Real Bordalo - Nome completo: Artur Real Chaves Bordalo da Silva. Nasceu em Lisboa em 1925. Cedo mostrou vocação para o desenho e para a pintura mas, obrigado a interromper o curso que lhe daria acesso à Academia de Belas Artes, exerceu diversas profissões e, admitido aos 16 anos de idade na Fábrica da Cerâmica Constância Faiança Bastitini, como pintor, teve aqui oportunidade de contactar com João Rosa Rodrigues e Francisco Branco, dois excelentes artistas, não só como ceramistas, mas também, como pintores de óleo e aguarela.
Mais tarde trabalhou com Leitão de Barros na modalidade de cenografia, na Tobis e na Lisboa Filme para diversos filmes Portugueses. Desenhador técnico, retocado r de rotogravura e desenhador maquetista no Diário de Notícias, profissões que também exerceu. Mais tarde trabalhou com Leitão de Barros na modalidade de cenografia, na Tobis e na Lisboa Filme para diversos filmes Portugueses. Desenhador técnico, retocado r de rotogravura e desenhador maquetista no Diário de Notícias, profissões que também exerceu.
Destes contactos resultou um maior interesse pelas artes plásticas e em consequência das tentativas que levou a efeito, inscreveu-se como sócio da Sociedade Nacional de Belas Artes, onde frequentou as aulas nocturnas de desenho, tendo como mestre, Álvaro Duarte de Almeida, no pastel o mestre Domingos Rebelo e em aguarela os mestres Alberto de Sousa e Alfredo Morais.
Tendo concorrido com trabalhos seus, não só nos Salões Anuais de Outono e Primavera daquela Sociedade, onde passou a sócio efectivo, por lhe ter sido atribuída uma 3.a medalha em aguarela, mas também em outros Salões noutros locais. O êxito obtido, de que são testemunhos os prémios concedidos (diversas medalhas e menções honrosas e alguns prémios de mérito) levou-o a dedicar-se inteiramente a esta actividade artística. Surgiu então a oportunidade de realizar a sua primeira exposição individual dos seus trabalhos a aguarela e pastel, no Casino da Figueira da Foz (Salão Nobre) em 1952, à qual se seguiu outra em 1953, na Sociedade de Belas Artes. Incentivado tanto pelo público como pela crítica, o êxito assim alcançado justificou a sua integração no Grupo Português de Aguarelistas e mais tarde no Grupo dos Artistas Portugueses, permitiu-lhe assim continuar a realizar exposições em diversas cidades do País, concorrendo sempre aos diversos Salões Nacionais - Imagem da Flor, Câmara Municipal de Lisboa, Salão de Artes do Casino do
Estoril, entre outros. No estrangeiro Salões Internacionais de Madrid, Sevilha, Lugano, Paris, Estocolmo, Rio de Janeiro e Nápoles.
Afastado das Artes Plásticas de 1959 a 1973, voltou a partir desse ano a expor com regularidade os seus trabalhos, com assinalado êxito.