Ary dos Santos, nasceu em Lisboa a 7 de Dezembro de 1937.
Em 1954, com dezasseis anos de idade, que vê os seus poemas serem seleccionados para a Antologia do Prémio Almeida Garret
Em 1963 faz publicação do livro de poemas “ A Liturgia do Sangue”
Entretanto, concorre, sob pseudónimo, ao Festival da Canção da RTP com os poemas “Desfolhada” e “Tourada” obtendo os primeiros prémios.
Autor de mais de seiscentos poemas para canções, gravou, ele próprio, textos ou poemas de e com muitos outros autores e intérpretes e ainda um duplo álbum contendo O Sermão de Santo Antónioaos Peixes do Padre António Vieira.
Numa iniciativa do Partido Copmunista Português houve dois espectáculos em Lisboa e no Porto, sendo Ary dos Santos o apresentador intitiulado "25 Canções de Abril". (*)
À data da sua morte tinha em preparação um livro de poemas intitulado, “As Palavras das Cantigas” onde era seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos quinze anos, e um outro intitulado Estrada da Luz - Rua da Saudade, que pretendia fosse uma autobiografia romanceada.
O poeta deixou-nos a 18 de Janeiro de 1984. Postumamente, o seu nome foi dado a um largo do Bairro de Alfama, descerrando-se uma lápide evocativa na casa da Rua da Saudade, onde viveu praticamente toda a sua vida.
ARY DOS SANTOS É SEM SOMBRA DE DÚVIDAS UM DOS GRANDES POETAS QUE "CANTOU" LISBOA...
(*) Deste espectáculo foi feito um filme em 16mm, com imagem de Carlos Gaspar, realização de Luís Gaspar e direcção de som Vítor Duarte (Marceneiro). Também foi editado um LP
Poema declamado por Ary dos Santos
"Retrato de Amália"
ALGUNS POEMAS FEITOS POR ARY DOS SANTOS PARA OS SEGUINTES ARTISTAS:
Amália Rodrigues
Meu amor, Meu Amor, Alfama, Rosa Vermelha, Amêndoa Amarga, O Meu é Teu, O Meu Amigo está Longe
Beatriz da Conceição
Meu Corpo
Carlos do Carmo
"Um Homem na cidade, Rosa da Noite, O Amarelo da Carris, O Cacilheiro, Fado da Pouca Sorte,
Fado do Campo Grande, Fado dos Azulejos, Fado Varina, O Homem das Castanhas, Nova Feira da Ladra,
Namorados da Cidade, Balada para uma Velhinha, Kirie, Lisboa Menina e Moça, Fado dos Cheirinhos,
Estrela da Tarde, Fado dos Açores, Fado da Madeira, Fado Lezíria, Fado Burrico, Fado da Serra,
Fado das Amendoeiras, Fado do Minho, Fado do Trigo, Fado Moliceiro, Fado Transmontano,
Fado Excursionista, Fado Manguela, Os Putos"
Fernando Tordo
"Carta para um Amigo, Cavalo à Solta, Tourada, É Tarde Meu Amor, Canto Franciscano, O Trabalho, Fado do Operário Leal, Os Bonzinhos e os Malvados, Balada para os Nossos Filhos, Retrato, O Amigo que Eu Canto"
Hugo Maio de Loureiro
Canção de Madrugar
José Afonso
A Cidade
José Manuel Osório
Desespero, Fado do Miradouro
Luísa Basto
De Pé, Oh Companheiro
Maria Armanda
Mãe Solteira, Fado-Mulher
Paulo de Carvalho
Semente, Quando um Homem Quiser, Amor Livre
Simone de Oliveira
Desfolhada, Avé Maria do Povo, Intróito, Sete Letras, Mulher Presente, As Pedras Preciosas, Os Metais,
Planta Carnívora, Os Pinheiros, Os Gatos, O Marisco, A Cidade, O País, O Nome
Justa homenagem a tão grande poeta. A minha humilde poesia foi influenciada por José Carlos Ary dos Santos, poeta maior da poesia portuguesa. A garra e a força enorme que Ary depositava nos seus versos fez da sua poesia um exemplo a seguir. E neste momento em que a vida do povo está cada vez pior só me apetece dizer. Volta Ary. Saudades, Rogério Martins Simões
Meu Caro Amigo Rogéri Martins Simões. Reconheci logo o seu nome, pois tenho uma caricatura sua feita pelo nosso comum amigo Mestre Real Bordalo e um poema que lhe dedica que se insere no contexto deste Blog. Desde já lhe peço que me autorize a sua publicação. Se tiver poemas sobre Lisboa, e achar por bem eles serem registados neste trabalho, seria uma honra. Vítor Marceneiro
Falava hoje com o meu querido pai, poeta e grande homem, nascido em 1922 na Póvoa Pampilhosa da Serra, mas desde os 14 anos a viver em Lisboa, sobre o meu avô Simões e veja só a coincidência: Seu avô era o grande Alfredo Marceneiro, fadista que conheci e que muito admiro. Meu avô guitarrista em Lisboa no princípio do século xx e segundo meu pai foi ele que ensinou o grande Armandinho a tocar guitarra. Pedi mesmo hoje a meu pai que tem um blog chamado Póvoa ou melhor http://povoa.blogs.sapo.pt para escrever o que sabe sobre o meu avô paterno, sócio nº 8 dos estivadores de Lisboa. Não sei se o fará pois falar no meu avô é tabu. Como bem sabe ser guitarrista com génio, como me contam os conterrâneos lá da aldeia que se recordam dele, era sinónimo de taberna, lugar onde ao som da velha guitarra e da viola se ouvia cantar o fado entre copos e farra. ERA a festa dos pobres e não havia casas de fado como hoje há. Em segundo lugar outra coincidência. Conheço Real Bordalo desde 1974 e privei bastante com ele nas férias. Recentemente estive com ele e deu-me autorização para utilizar fotos das suas aguarelas, foi assim que lhe dediquei um soneto ao grande mestre Real Bordalo e utilizei a caricatura que me fez em 2000. Quanto ao que pede claro que tem toda a minha autorização para colocar esse e outros poemas sobre Lisboa. Por exemplo o soneto Amo-te Lisboa virada ao Tejo que está no meu blog. Quanto à sua ideia deste blog, quero dar-lhe os parabéns e quero dizer-lhe que no site da Direcção-Geral das alfândegas (Meu local de trabalho) há fotos muito antigas sobre Lisboa. Eu próprio já as utilizei variadas vezes. São públicas e lindas Resta dizer-lhe que sou uma amante do fado e de Lisboa, a minha cidade. Adoro os poetas e a poesia razão pela qual estou grato por ter construído este belo blog Um abraço e irei criar link para o seu blog ser mais divulgado Um abraço Rogério Martins Simões