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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011

ANA MARIA DIAS - FADISTA NEGRA - FALECEU ESTA MADRUGADA

CHORAI FADISTAS,  CHORAI...ANA MARIA DIAS A "FADISTA NEGRA" , FALECEU...  

ESTIVE COM ELA NA PASSADA QUARTA-FEIRA DIA 23 PARA LHE MOSTRAR O VIDEO-CLIP QUE LHE TINHA FEITO, GOSTOU IMENSO IMENSO,  E LOGO AQUI PUBLIQUEI COM A SUA BIOGRAFIA  NO DIA SEGUINTE.

HÁ CERCA DE 10 MINUTOS  RECEBI ESTA TRISTE NOTÍCIA,  QUE ANA MARIA, TINHA FALECIDO ESTA MADRUGADA, ESTAVA A TRABALHAR NA TAVERNA DEL´REI, SENTIU-SE MAL... E PARTIU... ESTARÁ DECERTO JUNTA COM OS SEUS ENTES QUERIDOS QUE TAMBÉM JÁ TINHAM PARTIDO.

DESCANSA EM PAZ ANA MARIA, FICARÁS NA HISTÓRIA DO FADO

 

Ana Maria Gonçalves Dias,  nasceu em Luanda a 23 de Outubro de 1952 no bairro da Samba.

Desde os 4 anos de idade que   foi  educada  juntamente com portugueses da Metrópole,  o que lhe proporcionou   não ter sotaque africano,  a falar o português, exprimindo-se correctamente, quer oralmente, quer gramaticalmente.

Desde sempre que se lembra da mãe  a cantarolar Fados, enquanto fazia as lides da casa,  e, naturalmente os temas ficavam-lhe na memória, começando também, a cantarolar com ela.

Tinha 10 anos,  foi a um  concurso em Luanda, que se realizava no Cinema Restauração, era  o programa “Chá das Seis” , tendo ficado em primeiro em 1ºlugar, com apreço e unanimidade.

Por esta altura, estava-se  em 1962,   estava radicado em Angola,  o Maestro Casal Ribeiro, que ao ouvi-la,   logo se propôs dar-lhe aulas de canto, ensino e exercício da colocação da voz,  que durou cerca de nove anos, mas   entretanto,  já era muito solicitada para actuar em espectáculos.

Corria o ano de 1975,  parte para Portugal, e fixa-se em Santarém. Arranjou trabalho numa sapataria mas continua a cantar o Fado sempre que tem oportunidade.

Integrando-se cada vez mais na na comunidade portuguesa, cedo começa  a ser solicitada para cantar em certames com Fado,  sendo bastante aplaudida.

Em 1981 vem para Lisboa,  foi de imediato  contratada por João Ferreira da  Rosa, à altura proprietário  da Taverna do Embuçado, onde se manteve vários anos. Mais tarde transitou para a Taverna Del-Rei, pela mão de Maria JóJó.

Em 1987 é convidada a ir para o Porto actuar  no Mal-Cozinhado, cujo proprietário era o Zé Martinho.

É no Porto que ana Maria conhece  quem viria a ser seu marido e de quem  teve um filho,  era o Joaquim Dias,  filho do fadista Manuel Dias.

Volta para Lisboa e após o parto, está uns tempos sem cantar.

Mal se sente em condições, retorna à  Taverna Del-Rei, onde se mantém até aos dias de hoje.

Ana Maria ou Ana Maria Dias faz questão de se apresentar como a “Fadista-Negra”

Hoje em dia é usual, os fadistas por acordo dos proprietários das casas de fado, actuam intercaladamente entre umas e outras, razão pela qual, a encontrei numa ida ao  Restaurante Típico Guitarras de Lisboa,  o que me deu a oportunidade de realizar o vide-clip que se segue, julgo mesmo que será o primeiro que Ana Maria passa a ter no Youtube, filmado e gravado ao vivo, já lá tem um,  realizado pela  minha amiga “TiaMacheta”, com base em fotos,  e como é habitual no que ela faz, está muito bem conseguido.

 

Vítor Marceneiro

 

 

 

FILMADO EM ALTA DEFINIÇÂO "HD", SE NÃO VIR A JANELA COMPLETA, ACTIVE A JANELA PARA VER EM "ECRAN" INTEIRO

Ana Maria Dias - Fadista Negra

Canta: Zanguei-me como o meu amor

Letra: João Linhares Barbosa

Música: Jaime Santos

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa: Sinto-me triste
música: Zanguei-me com o meu amor
publicado por Vítor Marceneiro às 14:52
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8 comentários:
De MLeiria a 26 de Novembro de 2011 às 07:30
Ao vivo é que é!, mas eu não tenho essa possibilidade e lá vou fazendo o meu melhor para homenagear e recordar grande parte do/as fadistas, os que conheço e de quem tenho alguns registos.
Parabéns pelo vídeo
Abraço
O.
De Vítor Marceneiro a 26 de Novembro de 2011 às 11:54
Cara Ofélia

Cá para mim já hás uns anos que andamos a contribuir para a " Unidade Nacional do Fado"... nas palavras de Rui Vieira Néri!!.
Veremos o que foi descoberto sobre o "Fado", que se mantém no segredo da "Comissão Cientifica", para nós aprendermos, porque, aquilo que sabemos damos a conhecer a toda a gente interessada, e como somos clonados...
Beijos

Vítro
De MLeiria a 28 de Novembro de 2011 às 08:02
É verdade. Eu iniciei o Fadocravo em Abril de 2005 e tenho dado muito do meu tempo em prol desta causa, sem qq remuneração nem reconhecimento. Apenas por gosto, como o Vitó, o que nos dá algumas vantagens, porque bem diz o povo "Quem corre por gosto não cansa". Os outros irão cansar-se; basta que se acabe ou não chegue a vir o Capital... :-)
Sabe quem constitui a "Comissão Científica", para além do homem da "Unidade Nacional do Fado"? Ou será outra União Nacional?!...
Bjinho
De Acácio Monteiro a 28 de Novembro de 2011 às 18:14
AMOR É AGUA QUE CORRE
Letra: Augusto de Sousa
Música: Alfredo Marceneiro

Vida é água que corre
Tudo passa, tudo morre
Que me importa a mim morrer
Corrida que foi tão louca
Sem esquecer que tua boca
Cantou o que era sofrer

Fado é sonho, é encanto
Queixa, mágoa, riso ou pranto
Que duns lindos olhos jorre
Mas tem curta duração
Nas fontes da ilusão
Fado é água que corre

Fado é triste lamento
Que levado p'lo vento
Ao longe se vai perder
E assim mais uma alma pura
Que parte sem ventura
Que me importa a mim morrer

Foi efémera tanta vida
No coração tão sentida
Num bulício que treslouca
Onde nasceu a diferença
Há-de viver nova crença
Adeus cabeçita louca

Tudo é vário neste mundo
Mesmo o fado mais profundo
De dia a dia se apouca
Segue a estrada triunfante
Para cair mais adiante
Por juventude mais louca

Hei-de esquecer teu amor
Ao fado encantador
Já se ouvem outros lamentos
Hei-de apagar a paixão
Que me queima o coração
Confusão de sentimentos

Glosa em Pastiche de Acácio Monteiro
De Vítor Marceneiro a 28 de Novembro de 2011 às 20:06
Pois é Acácio, como dói.. foi uma maravilha quando a filmámos, depois quando na Quarta-Feira lá fomos mostrar o filme, que ela adorou, e nunca mais esqueceremos o que nos disse... — Eu já sou negra e filmam-me sempre sem luz, até que enfim que tenho alguém que me filmou com luz suficiente para me verem.
São estes Fados que muitos não chegam a sentir...São Fados da nossa vida

Vítor
De batidasfotograficas a 28 de Novembro de 2011 às 23:27
Através do radio clube do Bié, soube que tinha ganho o prémio. Reconheço que foi merecedora, fico a ouvi-la para sempre.
As minhas condolências a família.
Grato por esta homenagem e por todas as anteriores.
Abraço
De MLeiria a 29 de Novembro de 2011 às 08:25
Nem queria acreditar, qdo ontem recebi a notícia por mail; mas, mais incrédula ainda fiquei, qdº de seguida recebo também a notícia da morte do Gabino Ferreira, na passada semana, e que ninguém noticiou, que eu saiba. Terá sido a Lusa que, ontem, difundiu a notícia, mas não dei que algum canal televisivo tivesse comunicado a ocorrência.
Dois grandes fadistas que partem. Pena que o Vitó não tenha feito com o Gabino o vídeo, que tanto desejava, mas felizmente que ainda conseguiu esse vídeo ao vivo com a Ana Mª.
Parabéns pelo seu trabalho sempre tão empenhado e obrigada por nos permitir usufruir desses momentos de proximidade com os nossos fadistas.
Bjinho
De joanacruzoliveira a 1 de Dezembro de 2011 às 21:18
que triste que fiquei tb vitor...os bons partem sempre tão cedo:(
beijinho grande joana cruz

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