Foto da minha juventude ao meu lado esquerdo o Zézinho e ao meu lado direito o Fernandinho eu era o Vitó
Fados do meu Fado
Meu avô conheceu a minha avó no Bairro de Alcântara
Meu pai conheceu a minha mãe no Bairro de Alcântara, pois minha mãe era natural de Alcântara
Meus pais casaram no Bairro de Alcântara na Igreja de S. Pedro de Alcântara
Eu nasci no Bairro de Alcântara, na Rua Possidónio da Silva, mais conhecida pela Fonte Santa, fui baptizado na Igreja de S. Pedro de Alcântara.
Fui criado pela nminha avò Maria e vivi na Rua Vieira da Silva em Alcantara, foram meus amigos e trataram-me como seu eu fosse da família a "Familia Matos, O José Matos a sua mulher a D.ª Herminia e os filos o Manuel e a Olivia
Fiz o Curso Industrial na Escola Marquês de Pombal em Alcântara.
O meu primeiro emprego aos 17 anos foi na General Motors Lisboan, ficava na Rua da Cozinha Económica, em Alcântara.
Actualmente vivo no Cadaval, mas, sempre com saudades da minha Lisboa e da minha freguesia, gostaria, tal como meu avô idealizou, o poeta escreveu e a DIVINA PROVIDÊNCIA, lhe concedeu.
QUE DEUS ME DÊ A GRAÇA, A ALEGRIA
NESTA VIDA TÃO CHEÍNHA DE DESGOSTOS
A IR MORRER NA MINHA FREGUESIA.... ALCÂNTARA
EU AMO LISBOA
Poema dito por Luís Gaspar
O MEU BAIRRO... ALCÂNTARA
Alcântara é uma freguesia portuguesa do concelho de Lisboa, o seu nome deriva do árabe al-qantara, que significa "ponte", assim se chamava a ponte que atravessava a ribeira nessa área, que acabou por se chamar ribeira de Alcântara.
Alcântara era, no início do séc. XX, um dos principais bairros republicanos que conspirava contra a monarquia e onde se planeavam formas de instaurar uma república. Após a Proclamação da República Portuguesa, em 1910, as greves sucederam-se umas às outras devido a grandes conflitos sociais. Alcântara, já durante a ditadura salazarista, continuava a albergar grupos revolucionários, reprimidos pelo Regime.
Durante o séc. XX muita coisa mudou em Alcântara, que muito influenciou o futuro da freguesia, destacam-se a arborização do Parque Florestal de Monsanto (1937); a construção do Bairro do Alvito (1936 - 1937), da Estação Marítima de Alcântara (1943), da Avenida de Ceuta (1944 - 1951) e do Pavilhão da FIL (1957); a inauguração do Estádio da Tapadinha (1945), entre outros.
A Igreja de São Pedro em Alcântara, situa-se na freguesia de Alcântara, no concelho de Lisboa, na Calçada da Tapada.
Esta igreja paroquial, foi erigida em 1782, tem traços semelhantes á Basílica da Estrela, embora de dimensões mais reduzidas.
São Pedro de Alcântara, de nome verdadeiro Juan de Garabito y Vilela de Sanabria (Alcántara, Extremadura, 1499 — Arenas de San Pedro, Castela e Leão, 18 de Outubro de 1562) foi um frade franciscano espanhol.
Nasceu no seio de uma família nobre. Estudou Direito na Universidade de Salamanca, mas abandonou os estudos e tomou uma vida religiosa em 1515 no convento de São Francisco de los Majarretes, perto de Valência de Alcântara, onde toma o nome de frade Pedro de Alcântara.
Viajou até Portugal para reformar uma das Províncias Franciscanas da altura. Estabeleceu-se na Serra da Arrábida, no século XVI, sendo bastante apreciado pelo rei D. João III. Fundou uma série de mosteiros para os chamados Arrábidos (ou Capuchos, noutras zonas do país). Escreveu toda a regra da comunidade em Azeitão. Mais tarde os Arrábidos foram colocados no Convento de Mafra por D. João V. Acabaram por ser expulsos quando da implantação do Liberalismo e foram reintegrados na Ordem Franciscana.
Escreveu o "Tratado da Oração e Meditação".
Foi beatificado pelo papa Gregório XV em 1622 e canonizado por Clemente IX em 1669.
A aparição de João Capistrano a Pedro de Alcântara. Luca Giordano
Nasceu em Alijo, Alto Douro em 19 de Novembro de 1926., Faleceu a 10 de Outubro de 2018.
Aos 10 anos foi viver com os seus pais para o Porto, onde aprendeu de imediato a tocar bandolim. Entretanto trabalhou como aprendiz de alfaiate. Seu pai tocava guitarra com os amigos e pouco depois também quis fazer o mesmo com a ajuda dum vizinho que também tocava bandolim. Aos 13 anos tocava viola e pouco depois fundou com José Fonseca (violino) e Abílio Nunes (bandolim) um terceto de baile. Mais tarde este agrupamento transformou-se em sexteto com a entrada no grupo de um acordeonista, de um baterista e dum saxofonista. Era já maior de idade quando esta orquestra acabou. Em 1952 actuou com o guitarrista Marcírio Ferreira e a cantadeira Elisa Silva no Palácio de Cristal do Porto. Em 1953 tocou com o guitarrista Samuel Paixão no Dancing Palladium. Entretanto, estabeleceu-se como alfaiate em Padrão da Légua, Porto. Vivia ali um barbeiro, Álvaro Martins, que tocava guitarra portuguesa e que o influenciou na entrada para o Fado. Em 1957 actuaram no Tamariz do Porto. Convidados por Moniz Trindade, inaugurou em Janeiro de 1958 o Café Pam-Pam, que se situava junto à Praça do Chile. Quando o estabelecimento encerrou as suas portas, Álvaro Martins regressou ao Porto, e Nóbrega passou a acompanhar Jorge Fontes. Foi tocar para a Nau Catrineta, estabelecendo-se outra vez como alfaiate, agora no Largo da Misericórdia. Por falta de tempo e cada vez mais solicitado para o Fado, desistiu de vez da profissão de alfaiate. Foi tocar viola para o Folclore da Rua Nova da Trindade e entretanto quis aperfeiçoar-se, recebendo lições de Duarte Costa. Em Fevereiro de 1968 colaborou activamente na realização do Mês de Portugal promovido em Copenhaga pelo Centro de Turismo de Portugal, tendo actuado no Festival Português realizado no Restaurante Lorry. Actuou na Tágide, acompanhando a fadista Helena Tavares, na Nau Catrineta com Jorge Fontes acompanhou Moniz Trindade (1958 e 1959), e passou por todas as casas de Fado de Lisboa. Desde 2000 que faz parte do elenco do Restaurante Severa. Na sua vida profissional acompanhou grandes figuras do Fado como, Carlos do Carmo com quem está há 38 anos, Elisa Silva (1952) António Pires, Arminda da Conceição, Américo Lima, Carlos Figueiredo, Cidália Moreira, Fernando Forte, Ada de Castro, Alberto Costa, Alice Maya, Alice Maria, António Mourão, Amália Rodrigues, Berta Cardoso, Cândida Ramos, Carlos Barra, Celeste Rodrigues, Deolinda Rodrigues, Edith Guerra, Elsa Coimbra, Augusta Ermida, Jorge Fernando, Eduarda Maria, Fernando Manuel, Filipe Duarte, Florência, Flora Pereira, Francisco Martinho, Helena Lima, Flaviano Ramos, Helena Santos, Hermano da Câmara, Isaura Alice de Carvalho, Jaime dos Santos, Marcírio Ferreira (1952), António Chainho (1968), Raul Nery, José Fontes Rocha, Jorge Fontes, Carlos Gonçalves (1963), António Parreira, José Luís Nobre Costa, Samuel Paixão (1953), Joaquim Cordeiro (1959), Jorge Martinho, José Amaro, Julieta Santos, Laurita Duarte, Lena, Lídia Ribeiro, Lucília do Carmo, Manuel Dias, Maria Amélia "Miúda da Mouraria", Maria do Céu Crispim, Rodrigo, Alfredo Marceneiro, Hélder António, João Queirós, Maria Albertina, Maria da Fé, Maria José Villar, Tucha Mascarenhas, Isaura Alice de Carvalho, Madalena Ferraz, João Braga, Maria do Rosário, Mário Rui, Miguel Silva, Nazaré Ferrer, Maria Amélia Proença e muitos outros. A 20 de Novembro de 1965 actuou na Voz do Operário. Em 2005 a Casa da Imprensa atribuiu-lhe o Prémio Carreira e a Fundação Amália Rodrigues concedeu-lhe o prémio Viola do Fado.
in: Programa I Grande Gala dos Prémios Amália Rodrigues
Permitam-me acrescentar algo mais, sobre o que atrás está descrito sobre José Maria Nóbrega.
Desde muito jovem que tive o privilégio de conviver com o José Maria Nóbrega., sou amigo do filho Pedro Nóbrega que também toca viola e viola baixo, assim como da família mais chegada.
Recordo ainda quando ele e o António Chainho, eram os músicos privativos no "Folclore" (ficava ao lado da Cervejaria Trindade), espaço este, que estava vocacionado para o turismo, e como acabavam mais cedo (perto da meia-noite) que os restantes recintos, o Nóbrega e o Chainho iam até ao Faia acabar a noite. Era no tempo em que o meu avô ainda parava no Faia.
Quando saí do serviço militar, fui morar para a Amadora, onde o José Maria Nóbrega também habitava, ficámos vizinhos e o contacto era praticamente diário.
Em 1970 gravei o meu primeiro disco (EP) para e etiqueta "Estúdio", e fui acompanhado pelo António Chainho e pelo José Maria Nóbrega.
Num recinto do qual eu era proprietário, passou a haver Fados às sextas-feiras à noite, e sempre que o Nóbrega estava livre, era ele que fazia parte da parelha de músicos, assim como em algumas festas e espectáculos de que fiz parte.
Esta amizade e convivência quase diária, durou até à minha saída da Amadora em 1995.
Embora só nos encontremos de tempos a tempos, é sempre efusivamente que nos abraçamos.
Foto em casa de um amigo em 1988. Por estar a segurar numa viola, poder-se-á pensar que toco, mas não, é uma brincadeira, pois nas fadistagens em que entrámos, não faltava a boa disposição. A expressão do Nóbrega é disso testemunho.