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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Terça-feira, 24 de Agosto de 2010

FLORÊNCIA

 Florência Martins da Cunha Vieira, nasceu no Porto em 1943.
Aos 12 anos representando a freguesia do Bonfim, triunfa no “Concurso Rainha das Cantadeiras do Norte de Portugal”, tendo logo de seguida ganho em Lisboa, no Coliseu dos Recreios o “Concurso Rainha das Cantadeiras de Portugal”.
A sua carreira é marcada por uma precocidade extraordinária, a ponto de ser considerada a menina prodígio do fado, tendo multidões a aplaudi-la nos maiores palcos nacionais, sendo noticia na comunicação social, conquistando assim  o direito a ter carteira profissional.
Na voz de Florência há uma alegria contagiante, uma exuberância  natural que arrebatou gerações de  admiradores, mas não foi apenas a sua bonita voz que atraiu as atenções de um público atento e admirador, é que, Florência  ao cantar, transmitiu sempre uma mistura de sinceridade e pureza interpretativa, cativando as audiências com grande facilidade.
A velha rivalidade Lisboa/Porto rotula Florência como a  fadista do Porto, o que decerto modo é  injusto,  para quem adquiriu verdadeira fama nacional, o que se deveu também a nunca se ter fixado em Lisboa, como tantas outras fadistas oriundas do norte do País.
No auge de uma brilhante carreira, seus pais decidem partir para o Brasil, o que ao contrário do que se podia imaginar, lhe cria uma nova série de oportunidades, pois o seu talento não passa despercebido.
No Brasil, Florência conquista primeiramente a comunidade portuguesa aí residente e, depois, os próprios meios de comunicação de âmbito nacional.
Estreia-se a cantar fado na Casa do Porto do Rio de Janeiro, actua em  diversas casas típicas, faz rádio, e na televisão,  ganha o troféu  “Melhores da Semana” na TV Tupi.
Foi proprietária de um restaurante típico no Rio de Janeiro, a que deu o nome de Balada de Coimbra, que teve uma série de noites de Fado memoráveis.
A cantora não se cinge apenas ao fado, fazendo seu um repertório de influência popular, sempre marcado por uma contagiante alegria em palco que é a sua imagem de marca.
Gravou umas dezenas de discos EP e LP, quer em Portugal, quer no Brasil.
Florência foi uma artista que deu sempre o seu melhor ao público, por isso tem uma carreira artística tão longa e apreciada.
Em 1968  regressa a Portugal para actuar no Casino de Espinho, ficando definitivamente a residir no Porto.
Em 1971  reforça a sua discografia assinando contrato com a Editora Orfeu.
Em 1979  participa no Festival RTP da Canção com um tema que marca toda uma fase da sua carreira, “Comboio do Tua”, de Mário Contumélias e Manuel José Soares.
A sua carreira prossegue muito ligada a digressões por todo o país e no estrangeiro, em especial junto das comunidades portuguesas.

 

  

Florência canta o Fado Madragoa
Autores: Frederico Valério e J. Bastos

 

MADRAGOA

 

 

 

Uma saudade o mar tem
Seu Monumento em Lisboa
Velho bairro popular
Sombrio e vulgar
Que é a Madragoa
Reza a história que foi lá
Numa noite de natal
Que veio á luz o primeiro 
Herói marinheiro
Que honrou Portugal

Ò triste Madragoa
Tens a esperança e nada mais
Há tanta coisa boa 
Noutros bairros teus rivais 
Ò pobre Madragoa 
Não tens um só painel 
Um arco ou um brazão
Só tens ò Madragoa
Nos lábios doce mel
No peito um coração


A noite cai e o luar vem
Dar-lhe cor de opala
E as estrelas a brilhar
Parecem baixar
Do Céu para beijá-la
E a Madragoa a dormir tem
Como prémio ao seu labor
Lidos sonhos de princesa 
Da eterna beleza
Dos sonhos de amor

Letra de: F. Valério
Música: J. Bastos 
Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Madragoa
publicado por Vítor Marceneiro às 00:00
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