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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Domingo, 22 de Abril de 2007

RECORDAR TONY DE MATOS

Tony de Matos canta: Vendaval

Letra de: A Rodrigues  Música de: Joaquim Pimentel

 

 

Tony de Matos

António Maria de Matos (Tony de Matos), nasceu no Porto a 28 de Outubro de 1924.

Estreou-se em 1945 na Emissora Nacional no programa “ Hora de Variedades “ como cançonetista.

Fez teatro, cinema e esteve radicado algum tempo no Brasil, onde chegou a abrir em Copacabana  o Restaurante “O Fados” Toni de Matos foi sem dúvida um cançonetista de rara sensibilidade e voz bonita, a suas interpretações fizeram vibrar corações, era um homem apaixonado e tinha indiscutivelmente uma alma bem fadista.

Em 1953 actua em Moçamedes.

Em 1955 fez parte de uma “embaixada” de artistas portugueses que foram actuar à Índia.

Grava o seu primeiro LP no Brasil em 1963

Na revista no Teatro ABC em 1968 na revista “Arroz de Miúdas” com Aida Baptista,, Carlos Coelho, Oscar Acúrcio, Delfina Cruz e Beatriz da Conceição, Toni de Matos canta um fado, que obteve um grande êxito - «O que sobrou da Mouraria».

Estreia-se no cinema em A Canção da Saudade (1964) de Henrique Campos, sendo ainda protagonista em Rapazes de Táxis (1965) de Constantino Esteves, O Destino Marca a Hora de Henrique Campos e Derrapagem (1972).
Toni de Matos era um homem que tinha muitos amigos e admiradores, pois tinha o dom natural de cativar quem com ele convivia.

Cantou canções, mas os fados que cantou, eram de alma fadista, e direi mais as canções que cantava, todas elas sabiam a Fado.

Alguns dos seus êxitos que nos ficarão na memória: Quando Cai uma Mulher; Só nós Dois; Romance Cigano; Quarto Alugado; Coitado do Zé Maria; Vendaval; Lugar vazio; De Homem para Homem; Fiz Leilão de Mim; Fado para dois: O Destino Marca a Hora; Trova do Vento que passa; Tu Sabes Lá; Maria do Céu; Vou Trocar de Coração; A Tal.  Etc...

Faleceu em 1989, tendo a seu lado uma grande Senhora, Lídia Ribeiro, sua companheira de então. 

Nota: Artur Ribeiro quando faz o poema A Rosinha dos Limões, oferece em primeira mão a Tony de Matos, que não gostou muito do tema,  e não aceitou. Como se sabe, acabou por ser um êxito de sempre dos poemas de Artur Ribeiro, cantado por Max, e mais tarde Tony então grava o tema.

                              

QUARTO ALUGADO

Repertório de Toni de Matos

Letra de: J. Maria Rodrigues

Música de: António Rodrigues

 

                                          Daquele quarto alugado

                                          Numa rua de Lisboa

                                          O tempo correu à toa

                                          Resta apenas a saudade

                                          Ao relembrar o passado

                                          Sinto que a vida correu

                                          Nem és minha nem sou teu

                                          Nem há sequer amizade

                                          Daquele quarto alugado

                                          Resta apenas a saudade

 

                                          Naquele quarto alugado

                                          Sem tristezas e sem dinheiro

                                          Tendo o sol por companheiro

                                          Só amor lá vivia

                                          Era feliz nosso fado

                                          O mundo só para nós dois

                                          Veio o ciúme e depois

                                          Morreu nossa alegria

                                          Daquele quarto alugado

                                          Só ficou a nostalgia

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Vendaval
publicado por Vítor Marceneiro às 22:55
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5 comentários:
De Maria Pimenta a 26 de Abril de 2007 às 18:41
Eu tenho várias capas antigas em que o nome do artista surge como TonY de Matos.
De Vítor Marceneiro a 26 de Abril de 2007 às 22:21
Tem toda a razão, obrigado pelo reparo.
Já está emendado.
Continue a colaborar.
Vitor Marceneiro
De diversos a 14 de Julho de 2009 às 17:40
Gostava de saber onde é que o Tony de Matos foi sepultado... será que ainda existe a campa dele? Gostava de a visitar. Obrigado...
De nelson camacho a 13 de Setembro de 2011 às 17:16
Amigo Vitor Marceneiro tenho estado ausente tanto pessoalmente como nos meus blogues. Quanto aos Blogues vou voltar dentro em breve, quanto aos meus comentários, achei oportuno nesta página do meu saudoso amigo Tony, recomendá-lo a que faça promoção do espectáculo de homenagem ao Toy que se vai realizar entre 23 de Setembro e 23 de Outubro aos sábados e Domingos na Mala Posta. Eu vou lá estar. Um abraço e "inté"
Nelson Camacho
De figueiredo a 14 de Outubro de 2012 às 23:25
Tony de matos foi um fadista praticamente inimitável A alma com que cantava e o estilo próprio torna-o vivente quando o ouvimos Que descanse em paz.

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