ARMANDINHO “O MAGO DA GUITARRA PORTUGUESA”
De seu nome Armando Augusto Freire, nasceu em Lisboa a 11 de Outubro de 1891.
Desde miúdo esteve ligado à música seu pai tinha um bandolim em que tocava, aos oito anos de idade já tocava com a palheta melhor que o pai, mas a arte estava-lhe nas veias e aos 10 anos de idade arranja uma guitarra e nunca mais para de dedilhar, dedilhar até dominar o instrumento.
Aos 14 anos estreia-se no Teatro das Trinas.
Executante de eleição cedo se torna uma lenda viva marcando uma época única na história do Fado de Lisboa.
Armandinho tocava de ouvido, mas foi um compositor e improvisado que lhe permitia criar melodias que eram admiradas por quem com ele teve o prazer de privar, infelizmente por não haver a facilidade de gravar como hoje muito da sus obra se perdeu
Meu avô Alfredo Marceneiro nunca escondeu se não fosse o Armandinho a ter a genialidade de apanhar os seus estilos e as musicar, talvez hoje o espólio de Marceneiro em termos de música de Fado não existisse. Eram assim naquele tempo... honestos uns com os outros... sem atropelos... sem invejas, enfim outros tempos outras gentes.
A Câmara Municipal de Lisboa acabou de dar o seu nome a uma rua da edilidade.
Deixou-se de ouvir o trinar da sua guitarra em 21 de Dezembro de 1946.
A guitarra — alma da raça
Amante do meu carinho,
Tem mais perfume e desgraça
Nas mãos do nosso Armandinho.
Benditos os dedos seus
Que arrancam assim gemidos
Tal como se a voz de Deus
Falasse aos nossos ouvidos
Versos de: Silva Tavares
Armandinho
Sempre ouvi contar ao meu pai, José Augusto Simões, que meu avô António Antunes Simões, natural da Pampilhosa da Serra, exímio guitarrista que à data em que veio morar para Lisboa, 1897, no Pátio do Quintalinho, junto à Rua das Escolas Gerais, e o seu conterrâneo Bernardino Lameiras, terão ensinado o Armandinho a tocar guitarra. Meu avô falava muito do seu amigo Armandinho quando lá ia à terra e que tocava guitarra nas tavernas de Alfama junto às Escolas Gerais.
Hoje, ao consultar um documento da autoria de António Adriano, encontrei algo que poderá ajudar a compreender melhor a mais que possível influência que o meu avô teve no Armandino. Vejamos o que encontrei:
"Armando Augusto Freire nasceu em Lisboa a 11 de Outubro de 1891, no Pátio do Quintalinho, junto à Rua das Escolas Gerais. Aos oito anos já tocava o bandolim do pai, o qual trocou aos dez anos pela guitarra portuguesa, instrumento que melhor lhe permitia exprimir o seu sentimento"
Coincidência foi do meu avô, guitarrista, e trabalhador na descarga do carvão ter ido morar para o mesmo local Pátio do Quintalinho. Ou seja quando meu avô foi para ali morar quando o Armandinho tinha 6 anos de idade e 4 anos depois já o Armandinho tocava guitarra.
Um abraço
Rogério Martins Simões
Caro amigo
Este blogue está aberto e pretende contar histórias do Fado,. Pelo que aqui me apresenta penso que tem condições (se assim o entender) de fazer uma página para aqui ser publicada sobre o seu avô, e assinada por si óbviamente.
Se pensar nisso meu contacto é marceneiro@sapo.pt.
Um abraço fadista
Vítor Marceneiro
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