Clique aqui para se inscrever na
Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Sexta-feira, 9 de Março de 2012

ALDINA DUARTE

 Aldina Duarte canta com letra de sua autoria
 "Lirio Quebrado" na música: do Fado Bailado de Alfredo Marceneiro
Video-Clip postado no Youtube por Casa do Fado

 

 

AS MULHERES AO ESPELHO DE ALDINA DUARTE

Um dia, o sol e um cortejo de estrelas dispuseram sobre o seu corpo duas asas brancas. - Asas, perguntou Aldina? - Sim, asas, para que do teu voo nasçam os acordes de um disco. 0 !eu primeiro de muitos, que se chamará "APENAS 0 AMOR". Cumprida a bela viagem inaugural, Aldina nunca mais deixou de voar, cada vez mais o seu jeito, sem resistir sequer a partilhar publicomente algumas reticências. Como se pode ler, logo a abrir, nos pontinhos do texto do seu segundo disco "CRUA". Caminhando o seu caminho, atenta ao ar do tempo e do lugar que habita, gulosa deles, foi apalpando as estrias da memória de si, com desassombro, mesmo (ou sobretudo) quando mais faziam doer. Aprendeu a olhar de frente as feridas e as cicatrizes, sorrindo-lhes para melhor as sarar. Primeiro encontro com o espelho? A voz, o sua voz, embalava-lhe os gestos e os passos, guiando-os. E... há sempre a terra, o rio, os astros no céu. 0 mar. Há sempre os amigos, que lhe adoçam o hora das horas que vive. Há sempre o família, essa sua gruta de todas as consolações. Hà sempre Maria de Lurdes, a mâe, a grande árvore fundadora. A árvore de inspiração para a vida. E há sempre o fado, o que atravessou os tempos, e os cantou, contando-os. Aldina começou o tratá-lo por tu: Timidamente, a principio. Mais afoita, com o rolar dos anos. Assim lhe exigiram umas senhoras do fado, dos maiores, suas fadas-madrinhas - Beatriz da Conceição e Maria da Fé, para cá das nuvens; Lucilia do Carmo e Herminia Silva, para lá desses flocos do céu. Foram elos que até ao fado a levaram e, em a levando, lhe deram nobre benção. Chegou então a hora de Aldina se contar mulher, mulheres. Terá sido a imagem no espelho o exigi-lo, a ela que nunca nele se viu desacompanhada? Ou foi Aldina quem quis contar as mulheres que nessa imagem, a seu lado, reconhecia? Segredou-lhe o espelho o titulo do terceiro disco? Assim - Deverá chamar-se "MULHEHES AO ESPELHO" e haverá nele a voz de uma segunda mulher, de uma grande poeta nossa. Calar-se-âo a guitarra, a viola e a tua voz, para que seja o poema "MÃE", de Maria do Rosário Pedreira, a selar, com a gravidade sublime da poesia, este novo disco de ti, minha queridafadista de corpo inteiro!

Maria João Seixas

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: Lírio Quebrado
Viva Lisboa:
publicado por Vítor Marceneiro às 22:00
link do post | comentar | favorito
Sábado, 5 de Julho de 2008

ALDINA DUARTE

Tem o dom de ter ALMA FADISTA

 

 

Música: Aldina Duarte edita álbum onde procura harmonizar alegria e tristeza

 

Lisboa, 06 Jun (Lusa) - A fadista Aldina Duarte edita esta semana o seu terceiro álbum, "Mulheres ao espelho", o primeiro com uma capa colorida, como sublinhou à Lusa, por ser o que revela "maior harmonia entre a alegria e a tristeza".

    "Espelho de mulheres" é editado pela Roda-Lá Música, etiqueta criada pela artista que, perante "portas fechadas", decidiu "arriscar".

    Neste álbum de capa colorida, design de Rui Garrido e fotografia de Isabel Pinho, além do fado tradicional, Aldina Duarte canta fados canção.

    A fadista canta cinco poemas seus e dois de Rosário Pedreira, “poeta” com que fecha o CD declamando "Mãe", de sua autoria.

    O primeiro verso do poema reza assim: "Mãe, eu quero ir-me embora - a vida não é nada".

    Aldina afirmou à Lusa que "o poema da Maria Rosário fala de uma coisa que ninguém quer ouvir mas sobre a qual devemos pensar, para a qual temos de conseguir olhar e até por solidariedade com quem viveu por aquela situação".

    "Foi uma situação pela qual uma amiga minha passou e há coisas que são duras e não queremos pensar, mas essa não é atitude certa", acrescentou.

    Maria José da Guia, Hermínia da Silva e Lucília do Carmo são três fadistas a quem presta homenagem por lhe "servirem de espelho".

    De Maria José da Guia, falecida em 1992, canta "Bairro divino" (Álvaro Duarte Simões); de Hermínia Silva, que morreu a 13 de Junho de 1993, "A rua mais lisboeta" (Lourenço Rodrigues/Vasco Macedo); e de Lucília do Carmo, falecida há nove anos, interpreta "Não vou, não vou" (Júlio de Sousa/Mário Moniz Pereira).

    "São três mulheres que me servem de espelho na minha profissão de fadista", sublinhou.

    Mas não é "este espelho" a razão única da escolha do título do álbum. Segundo Aldina, "este espelho espelha também histórias com princípio, meio e fim de muitas mulheres".

    "Vi-me em muitas mulheres quando idealizei este álbum", explicou.

    Acompanham a fadista os músicos que com ela gravam desde o primeiro álbum, José Manuel Neto na guitarra portuguesa e Carlos Manuel Proença na viola (Prémio Amália Rodrigues 2008), que também assina a direcção musical.

    Interessada nas "coisas do fados e nas suas histórias e história", Aldina Duarte afirmou à Lusa que este seu trabalho de "constante pesquisa" é "um instrumento do fado" e que ouvindo e conhecendo vai "apurando o ouvido e a sensibilidade".

    Actualmente empenhada na divulgação deste álbum, a fadista tem em projecto um programa de rádio e agendados vários espectáculos.

    Dia 04 de Julho actua no Cine-Teatro Batalha no Porto, mas antes apresenta "Espelho de mulheres", dia 28 de Junho, na FNAC Chiado (Lisboa), pelas 18:00.

    Dia 07 de Julho actuará em Berlim, no âmbito do Festival Internacional de Poesia, e 13 do mesmo mês inicia um ciclo de apresentações aos domingos na Fábrica de Braço de Prata, em Xabregas, Lisboa.

    "Apenas Amor", de 2004, foi o álbum de estreia da fadista, que começou a cantar aos 24 anos e se afirma admiradora de Camané, Beatriz da Conceição, Maria da Fé, Mariza e Carlos do Carmo.

    O disco foi bem acolhido pela crítica e público e em 2006 editou "Crua", um álbum composto exclusivamente por poemas de João Monge.

    Aldina Duarte, natural de Lisboa, cresceu em Chelas, começou a trabalhar aos 20 anos num jornal e passou depois pela rádio.

    Cantou no coro de uma banda, os "Piranhas Douradas", e trabalhou no Centro de Paralisia Cerebral, onde deu o seu primeiro espectáculo.

    Camané, Mariza, Pedro Moutinho e António Zambujo, são alguns dos fadistas que interpretam poemas de sua autoria.

   

    NL.

    Lusa/Fim

Aldina Duarte

Canta: No Fim

Poema de sua autoria com música de Alfredo Marceneiro

 

 AS MULHERES AO ESPELHO DE ALDINA DUARTE
Um dia, o sol e um cortejo de estrelas dispuseram sobre o seu corpo duas asas brancas. -  Asas,
perguntou Aldina? - Sim, asas, para que do teu voo nasçam os acordes de um disco. 0 !eu primeiro de muitos, que se chamará "APENAS 0 AMOR".
Cumprida a bela viagem inaugural, Aldina nunca mais deixou de voar, cada vez mais o seu jeito, sem resistir sequer a partilhar publicomente algumas reticências. Como se pode ler, logo a abrir, nos pontinhos do texto do seu segundo disco "CRUA".
Caminhando o seu caminho, atenta ao ar do tempo e do lugar que habita, gulosa deles, foi apalpando as estrias da   memória de si, com desassombro, mesmo (ou sobretudo) quando mais faziam doer.
Aprendeu a olhar de frente as feridas e as cicatrizes, sorrindo-lhes para melhor as sarar. Primeiro encontro com o espelho?
A voz, o sua voz, embalava-lhe os gestos e os passos, guiando-os. E... há sempre a terra, o rio, os astros no céu. 0 mar. Há sempre os amigos, que lhe adoçam o hora das horas que vive. Há sempre o família, essa sua gruta de todas as consolações. Hà sempre Maria de Lurdes, a mâe, a grande árvore fundadora.
A árvore de inspiração para a vida.

E há sempre o fado, o que atravessou os tempos, e os cantou, contando-os. Aldina começou o tratá-lo
por tu: Timidamente, a principio. Mais afoita, com o rolar dos anos. Assim lhe exigiram umas senhoras do fado, dos maiores, suas fadas-madrinhas - Beatriz da Conceição e Maria da Fé, para cá das nuvens; Lucilia do Carmo e Herminia Silva, para lá desses flocos do céu. Foram elos que até ao fado a levaram e, em a levando, lhe deram nobre benção.
Chegou então a hora de Aldina se contar mulher, mulheres. Terá sido a imagem no espelho o exigi-lo, a ela que nunca nele se viu desacompanhada? Ou foi Aldina quem quis contar as mulheres que nessa imagem, a seu lado, reconhecia? Segredou-lhe o espelho o titulo do terceiro disco? Assim - Deverá chamar-se "MULHEHES AO ESPELHO" e haverá nele a voz de uma segunda mulher, de uma grande poeta nossa. Calar-se-âo a guitarra, a viola e a tua voz, para que seja o poema "MÃE", de Maria do Rosário Pedreira, a selar, com a gravidade sublime da poesia, este novo disco de ti, minha queridafadista de corpo inteiro!

Maria João Seixas

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
música: No Fim de Aldina Duarte e Alfredo Marceneiro
publicado por Vítor Marceneiro às 11:57
link do post | comentar | favorito
Clique na Foto para ver o meu perfil!

arquivos

Março 2024

Agosto 2021

Maio 2021

Fevereiro 2021

Maio 2020

Março 2020

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Novembro 2018

Outubro 2018

Agosto 2018

Dezembro 2017

Outubro 2017

Agosto 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Aguarelas gentilmente cedidas por MESTRE REAL BORDALO. Proibida a sua reprodução.

tags

10 anos de saudade

2008

50 anos de televisão

a severa

ada de castro

adega machado

adelina ramos

alberto ribeiro

alcindo de carvalho

alcino frazão

aldina duarte

alfredo correeiro

alfredo duarte jr

alfredo duarte jr.

alfredo duarte júnior

alfredo marcemeiro

alfredo marceneiro

alice maria

amália

amália no luso

amália rodrigues

américo pereira

amigos

ana rosmaninho

angra do heroísmo

anita guerreiro

antónio dos santos

antónio melo correia

antónio parreira

argentina santos

armanda ferreira

armandinho

armando boaventura

armando machado

arménio de melo - guitarrista

artur ribeiro

beatriz costa

beatriz da conceição

berta cardoso

carlos conde

carlos escobar

carlos zel

dia da mãe

dia do trabalhador

euclides cavaco

fadista

fadista bailarino

fado

fado bailado

fados da minha vida

fados de lisboa

feira da ladra

fernando farinha

fernando maurício

fernando pinto ribeiro

florência

gabino ferreira

guitarra portuguesa

guitarrista

helena sarmento

hermínia silva

herminia silva

joão braga

josé afonso

júlia florista

linhares barbosa

lisboa

lisboa no guiness

lucília do carmo

magusto

manuel fernandes

marchas populares

maria da fé

maria josé praça

maria teresa de noronha

max

mercado da ribeira

miguel ramos

noites de s. bento

oficios de rua

óleos real bordalo

paquito

patriarca do fado

poeta e escritor

porta de s. vicente ou da mouraria

pregões de lisboa

raul nery

real bordalo

santo antónio de lisboa

santos populares

são martinho

teresa silva carvalho

tereza tarouca

tristão da silva

vasco rafael

vítor duarte marceneiro

vitor duarte marceneiro

vítor marceneiro

vitor marceneiro

zeca afonso

todas as tags