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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Terça-feira, 21 de Agosto de 2012

BEATRIZ DA CONÇEIÇÃO

Conhecida no meio do Fado por (Bia) nasceu no Porto em 1939.

Numa vinda a Lisboa vai ouvir fados ao Solar da Márcia Condessa, é desafiada a cantar, interpreta de tal maneira que logo é contratada pela dona da casa.

Fica a viver em Lisboa e rapidamente o seu estilo de cantar lhe granjeia muitos admiradores, acabando por fazer várias épocas em quase todas as casas de fado.
Na revista, onde obteve grandes êxito, em, Fado Para Esta Noite e John Português.
Grava todo o repertório que estreia, que é êxito assegurado.

Faz várias digressões ao estrangeiro, actuando para as comunidades emigrantes, actua em diversos festivais internacionais de música, festas de beneficência.
Beatriz da Conceição, canta com um estilo muito pessoal verdadeiro, diz muito bem e divide o verso como deve ser, é irreverente mas tem uma alma fadista incontestável. Tem um vasto repertório, porque raros foram os poetas que não lhe escrevessem poemas, como Artur Ribeiro, Vasco de Lima Couto, ou José Carlos Ary dos Santos que em parceria com Fernando Tordo, escreveram o Fado da Bia,

Continua a actuar em programas de televisão, espectáculos ao vivo, na gravação de discos e, é presença assídua nas casas de fado.

 

 

                                           Beatriz da Conceição

 

                                 O fado já não lhe chega,

                                           Mas como nada lhe falta

                                           Tanto canta numa adega

                                           Como à luz de uma ribalta!

 

                                           E embora sentindo a chama

                                           Que leva à celebridade,

                                           Não se deslumbra na fama

                                           Nem se perde na vaidade!

 

                                           A Beatriz da Conceição

                                           Não é somente fadista,

                                           Muito mais do que atracção

                                           Ela impõe-se como artista!

 Poema de Carlos Conde


   

CANÇÃO DE LISBOA

Cantado por Beatriz da Conceição 

Letra de: Artur Ribeiro

 

Vejo do cais, mil janelas

Da minha velha Lisboa

Vejo Alfama das vielas

O Castelo, a Madragoa

E os meus olhos rasos de água

Deixam por toda a cidade

A minha prece de mágoa

Nesta canção de saudade

 

Estribilho

 

Quando eu partir

Reza por mim Lisboa

Que eu vou sentir Lisboa

Penas sem fim Lisboa

Saudade atroz

Que o coração magoa

E a minha voz entoa

Feita canção Lisboa

 

E se ao voltar

Me vires chorar, perdoa

Que eu abra a porta à tristeza

Para depois rir à toa

Tenho a certeza

Que ao ver as ruas

Tal qual hoje as vejo

Nesse teu ar de rainha do Tejo

Hei-de beijar-te Lisboa

 

Hei-de beijar com ternura

As tuas sete colinas

E vou andar à procura

De mim p’las esquinas

E tu Lisboa

Hás-de vir aqui ao cais

Como agora

P’ra eu te dizer a rir

O que hoje minha alma chora

 

Estribilho

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa: Grande Bia
música: Canção de Lisboa
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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