MARIA ARGENTINA PINTO DOS SANTOS, nasceu em Lisboa, na Mouraria (freguesia do Socorro), a 6 de Fevereiro de 1926.
Desde 1950 que se mantém à frente do seu restaurante típico “A Parreirinha de Alfama”, também conhecida antigamente com (Cantinho da Amália), sendo considerada uma excelente cozinheira.
Argentina Santos só iniciou a sua carreira artística depois da abertura do seu restaurante, cantando com sucesso para os frequentadores da casa. De facto, graças à autenticidade das suas interpretações e a um estilo muito pessoal, logo se impôs como uma das mais dotadas e prometedoras fadistas da época, tornando-se desde então, muito apreciada como intérprete do fado clássico, na linha das cantadeiras afamadas do passado.
Pela Parreirinha de Alfama passaram as mais consagradas cantadeiras de fado, aliás as paredes estão decoradas com molduras com as fotos de todas elas. Homens só Marceneiro e Júlio Peres.
Os fados As Duas Santas (letra de Augusto Martins e música do Fado Franklin) e Juras (letra de Alberto Rodrigues e música de Joaquim Campos) foram, entre outros, grandes êxitos seus.
Gravou o seu primeiro disco em 1960 cantando conhecidas composições como Chafariz do Rei, Quadras (de António Botto), Naquela Noite, Em Janeiro, Amar Não é Pecado, Dito por Não Dito, Passeio Fadista, A Grandeza do Fado, Não Me Venhas Bater à Porta, Mágoas Com a Vida, Reza, Quadras Soltas e Os Meus Passos.
Tendo-se embora confinado às suas actuações na Parreirinha de Alfama e a uma ou outra intervenção em festas públicas e particulares, Argentina Santos não deixou, por isso, de se tornar conhecida e apreciada como cantadeira castiça.
Nas últimas décadas tem tido umas deslocações ao estrangeiro, onde também tem agradado.
Na 1º Gala dos *Prémios Amália Rodrigues, foi agraciada com o prémio carreira.
Em 2011 Argentina Santos, retira-se para a Casa do Artista.
Argentina Santos e Alfredo Marceneiro
Anúncio da "Parreirinha de Alfama" no Jornal a Voz de Portugal de Janeiro de 1959
em que se verifica que se apelidava também de (Cantinho da Amália)
Berta Cardoso, Alfredo Marceneiro, Lina Maria Alves (a fadista que há mais anos foi residente na Parreirinha) e o guitarrista Acácio Gomes
Caricatura de Argentina Santos da autoria
do Dr. Francisco Faria Pais
oferecida à Associação Cultural de Fado "O Patriarca do Fado"
Protegida por Direitos Autorais
Tereza Tarouca faleceu hoje 11 de Novembro de 2019 aos 77 anos de idade. Paz à sua Alma
Tereza de Jesus Pinto Coelho Telles da Silva, nasceu em Lisboa a 4 de Janeiro de 1942, oriunda de uma família ligada à música e grandes amantes de Fado. É bisneta dos Condes de Tarouca, prima afastada de Maria Teresa de Noronha e prima de Frei Hermano da Câmara.
O Salão dos Bombeiros de Oeiras, foi palco da estreia de Tereza Tarouca, em que cantou o fado tinha apenas 13 anos, afirma que teve influências de Amália Rodrigues e Maria Teresa de Noronha.
Gravou seu primeiro disco para a RCA em 1962.
Fez vários programas de televisão.
Cantou poemas e músicas de Fados clássicos de autores de nomeada, como D. António de Bragança, João de Noronha, Casimiro Ramos, João Ferreira-Rosa, Francisco Viana, Alfredo Marceneiro, D. Nuno de Lorena, Pedro Homem de Mello e Maria Manuel Cid.
Tereza Tarouca ganhou vários prémios nacionais e internacionais e actuou em muitos países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos e Brasil.
Em 1989 publicou um álbum emblemático da sua carreira: Tereza Tarouca Canta Pedro Homem de Mello.
Dos seus principais êxitos, destacam-se:
"Mouraria",
"Deixa Que Te Cante Um Fado",
"Fado",
"Dor e Sofrimento",
"Passeio à Mouraria",
"Saudade,
"Silêncio e Sombra",
"Não Sou Fadista de Raça",
"Meu Bergantim",
"Zé Sapateiro".
Tereza Tarouca canta: Cai Chuva no Céu Cinzento
Festival da RTP - 1993