Nasceu em Lisboa no bairro de Alfama em 1936.
Desde muito jovem que gostava de cantar.
Nunca se intitulou a si própria fadista, pois foi sobretudo conhecida pelas suas interpretações de marchas populares.
Com uma inconfundível cabeleira loura, tinha uma voz muito bonita e era uma pessoa de fácil trato, cantora muito comunicativa, Alice Amaro veio a conquistar um público fiel ao longo dos anos sessenta, cativado pelo modo alegre e desinibido como actuava.
Foi no Centro de Preparação de Artistas de Rádio, dirigido por Motta Pereira, que desenvolveu os seus dotes de artista.
Gravou vários discos, em que para além das marchas populares, se destacam os temas
Triste Sino, Bom Dia Lisboa, Simpatia, Vaidosa, Alfacinha de Gema, Lisboa dos Milagres, Tic Tac do Amor, A Rua do Zé Ninguém.
Alice Amaro canta:
QUANDO O ALTO PINA PASSA
Letra de: Silva Nunes
Música: Jorge Ávila
Lisboa vem à janela
Olha a marcha, vem com ela
Lisboa vem ver num trono
Um Santinho que é o meu patrono
O bairro aonde eu moro
Tem lá tudo que eu adoro
Lisboa cantando de novo
Traz o Alto Pina na boca do povo
Refrão
O Alto Pina faz um vistão
De cravo ao peito e arraiais no coração
O Alto Pina por brincadeira
Diz que ao passar põe a cantar Lisboa inteira
Lisboa quem foi que disse
Que ir na marcha é tolice
A marcha tem luz aos molhos
E fogueiras nos teus lindos olhos
Cantiga que o povo canta
Põe a alma na garganta
Lisboa gaiata ladina
Não há melhor marcha
Que a do Alto Pina
Refrão