Date | Page Views |
---|---|
Wed, August 01, 2007 | 66 |
Tue, July 31, 2007 | 371 |
Mon, July 30, 2007 | 290 |
Sun, July 29, 2007 | 181 |
Sat, July 28, 2007 | 242 |
Fri, July 27, 2007 | 273 |
Thu, July 26, 2007 | 360 |
Average: 254 | Total: 1783 |
Visitantes registados até às 00,00 horas
de 1 de Agosto
58038
Lisboa, 27 Julho 2007 (Lusa)
O projecto de colocar Lisboa no "Guiness Book" como a cidade mais cantada do mundo reuniu já cerca de 1000 temas, entre fados, marchas e canções, disse à Lusa o autor da iniciativa, Vítor Duarte Marceneiro.
O projecto conta com o apoio da Câmara de Lisboa, interessada em constituir uma base de dados de canções da cidade que ficará à guarda do Museu do Fado.
"Através desta base ficaremos a saber os autores, ano da criação, quem foi a primeira pessoa a cantar, o criador portanto, quem primeiro a gravou, quando foi gravada, e todos os dados que se considerem interessantes, como as sucessivas recriações", disse à Lusa o investigador.
Por exemplo "Lá vai Lisboa" (Norberto de Araújo/Raul Ferrão), a primeira Grande Marcha de Lisboa, de 1935, foi criada por Beatriz Costa e tem sido gravada por várias vozes, nomeadamente, Amália Rodrigues, Maria Clara, Ada de Castro e Alice Amaro, entre muitas outras.
Nesta altura estão referenciados 1000 temas, maioritariamente fados, sendo Carlos Conde o poeta mais cantado logo seguido por Frederico de Brito, conhecido como "poeta chauffer".
As décadas de 1950 e 1960 são as que têm apresentado mais produção, "apesar de a década de 1980 revelar também um elevado número de temas gravados".
Paralelamente a este trabalho, Vítor Duarte Marceneiro decidiu criar um blog que se tem tornado "num espaço de tertúlia sobre Lisboa, com maior incidência no fado, que é a sua canção natural".
O blog http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/ registou desde Janeiro, quando foi publicado, até Junho, 57.000 visitas, uma média de mais 300 cliques diários.
"Através deste blog vou também tendo informações adicionais sobre os temas, trocas de impressões, pois muita coisa ou não está registada ou até tem falhas na informação e há uma pesquisa que se tem de fazer, mas há também uma história oral que passa de pessoa para pessoa", explicou Vítor Duarte Marceneiro.
"Às vezes surgem achegas importantes, que ajudam no trabalho, porque aliás este é um blog aberto", acrescentou.
O blog inclui biografias de artistas "que se destacaram na cena e que cantaram temas alfacinhas".
Para o investigador "este é um trabalho sem fim", não prevendo uma data limite para a sua conclusão.
"Isto é para durar pois estão sempre a aparecer coisas novas e há um crescente interesse. É uma investigação sem fim, como o meu empenho na divulgação do fado e amor a Lisboa", concluiu.
NL.
Lusa/Fim