AO PUBLICAR HOJE ESTA PÁGINA, VÉSPERA DO DIA DE
SANTO ANTÓNIO
ESTE BLOGUE ATINGIU MEIO MILHÃO DE VISITANTES
VIVA LISBOA...A CIDADE MAIS CANTADA DO MUNDO
Santo António, que na realidade se chamava Fernando, era filho de Martim de Bulhões e Maria Teresa Taveira Azevedo,(*) nasceu em Lisboa entre 1191 / 1195, mas os historiadores calculam com alguma certeza que teria sido a 15 de Agosto de 1195, numa casa próxima da Sé de Lisboa, no local que se julga ser onde posteriormente se ergueu a Igreja de Santo António.
Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje a Sé de Lisboa), ingressando mais tarde, por volta de 1210 ou 1211, como noviço, na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, guiado pela mão do então prior D. Estêvão.
Esteve em São Vicente de Fora durante três anos, mas cerca dos 19 anos deu entrada no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, um importante centro de cultura medieval e eclesiástica da Europa, na época, onde realizou os estudos em Direito Canónico, Filosofia e Teologia.
Em 1220 Santo António, decide-se pela evangelização, sai da Regra de Santo Agostinho, e ingressa na Ordem de São Francisco, recolhendo-se no Eremitério dos Olivais de Coimbra e é nest altura que muda o seu nome para António.
Ainda em 1220 parte para Marrocos em acção de evangelização, mas é acometido por grave doença, pelo que é repatriado. No regresso, por via marítima uma forte tempestade arrastou o barco para as costas da Sicília. Fixa-se em Itália, e é assim, e neste país, que Santo António se notabiliza como teólogo e grande pregador.
Em 1222, em Forlì, discursou/pregou para os religiosos Franciscanos e Dominicanos de forma tão fluente e admirável que o Provincial da Ordem o destinou de imediato à evangelização e difusão da doutrina.
Fixou-se então em Bolonha onde se dedicou ao ensino da Teologia e à pregação, nomeadamente contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses, o que lhe valeu o título de ‘incansável martelo dos hereges’.
Seguiu depois para França em 1225, com o objectivo de pregar contra os Albigenses, sendo pregador em Toulouse. Na mesma época foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e teria à sua guarda igualmente a Província de Limoges, por escolha dos frades da Província. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas seguidamente foi escolhido para Provincial da Romanha.
Em 1231, e após contactos com o papa Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a quaresma desse ano marcada por uma série de sermões da sua autoria.
Faleceu a 13 de Junho de 1231 no Oratório de Arcela. Os seus restos mortais repousam na Basílica de Pádua, construída em sua memória.
Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em Itália, em 30 de Maio de 1232.
Foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII, em 1946, que o considera «exímio teólogo e insigne mestre em matérias de ascética e mística».
Portugal
Em Portugal, Santo António é muito venerado na cidade de Lisboa e o seu dia, 13 de Junho, é feriado municipal.
As festas em honra de Santo António começam logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza as marchas populares, grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade , no qual competem os diferentes bairros.
Santo António é o santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho. São conhecidos por “noivos de Santo António”, recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família.
(*) Olá Vítor Marceneiro,
Fernando Ferreira, deixou um comentário ao post Santo António de Lisboa - Amália canta marcha de 1950 às 21:41, 2010-06-13.
Caso pretenda responder a este comentário, poderá fazê-lo, usando este link.
Comentário:
Eu acrescento que os Pais de Santo António eram de Castelo de Paiva, onde tinham uma casa e quinta, chamada Quinta de Gondim.A casa com capela está hoje em ruínas e pertenceu ultimamente ao Conde de Castelo de Paiva
Cá vai a marcha mais o meu par
Se o não trouxesse quem o havia de aturar
Não me digas sim, não me digas não
Negócios de amor, são sempre o que são
Já não há praça dos bailaricos
Tronos de luz, num altar de manjericos
Mas sem a Praça que foi da Figueira
A gente cá vai, quer queira ou não queira
Ó noite de Santo António
Ó Lisboa de encantar
De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar
Enquanto os bairros cantarem
Enquanto houver arraias
Enquanto houver Santo António
Lisboa não morre mais
Lisboa é sempre namoradeira
Tantos derriços, que até já fazem fileira
Não me digas sim, não me digas não
Amar é destino, cantar é condão
Uma cantiga, uma aguarela
Um cravo aberto, debruçado da janela
Lisboa linda, do meu bairro antigo
Dá-me o teu bracinho, vem bailar comigo