CARLOS ZEL, Carlos Frazão, nasceu na Parede, a 29 de Setembro de 1950. Seu pai António Frazão, marceneiro de profissão era um apaixonado do fado, cantava como amador e editou um livro de poemas "O Poeta e Eu". Teve ainda um irmão ligado ao Fado, o saudoso Alcino Frazão, que foi um exímio guitarrista, que infelizmente nos deixou ainda muito jovem.
Carlos Zel, começou a cantar no Estoril e Cascais como amador
Iniciou a sua carreira profissional em 1967, cantando na Emissora Nacional, altura que adopta o nome artístico de Carlos Zel.
Fez teatro de revista e musical - "Aldeia da Roupa Suja" (1978), "A Severa" (1990) e "Ai Quem Me Acode" (1994) -,
Na televisão chegou a participar na telenovela "Cinzas", como actor.
Deixou-nos cerca de uma dezena de produções discográficas
Em 1993, recebe o Prémio Prestígio, atribuído pela Casa de Imprensa, em 1997 a mesma entidade concedeu-lhe o Prémio José Neves de Sousa.
Foi ainda condecorado com a Medalha de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesa, e ainda a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Cascais.
Em mais de 30 anos de carreira, fez vários espectáculos em Portugal e no Estrangeiro, cantou em casas de fado, e no fim da sua vida foi o impulsionador das “Quartas de Fado no Casino Estoril”
Faleceu repentinamente em Fevereiro de 2002.
Cascais deu o seu nome a uma rua do Concelho.
AMAR OUTRA VEZ Repertório de Carlos Zel Letra de: Rosa Lobato faria Música de: Fernando Correia Martins Eu já te amei no Rossio Na pomba que esvoaçou Aceitei o desafio De te amar onde não estou Eu já te amei à partida Numa pedrinha do cais Se te amei na despedida Ao voltar trago-te a vida Vou amar-te ainda mais Amar uma mulher quando há luar Rasgar as rendas à claridade Amar uma mulher ao pé do mar Romper a espuma da tempestade Amar uma mulher se a chuva cai Descer o rio, morrer à toa É ter a lua É ter o mar É ter a chuva É ter canoa É ter uma mulher que faz lembrar Lisboa Eu já te amei na viela Eu já te amei no jardim Não sei que sombra era aquela Que deitou luto por mim Eu já te amei à noitinha Quando o carmim se desfez Quando ficaste sozinha Mandei aquela andorinha E fui amar-te outra vez