que queria dominar toda a África, e as colónias portuguesas na altura, eram por ele cobiçadas, qualquer português digno desse nome, se indignava, mas pasme-se, até nessa altura a censura, proibiu que a letra fosse cantada, porque era uma provocação!
Dois anos depois veio o 25 de Abril, e alguns desses que se desagradaram com o tema do Fado...... que me chamaram reaccionários, encontrei-os do outro lado ...... não digo mais.
Ainda hoje tenho todo o orgulho como português, do conceito do Fado, e aqui realço os seus versos finais,
Diz ao mundo, grita aos sóis
Enche os céus da nossa glória
Num clarão vasto e profundo
Que só com sangue de heróis
Portugal ergueu história
Nas cinco parte do mundo
Vítor Duarte canta:
Sangue de Heróis
Letra de Carlos Conde
Musica Fado Cravo de Alfredo Marceneiro
Nota: Esta página foi publicada pela primeira vez em 27 de Janeiro de 2008