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Associação Cultural de Fado

"O Patriarca do Fado"
Sexta-feira, 22 de Dezembro de 2017

Alfredo Duarte Júnior -Que Saudades 1924 - 1999

QUE SAUDADES.... ALFREDO DUARTE JÚNIOR, meu saudoso pai.
Ainda na memória dos verdadeiros amantes do fado, o «castiço» Alfredo Duarte Júnior sempre fez por honrar o nome de seu pai, o inesquecível Marceneiro, verdadeira legenda de oiro do Fado Tradicional. Se a história do Fado tem vindo a ser escrita, através dos tempos pelos seus mais expressivos intérpretes, é inegável que a carreira de Alfredo Duarte Júnior merece vir a ocupar Interessante e importante capítulo.
 

ALFREDO DUARTE JÚNIOR- Filho de Alfredo Marceneiro, nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel, a 23 de Dezembro de 1924.

Começou a cantar muito jovem nas verbenas, só se profissionalizou em 1950.

Foi apelidado de "Fadista Gingão" porque começou a dar às suas interpretações uma coreografia , inédita no Fado, o que lhe valeu muitas críticas, mas ainda hoje há muitos que o imitam, quer no gingar, quer usando o lenço, ou boné.

Foi rei da rádio nos anos sessenta, cantou na RTP, e nas rádios. Esteve nos Estados Unidos, Inglaterra, gravou mais de uma dezena de discos.

Por fim chamaram-lhe o "Fadista Bailarino" uns gostavam, outros não, mas marcou um estilo muito seu, e tem por mérito próprio um lugar na História do Fado.

A 6 de Junho de 1999 faleceu em Lisboa, na Rua do Cura no bairro da Madragoa, os seus restos mortais estão no talhão dos artistas no cemitério dos Prazeres.

Alfredo Duarte Júnior não merece um lugar no Museu do Fado, usa-se a foto de Alfredo Marceneiro colocando a seu lado muita gente, mas o filho é totalmente ignorado.

© Vítor Duarte Marceneiro

Alfredo Duarte Júnior

Canta: Fado Nosso

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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, assim como registo na Sociedade Portuguesa de Autores, sócio nº 125820, e Alfredo Marceneiro é registado como marca nacional no INIP, n.º 495150.
Viva Lisboa: Honrado nas origens
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Terça-feira, 17 de Janeiro de 2017

Vítor Duarte Marceneiro - Fui á Feira da Ladra há mais de 65 anos

Fui à Feira da Ladra com o meu pai...

Vitó com 6 anos.jpg

 

Tinha eu uns seis anos de idade, quando num Sábado o meu pai  Alfredo Duarte Jr., me foi buscar a casa dos meus avós para me levar a conhecer a Feira da Ladra. Nessa época meu pai já tinha abraçado a profissão de "Artista de Variedades – Fadista", mas estava no início, o que ainda não lhe dava estabilidade económica. Com o falecimento precoce de minha mãe, passei a viver com os meus avós, na Rua da Páscoa, a Santa Isabel – Campo de Ourique.

Fomos a pé até ao Largo do Rato, descemos a Rua de S. Bento e, quando íamos a meio da Av.ª D. Carlos I, comecei a chorar porque me doíam muito os pés; tinha calçado nessa altura umas botas de carneira com sola de pneu, boas para jogar à bola, mas para caminhadas pareciam ser feitas de chumbo. Meu pai ficou um pouco arreliado, pois estava a fazer planos para irmos até ao Campo de Santa Clara a pé, e logo me disse:

– Lá vamos ter que gastar catorze tostões em dois bilhetes de eléctrico para a Graça.

                       

Carro Eléctrico aberto anos 50

Chegámos a Santos e apanhámos o eléctrico, tal como o da foto acima (eléctrico aberto). Lembro-me que enjoei um pouco, pois o meu pai disse-me:

– Eh pá, estás amarelo, não vomites no carro – e passou-me para o topo do banco, onde era totalmente aberto, agarrando-me o braço com força para eu não cair.

Lá chegámos e entrámos para o recinto, pelo lado da Rua da Voz do Operário.

 

                    

                        

                                    Foto do ambiente da Feira da Ladra, anos 50

 

Aquilo era um mundo fantástico para mim (tantas coisa giras); algumas eu nem sabia para que serviam, mas meu pai era frequentador e já ia com a ideia fixa do que queria comprar: uma grafonola! Fomos ao poiso do homem que ele sabia ter uma para vender, embora avariada. Na semana anterior já tinha tentado negociar um bom preço, mas não conseguiu. Com a minha presença (talvez para puxar ao sentimento) e batendo no argumento de que a corda estava partida e talvez nunca fosse possível reparar, lá a comprámos por 20$00, incluindo uma caixa de agulhas e um disco de massa da "Voz do Dono" com dois temas de Maria Alice (que mais tarde veio a ser mulher de Valentim de Carvalho).

Tentámos, nos vários comerciantes, arranjar um disco do meu avô para lhe fazer a surpresa, mas em vão; os discos de "Marceneiro" ainda eram preciosidades, raras de mais para aparecerem por ali.

Com o meu pai a transportar a grafonola, que depois de fechada parecia uma mala e tinha uma pega, começámos a descer em direcção à Av.ª 24 de Julho, para nos irmos embora. Ao passarmos junto ao gradeamento que dá para o Hospital da Marinha, havia um homem a vender calçado usado, mas com bom aspecto e muito bem engraxado. Os meus olhos fixaram logo uma botas de cano alto (à cow-boy). Pedi ao meu pai para ir ver se eram da minha medida, calcei-as e recordo que estavam um pouco compridas. Mas o homem disse logo que era a minha medida e que tinham solas novas, estavam muito baratas, só 15$00. Ó paizinho, compre, para eu levar para a escola (eu entrava em Outubro desse ano de 1952 para a 1ª Classe, nas Oficinas de S. José, aos Prazeres).

– São caras e o pai só tem... – e levou a mão ao bolso, mostrando 8$60.

O homem, com a sua lábia de vendedor, disse-lhe:    

– Estas botas, por 15$00, são um pechincha... Mas como o miúdo está aí tão triste, dê cá isso e leve lá as botas.

Mesmo antes que meu pai dissesse algo, embrulhou-as em papel de jornal, atou-as com uma guita, à volta. Eu agarrei-as logo, pois o meu pai, carregado com a grafonola, ainda podia dizer que não, o que não aconteceu. Lá deu o dinheiro ao homem e – meu Deus, como hoje recordo (sem pieguices ,mas com uma lágrima no olho) – que alegria!

Começámos a descer para a 24 de Julho, quando o meu pai se volta para mim e a rir diz:

– O menino Vitó levou a sua avante, mas esqueceu-se de uma coisa: o pai não tem mais dinheiro e agora temos que ir para casa a pé; e olha que não te posso ajudar porque a grafonola ainda é pesada.

– Ó paizinho, não há problema; eu aguento.

– Sempre quero ver isso – retorquiu ele.

Chegámos ao Cais do Sodré e eu derreado, já não conseguia dar mais um passo. Meu pai, a quem também já doía o braço de carregar a grafonola, poisou-a no chão, junto a uma parede, sentou-me em cima dela, disse-me que não saísse dali porque ia ao bar da gare dos comboios, ver se estava lá alguém conhecido.

Fiquei ali e, passados uns minutos, o meu pai aparece com uma sandes de torresmos e um pirolito. Fiquei deliciado, porque já havia um bom bocado que tinha fome e sede, mas não tinha dito nada para não complicar ainda mais a situação. Então, ele disse-me:

– Bem, espero que tenhas aprendido a lição; mas como o pai ainda descobriu aqui no fundo do bolso uns trocos, que deram para as sandes e ainda nos sobrou 2$00, assim podemos ir de eléctrico até ao Rato.

Calculem o alívio e alegria quando ouvi esta novidade, e lá fomos os dois a rir às gargalhadas para a paragem do eléctrico.

Foi um dia em cheio (que saudades, pai)...

Mal chegámos a casa, o meu avô começou logo meter-se com o meu pai, em ar de troça:

– Uma grafonola... e avariada!

– Deixe estar, que eu e o Vitó arranjamos isto – dizia o meu pai.

Claro que eu não percebia nada daquelas coisas, mas recordo ter ficado todo orgulhoso com o comentário. No futuro viria a ter esse jeito para as máquinas e ferramentas, mas meu pai era um grande “engenhocas”, lá em casa arranjava tudo.

Limpámos muito bem a caixa, que estava um pouco mal tratada, e meu pai desmontou o engenho de corda. Lembro-me que era parecido com a corda dos relógios de sala e – vejam a nossa sorte – a corda não estava partida, tinha-se solto o engate da ponta, que prendia ao sistema de fixação do enrolamento. O meu pai todo contente só dizia:

– Eu sabia, eu sabia!

Grafonola-Gramofone-de-mala-antiga-20140202180932.

 

Após a montagem, com a família toda à volta do engenho posto em cima da mesa de jantar, o meu pai dá à corda, destrava a pequena alavanca e o prato começa a rodar. Foi uma proeza saudada com grande algazarra e alegria. Logo o meu avô deu o dito por não dito:

– Já podemos tentar arranjar uns discos meus.

Entretanto, meu pai monta uma agulha, dá à corda (avisa-nos que não se deve rodar até prender, pois pode partir a corda ou voltar a soltar-se o engate) e põe o disco da Maria Alice. Foi, decerto, o primeiro disco que ouvi na minha vida, de tal forma que ainda hoje me lembro do fado na totalidade:

 

Acredita meu amor

Quando te vou visitar

Às grades dessa prisão

Sufocada pela dor

De te ver assim penar

Estala meu coração

 

Por mim mataste um rival

És agora condenado

Ao degredo por castigo

Mas juro por amor fatal

Não vai meu corpo a teu lado

Mas vai minha alma contigo

 

Depois, tomámos o gosto à grafonola e o primeiro disco do meu avô que arranjámos foi da “ODEON”, com os temas, "Amor de Mãe" e "Os Olhos". Como sabem, as grafonolas não tinham uma velocidade constante, e então o meu avô, quando se ouvia, exclamava:

– Então não é que até parece que tenho voz de mulher!!

                                   

                            

 

Disco de Grafonola 78 r.p.m

 

Mas voltemos às botas. Conforme tinha sido combinado, eram para estrear no primeiro dia de aulas, e assim foi, penso que a 6 ou 7 de Outubro. Nesse dia chovia torrencialmente, as botas vinham mesmo a calhar.

Ao fim do dia cheguei a casa desolado e com os pés todos molhados, pois as solas estavam todas desfeitas: eram de cartão colado sobre a sola inicial já gasta, muito bem pintadas, com anilina preta e graxa, o que lhes dava aquele aspecto consistente e novo! Fartei-me de chorar com o desgosto, mas mais tarde até rimos, porque nos lembrámos de como fora o negócio e, afinal, os enganados fomos nós. Pediu-se orçamento ao sapateiro, mas a minha avó disse logo que não se podia agora estar com aquela despesa, as solas e a mão-de-obra custavam quase 30$00 (o meu avô, naquela altura, ganhava 50$00 por noite e o meu pai, quando arranjava para cantar, não ganhava mais do que 20$00 a 25$00 por noite).

Ora, a solução acabou por ser uma alegria e um orgulho para todos nós, isto porque o meu bisavô (pai do meu avô Alfredo) era sapateiro e o meu avô, nos intervalos da escola, até o pai morrer, foi aprendendo o oficio e dando uma ajuda no trabalho. Como o meu avô era habilidoso, desembaraçava-se bem; comprou num armazém, em S. Paulo, um bocado de sola que lhe custou 6$00 ou 8$00 e, como tinha as ferramentas da arte de sapateiro que tinham sido do pai – as formas, sovelas etc. – foi ele próprio que me colocou as solas nas botas, botas que usei enquanto me serviram. Creio que ainda acabaram por levar umas solas de borracha.

Desculpem estes desabafos/recordações dos meus Fados!

 

Vítor Duarte Marceneiro

 

 

 

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Sexta-feira, 23 de Dezembro de 2016

ALFREDO DUARTE JÚNIOR - Fadista Bailarino

QUE SAUDADES....

ALFREDO DUARTE JUNIOR

 

 

Faria hoje 92 anos de idade, se o meu saudoso pai estivesse entre nós, nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel, a 23 de Dezembro de 1924. 

Foi apelidado de "Fadista Gingão" porque começou a dar às suas interpretações uma coreografia , inédita no Fado, o que lhe valeu muitas críticas, mas ainda hoje é relembrado e há muitos fadistas que o imitam, e com admiração, quer no gingar, quer usando o lenço, ou boné.
Por fim chamaram-lhe o "Fadista Bailarino" uns gostavam, outros não, mas meu pai marcou um estilo muito seu, e tem por mérito próprio um lugar na História do Fado, embora no Museu do Fado, onde até cantou na inauguração, não tem lugar naquele vasto painel de fotos. Não seria lógico estar ao lado de seu pai? Será porque eu ser "persona no grata"? É  legítimo que eu questione, será que as "Três Gerações de Fado" - Avô, filho e neto, quer se goste ou não, não são um facto histórico do Fado?

Alfredo Duarte Júnior nos anos sessenta foi Rei da Rádio num concurso que era na época organizado pela revista "Plateia" da Agência Portuguesa de Revisras.

Ainda na memória dos verdadeiros amantes do Fado, como  «Castiço  e/ou  fadista bailarino» Alfredo Duarte Junior, sempre fez por honrar o nome do seu pai, Alfredo Marceneiro. 

Cantou em muitas casas de Fados, mas destaca-se a A Severa, na Viela, a Adega Machado, etc.

Faleceu a 6 de Junho de 1999, na casa onde viveu cerca de 30 anos na Rua do Cura à Madragoa.

A carreira de Alfredo Duarte Junior, meu pai merece, e terá decerto, um interessante e importante capítulo para o recordar, na história do Fado.

Na época do Natal, cantava sempre o Fado "Aí Vem o Natal" cuja letra é da autoria de Carlos Conde, afirmando que era o seu cartão de Boas Festas, para todos os amigos e admiradores.

 

Aí Vem o Natal

 

 

 

 

 

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Viva Lisboa: Fadista de Raça
música: Aí vem o Natal
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Sábado, 22 de Outubro de 2011

PALHAÇO... é arte...

Ser Palhaço é uma arte nobre, hoje até em conservatórios se aprende (aperfeiçoa) esta forma de arte,  creio mesmo, que se terá de ter aptidões naturais para qualquer tipo de arte.

Mas que na vida há "Palhaços" que de arte,  só têm as sacanisses que fazem, há...há... até como desprezo lhes chamamos"grande palhaço".

 

Carlos Conde, grande poeta, homem que escreveu tantos versos com palvarsa "doces", também sabia ser critico e "azedo" noutros... poemas que escreveu.

 

Meu pai Alfredo Duarte Júnior, a quem apelidaram de Fadista Bailarino, cantou e gravou este poema de Carlos Conde "Ser Palhaço" na música da Marcha de Alfredo Marceneiro.

 

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Viva Lisboa: ele há cada um!!!
música: Ser Palhaço
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Sexta-feira, 17 de Dezembro de 2010

Palhaços & Palhaços...

Do grande poeta Carlos Conde, meu pai Alfredo Duarte Jr. canta

"Ser Palhaço"

 

 

E este poema do João Ferreira da Rosa!!

Fado de Aviário

A carapuça é para quem lhe serve

 

Fado de aviário

 

O Sinatra d’aviário

sofre dum mal hereditário

que  havia no bairro alto

entre janota e otário

dos alternos do fadário

prá Suissa deu o salto

 

                         Voltou de lá afinado

                         bem falante e educado

                         a cantar era um primor

                         chegou a Abril doutorado

                         no mais rubro professor

 

Não pára de ser pedante

não se cala, é irritante

mas neste país é gente

é a glória triunfante

da escumalha que mais mente

 

 

 

Alcochete, 11.12.2010

João Ferreira Rosa

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música: Ser Palhaço
Viva Lisboa: Há muitos, mas no bom sentido
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Sexta-feira, 16 de Abril de 2010

Alfredo Duarte Júnior - Fadista Bailarino - Filho de Marceneiro

O meu saudoso  pai, canta neste video-clip: 

"Restos de Mouraria"

poema de Carlos Conde 

música do Prof. Martinho D´Assunção.

A realização deste video-clip é de Américo Pereira.

  

Biografia de Américo Pereira

Natural de Lisboa, nasceu no ano 1941, onde viveu até aos 8 anos, idade com que entrou na Casa do Gaiato, pois desde os 3 anos era órfão de mãe e como o pai abandonou o lar, veio a ser criado com sua avó materna até à idade de entrar para a Obra da Rua do saudoso Padre Américo, onde foi educado e criado até à idade de casar com 23 anos, partindo em seguida, com sua mulher para Angola, em missão de serviço nessa Obra, dedicando 10 anos à Casa que o criou e o fez homem.
Viveu em Lisboa até aos 17 anos, indo depois para o Porto até aos 23 idade que casou.
Foi sempre apaixonado pela música, e pelo canto, foi ensaiador de grandes espectáculos que a Obra onde estava, celebrava todos os anos nas maiores salas do País. Em Angola, chegou a ter um programa de Rádio, cantou em Festivais, e já com 30 anos abraçou de vez a vida fadista, onde foi figura de noites Angolanas de Fado e Saudade,
Regressou a Portugal em 1975, foi durante anos Gerente da Estalagem da Boega, onde lançou com sucesso “As Noites à Portuguesa” Em 1986 abriu sua casa o Kalunga em Gondarém Vila Nova de Cerveira, ficando sua casa muito procurada, pelas conhecidas “Noites no Kalunga”. Onde se irmanaram em grandes veladas Portugueses e Espanhóis, dada a proximidade com Espanha e sendo desde então a grande força de clientela, na Procura do boa mesa e do Fado.
Canta acompanhado por seus filhos à guitarra e à viola, e outros amigos que vêem ao Kalunga, e procuram o local, pelo bom ambiente e pela boa mesa.
Chegou quando estava em Àfrica a ser convidado pela Valentim de Carvalho para gravar, não aceitou por nunca querer enverdar pela vida artística, gosta de cantar por amadorismo e por prazer no convivio das noites Fadistas com os Amigos. Nessa condição aceitou e cantou por 4 vezes em programas da TV de Espanha sendo para isso convidado e entrevistado.
Actualmente edita para o YouTube vídeos sobre o Fado e a Música Portuguesa, num espírito cultural de levar o Fado por esse Mundo, visto aquele programa ser um Palco e Plateia Virtual com milhões de visionamentos e procuras.

(por Américo, grande amigo meu)….custou a escrever mas foi, pois o Americo é um homem muito humilde, bem haja Amigo.

In: El Fado (http://elfado.x-centrico.com/?cat=72) de Vasco Casimiro

 

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música: Restos de Mouraria
Viva Lisboa: Saudoso e agradecido
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Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009

ALFREDO DUARTE JÚNIOR " FADISTA BAILARINO"

Faz hoje 85 anos que o meu saudoso pai nasceu em Lisboa,  na freguesia de Santa Isabel, a 23 de Dezembro de 1924.

Foi apelidado de "Fadista Gingão" porque começou a dar às suas interpretações uma coreografia ,  inédita no Fado, o que lhe valeu muitas críticas, mas ainda hoje há muitos que o imitam, quer no gingar, quer usando o  lenço, ou boné.

Por fim chamaram-lhe o "Fadista Bailarino"   uns gostavam, outros não,  mas  meu pai  marcou um estilo muito seu, e tem por mérito próprio um lugar na História do Fado, embora no Museu do Fado, onde até cantou na inauguração,  não tem lugar naquele vasto painel de fotos. Não seria lógico estar ao lado de seu pai? Será porque eu sou "persona  no grata"? ...adiante como dizia meu avô.

 Na época do Natal, cantava sempre o Fado  "Aí Vem o Natal"  cuja letra é da autoria de Carlos Conde, afirmando que era o seu cartão de Boas Festas, para todos os amigos e admiradores.

 

Faleceu a 6 de Junho de 1999

 

Aí Vem o Natal

Letra de Carlos Conde

 

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Viva Lisboa: Orgulhoso e revoltado
música: Aí Vem o Natal de Carlos Conde
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