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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Quarta-feira, 30 de Outubro de 2019

EU TENHO UM SONHO

EU AINDA QUERO SONHAR COM UM PAÍS DEMOCRÁTICO E PLURALISTA

cravo-aries.jpg

 

Martin Luther King, foi assassinado vai há mais de 50 anos,  por  ter tido a ousadia de SONHAR e LUTAR

 contra uma sociedade racista e intolerante, tiraram-lhe a vida, mas a sua mensagem perdura.

MESMO QUE ISSO LHE CUSTE A VIDA , SEMPRE QUE UM HOMEM SONHA, O MUNDO PULA E AVANÇA2019-10-30

 

  

 

 

 

Manuel Freire canta:

 

Pedra Filosofal

Poema de António Gedeão

Música de Manuel Freire

 

PEDRA FILOSOFAL

 

Eles não sabem que o sonho

É uma constante da vida

Tão concreta e definida

Como outra coisa qualquer

Como esta pedra cinzenta

Em que me sento e descanso

Como este ribeiro manso

Em serenos sobressaltos

Como estes pinheiros altos

Em que verde e oiro se agitam

Como estas aves que gritam

Em bebedeiras de azul

 

                                                                 Eles não sabem que o sonho

                                                                 É vinho, é espuma, é fermento

                                                                 Bichinho alacre e sedento

                                                                 De focinho pontiagudo

                                                                 Num perpétuo movimento

 

 

Eles não sabem que o sonho

É tela, é cor, é pincel

Base, fuste ou capitel

Arco em ogiva, vitral

Pináculo de catedral

Contraponto, sinfonia

Máscara grega, magia

Que é retorta de alquimista

Mapa do mundo distante

Rosa-dos-ventos, Infante

Caravela quinhentista

Que é Cabo da Boa Esperança

Ouro, canela, marfim

Florete de espadachim

Bastidor, passo de dança

Columbina e Arlequim

Passarola voadora

Pára-raios, locomotiva

Barco de proa festiva

Alto-forno, geradora

Cisão do átomo, radar

Ultra-som, televisão

Desembarque em foguetão

Na superfície lunar

 

                                                         Eles não sabem nem sonham

                                                         Que o sonho comanda a vida

                                                         Que sempre que um homem sonha

                                                         O mundo pula e avança

                                                         Como bola colorida

                                                         Entre as mãos de uma criança

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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Quarta-feira, 9 de Outubro de 2019

Artur Ribeiro Poeta

ARTUR RIBEIRO

Artur Ribeiro, Max e Alfredo Marceneiro

Artur Ribeiro nasceu no Porto em 1923, mas cedo vem para Lisboa e aqui fica radicado, sendo para mim o poeta que fez um dos poemas mais lindos sobre Lisboa, Lisboa , A Grande Marcha de Lisboa 1965 – Só Lisboa, Lisboa à meia-noite, Cachopa do Minho, A Rosinha dos Limões, A Fonte das Sete Bicas, Sete Saias, Nem às Paredes Confesso, Pauliteiros do Douro, Eu nasci Amanhã, O Meu Coração Parou, Adeus Mouraria, Lisboa à meia-noite, Fiz Leilão de Mim, Anda o fado Noutras Bocas, è Urgente que Venhas, Vielas de Alfama, etc. A sua parceria com Fernando Farinha e mais tarde com Max teve o condão de nos deliciar, e foi raro o artista que não tenha cantado  Fados da sua autoria.

Connheci o Artur Ribeiro,  convivi com ele desde muito jovem, meu pai e meu avô eram seus grandes amigos, era uma pessoa bastante afável e uma clarividência intelectual notável, aprendi muita coisa em escutá-lo, ficou-me a honra de ter gravado um poema seu que escreveu de propósito para mim,  a que deu o título “Ser Mais Um Entre Tantos” ao receber o poema logo me apercebi que tinha a ver comigo,  constatei que aquele grande Senhor durante aqueles anos em  que falava com este rapazinho de então, me levava a sério, e já homem escreve-me num Fado tudo aquilo que sentia por mim e pela minha maneira de ser.

Artur Ribeiro deixou de escrever poemas para nós em 1988.

O meu projecto “Lisboa A Cidade mais cantada do mundo” tem como poema eleito,  a Canção de Lisboa de sua autoria.

Fiz a apresentação de projecto à CML e espero vir a ter colaboração de toda a comunidade fadista para que seja feita a devida homenagem a este grande poeta que tanto amou Lisboa, para que lhe seja atribuída a titulo póstumo a Medalha da Cidade e uma rua da edilidade. (Sonhos...!?)

 

 Anda o Fado Noutras Bocas

 
Letra: Artur Ribeiro
 
Andei p'la Mouraria
Nas tascas do antigamente
Mas o fado estava ausente
Mudou de lá quem diria
E corri Lisboa inteira
Até encontrar o fado
Porém achei-o mudado
Cantado doutra maneira
 
Estribilho
 
Chorai fadistas chorai
Como dizia a cantiga
E se uma guitarra amiga
Trinar em tom magoado
Cantai fadistas cantai
Com vossas gargantas roucas
Que anda o fado noutras bocas
Que não são bocas p'ró fado
 
Agora de madrugada
Eu oiço por todo o lado
Noutras bocas outro fado
Que do fado não tem nada
E choro então o passado
Dos fadistas que morreram
Ouvindo alguns que nasceram
P'ra tudo menos p'ró fado
 

 

Beatriz da Conceição canta Canção de Lisboa de Artur Ribeiro

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música: Canção de Lisboa
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