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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2012

MANUEL DE ALMEIDA - Recordar

MANUEL DE ALMEIDA

Manuel Ferreira de Almeida, nasceu em Lisboa no bairro da Bica  a 27 de Abril de 1922­.

Teve como actividade principal a profissão de fabricante e desenhador de calçado feminino.

Aos 10 anos começa a sentir o gosto pelo Fado, começando a frequentar os retiros fadistas.

Aos 28 anos, decide tornar-se profissional e o seu primeiro contrato é na Tipóia, sob a direcção de Adelina Ramos, onde permaneceu cerca de doze anos. Cantou ainda no Estribo, Retiro do Malhão, Faia, e no Olímpia Clube.

Em 1962 é-lhe feita a Festa de Consagração levada a efeito no Pavilhão dos Desportos.

 

Em 1963 e 1964 recebe o prémio Imprensa e o Óscar da Imprensa atribuído pela Casa da Imprensa,

Actua na RTP com Natércia da Conceição e Mariana Silva.

Fez parte do espectáculo intenerante de Maria Pereira "Cor é Vida"

Em 1977 actua no Dia de Portugal, 10 de Junho em Joanesburgo

Em 1977 actua no Dia de Portugal, 10 de Junho em Stuttggart

Fernanda Maria convidou-o para a Lisboa à Noite, onde esteve contratado onze anos. Em 1979 Rodrigo inaugurou a sua casa o Forte Dom Rodrigo e convidou Manuel de Almeida, que ali se manteve até que a morte o silenciou.

Em 1986 é o primeiro português a cantar na Coreia do Norte.

Algumas das suas interpretações ainda hoje são lembradas, salientando-se de entre elas Fado Antigo, letra de Martinho de Assunção (pai) e Mãos Cheias de Amor, letra de Clemente Pereira.

Gravou mais de uma dezena de LP e cerca de vinte e cinco singles, Em Barcelona grava o seu primeiro LP em parceria com Mariana Silva, mas o mais significativo da sua carreira foi a edição, em 1987, de “Eu Fadista Me Confesso”, produzido por Rão Kyao, o disco foi considerado pioneiro no enlace entre a tradição e a modernidade.

È autor de vários poemas que interpretou, Não Vale a Pena Meu Bem, Por te Querer Tanto, Tempos que já lá vão, Longe de Ti, É a saudade, etc., tendo no entanto cantado muitos outros autores, João de Freitas, Fernando Farinha, João da Mata, Linhares Barbosa, Nascimento Fernandes, etc.

Em 1993 em França actua na da cidade de Saint-Sever.

Em Fevereiro de 1994 festejou as bodas de ouro e foi homenageado no Teatro São Luiz.

Manuel de Almeida, foi desde sempre um aficionado da festa brava, e também um grande adepto do desporto, chegando a praticar futebol e atletismo, nos últimos anos enquanto pode, era o ciclismo o seu passatempo preferido.

Manuel de Almeida faleceu em Cascais a 3 de Dezembro 1995, desde então os muitos amigos que deixou reúnem para o homenagear todos os anos no dia do seu aniversário 27 de Abril.

Em 1996 a Casa da Imprensa concede-lhe a título póstumo o Troféu-Prémio Carreira

Cascais dá o seu nome a duas ruas da cidade.

 

                                              Manuel de Almeida - Poema de: Carlos Conde

 

Moldando a graça dos tons

Às rimas de uma cantiga,

É dos poucos e dos bons

Fadistas à moda antiga!

 

                                             Não canta para iludir

                                             Nem ilude p'ra agradar.

                                             Tem coração p'ra sentir

                                             Alma e voz para cantar!

 

Só p'la fibra com que expande

Todo o sabor do passado.

Manuel de Almeida é grande

Entre os grandes que há no fado!

 

 

Poema de: Carlos Conde

 

 

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Fado Corrido
Viva Lisboa: Grande Homem e Fadista
publicado por Vítor Marceneiro às 22:20
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1 comentário:
De João Baptista-Lopes a 5 de Dezembro de 2012 às 23:47
Olá Vito!
Apenas um pequeno detalhe do percurso do Manel:
- Antes de ir para o Forte, esteve cerca de 2 anos no Picadeiro, onde tomou a posição que o Rodrigo detinha nesta casa. Só depois foi para o Forte do D. Rodrigo.
Desculpa misturar-me, mais uma vez!
Abraço
João
(Suiça)

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