Vítor Duarte Marceneiro canta.
Sangue de Heróis
Letra de Carlos Conde
Música de Alfredo Marceneiro
Este poema é da autoria de Carlos Conde, grande poeta (fazia questão de ser apelidado de poeta popular e assim ficou para a história numa placa toponímia numa rua de Lisboa no bairro de Campolide),.
Foi conhecido também por ser um democrata, como dizia Alfredo Marceneiro, era um poeta do "reviralho".
Nos anos Trinta no inicio da 2ª Guerra Mundial, as tropas de Hitler, mesmo tendo aceito Portugal como país neutro, cobiçava as então nossas províncias ultramarinas e as ilhas.
Foi um poema "revolucionário", também assim o entendi quando o gravei em 1993, mas foi logo censurado pela Emissora Nacional, e facto curioso, também considerado reaccionário e pró-colonialista, porque causa da estrofe "Portugal não cede um palmo de terra".( Ver crónica em http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/102684.html)
Enfim mudam-se os tempos, mudam-se os pensamento e hoje penso que é uma boa mensagem para as "TROIKAS DESTE MUNDO" e para os simpatizantes deles, que por cá andam ao "TACHO".
SANGUE DE HERÓIS
Letra de Carlos Conde
Música de Alfredo Marceneiro (Fado Cravo)
Se é de longe que tu vens
D´um país onde se abraça
O amor, a fé a nobreza
Podes entrar porque tens
Um abrigo em cada lar
Um lugar em cada mesa
Mas se trazes a divisa
De te impor de interceder
Por favor deixa-nos sós
O meu país não precisa
Que outros venham resolver
A questão que há entre nós
Se vens com torvo ideal
Ou com o fito de
Leva contigo os maus trilhos
E diz lá que Portugal
Não vende um palmo de terra
Nem vende a honra dos filhos
Diz ao mundo, grita aos sóis
Enche os céus da nossa glória
Num clarão vasto e fecundo
Que só com sangue de heróis
Portugal ergueu a história
Nas cinco parte do mundo