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"O Patriarca do Fado"
Domingo, 12 de Janeiro de 2014

Alcino Frazão

 

 Nasceu em 1961 na Parede e faleceu prematuramente num violento desastre de automóvel na Estra­da Marginal Lisboa-Cascais, em 1988.

A mãe cantava o Fado, o pai António Frazão, marceneiro de profissão e fadista de alma e coração, tinha em casa uma guitarra, e o Alcino desde muito miúdo começou a tocar as músicas que ouvia na telefonia. Os pais,  sendo ele ainda muito miúdo, levavam-no ao Galito, com cerca de uns sete anos de idade, quando o conheci, era na altura em que o José Inácio tocava guitarra, acompanhado pelo Pirolito da Ericeira, que era simultaneamente o porteiro. Ora mal o José Inácio nos intervalos pousava a guitarra, logo o Alcino se agarrava a ela, e começava a dedilhar à sua maneira, o que já sabia.
Tal era a sua vocação e gosto pelo instrumento, ao qual se dedicou intensamente, permitindo que se estreasse  profissionalmente a acompanhar o ir­mão, o fadista Carlos Zel.
Fez a sua primeira gravação a solo aos 15 anos.
Cedo começou a ser contratado para guitarrista em diversos recintos de Fado.
Fez deslocações profissionais às Ilhas, Suíça, Brasil e Canadá, acompanhando fadistas de nomeada
Foi convidado para o grupo que acompanhava Amália, mas o seu sentido de respon­sabilidade levou-o a não aceitar por «não se sentir preparado».
Foi talvez dos pri­meiros guitarristas de uma nova geração cujo virtuosismo e espírito de inovação levou a gui­tarra ao acompanhamento de cantores como Paulo de Carvalho e Fernando Pereira, contri­buindo decisivamente para um novo enquadra­mento da guitarra entre músicos e intérpretes mais jovens e de outras áreas, que não exclusiva­mente o Fado.
Foi uma perca muito grande, pois teria decerto muito a dar à Guitarra Portuguesa e ao Fado.

Quando em 2010, publiquei pele primeira vez esta página sobre o Alcino Frazão, recebi do meu amigo João Baptista-Lopes, companheiro de grandes noites de Fado, também ele fadista e autor de poemas, este apontamento :

O Alcino, a primeira vez que verdadiramente contratado - com "cachet" ao fim da noite (mais precisamente de 600$00 - corria o ano da graça de 1979), foi no Pistaré, no Estoril, lugar onde lhe começaram a surgir os contratos, nomeadamente para ir tocar ao Canada, o seu primeiro contrato no estrangeiro !
Este contrato com o Pistaré durou alguns meses, tendo sido algumas vezes substituído, entre outros, pelo saudosos José Inácio e finalmente pelo Corgas, que tem hoje ainda uma casa de fado em Paris.
Não quero criar qualquer tipo de polémica, nem criticar quem quer que seja, pelos diversos comportamentos de aproveitamento da qualidade que o Alcino mostrava já nessa altura !
No entanto, não enjeito o facto de ter feito parte - modestamente - do seu percurso.

Varioações na Guitarra Portuguesa por Alcino Frazão
"Marchas de Lisboa"
Tomo a liberdade de inserir um Video Clip postado no Youtub por

nlovewithfado

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Guitarrada "Marchas de Lisboa"
Viva Lisboa: Que Saudadese amigo
publicado por Vítor Marceneiro às 18:00
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Terça-feira, 20 de Julho de 2010

ALCINO FRAZÃO - Guitarrista

 

Alcino Frazão, nasceu em 1961 na Parede e faleceu prematuramente num violento desastre de automóvel na Estra­da Marginal Lisboa-Cascais, em 1988.
A mãe cantava o Fado, o pai António Frazão, marceneiro de profissão e fadista de alma e coração, tinha em casa uma guitarra, e o Alcino desde muito miúdo começou a tocar as músicas que ouvia na telefonia. Os pais,  sendo ele ainda muito miúdo, levavam-no ao Galito, com cerca de uns sete anos de idade, quando o conheci, era na altura em que o José Inácio tocava guitarra, acompanhado pelo Pirolito da Ericeira, que era simultaneamente o porteiro. Ora mal o José Inácio nos intervalos pousava a guitarra, logo o Alcino se agarrava a ela, e começava a dedilhar à sua maneira, o que já sabia.
Tal era a sua vocação e gosto pelo instrumento, ao qual se dedicou intensamente, permitindo que se estreasse  profissionalmente a acompanhar o ir­mão, o fadista Carlos Zel.
Fez a sua primeira gravação a solo aos 15 anos.
Cedo começou a ser contratado para guitarrista em diversos recintos de Fado.
Fez deslocações profissionais às Ilhas, Suíça, Brasil e Canadá, acompanhando fadistas de nomeada
Foi convidado para o grupo que acompanhava Amália, mas o seu sentido de respon­sabilidade levou-o a não aceitar por «não se sentir preparado».
Foi talvez dos pri­meiros guitarristas de uma nova geração cujo virtuosismo e espírito de inovação levou a gui­tarra ao acompanhamento de cantores como Paulo de Carvalho e Fernando Pereira, contri­buindo decisivamente para um novo enquadra­mento da guitarra entre músicos e intérpretes mais jovens e de outras áreas, que não exclusiva­mente o Fado.
Foi uma perca muito grande, pois teria decerto muito a dar à Guitarra Portuguesa e ao Fado.
  

 

Depois de publicar esta página pela primeira vez em Agosto de 2007, recebi de um amigo o João Baptista Lopes, que conviveu com o Alcino e o irmão o Carlos, esta observação:

 

 - O Alcino, a primeira vez que verdadeiramente foi contratado - com "cachet" ao fim da noite (mais precisamente de 600$00 - corria o ano da graça de 1979) e não "adeus até amanhã, se quizeres podes vir outra vez amanhã - com "cachet" ao fim da noite, dizia, foi no Pistaré, no Estoril, lugar onde lhe começaram a surgir os contratos, nomeadamente para ir tocar ao Canada, o seu primeiro contrato no estrangeiro !
De referir ainda que este contrato com o Pistaré durou alguns meses, tendo sido algumas vezes substituido, entre outros, pelo saudosos José Inácio e finalmente pelo Corgas, que tem hoje ainda uma casa de fado em Paris.
Embora pudesse, não quero com isto criar qualquer tipo de polémica, nem criticar quem quer que seja, pelos diversos comportamentos de aproveitamento da qualidade que o Alcino mostrava já nessa altura !
No entanto, não enjeito o facto de ter feito parte - modestamente - do seu percurso.
Um abraço e até breve.
João Baptista-Lopes

 

Alcino Frazão toca variações sobre Marchas de Lisboa

 

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publicado por Vítor Marceneiro às 20:00
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