Clique aqui para se inscrever na
Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Terça-feira, 31 de Janeiro de 2017

JOAQUIM NOGUEIRA MARQUES - POETA

jmpf2.jpg

Nasceu na  pacata  aldeia de Marrazes, distrito de Leiria a  26 de Dezembro de  1956. 

Desde muito miúdo que se lembra de ouvir ao colo da mãe e da avó,  o Programa de Rádio da Emissora Nacional - Serão Para Trabalhadores, e destes serões ficou-lhe o gosto pelo Fado.

Ao 10 anos de idade  por motivos da vida profissional do pai, vieram morar para o Distrito de Lisboa, primeiramente para Alverca e mais tarde em Sacavém.

É com o pai que era um poeta popular,  que  sente a motivação de começar a  rimar versos  em quadras, aliado ao gosto pela leitura,  também motivado pelo pai,  que para a época detinha uma notável biblioteca pessoal muito diversificada, com obras de Guerra Junqueiro,, Lopes Vieira, Camões Florbela Espanca, entre outros, mas gaba-se,  de ter lido toda a obra de Bocage, que o deliciou.

Aos  15 anos escreve um soneto dedicado ao Rei D. Dinis, para apresentar nos jogos florais organizados pela Junta de Freguesia de Sacavém,   em conjunto com as  colectividades  da zona, foi elogiado , o que lhe deu ânimo para continuar a escrever.

Joaquim  Nogueira Marques, recorda que a primeira vez que ouviu cantar Fado ao vivo, foi no mítico retiro “A Toca do Patrício”, onde começa a descobrir as também músicas populares, o Menor, o Corrido e o Mouraria, seguindo-se as composições dos estilistas, Joaquim Campos, Armandinho, mas desde logo ficou fan das músicas de  Marceneiro, em que destaca o Fado Cravo, começa a ter a noção da narração, da métrica, do ritmo e do estilo que cada fadista imprime ao cantar Fado.

Licenciou-se em Filosofia, por gosto e vocação, o que o leva a afirmar que,  muitos dos seus traços adquiridos de personalidade,  daí advêm, e que  a Filosofia lhe ensinou: Análise, distância da realidade, procura de objectividade. Exerce a profissão de professor de Filosofia.

Com pouco  mais de 20, escreve os seus primeiros  poemas para Fado,  para  o fadista Luís Rocha.

Editou 2 obras de poesia na Colibri:

“Como o Voo da Garça”  em 2002 e “Do Nosso Amor” em 2006.

Em 2011 é com dois  temas que  escreve para a Fadista Margarida Soeiro para um Cd que a fadista grava na altura, que vê pela primeira vez o seu trabalho editado, a que se seguiram muito mais poemas que a fadista tem cantado.

Começa a cimentar mais os seu conhecimento do “Mundo do Fado”  ao conviver com muitos mais fadistas, muitos deles,  hoje seus amigos pessoais que também vão cantando os seu poemas, a    Maria do Ceo, Maria Emília Sobral, Vítor Duarte Marceneiro, Margarida Arcanjo, Luís Rocha, Carmen Santos, Francisco Rei, Ana Sofia e Gustavo.

Desde o ano de 2012, por solicitação de  diversa Escolas e Autarquias,  que vem  realizando  palestras sobre o Fado, que intitulou  de  “Oficina de História e Poesia de Fado”.

Em 2016 estreou-se no musical “ A Chinela da Severa” em que foi o autor do guião.

Ainda em  2016,  decide editar um Cd com 14 poemas de sua autoria, com o título genérico:

PALAVRAS QUE CANTO EU

CD.jpg

 

Deram o seu contributo cantando, os fadistas

Ana Sofia,  Carmen Santos,  Francisco Rei, Gustavo, Luís Rocha, Margarida Arcanjo, Margarida Soeiro, Maria do Ceo, Maria Emília Sobral, Vítor Duarte Marceneiro, acompanhados na Guitarra Portuguesa por Luís Petisca

Sobre este Cd, esclarece que é um trabalho que tem uma razão de vida, uma intenção estética e artística que quis publicar,  como um legado, um testemunho, é este o Fado de que gosta, e quer  preservar, o Fado que tem um registo clássico ao nível instrumental, da composição e das vozes.

Nota:

Joaquim Nogueira Marques faz o favor de ser meu amigo que eu retribuo com muita amizade e consideração. Tenho vários poemas de sua autoria que me dedicou, um deles que cantei no CD "Palavras QUE Canto EU",  assim como poemas homenageando meu avô, destaco este,  que aqui publico " Uma goiva, um trinado"

Vítor Duarte Marceneiro

 

Uma goiva, um trinado

 

Na madeira ,  fica breve  o afago

da  minha arte antiga  que aprendi

Da alma vem-me o canto que eu trago

pela  graça de Deus com que nasci.

 

                  No meu cantar ora  rouco ora macio

                  há Saudade , há Amor , Lisboa e Fado

                 entalhe que um bairro faz no rio

                 com a  goiva defino  um trinado

 

Minha voz com a noite sai ao mundo

 minha voz da madrugada é vizinha

 a plaina dá-lhe o veio, dá-lhe o fundo

melodia  em volteio  de andorinha

 

                O choro da guitarra anda disperso

                dorido  desenhando um  coração

                Há verniz no brilho de um verso

                há palavras que são  escritas a formão

 

Quem meu nome chama e me conhece

é gente amiga,  é povo,  somos  nós:

- Marceneiro ! Um nome que floresce

a  que respondem minhas mãos e minha voz

 

Joaquim Nogueira Marques

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
publicado por Vítor Marceneiro às 21:00
link do post | comentar | favorito
Clique na Foto para ver o meu perfil!

Contador

arquivos

Abril 2024

Março 2024

Agosto 2021

Maio 2021

Fevereiro 2021

Maio 2020

Março 2020

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Novembro 2018

Outubro 2018

Agosto 2018

Dezembro 2017

Outubro 2017

Agosto 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Aguarelas gentilmente cedidas por MESTRE REAL BORDALO. Proibida a sua reprodução.

tags

10 anos de saudade

2008

50 anos de televisão

a severa

ada de castro

adega machado

adelina ramos

alberto ribeiro

alcindo de carvalho

alcino frazão

aldina duarte

alfredo correeiro

alfredo duarte jr

alfredo duarte jr.

alfredo duarte júnior

alfredo marcemeiro

alfredo marceneiro

alice maria

amália

amália no luso

amália rodrigues

américo pereira

amigos

ana rosmaninho

angra do heroísmo

anita guerreiro

antónio dos santos

antónio melo correia

antónio parreira

argentina santos

armanda ferreira

armandinho

armando boaventura

armando machado

arménio de melo - guitarrista

artur ribeiro

beatriz costa

beatriz da conceição

berta cardoso

carlos conde

carlos escobar

carlos zel

dia da mãe

dia do trabalhador

euclides cavaco

fadista

fadista bailarino

fado

fado bailado

fados da minha vida

fados de lisboa

feira da ladra

fernando farinha

fernando maurício

fernando pinto ribeiro

florência

gabino ferreira

guitarra portuguesa

guitarrista

helena sarmento

hermínia silva

herminia silva

joão braga

josé afonso

júlia florista

linhares barbosa

lisboa

lisboa no guiness

lucília do carmo

magusto

manuel fernandes

marchas populares

maria da fé

maria josé praça

maria teresa de noronha

max

mercado da ribeira

miguel ramos

noites de s. bento

oficios de rua

óleos real bordalo

paquito

patriarca do fado

poeta e escritor

porta de s. vicente ou da mouraria

pregões de lisboa

raul nery

real bordalo

santo antónio de lisboa

santos populares

são martinho

teresa silva carvalho

tereza tarouca

tristão da silva

vasco rafael

vítor duarte marceneiro

vitor duarte marceneiro

vítor marceneiro

vitor marceneiro

zeca afonso

todas as tags