HOJE DIA 23, SEXTA-FEIRA, TEMOS O GRANDE ACONTECIMENTO NACIONAL, O GRANDE DESAFIO DE FUTEBOL ENTRE O PORTO E O BENFICA, QUE COMEÇA ÀS 20,15, NÃO SEI SE DÁ NA TELEVISÃO ABERTA, OU DAQUELA QUE É PAGA, MAS SEI QUE , É ELEMENTAR E DE BOM SENSO, ADIAR A HORA DO INÍCIO DO PROGRAMA DE FADOS " NOITES DE S. BENTO - FADOS ÀS JANELAS DA CASA DE AMÁLIA" PARA AS 22,30, PEDIMOS POR TAL FACTO DESCULPA.
QUE GANHE O MELHOR ( PARA MIM PARTICULARMENTE, QUE SEJA O BENFICA.-... EU SOU DE LISBOA, TÁ!"!!), E ENTÃO MESMO SEM O TRÂNSITO CONDICIONADO COMO FOI PROMETIDO PELA C.M.L., OS NOSSOS CONVIDADOS LÁ ESTARÃO PARA VOS CANTAR... COM TODA A ALMA E FERVOR, SÃO ELES O
JOÃO PAULO
E
HELENA SARMENTO
Afirmo com muita vaidade, que este blogue é o mais visitado quer em Portugal quer no estrangeiro, porque para além do fado falo de Lisboa ... da vida... Fado é destino, é um estdao de alma.
Aqui vai a história resumida da Rua de S. Bento.
O último troço da rua relativamente ao Rato é de construção mais recente do que o início do traçado junto ao Palácio da Flor da Murta.
Personalidades ilustres habitaram nesta rua. No número 672 viveu viveu e morreu Hintze Ribeiro, no número 187-189 prédio de esquina com a Rua de Santa Quitéria, viveu Domingos Vandelli professor de Pádua, convidado por Pombal para professor do Colégio dos Nobres e depois da Universidade de Coimbra; no número 458 nasceu, a 28 de Abril de 1810, Alexandre Herculano, e ali viveu durante muitos anos. Nesta rua teve também o Marechal Duque de Saldanha o seu quartel-general.
Além das já citadas personalidades ilustres, resta acrescentar uma bastante popular no século XX. Habitou o número 193 durante 44 anos onde morreu no dia 6 de Outubro de 1999. Trata-se, pois, da diva do fado Amália Rodrigues. Passados alguns anos, seu biografo e historiador Victor Pavão dos Santos, enviou uma petição à Camara Municipal de Lisboa, propondo parte da Rua de São Bento se chamasse Rua Amália Rodrigues, desde o Largo do Rato até à esquina da Rua de Santo Amaro englobando a sua habitação, hoje Casa - Museu de Amália.
Dois edifícios merecem aqui especial atenção. Um é a a actual Assembleia da República, antigo Convento dos frades Beneditos, cuja construção terminou no inicio do século XVII. Em 1833, por ordem do Duque de Bragança (D. Pedro), recebeu as transformações necesárias para nele se instalar as Câmaras dos Pares e dos Deputados.
Realizadas as obras reuniram-se ali pela primeira vez a 15 de Agosto de 1834.
O outro é o Palácio da Flor da Murta. Ali viveu D. Jorge de Menezes com sua mulher D. Luiza Clara de Portugal, célebre pela sua beleza. Teve uma filha de D. João V (D. Maria de Portugal) e outra do Duque de Lafões, D. Pedro de Bragança (D. Ana de Portugal). Este Palácio, com suas duas frentes,a principal e mais extensa na Rua do Poço dos Negros, e a lateral, com sua capela, no número 10, voltada para a Rua de São Bento. Palácio apenas com primeiro andar, prolongado pelo lado nascente no começo do século XIX, ostenta no cunhal um grande brasão esquartelado anterior aos Menezes.
A Rua de São Bento pertencia, em 1780, à freguesia de Santa Isabel, ao tempo a maior freguesia de Lisboa era a artéria mais distinta da freguesia. Nela residiam não só pessoas com apreciáveis recursos financeiros mas socialmente bem colocados. Segundo relatos populares havia ali um tipo de habitação singular, apreciada por famílias de elevada catagoria social. Era descrito como quarto, podendo distinguir-se o quarto grande ou pequeno, o quarto baixo ou o quarto nobre. Entre os diversos arrendatários ressaltam os nomes de um escrivão de dízimos e do Embaixador de Espanha. O primeiro residia em três quartos de uma propriedade; o segundo alugara uma habitação com dois quartos nobres e um conjunto de loja e segundo andar. O elevado valor que as rendas chegaram a atingir parece apontar para a boa qualidade e amplas dimensões destes espaços.
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Aqui podem ver o Arco da Rua de S. Bento. que hoje está montado na Praça de Espanha, foto abaixo.