A reedição desta página é dedicado aos resposáveis do HOSPITAL DA COVILHÃ
"UMA ÁRVORE PODE ACOMPANHAR UMAS VIDA"
Leiam com atenção a notícia que saiu no jornal Díario de Notícias do dia 13 deste mês, É uma notícia da Lusa e foi colocada na página 14 ao fundo do lado direito,sem qualquer destaque.
ÁRVORES
O meu filho Alfredo, que tem oito anos, em virtude de na escola terem feito uma série de trabalhos sobre a á rvore, veio-me propor para eu fazer um aviso às pessoas para não fazerem mal às á rvores, na "nossa internet"
Aqui est á a seu pedido uma homenagem á árvore, que ali á s o Fado e os Fadistas não olvidam.
ORAÇÃO DA ÁRVORE
Tu que passas e ergues para mim o teu braço,
Antes que me faças mal, olha-me bem.
Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de Inverno;
Eu sou a sombra amiga que tu encontras
Quando caminhas sob o sol de Agosto;
E os meus frutos são a frescura apetitosa
Que te sacia a sede nos caminhos.
Eu sou a trave amiga da tua casa,
A t á bua da tua mesa, a cama em que tu descansas
E o lenho do teu barco.
Eu sou o cabo da tua enxada, a porta da tua morada,
A madeira do teu berço, o aconchego do teu caixão.
Eu sou o pão da bondade e a flor da Beleza.
TU QUE PASSAS, OLHA-ME E NÃO ME FAÇAS MAL.
Poema de Veiga Simões, Arganil, Maio de 1914
VideoClipe: Realização Vítor Duarte Marceneiro
Figurantes: Alfredo Duarte e Beatriz Duarte (4ª Geração de Marceneiro)
Ideia recolha de fotos na net: Alfredo Duarte
Palavras ditas por: Vitor Duarte Marceneiro
Música: Fado Ana Maria de Alfredo Marceneiro
Interprete: Arménio de Melo à Guitarra. Viola Jaime Santos, Viola Baixo José Elmiro
"LARANJEIRA FLORIDA"
Letra de Julio César Valente
Música: Fado Alexandrino de Alfredo Marceneiro
Repertório de: Alfredo Marceneiro
Em tenra a laranjeira
Ainda pequenina
Onde poisava o melro
Ao declinar do dia
Depois de te beijar
A boca purpurina
Um nome ali gravei
O teu nome Maria
Em volta um coração
Ao circundar teu nome
A minha mão gravou
Esculpi-lhe uma data
E o trabalho feito
Como sêlo de amor
No tronco l á ficou
Mas no rugoso tronco
Eu vejo com saudade
O símbolo do amor
Que em tempos nos uníu
Cadeia de ilusões
Da nossa mocidade
Que o tempo enferrujou
E que depois partiu
E à linda laranjeira
Altar pregão d´amor
Que tem a cor da esperança
A cor das esmeraldas
Vão as noivas colher
As simbólicas flores
Para tecer num sonho
As virginais grinaldas
OS PINHEIROS
Letra: Carlos Conde
Música: Fado do Porto
Repertório de: Alfredo Duarte Jr.
Num grande país do norte
Muito distante do nosso
Todo cercado por mar
Andei em busca da sorte
Tinha saúde era moço
Pedi para trabalhar
E apontaram-me distante
Um pinhal junto da serra
Transpus um povo, outro povo
Que davam a todo o instante
Ideia da minha terra
Cheguei lá ergui os braços
E dois pinheiros convulsos
Cairam mortos no chão
Fi-los depois em pedaços
Eu tinha alugado os pulsos
Para ganhar o meu pão
Quando a luz já era menos
Fui fazer a minha cama
E detive-me com espanto
Vendos os pequenos pinheiros
Deixando cair da rama
Gotas amargas de pranto
Acordei entrestecido
Revi todos os meus trilhos
E quase insultei os céus
A vida toda ela é um crime
Para sustentar os meus!
É justo relembrar El Rei D. Dinis, O Lavrador, que no meu tempo da primária. tinhamos que saber, que entre vários feitos, mandou plantar o pinhal de Leiria, parece que hoje não é importante, mas esta ideia do meu filho Alfredo, serviu também para eu lhe falar deste nosso rei, porque na escola ainda não falaram "destas coisas"!
El Rei D. Dinis, foi um dos mais marcantes vultos do Portugal medieval. Protector da agricultura, mandou plantar o pinhal de Leiria e povoou o litoral. Criou a Universidade e abriu horizontes culturais à Nação. O rei “Trovador”, famoso pelas suas românticas cantigas de amigo, foi uma espécie de inventor da elegância. Destacou-se a escrever e tornou o português na língua oficial do País. Rei poeta, cortejou as artes.
Pinhal de Leiria
Recebi após a publicaçâo desta página, um comentário do meu querido amigo e já habitual comentador Domingos Mesias, cujas notas com que nos tem brindado dão a conhecer ser possuidor de uma cultura geral digna de registo.
Achei uma ternura o poema dedicado à sua "filhota" Ana Sofia, sendo curioso que ambos partilhamos das mesmas ideias e valores que transmitimos aos nossos filhos.
Pedi-lhe para me enviar uma foto da "filhota" e se podia dar destaque ao seu apontamente, ao que ele acedeu.
Querido amigo Marceneiro,
A seguinte frase pertence ao feedback que obtive ao enviar este endereço de blogue ao meu parente Manuel Teixeira que nasceu e vive nos Estados Unidos da América e que nutre connosco, em comum, esta intemporal paixão pelos assuntos do FADO:
«i love the poem written by the eight year old about protecting trees!!!».
Todos nutrimos, verifico também, a encantadora tarefa de ser-mos pais e educadores de nossa geração.
Fica, da minha autoria, escrito até antes umas semanas de vir a ser pai, em 2001:
ANA SOFIA
Sê bem vinda, rebento meu.
Herdeira de mim e do Céu
Consigas ver nossa Luz,
Nos tragas mais fé no amor
E tamanho à felicidade,
Nos proves que Quem nos conduz
Nos Quis a todos sem idade.
Vem e trás dos mais lindos sonhos,
De todos ainda por sonhar,
Que, em esta vida por viver
Que iremos poder partilhar,
Saibamos do que tem que ser
E nos saibamos ensinar
A ser livres e responsáveis,
A ser felizes e a amar.
Vem saber o que a vida pede,
Vem buscar o que a vida dá,
Vem-me conhecer, que por breve
Possamos conhecer-nos cá.
Domingos Manuel Teixeira Mesias.
Tue, 09 Oct 2007 09:36:42 GMT:
P.S. Deixo referido que por via da divulgação que o amigo produz já aprendemos, eu a a Ana Sofia, toda a parte cantada da Marcha do Centenário. Sementes de amor por Lisboa...
E DIGAM LÁ SE ISTO NÃO É FADO....
NOTA DO AUITOR: Esta página foi já publicada em 9 de Outubro de 2007, acho pernitente relembrar, será que num ano algo mudou?