ALFREDO DOS SANTOS conhecido por (ALFREDO CORREEIRO).
Era natural de Lisboa, exerceu no Arsenal do Exército a profissão de correeiro, foi por tal facto que lhe adveio a alcunha com que se tomou conhecido no meio do fado.
Com 16 anos de idade já cantava nos retiros (Ferro de Engomar, Pedralvas, Charquinho, José dos Pacatos, Montanha, Caliça, António da Rosa e Quebra Bilhas) e em cervejarias e cafés: Rosa Branca, Boémia, Estrela d'Alva, Jansen, Avenida Bar e Café dos Anjos. Exibiu-se também no Salão Artístico de Fados e em vários teatros: Apolo, Avenida, Coliseu dos Recreios, Coliseu da Rua da Palma, Eden- Teatro, Fantástico, Ginásio, Joaquim de Almeida, Maria Vitória, Politeama, Trindade, Variedades e Teatro da Rua dos Condes, mas Alfredo Correeiro só se profissionalizou em 1928.
Cantava, habitualmente, apenas acompanhado à viola, por Georgino de Sousa.
Era assíduo frequentador das esperas de touros em que o fado marcava presença obrigatória, participou em festas nos salões dos condes de Sousa Rosa, de Burnay, de Fontalva, da Torre, da Anadia e do marquês de Castelo Melhor, bem como na casa do lavrador de Vila Franca de Xira, José Pereira Palha Blanco.
Elemento activo do Grupo dos Propagadores do Fado, são da sua autoria diversas composições, tais como o “Fado Três Tons”, “Fado Marcha Alfredo Correeiro” (gravado por Maria Alice) e “Marcha Boémia”, tendo obtido grande êxito na interpretação do fado Louca Paixão.
Alfredo Correeiro está "pelo destino" lifgado á desiganção de Alfredo Marceneiro e á sua ascensão no Fado, como na próxima publicação irei explicitar.
Vítor Duarte Marceneiro
Canta: As Minhas Penas
Letra de Gabriel de Oliveira com múisica de Alfredo Correeiro