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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Terça-feira, 18 de Março de 2014

ADELINA RAMOS - Fadista

 

 

Nasceu em Lisboa (Monte Pedral), no bairro da Graça, a 14 de Junho de 1916.

 

Aos  14 anos, canta pela primeira vez no Grémio Instrutivo Familiar Os Trovadores,  nesta sociedade recreativa do bairro da Graça, fazima-se grandes noites de Fado, por lá passaram, Leonor Duarte (cunhada de Alfredo Marceneiro) , o próprio  Alfredo Marceneiro e seu irmão Júlio Duarte, Ercília Costa, Berta Cardoso e muito outros.

 

Adelina Ramos faz assim a sua entrada na vida artística, mantendo-se como amadora durante cerca de quatro anos (1929-1933), espaço de tempo em que é muito solicitada para actuar em clubes recreativos e festas de beneficência. Aos 17 anos, em Março de 1933, com o intuito de auxiliar nas despesas da casa e por a sua mãe se encontrar doente, Adelina Ramos tira a carteira profissional.

 

Adelina Ramos foi uma­ das verda­deiras fadistas, que o Fado conheceu.

Os Fados que ela cantava saíam-lhe da garganta onde o bairrismo alfa­cinha, puro e nato, tem todo o encanto pitoresco da genuína expressão fadista!

Ade­lina Ramos soube conservar-se humildemente, uma grande fadista!

Foi a criadora do conhecido Fado "Não Passes com ela à minha Rua".

Ao ouvi-la cantar o «menor», o «cor­rido», o «meia-noite», etc., afirmavam os seus admiradores:

— Sente-se o que ela canta, no mo­dular espontâneo e natural das frases musicais, que lhe saem da garganta, como saem – isto é que é Fado, meus senhores... – ela dá-nos toda uma gama de sentimentos e emoções que no Fado procura­mos e admiramos. Em noite grande, Adelina empolga, can­ta a garganta, cantam os olhos, cantam os gestos… E, quase sem nos apercebermo-nos, suavemente fi­camos presos na magia da sua voz, que nos embala a alma, dizendo-nos coisas de amor, de saudade, de ciúme, de re­volta... Sentimo-nos extasiados, fere-nos a carícia da sua voz a desvendar-nos esse mundo íntimo e profundo, que palpita em todos nós, e só o Fado consegue revelar.

Adelina Ramos, recolheu-se nos últimos tempos da sua vida na Casa do Artista, local onde faleceu a 27 de Julho de 2008, como a data foi num fim-de-semana, não houve uma divulgação eficaz da efeméride, e assim,  os seus amigos e admiradores, nos quais me incluo, não puderam prestar-lhe a última e condigna homenagem.

Assisti desde muito miúdo,   quando ía com o meu avô ao Bairro Alto, pois este,  não deixava de passar sempre pelo restaurante típico, de que era proprietária com o marido, Batista Coelho, onde assisti a grandes noites de Fado.

A Tipoia foi um recinto por onde passaram quase todos os grandes nomes do Fado da época, assim como figuras de relevo da nossa  sociedade e da cultura.

Recordo noites fantásticas em que José Carlos Ary dos Santos,  lá se encontrava,  e não se escusava a declamar poemas seus, que faziam o delirio dos presentes.

 

                                                    

                

 

Adelina Ramos

versos de: Carlos Conde     

 

Adelina Ramos. Pronto.

Não é preciso mais nada,

Nem há lugar p'ra confronto

Nesta artista consagrada.

 

Canta o fado à moda antiga,

E dos laivos do passado

Às rimas de uma cantiga

Tudo tem sabor a fado.

 

Pela expressão saudosista

Que imprime aos fados que entoa,

Há quem lhe chame a fadista

Mais fadista de Lisboa

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa: Grandes vultos do passado
publicado por Vítor Marceneiro às 09:00
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Segunda-feira, 20 de Agosto de 2007

ADELINA RAMOS

Adelina Ramos canta:

Ouvi Cantar o Ginguinhas

 

ADELINA RAMOS

Adelina Ramos foi uma­ das verda­deiras fadistas, que o Fado conheceu.

Os Fados que ela cantava saíam-lhe da garganta onde o bairrismo alfa­cinha, puro e nato, tem todo o encanto pitoresco da genuína expressão fadista!

Ade­lina Ramos soube conservar-se humildemente, uma grande fadista!

Ao ouvi-la cantar o «menor», o «cor­rido», o «meia-noite», etc., afirmavam os seus admiradores:

Sente-se o que ela canta, no mo­dular espontâneo e natural das frases musicais, que lhe saem da garganta, como saem – isto é que é Fado, meus senhores... – ela dá-nos toda uma gama de sentimentos e emoções que no Fado procura­mos e admiramos. Em noite grande, Adelina empolga, can­ta a garganta, cantam os olhos, cantam os gestos… E, quase sem nos apercebermo-nos, suavemente fi­camos presos na magia da sua voz, que nos embala a alma, dizendo-nos coisas de amor, de saudade, de ciúme, de re­volta... Sentimo-nos extasiados, fere-nos a carícia da sua voz a desvendar-nos esse mundo íntimo e profundo, que palpita em todos nós, e só o Fado consegue revelar.

Adelina Ramos foi proprietária do Restaurante Típico “A Tipóia”, recinto por onde passaram quase todos os grandes nomes da época, quer de fadistas, quer figuras de relevo da sociedade de então.

 

                                                  Adelina Ramos

versos de: Carlos Conde     

 

Adelina Ramos. Pronto.

Não é preciso mais nada,

Nem há lugar p'ra confronto

Nesta artista consagrada.

 

Canta o fado à moda antiga,

E dos laivos do passado

Às rimas de uma cantiga

Tudo tem sabor a fado.

 

Pela expressão saudosista

Que imprime aos fados que entoa,

Há quem lhe chame a fadista

Mais fadista de Lisboal

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Ouvi Cantar o Ginguinhas
publicado por Vítor Marceneiro às 22:00
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