Maria das Dores e Vítor Duarte
MÃE... com três letras apenas se escreve esta palavra, tal como PAI..., são palavras pequenas, mas como alguém já escreveu, são aquelas que na VIDA, um maior significado têm.
Minha mãe partiu com 25 anos, tinha eu cinco anos, mas quando eu já sabia escrever, era à minha saudosa avò Maria, que eu escrevia uma mensagem de amor de filho, como se da minha mãe se tratrasse.
Este dia que foi durante muitos anos comemorado nos dias 8 de Dezembro.
Saúdo as mães de todo o Mundo, com especial carinho para aquelas que acabam por passar os seus últimos dias de vida, ou sós nas suas casas, ou em lares, e tantas vezes esquecidas e desamparadas.
A solidão é muito triste, mas como deve ser angustiante a solidão de uma mulher que pariu um filho, ou que o criou, e no fim da vida estar só e abandonada, por esse próprio filho.
Cito estes versos de um poema da autoria de Linhares Barbosa e celebrizado por Fernando Farinha.
P´las mãos de minha mãezinha
Andei nos tempos de então
Hoje com está vélhinha
É ela que anda p´la minha
Faço a minha obrigação
De Henrique Rego.
DA MULHER DESVENTURADA NINGUÉM FUJA
SE ELA ACASO UM FILHO TEM,
DEIXÁ-LA SER DESGRAÇADA
PORQUE A DESGRAÇA NÃO SUJA
O SANTO AFECTO DE MÃE
De Eugénio de Andrade o poema "MÃE", num Video-Clip
Produzido por Estúdios Raposa
Poema dito pelo meu meu amigo Luís Gaspar
Também com muito gosto tenho o prazer de vos apresentar dois poemas de dois amigos sobre o tema "MÂE"
Mãe
por Maria da Luz
Sinto falta de ti mãe
Do calor do teu colo
Onde me acolhias e me fazias
Sentir que o mundo estava todo ali
E me protegias
Sinto falta de ti mãe
Quando me abrias os braços
E eu para ti corria feliz
Inocente menina
Sinto falta de ti mãe
Quando me falavas baixinho
E eu adormecia pensando que ouvia
A voz de um anjo
Sinto falta de ti mãe
Agora que no teu peito
Me queria esconder da vida
E contar-te os meus segredos
As minhas dores
Sinto falta de ti mãe
Ter as tuas mãos no meu rosto
Os teus beijos secando minhas lágrimas
A tua voz dizendo palavras doces
Embalando a tua menina
Agora mãe
Como eu queria que me abrisses os braços
Quais asas de um anjo que me levasse
Ao encontro de um outro anjo que me espera
E a ele me entregasses
E eu pudesse estar de novo em paz
Acreditar que era verdade
Quando me dizias, que tudo estava bem
E eu era feliz
Do meu amigo Júlio Dias, que ao enviar-me este poema, não escondia o seu orgulho dizendo: Sabes Vítor a minha mãe foi uma das últimas varinas, que percorreu com a sua canastra à cabeça as ruas da nossa Lisboa, apregoando ...Oh. Viva da Costa...
ATÉ AMANHÃ MINHA MÃE
por Júlio Dias
A TUA VIDA FOI SER VARINA,
COMEÇAS-TE DE PEQUENINA,
NO MERCADO DA RIBEIRA,
ENTOAVAS O TEU PREGÃO,
PARA PODERES GANHAR O PÃO,
POR ESSA LISBOA INTEIRA!
FOSTE ENVIADA POR DEUS,
AMASTE TODOS OS TEUS,
COM AMOR E DEVOÇÃO
E, NA HORA DA PARTIDA,
ÉS A MÃE MAIS QUERIDA,
GUARDADA NO MEU CORAÇÃO!
OBRIGADO MINHA MÃE,
QUE SOUBESTE SER ALGUÉM,
NUMA VIDA SÃ,
O TEU CAMINHO EU SIGO,
UM DIA IREI TER CONTIGO,
BOA NOITE E ATÉ AMANHÃ!